MODO DE AÇÃO PREVAX

Atualizado em 28/05/2016


PREVAX® (folinato de cálcio) é uma mistura de diasteroisômeros

do ácido tetra-hidrofólico, uma coenzima essencial para a síntese

de ácidos nucleicos. O composto biologicamente ativo é o L-isômero,

conhecido como ácido folínico ou fator citrovorum. Devido sua

rápida conversão para outros derivados do ácido tetra-hidrofólico,

o folinato de cálcio é um potente antídoto1 para os efeitos tóxicos

que atingem os sistemas hematopoiético e reticuloendotelial

causados pelos antagonistas do ácido fólico (metotrexato,

pirimetamina e trimetoprima).

Ele também demonstrou ser eficaz na correção de diversas anemias

megaloblásticas e macrocíticas por deficiência de folato.

Em alguns tipos de cânceres, postulou-se que o folinato de cálcio

entra e “resgata” células2 normais dos efeitos tóxicos dos antagonistas

do ácido fólico, preferencialmente as células2 tumorais,

devido à diferença de mecanismo de transporte de membrana;

este conceito é a base da terapia de alta dose de metotrexato

com “resgate de folinato de cálcio”.

O folinato de cálcio administrado em tempo apropriado resgata

as células da medula óssea3 e gastrintestinais do metotrexato,

mas não tem efeito aparente ou nefrotoxicidade4 preexistente ao

metotrexato.

Devido não necessitar de redução pela diidrofolato redutase como

o ácido fólico, o folinato de cálcio não é afetado pela inibição desta

enzima5 pelos antagonistas do ácido fólico (inibidores da diidrofolato

redutase). Esta permite a síntese de purina e timidina e eventualmente

podem ocorrer a síntese de proteínas6 do DNA e RNA.


FARMACOCINÉTICA


Absorção e distribuição: O folinato de cálcio é rápido e extensivamente

convertido a outros derivados do ácido tetra-hidrofólico,

incluindo o 5-metil-tetra-hidrofolato, que é a forma principal de

transporte e armazenamento do folato no organismo.

Após administração oral, o folinato de cálcio é rapidamente absorvido

e entra no conjunto dos folatos reduzidos do organismo. O

início da ação se dá em 20 a 30 minutos, com o pico sérico médio

de folato ocorrendo dentro de, aproximadamente, 1,72 horas.

Após administração intramuscular, o início da ação ocorre dentro

de 10 a 20 minutos, enquanto que, após injeção7 intravenosa, os

picos de concentração média ocorrem em 10 minutos e o início

da ação dentro ou menos que 5 minutos. A solução parenteral

fornece biodisponibilidade igual aos comprimidos.

A absorção oral de folinato de cálcio é saturável em doses superiores

a 25 mg. A biodisponibilidade aparente de folinato de cálcio

é de 97% para 25 mg, de 75% para 50 mg e 37% para 100 mg.

O ácido tetra-hidrofólico e seus derivados são distribuídos por

todos os tecidos do organismo; o fígado8 contém em torno de metade

das reservas totais de folatos do organismo. Eles também

atravessam a barreira hemato-encefálica9 em quantidades moderadas.

Metabolismo10: O folinato de cálcio é metabolizado pela rota hepática11

principalmente em 5-metil-tetra-hidrofolato (ativo). Após administração

oral, ele é substancialmente (mais que 90%) e rapidamente

(dentro de 30 minutos) metabolizado. Quando administrado

via parenteral, o metabolismo10 é menos extensivo (aproximadamente

66% após administração intravenosa e 72% após

via intramuscular).

Meia-vida: A meia-vida do folato total sérico reduzido pelas vias

intramuscular, intravenosa ou oral é de 6,2 horas. A duração da

ação é de 3 a 6 horas por quaisquer das vias de administração.

Excreção: O folinato de cálcio é excretado principalmente pela

urina12 (de 80 a 90% da dose administrada) na forma de metabólitos13.

A excreção fecal é de 5 a 8%.


