POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO PROPOFOL

Atualizado em 28/05/2016
a dosagem e a taxa de administração devem ser individualizadas e tituladas para o efeito desejado, de acordo com fatores clinicamente relevantes, incluindo pré-medicação e medicações concomitantes, idade, classificação física da ASA e nível de debilitação do paciente. Propofol pode ser administrado por injeção1 intravenosa ou infusão contínua. Normalmente são necessários outros agentes analgésicos2 suplementares à administração de Propofol. Propofol foi utilizado em associação à anestesia3 espinhal, peridural4, com a medicação pré-anestésica comumente utilizada, com bloqueadores neuromusculares, agentes inalatórios e analgésicos2 e não apresentou nenhuma incompatibilidade farmacológica. Podem ser necessárias doses menores de Propofol quando a anestesia3 geral é usada em associação a técnicas anestésicas regionais. Adultos: indução de anestesia3 geral: em pacientes com ou sem pré-medicação, recomenda-se que o Propofol seja titulado (aproximadamente 40 mg [4 ml] a cada 10 segundos em adulto razoavelmente saudável), de acordo com a resposta do paciente, até que sinais5 clínicos demonstrem o estabelecimento da anestesia3. A maioria dos pacientes adultos com menos de 55 anos e/ou pacientes com classificação ASA graus 1 ou 2, possivelmente requererá de 2,0 a 2,5 mg/kg de Propofol. Em pacientes graus 3 e 4 deve-se usar velocidade de administração menor (aproximadamente 20 mg [2 ml] a cada 10 segundos) em doses totais mais baixas. Manutenção de anestesia3 geral: a profundidade requerida da anestesia3 pode ser mantida pela administração de Propofol por infusão contínua ou por repetidas injeções em bolus6. Infusão contínua: a velocidade média de administração varia muito entre os pacientes, mas velocidades na faixa de 4 a 12 mg/kg/h normalmente mantém a anestesia3 satisfatoriamente. Injeções repetidas em bolus6: se for utilizada a técnica que envolve repetidas injeções em bolus6 podem ser administrados incrementos de 25 mg (2,5 ml) a 50 mg (5 ml), de acordo com a necessidade clínica. Sedação7 na UTI: quando utilizado para promover sedação7 em pacientes adultos ventilados mecanicamente na UTI, recomenda-se que Propofol seja administrado por infusão contínua (ver Administração). A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a profundidade necessária de sedação7, sendo que velocidades em torno de 0,3 a 4,0 mg/kg/h devem produzir sedação7 satisfatória. Idosos: Propofol deve ser titulado contra a resposta do paciente. Pacientes com idade superior a 55 anos de idade podem requerer doses mais baixas de Propofol para indução de anestesia3. Normalmente, doses de 1,0 a 1,5 mg/kg são eficientes. Crianças: não se recomenda o uso de Propofol em crianças menores de 3 anos de idade. Indução de anestesia3 geral: quando usado para induzir anestesia3 em crianças, recomenda-se que Propofol seja administrado lentamente, até que os sinais5 clínicos demonstrem o estabelecimento da anestesia3. A dose deve ser ajustada em relação à idade e (ou) peso. A maioria dos pacientes maiores de 8 anos provavelmente irá necessitar de cerca de 2,5 mg/kg (0,25 ml/kg) de Propofol para a indução da anestesia3. Abaixo dessa idade devem precisar de doses maiores. Doses mais baixas são recomendadas para crianças com classificação ASA graus 3 e 4. Manutenção de anestesia3 geral: a profundidade necessária de anestesia3 pode ser mantida pela administração de Propofol por infusão ou repetidas injeções em bolus6. A velocidade necessária de administração varia consideravelmente entre os pacientes; no entanto, a faixa de 9 a 15mg/kg/h normalmente produz anestesia3 satisfatória. Sedação7 na UTI: Propofol não é recomendado para sedação7 em crianças, uma vez que a segurança e a eficácia não foram demonstradas. Apesar de não ter sido estabelecida nenhuma relação causal, reações adversas sérias (incluindo fatalidades) foram observadas através de relatos espontâneos sobre o uso não aprovado em UTI. Esses eventos foram mais freqüentes em crianças com infecções8 do trato respiratório e que receberam doses maiores que aquelas recomendadas para adultos. Administração: cada ampola deve ser agitada antes de ser utilizada. Deve-se verificar a presença de partículas estranhas ou descoloração do produto antes de sua diluição ou infusão. Caso algum desses eventos tenha ocorrido, deve-se descartar o produto. Qualquer porção remanescente do conteúdo deve ser desprezada. A emulsão deve ser misturada antes da administração apenas com glicose9 a 5% ou lidocaína. Propofol não contém conservantes antimicrobianos. Assim, pode apresentar desenvolvimento de microorganismos por contaminação acidental. Imediatamente após a abertura da ampola, a aspiração do produto deve ser feita assepticamente para uma seringa10 estéril ou para o equipamento de infusão. A administração de Propofol deve ser iniciada sem demora. Quaisquer drogas ou fluidos adicionados à infusão de Propofol devem ser administrados próximos ao local da punção venosa. Propofol não deve ser co-administrado através do mesmo cateter intravenoso com sangue11 ou plasma12, uma vez que a compatibilidade não foi estabelecida. Propofol não deve ser administrado através de membrana filtrante e esterilizante. Propofol pode ser usado para infusão, sem diluição, em seringas plásticas ou frascos de vidros para infusão. Quando Propofol é usado sem diluição na manutenção da anestesia3, recomenda-se que seja sempre utilizado um equipamento tal como bomba de infusão de seringa10 ou bomba de infusão peristáltica, a fim de controlar as velocidades de infusão. - Diluição antes da administração: Propofol deve apenas ser administrado diluído em infusão intravenosa de glicose9 a 5%, em bolsas de infusão de PVC ou frascos de vidro de infusão. As diluições não devem exceder a proporção de 1:5 (2 mg de propofol/ml). A fim de reduzir a dor da injeção1 inicial, a dose de Propofol usada para indução pode ser misturada com lidocaína. Propofol não deve ser misturado com outros agentes terapêuticos ou fluidos de infusão antes da sua administração (exceto em diluição com solução de glicose9 a 5%, como citado anteriormente, ou em associação à lidocaína), mas outros fluidos podem ser administrados através de equipo em Y perto do local de injeção1. - Superdosagem: é possível que uma superdose acidental acarrete depressão cardiorrespiratória. A depressão respiratória deve ser tratada através de ventilação13 artificial com oxigênio. A depressão cardiovascular requer o cefalodeclive do paciente e, caso seja grave, aumentar o fluxo de fluidos intravenosos e administrar expansores plasmáticos e agentes pressores e/ou anticolinérgicos.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
2 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
3 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
4 Peridural: Mesmo que epidural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
5 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
6 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
7 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
8 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
9 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
10 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
11 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
12 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
13 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.

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