PRECAUÇÕES PROPOFOL

Atualizado em 28/05/2016
Propofol deve ser administrado por médicos treinados em técnicas de anestesia1 ou, quando apropriado, por médicos treinados no cuidado de pacientes de UTI; não deve ser administrado pela pessoa que estiver conduzindo o procedimento cirúrgico. Os pacientes devem ser constantemente monitorados. Deve-se ter disponíveis para qualquer momento, recursos para manter as vias aéreas desobstruídas, ventilação2 artificial e enriquecimento de oxigênio, além de outros recursos ressuscitatórios. A liberação do paciente da sala de recuperação requer atenção especial, de modo a assegurar a completa recuperação da anestesia1 geral. Quando Propofol for administrado a pacientes epilépticos, pode haver risco de convulsão3 durante a fase de recuperação. Assim como no caso de outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se tomar cuidado com pacientes que apresentem insuficiência cardíaca4, respiratória, renal5 ou hepática6, e com os hipovolêmicos ou debilitados. Propofol não tem atividade vagolítica e tem sido associado a relatos de bradicardia7 (ocasionalmente profunda) e assistolia. Deve-se considerar a administração intravenosa de um agente anticolinérgico antes da indução ou durante a manutenção da anestesia1, especialmente em situações em que haja probabilidade de predominância do tônus vagal ou quando Propofol for combinado a outros agentes com potencial para causar bradicardia7. Deve-se dispensar atenção especial aos pacientes com disfunções no metabolismo8 lipídico, como hiperlipoproteinemia primária, hiperlipidemia9 diabética e pancreatite10. Caso se administre Propofol a pacientes que estejam sob o risco de acumular gordura11, recomenda-se que os níveis sangüíneos de lipídios sejam controlados. A administração de Propofol deve ser ajustada adequadamente caso o controle indique que a gordura11 não está sendo bem eliminada. Se o paciente estiver recebendo concomitantemente outro lipídio por via intravenosa, sua quantidade deve ser reduzida, levando-se em consideração que a fórmula de Propofol contém lipídios (1 ml de Propofol contém 0,1 g de lipídios, ou seja, 1,1 Kcal). Recomenda-se cautela ao se administrar Propofol a pacientes geriátricos, debilitados e/ou hipovolêmicos porque eles podem requerer doses de indução e manutenção mais baixas. O uso de Propofol em bolus12 durante a anestesia1 geral ou sedação13 deve ser cauteloso a fim de minimizar depressão cardiorrespiratória indesejada, responsável por hipotensão14, apnéia15, obstrução das vias aéreas e ou diminuição da saturação de oxigênio no sangue16. - Gravidez17 e lactação18: Propofol não deve ser usado durante a gestação. Propofol atravessa a placenta e pode estar associado à depressão neonatal. Não deve ser usado para anestesia1 obstétrica. A segurança para o neonato19, quando do uso de Propofol em mulheres que estejam amamentando, não foi estabelecida. - Efeitos na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas: deve-se alertar os pacientes quanto ao comprometimento do desempenho de tarefas que exijam atenção por um período de tempo após a anestesia1 geral.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
2 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
3 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
4 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
5 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
6 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
7 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
8 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
9 Hiperlipidemia: Condição em que os níveis de gorduras e colesterol estão mais altos que o normal.
10 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
11 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
12 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
13 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
14 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
15 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
18 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
19 Neonato: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.

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