- INDICAÇÕES


Este produto está indicado como antídoto1 aos efeitos provocados

pelos antagonistas do ácido fólico, tais como: metotrexato,

pirimetamina ou trimetoprima; como resgate após terapia com

altas doses de metotrexato em osteossarcoma e na prevenção

de efeitos colaterais14 graves causados por uma superdose de metotrexato.

Para tratar reações severas de doses médias e moderadas

de metotrexato usado para esquemas de tratamento de

diversas formas de câncer15 tóxico.

No tratamento de anemias megaloblásticas por deficiência de

ácido fólico associadas com deficiência nutricional, gravidez16,

alcoolismo, idosos (melhora dos sintomas17 psíquicos da deficiência

de folatos), pacientes com problemas hepáticos (cirrose18 e

hepatopatias crônicas).

O folinato de cálcio também pode ser utilizado como pré-tratamento

seguido de fluorouracila para prolongar a sobrevida19 do paciente

em tratamentos paliativos20 para câncer15 colorretal avançado.


- CONTRA-INDICAÇÕES


Este produto está contra-indicado para pacientes21 com

anemias perniciosas e outras anemias megaloblásticas

secundárias à carência de cobalaminas (vitamina22 B12).

Uma remissão hematológica parcial poderá ocorrer

enquanto manifestações neurológicas continuarem a

progredir.


- ADVERTÊNCIAS


Durante o tratamento de superdose acidental dos antagonistas

do ácido fólico, o folinato de cálcio deve ser

administrado o mais rápido possível. À medida que o intervalo

de tempo entre a administração dos antagonistas

do ácido fólico (p.e. metrotexato) e do resgate de folinato

de cálcio aumenta, a eficácia do folinato de cálcio na

contenção da toxicidade23 hematológica diminui.

Pacientes recebendo folinato de cálcio como resgate

aos efeitos tóxicos do metotrexato devem estar sob supervisão

de um médico experiente em terapias de altas

doses de metotrexato. Além disso, o folinato de cálcio

deve ser usado com cuidado na presença de disfunção

renal24 ou efusão25 peritoneal ou pleural, devido tais problemas

poderem afetar a excreção do metotrexato.

A monitorização da concentração sérica do metotrexato

é essencial na determinação da dose ótima e duração

do tratamento com o folinato de cálcio.

A excreção retardada de metotrexato pode ser causada

por um acúmulo de fluidos no terceiro compartimento

(p.e. ascites, efusão25 pleural), insuficiência renal26 ou hidratação

inadequada. Sob estas circunstâncias, doses

maiores de folinato de cálcio ou administração prolongada

podem ser indicadas. Doses maiores que as recomendadas

para uso via oral devem ser administradas

via intravenosa.

Se o metotrexato for administrado intratecalmente como

terapia local e o folinato de cálcio for administrado concomitantemente,

a presença de tetra-hidrofolato, que

difunde rapidamente para o fluido cérebro27-espinal, poderá

anular o efeito antineoplásico do metotrexato.

O folinato de cálcio intensifica a toxicidade23 da 5-fluorouracila.

Quando estas drogas são administradas concomitantemente,

a dosagem da 5-fluorouracila deve ser

menor que a usualmente administrada.

A terapia com folinato de cálcio mais 5-fluorouracila não

deve ser iniciada ou continuada em pacientes que apresentem

sintomas17 de toxicidade23 gastrintestinal de qualquer

intensidade, até que estes sintomas17 estejam completamente

resolvidos.

O folinato de cálcio não está recomendado para o tratamento

de anemia perniciosa28 ou outras anemias megaloblásticas

secundárias à perda de vitamina22 B12, pois,

embora ela possa produzir uma remissão hematológica,

as manifestações neurológicas continuam a progredir.

Pacientes com diarréia29 devem ser monitorados com

atenção especial até a mesma ter sido resolvida, pois

pode ocorrer uma deterioração clínica rápida levando à

morte do paciente. Pacientes idosos e/ou debilitados

mostraram ser susceptíveis de grande toxicidade23 gastrintestinal

severa.

