
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS FLUIR
Terapia antiinflamatória
Em geral, os pacientes asmáticos que requeiram tratamento regular com beta-2-agonista1 devem receber doses adequadas e regulares de um agente antiinflamatório inalado (p. ex., corticosteróides e/ou, em crianças, cromoglicato sódico) ou corticosteróides orais. Quando FLUIR* for prescrito, o paciente deverá ser avaliado para adequação da terapêutica2 antiinflamatória a receber. Os pacientes deverão ser alertados a manter inalterada a terapêutica2 antiinflamatória após a introdução de FLUIR*, mesmo quando os sintomas3 melhorarem. A persistência dos sintomas3 ou o aumento do número de doses de FLUIR* necessárias para o controle dos sintomas3 indica normalmente a piora da condição subjacente e justifica a reavaliação médica do tratamento.
Condições concomitantes
Cuidado especial e supervisão, com ênfase particular nos limites da dose, serão necessários em pacientes tratados com este fármaco4, quando coexistirem as seguintes condições: doença cardíaca isquêmica, arritmias5 cardíacas, especialmente bloqueio atrioventricular de terceiro grau, descompensação cardíaca grave, estenose6 subvalvular aórtica idiopática7, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, tireotoxicose, prolongamento suspeito ou conhecido do intervalo QT (QTc > 0,44 seg ; veja "Interações Medicamentosas").
Pelo efeito hiperglicêmico dos beta-2-estimulantes, recomenda-se controle adicional de glicose8 sangüínea em pacientes diabéticos.
Hipopotassemia9
Hipopotassemia9 potencialmente grave pode resultar da terapêutica2 com beta-2-agonistas. Recomenda-se cuidado especial em asma10 grave, já que esse efeito pode ser potencializado por hipóxia11 e tratamento concomitante (veja "Interações Medicamentosas"). Recomenda-se que os níveis de potássio sérico sejam monitorados em tais situações.
Broncospasmo paradoxal12
Assim como em outras terapias por inalação, o potencial para broncospasmo paradoxal12 deve ser considerado. Se isso ocorrer, o medicamento deverá ser imediatamente descontinuado e substituído por terapêutica2 alternativa.
Gravidez13 e Lactação14
A segurança de FLUIR* durante a gravidez13 e a lactação14 ainda não foi estabelecida. Seu uso durante a gravidez13 deve ser evitado, salvo se não existir alternativa mais segura. Como outros estimulantes beta-2-adrenérgicos15, o formoterol pode inibir o trabalho de parto por seu efeito relaxante sobre a musculatura lisa uterina.
Não se sabe se o formoterol passa para o leite materno. O fármaco4 foi detectado no leite de ratas lactantes16. As mães em tratamento com FLUIR* não devem amamentar.
Experiência Pré-clínica
Mutagenicidade. Foram conduzidos testes de mutagenicidade cobrindo uma ampla faixa de parâmetros. Não se encontrou efeito genotóxico em nenhum dos testes efetuados in vitro ou in vivo.
Carcinogenicidade. Estudos de dois anos em ratos e camundongos não indicaram nenhum potencial carcinogênico.
Camundongos machos tratados com níveis de dose bastante altos demonstraram incidência17 ligeiramente maior de tumor18 benigno de célula19 subcapsular adrenal, o que se considera reflexo de alteração no processo fisiológico20 de envelhecimento.
Dois estudos em ratos, com diferentes faixas de dose, demonstraram aumento de leiomioma21 mesovariano. Essa neoplasia22 benigna está tipicamente associada aos tratamentos prolongados de ratos, com altas doses de fármacos beta-2-adrenérgicos15. Um aumento da incidência17 de cistos ovarianos e células23 tumorais benignas da teca e da granulosa foi também observado; são conhecidos os efeitos dos betaagonistas em ovário24 de ratas, sendo os mesmos específicos de roedores. Alguns outros tipos de tumores observados no primeiro estudo com altas doses estavam de acordo com a incidência17 do controle histológico25 da população e não foram observados no estudo de doses menores.
Nenhuma das incidências de tumores aumentou a uma extensão estatisticamente significativa nas doses mais baixas do segundo estudo, doses estas que levaram a uma exposição sistêmica 10 vezes maior do que a esperada com a dose máxima recomendada de FLUIR*.
Baseando-se nas conclusões dos estudos e na ausência de potencial mutagênico, conclui-se que o uso de FLUIR* em doses terapêuticas não apresenta risco carcinogênico.
Toxicidade26 sobre a reprodução27. Testes em animais não demonstraram potencial teratogênico28; após administração oral, o formoterol foi excretado no leite de ratas lactantes16.