FARMACOLOGIA CLÍNICA MUCOTOSS
O exato mecanismo de ação da carbocisteína ainda não foi totalmente elucidado; sua ação, no entanto, parece estar associada à regulação da viscosidade1 das secreções mucosas2 do trato respiratório. Estudos em animais e em humanos mostram que a carbocisteína altera a síntese das glicoproteínas do muco, aumentando, proporcionalmente, a produção de sialoglicoproteínas, o que torna a secreção mais fluida e assim melhoraria a depuração mucociliar3, tornando a tosse mais efetiva.
A carbocisteína é rapidamente absorvida após a administração oral. As concentrações séricas máximas são alcançadas entre 1 a 2 horas após a administração e, após uma dose de 1,5 g, os valores máximos foram de 13 a 16 mg/l. A meia-vida plasmática foi estimada em 1,5 a 2 horas e o volume aparente de distribuição em aproximadamente 60 litros. A carbocisteína parece distribuir-se bem no tecido4 pulmonar e no muco respiratório, sugerindo ação locaÉ metabolizada através de acetilação, descarboxilação e sulfoxidação.
Muito pouco do derivado descarboximetilado é produzido. A maior parte da droga é eliminada inalterada, por excreção urinária. Dois terços dos indivíduos excretam um glicuronídeo como metabólito5 menor. Não há relatos de atividade farmacológica importante destes metabólitos6.
A ação do Mucotoss inicia-se aproximadamente 1 a 2 horas após a ingestão.