Convulsões e/ou síncopes30 foram raramente reportadas

em pacientes com câncer15 recebendo folinato de cálcio,

normalmente em associação com a administração de

fluoropirimidina, e, mais comumente naqueles com metástases31

no SNC32 ou outros fatores predispostos, mas,

entretanto, uma relação causal não foi estabelecida.

Folinato de cálcio oral:

Mortes por enterocolite severa, diarréia29 e desidratação33

têm sido reportadas em pacientes idosos recebendo

folinato de cálcio e fluorouracila semanalmente. Granulocitopenia

e febre34 concomitantes estavam presentes

em alguns dos pacientes.

Gravidez16 e lactação35:

Estudos de reprodução36 animal não foram conduzidos

com folinato de cálcio.

Não se tem conhecimento se o folinato de cálcio pode

causar dano fetal quando administrado a pacientes

grávidas ou afetar a capacidade reprodutora. Por isso,

o folinato de cálcio só deve ser administrado a pacientes

grávidas se realmente necessário.

Pacientes com suspeita de gravidez16 não devem ser iniciadas

no tratamento com folinato de cálcio até a gravidez16

ser descartada e devem ser alertadas quanto aos

sérios riscos para o feto37 se engravidarem durante o

tratamento.

Não se tem conhecimento se esta droga é excretada pelo

leite materno. Devido diversas drogas serem excretadas

pelo leite materno, deve-se ter precaução ao administrar

folinato de cálcio a mulheres em fase de lactação35.

Uso pediátrico:

O folinato de cálcio pode aumentar a freqüência de convulsões

em crianças susceptíveis pela inibição dos

efeitos anticonvulsivantes dos barbituratos, hidantoína

e primidona (vide interações medicamentosas).

O pó liofilizado38 deste produto, quando reconstituído

com um diluente contendo álcool benzílico, não deve

ser administrado em recém-nascidos e prematuros.

Uso em idosos:

Não existem informações específicas sobre o uso de

folinato de cálcio em pacientes geriátricos. Contudo,

estes pacientes são mais susceptíveis a terem uma

disfunção renal24 idade-relacionada, podendo requerer

ajustes de dosagem para os pacientes recebendo resgate

de folinato de cálcio.

Uso em pacientes com disfunção renal24:

O risco da toxicidade23 pelo metotrexato está aumentado,

podendo ocorrer acúmulo do mesmo devido sua eliminação

estar prejudicada; até mesmo pequenas doses

de metotrexato podem levar a uma mielossupressão e

mucosite39 severas. Assim, doses maiores e/ou aumento

da duração do tratamento com folinato de cálcio podem

ser necessários, acompanhados de cuidadosa monitorização

das concentrações de metotrexato.


- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS


Folinato de cálcio/fenobarbital/fenitoína/primidona: amplas

doses de folinato de cálcio podem inibir os efeitos

anticonvulsivantes destes medicamentos e aumentar

a freqüência de convulsões em crianças susceptíveis.

Folinato de cálcio/fluorouracila: o uso concomitante de

folinato de cálcio pode aumentar os efeitos tóxicos da

flourouracila. Um ajuste de dosagem pode ser necessário

(vide Advertências).

Folinato de cálcio/metotrexato via intratecal: estudos preliminares

em animais e humanos mostraram que pequenas

quantidades de folinato de cálcio administradas sistemicamente

entram inicialmente no SNC32 como 5-metiltetra-

hidrofolato e, em humanos, permanecem de 1 a 3

ordens de magnitude menores que as concentrações

de metotrexato usuais administradas intratecalmente.


- REAÇÕES ADVERSAS


Sensibilização alérgica incluindo reações anafilactóides

e urticária40 foram reportadas após a administração tanto

de folinato de cálcio oral quanto parenteral. Relatou-se

também trombocitose41 em pacientes recebendo folinato

de cálcio durante infusão intra-arterial de metotrexato.


