INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS GINESSE
A eficácia contraceptiva é reduzida e uma incidência1 maior de sangramento intermenstrual podem ocorrer com o uso concomitante de contraceptivos orais com as seguintes drogas: rifampicina, penicilinas, ampicilina, neomicina, tetraciclinas, cloranfenicol, sulfonamidas, barbitúricos, fenilbutazona, meprobamato, analgésicos2 contendo fenacetina e pirazolona, clorpromazina e clordiazepóxido. Os anticonceptivos orais podem antagonizar a eficácia dos agentes anti-hipertensivos, anticonvulsivantes, anticoagulantes3 orais e agentes hipoglicêmicos. Podem interferir no metabolismo4 oxidativo do diazepam e outros benzodiazepínicos, podendo ocorrer acumulação dos níveis plasmáticos dessas drogas. As doses necessárias para agentes antidiabéticos e insulina5 podem precisar ser alteradas como um resultado do efeito de tolerância à glicose6.
• A observação ou suspeita de qualquer dessas manifestações implicará na interrupção imediata do medicamento.• Estudos realizados relacionando compostos desta classe terapêutica7 mostraram um aumento do risco de tromboflebite8, distúrbios cerebrovasculares, infarto9 miocárdico e embolia10 pulmonar. Este aumento o risco foi estimado em 4 a 11 vezes mais alto (para hemorragia11 cerebral 2 vezes mais) para as usuárias, comparado com as não-usuárias, paralelamente, o risco de trombose venosa superficial12 ou profunda foi menor nas pacientes que vão ser submetidas à cirurgia, o médico deve considerar a interrupção do tratamento pelos menos quatro semanas antes da data provável da intervenção.
• A medicação deve também ser interrompida se houver: gradual ou súbita, parcial ou completa perda de visão13, exoftalmia ou diplopia14; inicio ou agravamento de enxaqueca15 ou aparecimento de cefaléia16 recorrente, persistente ou grave; edema17 da papila; alguma evidência de lesão18 vascular19 retiniana.
• Anormalidades fetais têm sido relatadas em descendentes de mulheres que tomaram estes medicamentos durante a gravidez20, portanto, a possibilidade de gestação deve ser afastada, antes do inicio ou da continuação de um tratamento desta natureza.
• Tumores hepáticos, ocasionalmente fatais, foram diagnosticados em usuárias destes compostos. Estes tumores podem se apresentar como uma massa abdominal, com sangramento e (ou) sinais21 e sintomas22 de abdome agudo23, tanto em pacientes que estão se submetendo à terapêutica7 a curto como a longo prazo.
• Em fumantes que usam este medicamento o risco de efeitos secundários cardiovasculares aumenta em relação à idade (acima de 35 anos) e ao consumo de cigarros ( 15 ou mais por dia). As mulheres nestas condições deverão ser severamente advertidas para não fumarem.
• Algumas condições médicas podem ser influenciadas por este tipo de tratamento. O médico deve estar alertado quanto às mesmas, examinar cuidadosamente a paciente e avaliar criteriosamente a conveniência de continuar ou não a terapia: a) fibroma24 uterino preexistente pode aumentar de tamanho. B) a tolerância à glicose6 pode diminuir em um significativo número de mulheres. C) a pressão arterial25 pode aumentar, em pequeno mas significativo número de pacientes. D) icterícia26 colestática: gestantes com história pregressa dessa afecção27 são mais propensas ao desenvolvimento dessa patologia28. E) amenorréia29 durante e após o tratamento. Mulheres com passado de dismenorréia30 secundária ou com ciclos irregulares são mais propensas a não ovular, ou se tornarem amenorréicas. F) depressão psíquica. G) retenção líquida. Condições que poderiam ser afetadas por esse fator incluem epilepsia31, enxaqueca15, asma32, disfunção cardíaca ou renal33.
• Com um estudo controlado retrospectivo34, foi cirurgicamente confirmado um aumento do risco de doenças da vesícula biliar35.
• Antes de iniciar o tratamento a paciente deve ser submetida a um exame físico completo, e seus antecedentes familiares devem ser investigados. Na vigência do tratamento aconselha-se que seja realizados com periodicidade exames físicos e colpocitológico.
• Lactantes36: pequenas quantidades de contraceptivos esteróides orais têm sido identificados no leite materno e alguns efeitos adversos têm sido relatados na criança, incluindo icterícia26 e ingurgitamento mamário. Por outro lado, os contraceptivos orais administrados no puerpério37 imediato podem diminuir a quantidade e a qualidade do leite materno.