POSOLOGIA GLIMEPIL

Atualizado em 28/05/2016

A dose deve ser suficiente para atingir o controle metabólico exigido. As doses iniciais e de manutenção são baseadas nos resultados de monitoração regular da glicemia1 ou glicosúria2. Dúvidas e enganos (como esquecer de uma dose) nunca devem ser resolvidos (por exemplo tomando-se uma dose maior mais tarde) por conta própria.
•  A dose inicial é de 1 mg de glimepirida3 diariamente. Se necessário esta dose pode ser aumentada. Recomenda-se que tal aumento se faça de acordo com o controle do nível de glicose4 no sangue5 e de forma gradual, em intervalos de 1 a 2 semanas, de acordo com as seguintes etapas : 1 mg, 2 mg, 3 mg, 4 mg e 6 mg. A dose inicial usual para pacientes6 com diabetes7 bem-controlada é de 1 a 4 mg de glimepirida3 ao dia. Doses diárias superiores a 6 mg (até 8 mg) somente são eficazes para uma minoria de pacientes, portanto, doses superiores não devem ser utilizadas. A distribuição das doses é determinada pelo médico, levando-se em consideração o quadro clínico do paciente. Normalmente, uma única dose diária de glimepirida3 é suficiente. Recomenda-se administrar imediatamente antes da primeira refeição substancial ou da primeira refeição principal. É muito importante alimentar-se bem após a administração da medicação.
•  Ajuste secundário de dose: a sensibilidade à insulina8 aumenta à medida que melhora o controle do diabetes7; portanto, as necessidades de glimepirida3 podem diminuir durante o tratamento. Para evitar a hipoglicemia9, deve-se considerar oportuna uma redução temporária da dose ou interrupção da terapia com a glimepirida3. Um ajuste de dose deverá ser considerado caso ocorram mudanças no peso ou no estilo de vida do paciente, ou ainda na ocorrência de outros fatores que aumentem a suscetibilidade para hipo ou hiperglicemia10.
•  Duração do tratamento: o tratamento com a glimepirida3 é de longa duração, dependente da resposta e evolução do paciente e da conduta e decisão do médico assistente.
•  Substituição de outros agentes antidiabéticos orais11 pela glimepirida3: não há uma exata relação entre a dose de glimepirida3 e a de outros agentes hipoglicemiantes12. Em caso de substituição desses agentes, a dose inicial de glimepirida3 deverá ser de 1 mg, mesmo quando se parte de doses máximas do agente hipoglicemiante13 anteriormente administrado. Todo aumento posterior de dose deverá ser procedido de forma gradual seguindo as diretrizes acima explicitadas. Deve-se ter em conta a potência e a duração da ação do agente hipoglicemiante13 empregado previamente. Pode ser necessário interromper o tratamento para evitar efeitos aditivos que aumentam o risco de hipoglicemia9. Em alguns casos de pacientes com diabetes7 tipo I anteriormente controlados com insulina8, uma substituição pela glimepirida3 pode ser indicada. A substituição geralmente deve ser feita em hospitais.
•  Administração: os comprimidos de glimepirida3 devem ser engolidos sem mastigar e com quantidade suficiente de líquido (aproximadamente meio copo).

SUPERDOSAGEM
•  A superdosagem de sulfoniluréias14, incluindo a glimepirida3, pode causar hipoglicemia9. Sintomas15 hipoglicêmicos deverão ser tratados imediatamente com glicose4 via oral e ajuste na dose da droga e (ou) no padrão de alimentação.
•  Cuidadosa observação médica deverá ser feita até que se assegure que o paciente esteja fora de perigo. Reações hipoglicêmicas graves, como convulsões, coma16 ou outros distúrbios neurológicos ocorrem infrequentemente e devem ser consideradas como emergências médicas requerendo hospitalização imediata. Se houver suspeita ou se for diagnosticado coma16 hipoglicêmico, o paciente deve receber rápida injeção17 intravenosa de solução glicosada ( para adulto inicia-se com 40 ml de solução de glicose4 20% e ou glucagon18 em doses de 0,5 a 1 mg por via SC, IV ou IM ). Em crianças e adolescentes, a dose de glicose4 deve ser administrada cuidadosamente e deve ser regulada pelo controle da glicose4 no sangue5. Esses pacientes devem ser cuidadosamente observados por um período mínimo de 24 a 48 horas, uma vez que a hipoglicemia9 pode recorrer após aparente melhora clínica. Em caso de ingestão excessiva de comprimidos de glimepirida3, proceder lavagem gástrica19 e administrar carvão medicinal.

APRESENTAÇÃO
Embalagem com 30 comprimidos sulcados.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
2 Glicosúria: Presença de glicose na urina.
3 Glimepirida: Medicamento de uso oral para tratamento do diabetes tipo 2. Estimula a secreção de insulina ligando-se a um receptor específico na célula-beta do pâncreas que determina fechamento dos canais de potássio (K+) dependentes de ATP (adenosinatrifosfato), resultando em despolarização da célula. Pertence à classe das sulfoniluréias.
4 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
5 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
6 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
7 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
8 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
9 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
10 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
11 Antidiabéticos orais: Quaisquer medicamentos que, administrados por via oral, contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais. Eles podem ser um hipoglicemiante, se forem capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados, ou um anti-hiperglicemiante, se agirem impedindo a elevação da glicemia após uma refeição.
12 Hipoglicemiantes: Medicamentos que contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
13 Hipoglicemiante: Medicamento que contribui para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capaz de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
14 Sulfoniluréias: Classe de medicamentos orais para tratar o diabetes tipo 2 que reduz a glicemia por ajudar o pâncreas a fabricar mais insulina e o organismo a usar melhor a insulina produzida.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
17 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
18 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
19 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.

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