- PRECAUÇÕES


Gerais:

Após a quimioterapia42 com antagonistas do ácido fólico,

a administração parenteral de folinato de cálcio é preferível

à dose oral quando houver a possibilidade do paciente

vomitar e não absorver o folinato de cálcio. O folinato

de cálcio não exerce efeito sobre outras toxicidades

relacionadas ao metotrexato, como a nefrotoxicidade4

resultante da precipitação da droga nos rins43.

Quando o resgate de folinato de cálcio é usado em conjunto

com terapia de altas doses de metotrexato, as

drogas devem ser administradas apenas por médicos

experientes em quimioterapia42 de câncer15, em centros

onde estejam disponíveis equipamentos para medidas

da concentração sanguínea de metotrexato.

O folinato de cálcio é normalmente eficaz contra a toxicidade23

severa do metotrexato nestes regimes, mas suas

reações tóxicas podem ocorrer mesmo com a terapia

com folinato de cálcio, especialmente quando a meiavida

do metotrexato está aumentada (p.e. disfunção renal24).

Por isso, é extremamente importante que o folinato

de cálcio seja administrado até que a concentração sanguínea

do metotrexato decaia a concentrações nãotóxicas.

Ele deve ser usado com cautela como resgate dos efeitos

de altas doses de metotrexato quando problemas médicos

posteriores existirem: acidúria (pH da urina12 menor

que 7), ascite44, desidratação33, obstrução gastrintestinal,

efusão25 pleural ou peritoneal.

Monitorização de pacientes que recebem altas doses

de metotrexato:

As determinações dos clearances de creatinina45 são

recomendadas antes do início da terapia com altas doses

de metotrexato com resgate com folinato de cálcio ou

se a concentração de creatinina45 sérica tiver aumentado

50% ou mais.

As concentrações de metotrexato sérico devem ser determinadas

a cada 12-24 horas após administração de

altas doses da droga, a fim de determinar a dose e a

duração do tratamento com folinato de cálcio necessárias

para manter o resgate. Em geral, a monitorização

deve continuar até as concentrações estarem menores

que 5 x 10-8M.

As concentrações de creatinina45 sérica devem ser determinadas

antes e 24 horas após cada dose de metotrexato,

até as concentrações plasmáticas ou séricas

de metotrexato serem menores que 5 x 10-8M, para

detectar-se o desenvolvimento de disfunção renal24 e

toxicidade23 esperada do metotrexato.

O pH da urina12 deve ser determinado antes de cada dose

de terapia de altas concentrações de metotrexato e

aproximadamente a cada 6 horas do resgate completo

de folinato de cálcio, até as concentrações séricas ou

plasmáticas de metotrexato estarem menores que 5 x

10-8M. O pH deve permanecer maior que 7,0 para minimizar

o risco de nefropatia46 causada pela precipitação

de metotrexato seus metabólitos13 na urina12.


- POSOLOGIA


Produtos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente

quanto à presença de materiais particulados ou descoloração,

antes da administração, quando a solução e o recipiente permitirem.

Resgate de folinato de cálcio após terapia com altas doses de

metotrexato:

As recomendações para o resgate de folinato de cálcio são baseadas

nas doses de metotrexato de 12 a 15 mg/m2 administradas

por infusão intravenosa durante 4 horas. O resgate de folinato de

cálcio é feito com doses de 15 mg (aproximadamente 10 mg/m2), a

cada 6 horas (totalizando 10 doses), iniciando-se 24 horas após

o início da infusão de metotrexato.

Na presença de toxicidade23 gastrintestinal, náusea47 ou vômito48, o

folinato de cálcio deve ser administrado parenteralmente.

