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Atualizado em 28/05/2016

Parte utilizada da planta: flores e folhas

Características químicas e farmacológicas

As folhas e flores de Trifolium pratense L. contêm as seguintes substâncias: glicosídeos flavonóides contendo as 4 isoflavonas biologicamente mais ativas : biochanina, genisteína, daidzeína e formononetina ; traços de coumestrol; óleos voláteis ( 0,03%) dos quais mais de 40 compostos têm sido identificados tais como: metil salicilato ( <0,01%), benzil álcool e pesteres, 2-feniletanol e ésteres, metil antranilato, eugenol e furfural; ácido L-dopacafeico e conjugados; polissacárides; várias resinas; ácidos graxos; hidrocarbonetos C23-C31; álcoois; clorofila; minerais e vitaminas.

As isoflavonas são extraídas das folhas, que têm um alto conteúdo de isoflavonas, e das flores, que contém um baixo nível destas substâncias. Aproximadamente 2 % do peso seco de suas folhas contêm isoflavonas ( dez vezes mais que o conteúdo presente na soja ).

Farmacocinética: estudos de farmacocinética demonstraram que após a ingestão do extrato de Trifolium pratense L. correspondente a 40mg de isoflavonas totais, biochanina, formononetina, genisteína e daidzeina apareceram rapidamente no plasma1, atingindo concentrações máximas após 4 a 6 hs. As meias-vida plasmáticas após administração crônica foram 12 a 16 hs .

O intestino e o fígado2 são os 2 principais sítios do metabolismo3 das isoflavonas.

O fígado2 é responsável pela demetilação de 60 % da biochanina e formononetina para formar genisteína e daidzeina, respectivamente.

Aproximadamente, 30-70 % das isoflavonas da dieta são convertidas em metabólitos4 ativos pela flora intestinal. Os metabólitos4 ativos detectados na urina5 são: equol, o-desmetilangolensin, dihidrodaidzeina e dihidrogenisteina.

Farmacodinâmica: as isoflavonas e seus metabólitos4 podem ativar preferencialmente os receptores estrogênicos, ER-b , dominante no cérebro6, ossos e coração7, e demonstram pouca atividade contra os ER-a dominante nos tecidos mamários e uterino.

A atividade estrogênica das isoflavonas é relativamente fraca, correspondendo a 1000 vezes menos que a do 17b-estradiol. No entanto, quando consumida em grandes quantidades, os níveis plasmáticos dos metabólitos4 ativos das isoflavonas podem ser até 1000 vezes maior que os níveis de estradiol na pré ou pós-menopausa8. Em níveis suficientemente altos, é possível que as isoflavonas possuam estrogenicidade comparável ao 17b-estra-

diol.

A atividade anti-estrogênica parece ocorrer por inibição competitiva , prevenindo o estrógeno9 de se ligar aos receptores estrogênicos.

As isoflavonas não se ligam ou ativam os receptores androgênicos10.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
2 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
3 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
4 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
5 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
6 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
7 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
8 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
9 Estrógeno: Grupo hormonal produzido principalmente pelos ovários e responsáveis por numerosas ações no organismo feminino (indução da primeira fase do ciclo menstrual, desenvolvimento dos ductos mamários, distribuição corporal do tecido adiposo em um padrão feminino, etc.).
10 Androgênicos: Relativos à androgenia e a androgênios. Androgênios são hormônios esteroides, controladores do crescimento dos órgãos sexuais masculinos. O hormônio natural masculino é a testosterona.

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