POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO SIFROL

Atualizado em 28/05/2016
em todos os estudos clínicos, a posologia foi iniciada em um nível subterapêutico, para evitar eventos adversos intoleráveis e hipotensão1 ortostática. Sifrol deve ser ajustado gradualmente em todos os pacientes. A posologia deve ser aumentada para obtenção de um evento terapêutico máximo, considerando-se os principais eventos colaterais de discinesia, alucinações2, sonolência e boca3 seca. Os comprimidos de Sifrol devem ser ingeridos com um pouco de água, junto com os alimentos ou independentemente das refeições. A dose diária total deve ser dividida em três tomadas diárias. Administração em pacientes com função renal4 normal: tratamento inicial: a posologia deve ser aumentada gradualmente a partir de uma dose inicial de 0,375 mg/dia, subdividida em três doses diárias, e deve ser aumentada a cada 5 a 7 dias, sendo que o aumento não deve ocorrer num prazo menor do que 5 dias. Desde que o paciente não apresente reações adversas, a dose deve ser aumentada até que se atinja o máximo efeito terapêutico. Apresenta-se a seguir uma tabela com uma sugestão de esquema posológico crescente que foi usado em todos os estudos clínicos: esquema posológico crescente de Sifrol: semana 1: 0,125 mg, três vezes por dia; semana 2: 0,25 mg, três vezes por dia; semana 3: 0,5 mg, três vezes por dia; semana 4: 0,75 mg, três vezes por dia; semana 5: 1,0 mg, três vezes por dia; semana 6: 1,25 mg, três vezes por dia; semana 7: 1,5 mg, três vezes por dia. Tratamento de manutenção: Sifrol comprimidos foi eficaz e bem tolerado dentro de um intervalo posológico de 1,5 a 4,5 mg/dia, administrados em doses iguais divididas, três vezes por dia, com ou sem levodopa concomitante (aproximadamente 800 mg/dia). Em um estudo de dose fixa em pacientes com doença de Parkinson5 inicial, doses de 3 mg, 4,5 mg e 6 mg por dia de Sifrol não demonstraram nenhum benefício significativo além do obtido com uma dose diária de 1,5 mg/dia. Em pacientes sob tratamento concomitante com levodopa é recomendado que a dose seja reduzida, tanto durante a fase de aumento da dose diária, quanto na fase de manutenção com Sifrol. Isto pode ser necessário para evitar uma excessiva estimulação dopaminérgica. Pacientes com insuficiência renal6 normal a leve (creatinina7 Cl > 60 ml/min): dose inicial: 0,125 mg, três vezes por dia. Dose máxima: 1,5 mg, três vezes por dia. Insuficiência8 moderada (creatinina7 Cl = 35 a 59 ml/min): dose inicial: 0,125 mg, duas vezes por dia. Dose máxima: 1,5 mg, duas vezes por dia. Insuficiência8 grave (creatinina7 Cl = 15 a 34 ml/min): dose inicial: 0,125 mg, quatro vezes por dia. Dose máxima: 1,5 mg, quatro vezes por dia. Insuficiência8 muito grave (creatinina7 Cl < 15 ml/min e pacientes em hemodiálise9): o uso do Sifrol não foi estudado adequadamente nesse grupo de pacientes. Se a função renal4 declinar durante o tratamento com Sifrol, a dose da droga deve ser reduzida na mesma porcentagem do declínio da função renal4, ajustando-se a posologia conforme a tabela acima. Pacientes com disfunção hepática10: a presença de alterações da função hepática10 não requer diminuição das doses diárias de Sifrol. Interrupção do tratamento: recomenda-se que o Sifrol seja suspenso diminuindo-se as doses durante um período de uma semana: em alguns estudos, entretanto, a suspensão abrupta não produziu intercorrências. - Superdosagem: sintomas11: as reações adversas esperadas de uma superdosagem do pramipexol são aquelas relacionadas com o perfil farmacodinâmico dos agonistas dopaminérgicos e incluem náuseas12, vômito13, hipercinesia14, alucinações2, agitação e hipotensão1. Porém, não se dispõe de experiência clínica com a superdosagem maciça. Tratamento: não se conhece nenhum antídoto15 para a superdosagem de um agonista16 da dopamina17. Se houver sinais18 de estimulação do sistema nervoso central19, pode ser indicada a administração de uma fenotiazina ou outro agente neuroléptico20 das butirofenonas: a eficácia dessas drogas na reversão dos eventos da superdosagem não foi avaliada. O tratamento da superdosagem pode requerer medidas de suporte geral, incluindo lavagem gástrica21, reposição intravenosa e monitorização eletrocardiográfica.
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Complementos

1 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
2 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
3 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Doença de Parkinson: Doença degenerativa que afeta uma região específica do cérebro (gânglios da base), e caracteriza-se por tremores em repouso, rigidez ao realizar movimentos, falta de expressão facial e, em casos avançados, demência. Os sintomas podem ser aliviados por medicamentos adequados, mas ainda não se conhece, até o momento, uma cura definitiva.
6 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
7 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
8 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
9 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
10 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
11 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
12 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
13 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
14 Hipercinesia: Motilidade patologicamente excessiva, com aumento da amplitude e da rapidez dos movimentos.
15 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
16 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
17 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
18 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
19 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
20 Neuroléptico: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
21 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.

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