Os níveis de creatinina45 sérica e metotrexato devem ser determinados

pelo menos uma vez ao dia. Quando da administração de

folinato de cálcio, a hidratação e a alcalinização urinária (pH de

7,0 ou mais) devem ser continuadas até que o nível de metotrexato

esteja abaixo de 5 x 10-8M (0,05 micromolar). A dose de folinato

de cálcio deve ser ajustada, ou o resgate de folinato de cálcio

prolongado, baseados nas seguintes recomendações:


Pacientes que apresentarem atraso na eliminação inicial do

metotrexato são susceptíveis a desenvolver insuficiência renal26

reversível. Adicionalmente à terapia apropriada de PREVAX®

(folinato de cálcio), esses pacientes necessitam de contínua hidratação

e alcalinização urinária, além de monitorização hídrica

e eletrolítica, até os níveis séricos de metotrexato diminuírem até

menos de 0,05 micromolar e a insuficiência renal26 estar normalizada.

Alguns pacientes irão apresentar eliminação anormal de

metotrexato ou alterações na função renal24 após a administração

de metotrexato, que são significantes mas menos severas que

as anormalidades descritas na tabela acima. Essas anormalidades

podem ou não estar associadas com toxicidade23 clínica significativa.

Caso tal toxicidade23 seja observada, a terapia de resgate

com PREVAX® (folinato de cálcio) deve ser prolongada por mais

24 horas (total de 14 doses durante 84 horas). A possibilidade do

paciente estar recebendo outra medicação que interaja com metotrexato

(p.e. medicamentos que possam interferir com a eliminação

do metotrexato ou com a ligação à albumina49 sérica) deve

ser sempre considerada quando anormalidades laboratoriais ou

toxicidade23 clínica forem observadas.

Alteração da eliminação de metotrexato ou superdose

inadvertida:

O resgate de PREVAX® (folinato de cálcio) deve começar tão logo

quanto possível após uma superdose inadvertida de metotrexato

e dentro de 24 horas após a administração do mesmo,

quando houver excreção retardada.

PREVAX® (folinato de cálcio) 10 mg/m2 deve ser administrado por

via IM, IV ou oral, a cada 6 horas, até que o nível sérico do metotrexato

seja inferior a 10-8M. Na presença de toxicidade23 gastrintestinal,

náusea47 ou vômito48, PREVAX® (folinato de cálcio) deve

ser administrado parenteralmente. Não administrar folinato de

cálcio intratecalmente.

Níveis de creatinina45 sérica e metotrexato devem ser determinados

em intervalos de 24 horas. Caso após 24 horas o nível de creatinina45

sérica aumente 50%, ou o nível de metotrexato seja maior

que 5 x 10-6M ou após 48 horas seja maior que 9 x 10-7M, a dose

de PREVAX® (folinato de cálcio) deve ser aumentada para 100

mg/m2 IV, a cada 3 horas, até que o nível de metotrexato seja

inferior a 10-8M.

Hidratação (3 L/dia) e alcalinização urinária com solução de bicarbonato

de sódio devem ser empregadas concomitantemente. A

dose de bicarbonato deve ser ajustada para manter um pH urinário

de no mínimo 7,0.

Anemia megaloblástica50 devido à deficiência de ácido fólico:

Deve administrar-se até 1 mg diário parenteralmente. Não há

evidências de que doses maiores que 1 mg/dia tenham maior

eficácia; além disso, a perda de folato na urina12 torna-se quase

que logarítmica conforme a administração excede 1 mg.

Câncer15 de cólon51 e reto52 avançado:

É recomendada a administração de 200 mg/m2 de PREVAX®

(folinato de cálcio) por injeção7 intravenosa lenta, seguida por

5-fluorouracila a 370 mg/m2 também por injeção7 intravenosa lenta,

por 5 dias consecutivos. O folinato de cálcio não deve ser

colocado na mesma infusão que o fluorouracila, pois pode formar

um precipitado. Este tratamento pode ser repetido em intervalos

de 4 semanas (28 dias), desde que o paciente esteja completamente

recuperado dos efeitos tóxicos do tratamento anterior.

Nos tratamentos subseqüentes, a dose de 5-fluorouracila deve

ser ajustada baseada na tolerância do paciente durante o tratamento

anterior. A dose diária de 5-fluorouracila deve ser reduzida

em 20% para pacientes21 que apresentarem moderada toxicidade23

hematológica ou gastrintestinal durante algum ciclo anterior, e

em 30% para pacientes21 que apresentarem toxicidade23 severa.

