CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS MAX-PAX
Gerais- o tratamento deve ser iniciado em doses reduzidas, em virtude da possibilidade de sonolência diurna. os pacientes tomando lorazepam devem ser advertidos para não operar máquinas ou dirigir veículos até se constatar que não apresentam sonolência ou tontura1.
Lorazepam não se destina ao tratamento de doenças depressivas primárias ou ao tratamento primário de psicoses.
Recomenda-se que a necessidade do tratamento continuado com lorazepam seja periodicamente reavaliada. Há relatos de amnésia2 anterógrada transitória e perturbação da memória associadas ao uso de benzodiazepínicos.
Alguns pacientes tomando benzodiazepínicos desenvolveram discrasias sangüíneas3 e alguns apresentaram elevação das enzimas hepáticas4. Como sucede com os demais benzodiazepínicos, recomendam-se avaliações hematimétricas e testes da função hepática5 periódicos nos pacientes sob terapia a longo prazo com o lorazepam.
Deve-se considerar a possibilidade de suicídio em pacientes com ansiedade associada à depressão; em tais casos, grandes quantidades de lorazepam não devem ser prescritas.
Em pacientes nos quais distúrbios gastrointestinais ou cardiovasculares coexistem com a ansiedade, lorazepam não demonstrou benefício significante no tratamento do componente gastrointestinal ou cardiovascular. Foi relatada dilatação esofágica em ratos tratados com lorazepam por mais de 1 ano à dose de 6 mg/kg/dia. A dose sem efeito foi de 1,25 mg/kg/dia (aproximadamente 6 vezes a máxima dose terapêutica6 humana de 10 mg por dia). Esse efeito foi reversível quando o tratamento foi interrompido até 2 meses após a primeira observação do fenômeno. O significado clínico desta observação é desconhecido, contudo, o uso de lorazepam por períodos prolongados, ou em pacientes geriátricos requer cautela e freqüente monitorização para sintomatologia digestiva alta.
Abuso e dependência: o uso em indivíduos propensos ao abuso, tais como os viciados em drogas ou álcool, deve ser evitado, sempre que possível, devido à sua predisposição para desenvolvimento de hábito e dependência. O uso de benzodiazepínicos pode levar à dependência. Observaram-se sintomas7 de abstinência, similares aos observados com os barbitúricos e o álcool, após a interrupção dessas drogas. Há também relatos de sintomas7 de abstinência após a descontinuação de benzodiazepínicos tomados continuamente em níveis terapêuticos, especialmente quando a descontinuação é abrupta. Desse modo, o Lorazepam deve ser retirado gradualmente, para ajudar a evitar a ocorrência dos sintomas7 de abstinência. O paciente deve ser advertido para consultar seu médico antes de qualquer aumento de dose ou interrupção abrupta do tratamento.
Carcinogênese, mutagênese, alterações da fertilidade: não houve evidência de potencial carcinogênico em ratos ou camundongos durante um estudo de 18 meses com lorazepam por via oral. A investigação de atividade mutagênica na Drosophila melanogaster indica que o lorazepam é mutacionalmente inativo. Um estudo de pré-implantação em ratos foi efetuado com lorazepam por via oral, na dose de 20 mg/kg, o qual não mostrou prejuízo da fertilidade.
Gravidez8 - os benzodiazepínicos podem causar danos fetais quando administrados a mulheres grávidas. Um aumento do risco de malformações9 congênitas10 associado ao uso de agentes ansiolíticos (clordiazepóxido, diazepam e meprobamato) foi sugerido em vários estudos portanto, o uso dessas drogas durante o primeiro trimestre da gravidez8 deve ser quase sempre evitado. Quando prescritos para mulheres férteis, elas devem ser advertidas para discutir com seus médicos a conveniência da interrupção da droga se desejarem engravidar ou se suspeitarem de gravidez8. Há relatos de sintomas7 de abstinência, no período pós-natal, em recém-nascidos de mães que ingeriram benzodiazepínicos por várias semanas ou mais, antes do parto. Em seres humanos, os níveis sangüíneos obtidos no cordão umbilical11 indicam transferência placentária do lorazepam e seu glucuronídeo. Os recém-nascidos parecem conjugar a droga lentamente, sendo o metabólito12 detectável na urina13 durante mais de sete dias. A glucuronidação do lorazepam pode inibir competitivamente a conjugação da bilirrubina14, levando à hiperbilirrubinemia nos recém-nascidos. Hipoatividade, hipotonia15, hipotermia16, apnéia17, incapacidade de sugar normalmente, e prejuízo na resposta metabólica às variações térmicas, têm sido relatadas em recém-nascidos de mães que receberam benzodiazepínicos no fim da gravidez8 ou durante o parto.
Lactação18 - os benzodiazepínicos são excretados no leite materno. Como os neonatos19 metabolizam os benzodiazepínicos mais lentamente que os adultos, é possível o acúmulo da droga e conseqüentemente seus efeitos tóxicos. A menos que o médico julgue clinicamente justificável, lorazepam não deve ser administrado a lactantes20.
Pediatria - pacientes pediátricos, especialmente os mais jovens, são mais sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos no SNC21, portanto não é recomendado o uso de lorazepam para crianças menores de 12 anos de idade.
Geriatria (idosos) - estes pacientes são mais sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos no SNC21. Recomenda-se que a dosagem diária inicial seja da menor dose eficaz e assim aumentada gradativamente, se necessário, para diminuir a posssibilidade de desenvolver ataxia22, sedação23 excessiva e tontura1 os quais podem levar a ocorrência de outros acidentes (fraturas por queda). Estudos indicam que pacientes geriátricos em tratamento com benzodiazepínicos de ação prolongada são mais susceptíveis a sofrer fraturas por queda do que quando tratados com benzodiazepínicos de ação curta. Embora o risco de sofrer esses acidentes em ambos os grupos seja maior do que no grupo de pacientes geriátricos que não fazem uso de benzodiazepínicos ou outro tipo de sedativo hipnótico de ação curta.
Insuficiência renal24/hepática5 - os pacientes com prejuízo da função renal25 ou hepática5 devem ser avaliados periodicamente. Estes pacientes são geralmente mais sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos no SNC21. A dose deve ser cuidadosamente ajustada, de acordo com a resposta do paciente.