
INFORMAÇÕES TÉCNICAS PERIDONA
Atualizado em 28/05/2016
Sua atividade deve-se ao aumento do peristaltismo5 e do esvaziamento gastroduodeno-jejunal. Atua normalizando a motilidade propulsora do esôfago6, estômago7 e duodeno8, reconduzindo o tônus e a peristalse9 aos padrões fisiológicos. Atua a predominantemente a nível e periférico, normalizando o esvaziamento incompleto ou tardio das vias biliares10 e possui ação antiemética completa.
Devido a domperidona atravessar a barreira hematoencefálica de modo limitado, raramente causa efeitos colaterais11 extrapiramidais.
A domperidona não produz alterações na secreção ácida gástrica, pH gástrico ou na concentração plasmática de gastrina12.
A domperidona estimula a liberação de prolactina13 na hipófise14 posterior, causando hiperprolactinemia, o que pode levar à ginecomastia15 e galactorréia16.
A domperidona é rapidamente absorvida após administração oral, atinge concentração plasmática máxima em 1 hora e o início da ação farmacológica apresenta-se em 30 a 60 minutos após a dose oral.
A biodisponibilidade sistêmica da domperidona, após a administração oral, é de 13 a 17%. Esta baixa biodisponibilidade é devido ocorrer um intenso metabolismo17 do fármaco18 na primeira passagem pela parede intestinal e fígado19. A biodisponibilidade é aumentada quando a domperidona é administrada após a alimentação e é diminuída pela administração prévia de cimetidina ou bicarbonato de sódio. A redução da acidez gástrica20 altera a absorção da domperidona.
A presença de alimentos retarda o tempo de absorção do fármaco18, mas não interfere na biodisponibilidade.
A ligação a proteínas21 plasmáticas é de 91 a 93%.
A domperidona apresenta ampla distribuição nos tecidos, exceto no sistema nervoso central22.
A meia-vida é de 7 a 9 horas em indivíduos sadios, prolongando-se para 20,8 em pacientes com insuficiência renal23 grave.
A domperidona atravessa a barreira placentária em pequenas quantidades e é eliminada pelo leite materno em concentração quatro vezes menor que a concentração pladsmática correspondente.
A domperidona apresenta biotransformação hepática24, sendo excretada com seus metabólitos25 pela urina26 e fezes.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).
Complementos
1 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
2 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
3 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
4 Estase: 1. Estagnação do sangue ou da linfa. 2. Incapacidade de agir; estado de impotência.
5 Peristaltismo: Conjunto das contrações musculares dos órgãos ocos, provocando o avanço de seu conteúdo; movimento peristáltico, peristalse.
6 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
7 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
8 Duodeno: Parte inicial do intestino delgado que se estende do piloro até o jejuno.
9 Peristalse: Conjunto das contrações musculares dos órgãos ocos, provocando o avanço de seu conteúdo; movimento peristáltico, peristaltismo.
10 Vias biliares: Conjunto de condutos orgânicos que conectam o fígado e a vesícula biliar ao duodeno. Sua função é conduzir a bile produzida no fígado, para ser armazenada na vesícula biliar e posteriormente ser liberada no duodeno.
11 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
12 Gastrina: Hormônio que estimula a secreção de ácido gástrico no estômago. Secretada pelas células G no estômago e no duodeno. É também fundamental para o crescimento da mucosa gástrica e intestinal.
13 Prolactina: Hormônio secretado pela adeno-hipófise. Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, podendo causar alteração menstrual e infertilidade nas mulheres. No homem, gera impotência sexual (por prejudicar a produção de testosterona) e ginecomastia (aumento das mamas).
14 Hipófise:
15 Ginecomastia: Aumento anormal de uma ou ambas as glândulas mamárias no homem. Associa-se a diferentes enfermidades como cirrose, tumores testiculares, etc. Em certas ocasiões ocorrem de forma idiopática.
16 Galactorréia: Secreção mamária anormal de leite fora do período de amamentação. Pode ser produzida por distúrbios hormonais ou pela ação de medicamentos.
17 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
18 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
19 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
20 Acidez gástrica: Estado normal do conteúdo do estômago caracterizado por uma elevada quantidade de íons hidrogênio, quantidade esta que pode ser medida através de uma escala logarítmica denominada pH.
21 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
22 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
23 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
24 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
25 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
26 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.