Para pacientes21 em que não foram observadas reações de toxicidade23

durante tratamentos anteriores, a dose de 5-fluorouracila

pode ser aumentada em 10%. As doses de folinato de cálcio não

são ajustadas pela toxicidade23.

Reconstituição do pó liófilo injetável:

PREVAX® (folinato de cálcio) não contém conservantes. Reconstituir

com água para injeção7. A solução resultante é estável por

24 horas à temperatura ambiente (entre 15oC e 30oC) e protegida

da luz.


- CONDUTA NA SUPERDOSE


Quantidades excessivas de folinato de cálcio podem anular o

efeito quimioterapêutico dos antagonistas do ácido fólico.

O folinato de cálcio é similar ao ácido fólico, solúvel em água e

rapidamente excretado na urina12. O ácido fólico tem toxicidade23

aguda e crônica baixas no homem. Não relatou-se reações adversas

em adultos após ingestão de 400 mg/dia durante 5 meses

ou 10 mg/dia durante 5 anos.

Não são necessárias medidas específicas de tratamento.


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA


MS - 1.1213.0095

Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães

CRF-SP nº 12.449


Nº do lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.


A apresentação Pó Liófilo Injetável 50 mg é fabricada por:

Pharmachemie BV - Swensweg 5, P.O. Box 552,

2003 RN Haarlem - Holanda


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Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Células da Medula Óssea: Células contidas na medula óssea, incluindo células adiposas (ver ADIPÓCITOS), CÉLULAS ESTROMAIS, MEGACARIÓCITOS e os precurssores imediatos da maioria das células sangüíneas.
4 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
5 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
6 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
7 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
8 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
9 Encefálica: Referente a encéfalo.
10 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
11 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
12 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
13 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
14 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
15 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
16 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
17 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
18 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
19 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
20 Paliativos: 1. Que ou o que tem a qualidade de acalmar, de abrandar temporariamente um mal (diz-se de medicamento ou tratamento); anódino. 2. Que serve para atenuar um mal ou protelar uma crise (diz-se de meio, iniciativa etc.).
21 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
22 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
23 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
24 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
25 Efusão: 1. Saída de algum líquido ou gás; derramamento, espalhamento. 2. No sentido figurado, manifestação expansiva de sentimentos amistosos, de afeto, de alegria. 3. Escoamento de um gás através de uma pequena abertura, causado pela agitação térmica das moléculas do gás. 4. Derramamento de lava relativamente fluida sobre a superfície terrestre.
26 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
27 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
28 Anemia Perniciosa: Doença causada pela incapacidade do organismo absorver a vitamina B12. Mais corretamente, ela se refere a uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que facilita a absorção da vitamina B12.
29 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
30 Síncopes: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
31 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.
32 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
33 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
34 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
35 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
36 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
37 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
38 Liofilizado: Submetido à liofilização, que é a desidratação de substâncias realizada em baixas temperaturas, usada especialmente na conservação de alimentos, em medicamentos, etc.
39 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
40 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
41 Trombocitose: É o número excessivo de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitopenia. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é superior a 750.000/mm³ (e particularmente acima de 1.000.000/mm³) justifica-se investigação e intervenção médicas. Quanto à origem, pode ser reativa ou primária (provocada por doença mieloproliferativa). Apesar de freqüentemente ser assintomática (particularmente quando se origina como uma reação secundária), pode provocar uma predisposição para a trombose.
42 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
43 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
44 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
45 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
46 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
47 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
48 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
49 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
50 Anemia megaloblástica: É uma doença na qual a medula óssea produz hemácias gigantes e imaturas. Esse distúrbio é provocado pela carência de vitamina B12 ou de ácido fólico no organismo. Uma vez que esses fatores são importantes para a síntese de DNA e responsáveis pela eritropoiese, a sua falta causa um defeito na síntese de DNA, levando ao desequilíbrio no crescimento e divisão celular.
51 Cólon:
52 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.

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