
CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS ICTUS
O carvedilol não deve ser descontinuado abruptamente, particularmente em pacientes com isquemia1 coronariana. Deve, portanto, ser descontinuado num período de 1 a 2 semanas.
Em estudos clínicos na hipertensão2, o carvedilol causou bradicardia3 em cerca de 2% dos pacientes. Se a freqüência cardíaca cair para menos de 55 batimentos/minuto a dose deverá ser diminuída. Hipotensão4 postural ocorreu em 1,8% e síncope5 em 0,1% dos pacientes hipertensos, especialmente após a dose inicial ou no período de incremento da dose. Hipotensão4 postural ou síncope5 foram a causa para descontinuação da terapia em 1% dos pacientes.
Em estudos clínicos na insuficiência cardíaca6, o carvedilol causou hipotensão4 e hipotensão4 postural em 9,7% e síncope5 em 3,4% dos pacientes tratados em comparação com 3,6% e 2,5% dos pacientes do grupo placebo7, respectivamente. O risco para esses eventos foi maior durante os 30 primeiros dias de tratamento correspondentes ao período de titulação da dose e foram a causa de descontinuação da terapia em 0,7% dos pacientes do grupo tratado e 0,4% dos pacientes do grupo placebo7.
Para reduzir a probabilidade de síncope5 ou hipotensão4 excessiva, o tratamento deve ser sempre iniciado com a dose inicial recomendada, devendo ser aumentada gradualmente de acordo com as recomendações da seção "Posologia". No início da terapia, em razão do risco de síncope5, o paciente deve ser orientado a evitar situações como dirigir e realizar tarefas perigosas.
Piora da insuficiência cardíaca6 ou retenção líquida podem ocorrer durante a titulação da dose de carvedilol. Se esses sintomas8 ocorrerem, a dose de diuréticos9 deve ser aumentada e a dose de carvedilol não deverá ser aumentada até o estabelecimento da estabilidade clínica (veja "Posologia"). Ocasionalmente, é necessário reduzir a dose de carvedilol ou descontinuá-lo temporariamente. Esses episódios não impedem que a titulação de carvedilol seja bem sucedida subseqüentemente.
Broncoespasmo10 não-alérgico (tipo bronquite crônica11 e enfisema12): Pacientes com doença broncoespástica não devem, em geral, tomar beta-bloqueadores. Entretanto, o carvedilol pode ser usado com cautela em pacientes que não respondem ou não toleram outros medicamentos anti-hipertensivos. É prudente, se o carvedilol for utilizado, que se use a menor dose eficaz a fim de que a inibição dos beta-agonistas endógenos ou exógenos seja minimizada.
Insuficiência cardíaca6: É recomendável que o paciente esteja estável antes de iniciar-se o tratamento com carvedilol. Tanto as necessidades de dose como de monitorização dos pacientes com insuficiência cardíaca6 são diferentes das necessárias para o tratamento da hipertensão arterial13. O carvedilol pode ser usado em pacientes hipertensos que possuam insuficiência cardíaca6 controlada com digital, diuréticos9 e/ou inibidores da ECA. Tanto digital como o carvedilol diminuem a condução AV.
Doença vascular periférica14: Beta-bloqueadores podem precipitar ou agravar os sintomas8 de insuficiência15 arterial em pacientes com doença vascular periférica14.
Anestesias e cirurgias: Se o tratamento com carvedilol for continuado no pré-operatório, deve ser tomado cuidado particular quando empregados agentes anestésicos que deprimem a função miocárdica, como éter, ciclopropano e tricloroetileno.
Diabetes16 e hipoglicemia17: Beta-bloqueadores podem mascarar algumas das manifestações da hipoglicemia17, particularmente taquicardia18. Beta-bloqueadores não seletivos podem potencializar a hipoglicemia17 induzida por insulina19 e retardar a recuperação dos níveis séricos de glicose20. Pacientes submetidos a hipoglicemia17 espontânea ou pacientes diabéticos que estejam recebendo insulina19 ou agentes hipoglicemiantes21 devem ser avisados sobre essas possibilidades e o carvedilol deve ser usado com cautela.
Tirotoxicose: Bloqueio beta-adrenérgico22 pode mascarar sinais23 clínicos de hipertiroidismo, como taquicardia18. Suspensão abrupta do beta-bloqueador pode ser seguida por uma exacerbação dos sintomas8 do hipertiroidismo ou pode precipitar uma crise tiroidiana.
Atenção: Este medicamento contém corantes que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Gravidez24 - O carvedilol só deve ser usado durante a gravidez24 se o benefício para a mãe justificar o risco para o feto25. Não existem estudos adequados ou bem controlados em grávidas.
Lactação26 - Não existem evidências de que o carvedilol seja excretado no leite humano. Devido a reações adversas potencialmente sérias em crianças, especialmente bradicardia3, deve-se optar por interromper a amamentação27 ou descontinuar o uso da droga, levando-se em consideração a importância do tratamento para a mãe. Os efeitos de agentes alfa e beta-bloqueadores incluem sofrimento perinatal e neonatal.
Pediatria - A segurança e a eficácia em crianças ainda não foram estabelecidas.
Geriatria (idosos) - O carvedilol pode ser usado por pessoas acima de 65 anos de idade, desde que observadas as precauções e a posologia do produto.
Insuficiência renal28 - Apenas uma pequena quantidade de carvedilol inalterado é excretada na urina29 na forma inalterada e ajuste da doses não é necessária em pacientes com insuficiência renal28.
Insuficiência hepática30 - O carvedilol é extensivamente metabolizado no fígado31 e a redução na dose é recomendada em pacientes com insuficiência hepática30.
Lesões32 hepáticas33: Lesão34 hepatocelular moderada ocorreu raramente com a terapia com carvedilol. Aos primeiros sintomas8/sinais23 de disfunção hepática35 (como prurido36, urina29 escura, anorexia37 persistente, icterícia38 ou sintomas8 similares a gripe39), devem ser realizados testes de laboratório. Se o paciente tiver evidências laboratoriais de lesão34 hepática35 ou icterícia38, o tratamento com carvedilol deve ser suspenso. Comparados a indivíduos sadios, pacientes com cirrose40 hepática35 exibiram concentrações plasmáticas de carvedilol significativamente maiores (aproximadamente 4 a 7 vezes) após dose única.