POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO METILDOPA

Atualizado em 28/05/2016
início da terapia: a posologia usual de início do tratamento com Metildopa é de 250 mg duas a três vezes ao dia, nas primeiras 48 horas. A seguir, a posologia diária pode ser aumentada ou diminuída, preferivelmente a intervalos de pelo menos dois dias, até se obter uma resposta adequada. Para minimizar a sedação1, iniciar o aumento da dosagem à noite. Pelo ajuste da dose, a hipotensão2 matutina pode ser prevenida sem prejuízo do controle da pressão arterial3 à tarde. Quando metildopa é administrada a pacientes junto com outros anti-hipertensivos, a dose desses agentes pode precisar ser ajustada para efetuar uma transição gradativa. Quando a metildopa é administrada junto com outro anti-hipertensivo que não os diuréticos4 tiazídicos, a dose inicial de Metildopa deve ser limitada a 500 mg diários em tomadas divididas. Quando a metildopa é adicionada a uma tiazida, a dosagem do tiazídico não precisa ser alterada. Terapia de manutenção: a dose diária usual de Metildopa é 500 mg a 2 g divididas em 2 a 4 doses. Embora pacientes ocasionais tenham respondido a doses maiores, a dosagem máxima diária recomendada é 3 g. Uma vez que uma faixa de dosagem efetiva seja alcançada, a resposta gradual da pressão arterial3 ocorre na maioria dos pacientes em 12 a 24 horas. Uma vez que a metildopa tem uma duração de ação relativamente curta, a sua retirada é seguida do retorno da hipertensão5, normalmente dentro de 48 horas. Isto não é complicado por uma hipertensão5 de rebote. Ocasionalmente, pode ocorrer tolerância, normalmente entre o segundo e o terceiro mês de tratamento. Adicionando um diurético6 ou aumentando a dose de Metildopa, freqüentemente será restabelecido o efetivo controle da pressão arterial3. Um diurético6 tiazídico pode ser associado a qualquer momento durante a terapia com Metildopa. É recomendado caso a terapia não tenha sido iniciada com uma tiazida, ou se um eficiente controle da pressão arterial3 não pode ser obtido com 2 g/dia de Metildopa. A metildopa é amplamente excretada pelo rim7 e os pacientes com insuficiência renal8 podem responder a doses menores. Síncope9 em pacientes mais idosos pode estar relacionada a uma sensibilidade aumentada e vasculopatia arteriosclerótica avançada. Isto pode ser evitado com doses mais baixas. - Uso geriátrico: Metildopa poderá ser usado por pacientes acima de 65 anos, desde que observadas as precauções e advertências comuns ao produto. - Superdosagem: quadro clínico: superdosagem aguda pode produzir hipotensão2 aguda, com outras respostas atribuíveis a disfunções cerebrais e gastrintestinais (sedação1 excessiva, fraqueza, bradicardia10, vertigem11, sensação de cabeça12 leve, constipação13, distensão, flatulência, diarréia14, náusea15, vômito16). Tratamento: na ocorrência de superdosagem, medidas de suporte e sintomáticas deverão ser empregadas. Quando a ingestão é recente, proceder a lavagem gástrica17 para tentar reduzir a absorção. Quando a ingestão já tiver ocorrido a um certo tempo, infusões podem ser úteis para promover uma excreção urinária. De outra maneira, a conduta inclui atenção especial à freqüência e débito cardíaco18, volume sangüíneo, balanço eletrolítico, íleo paralítico19, função urinária e atividade cerebral. Aminas simpaticomiméticas (por exemplo, levarterenol, epinefrina, metaraminol) podem ser indicadas. A metildopa pode se removida por diálise20.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
2 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
3 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
4 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
5 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
6 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
7 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
8 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
9 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
10 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
11 Vertigem: Alucinação de movimento. Pode ser devido à doença do sistema de equilíbrio, reação a drogas, etc.
12 Cabeça:
13 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
14 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
15 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
16 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
17 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
18 Débito cardíaco: Quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto.
19 Íleo paralítico: O íleo adinâmico, também denominado íleo paralítico, reflexo, por inibição ou pós-operatório, é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica. É distúrbio comum do pós-operatório podendo-se afirmar que ocorre após toda cirurgia abdominal, como resposta “fisiológica“ à intervenção, variando somente sua intensidade, afetando todo o aparelho digestivo ou parte dele.
20 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.

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