PRECAUÇÕES LUVOX

Atualizado em 28/05/2016
a possibilidade de tentativa suicida é inerente a pacientes com depressão, e pode persistir até que ocorra uma remissão significativa. Pacientes apresentando insuficiência renal1 ou hepática2 devem receber, inicialmente, uma dose baixa, devendo ser cuidadosamente monitorados. Embora raramente, o tratamento com fluvoxamina foi relacionado com um aumento nas enzimas hepáticas3, geralmente acompanhado de sintomatologia. Nestes casos, o tratamento deve ser descontinuado. Luvox não é recomendado para uso em crianças, pois ainda não há experiência suficiente com o produto nessa faixa etária. Luvox não interferiu na habilidade psicomotora4 associada com a direção de veículos ou operação de máquinas, até a dose de 150 mg/dia. Contudo, relatou-se sonolência durante o tratamento com fluvoxamina. Portanto, recomenda-se cautela até que seja determinada a resposta individual ao medicamento. Da mesma maneira que ocorre com outros fármacos psicoativos, o paciente deve ser alertado para evitar o uso de álcool durante o tratamento com Luvox. Embora nos estudos em animais não se tenham observado propriedades convulsivantes com a fluvoxamina, recomenda-se cautela quando o produto é administrado a pacientes com história de distúrbios convulsivos. O tratamento deve ser descontinuado se ocorrerem convulsões. Os dados obtidos em pacientes idosos não mostraram diferenças clinicamente significativas nas doses diárias usuais em relação a pacientes mais jovens. Contudo, com base nesses estudos, recomenda-se que a titulação ascendente de dose seja mais lenta no paciente idoso, e que a administração seja feita com cautela. Luvox pode provocar uma insignificante diminuição no batimento cardíaco (2-6 batidas por minuto). - Gravidez5 e lactação6: estudos de reprodução7 com altas doses em animais não revelaram evidências de prejuízo à fertilidade, à atividade reprodutora nem efeitos teratogênicos8 na prole. Apesar disso, devem ser observadas as precauções usuais relativas à administração de qualquer droga durante a gravidez5. A fluvoxamina é excretada no leite humano em pequenas quantidades. Este produto, portanto, não deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando. - Interações medicamentosas: Luvox não deve ser utilizado em combinação com IMAOs. A fluvoxamina pode prolongar a eliminação de drogas metabolizadas por via oxidativa no fígado9. É possível uma interação clinicamente significativa com drogas com um índice terapêutico estreito (por ex., warfarina, fenitoína, teofilina, clozapina e carbamazepina). Relatou-se um aumento nos níveis plasmáticos previamente estáveis de antidepressivos tricíclicos, quando usados de forma combinada com fluvoxamina. Não se recomenda a administração concomitante desses fármacos. Nos estudos de interação medicamentosa, observou-se níveis plasmáticos aumentados de propranolol durante administração concomitante da fluvoxamina. Recomenda-se, portanto, diminuir a dose desse medicamento quando prescrito juntamente com Luvox. Quando a fluvoxamina é administrada concomitantemente com warfarina por 2 semanas, as concentrações plasmáticas de warfarina aumentam significativamente, e os tempos de protrombina10 são aumentados. Portanto, deve-se monitorar os tempos de protrombina10 dos pacientes recebendo anticoagulantes11 orais e fluvoxamina, e a dose de anticoagulante12 oral deve ser convenientemente ajustada. Não se registraram interações com digoxina e atenolol. A fluvoxamina tem sido utilizada em combinação com lítio no tratamento de pacientes com depressão grave resistente à medicação. Contudo, o lítio (e, possivelmente, o triptofano) aumenta os efeitos serotoninérgicos da fluvoxamina, e, portanto, essa associação deve ser utilizada com cautela. Os efeitos serotoninérgicos podem também ser aumentados quando a fluvoxamina é utilizada em combinação com outros agentes serotoninérgicos (incluindo sumatriptano e SSRIs). Em raras ocasiões, isso pode resultar em uma síndrome serotoninérgica13. Os níveis plasmáticos de benzodiazepínicos metabolizados por via oxidativa podem aumentar durante a administração concomitante com Luvox.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
4 Psicomotora: Própria ou referente a qualquer resposta que envolva aspectos motores e psíquicos, tais como os movimentos corporais governados pela mente.
5 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
6 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
7 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
8 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
10 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
11 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
12 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
13 Síndrome serotoninérgica: Síndrome serotoninérgica ou síndrome da serotonina é caracterizada por uma tríade de alterações do estado mental (ansiedade, agitação, confusão mental, hipomania, alucinações e coma), das funções motoras (englobando tremores, mioclonias, hipertonia, hiperreflexia e incoordenação) e do sistema nervoso autônomo (febre, sudorese, náuseas, vômitos, diarreia e hipertensão). Ela pode ter causas diversas, mas na maioria das vezes ocorre por uma má interação medicamentosa, quando dois ou mais medicamentos que elevam a neurotransmissão serotoninérgica por meio de distintos mecanismos são utilizados concomitantemente ou em overdose.

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