ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA AMPLACILINA
Administração
As cápsulas de Amplacilina® (ampicilina) devem ser deglutidas com um pouco de líquido. A ingestão de alimentos interfere na absorção de ampicilina, portanto recomenda-se sua tomada 30 minutos a 1 hora antes das refeições. Já para a suspensão oral devem ser seguidas as informações descritas no item “Recomendações para Reconstituição da Suspensão Oral”.
Posologia
A garantia de níveis sangüíneos eficazes em virtude de sua estabilidade no meio gastrintestinal indica a via oral para a administração da ampicilina. Nos impedimentos, usar a via injetável, passando à via oral assim que possível.
A critério médico e de acordo com a maior ou menor gravidade da infecção1 recomenda-se a seguinte posologia:
(*) Podem ser necessárias doses maiores para infecções2 graves.
(**) As doses recomendadas para crianças destinam-se àquelas cujo peso não resulte em doses mais altas que para adultos.
Doses menores que as recomendadas na tabela acima não devem ser utilizadas. Em infecções2 graves o tratamento poderá ter que ser prolongado por várias semanas, e mesmo doses mais elevadas poderão ser necessárias. Os pacientes devem continuar o tratamento pelo menos por 48 a 72 horas após cessarem todos os sintomas3 ou tornarem-se negativas as culturas. As infecções2 por estreptococos hemolíticos requerem um mínimo de 10 dias de tratamento para evitar manifestações de febre reumática4 ou glomerulonefrite5. Nas infecções2 crônicas das vias geniturinárias e gastrintestinais são necessárias freqüentes avaliações bacteriológicas e clínicas, assim como exames pós-tratamento repetidos por vários meses, para confirmação de cura bacteriológica.
Infecção1 por Neisseria gonorrhoeae: infecções2 uretrais, cervicais, retais e faringeanas em adultos podem ser tratadas com dose única de 3,5 g de ampicilina associada a 1,0 g de probenecida administradas simultaneamente. Deve-se realizar seguimento, por meio de culturas, de 4 a 7 dias em homens e de 7 a 14 dias em mulheres, após o tratamento. Todos os pacientes com gonorréia6 deveriam possuir testes sorológicos para sífilis7 na época do diagnóstico8. Pacientes com posologia negativa, que não apresentem lesão9 suspeita de sífilis7 deveriam fazer seguimento de controle com sorologia mensal durante 4 meses, para detectar possível sífilis7 mascarada pelo tratamento de gonorréia6. Pacientes com gonorréia6, que apresentam sífilis7 concomitante, devem receber tratamento adicional apropriado para sífilis7 de acordo com seu estágio.
RECOMENDAÇÕES PARA RECONSTITUIÇÃO DA SUSPENSÃO ORAL:
Pó para suspensão oral - 60 mL: para reconstituição, adicione água filtrada dentro do frasco, aos poucos e sob agitação constante, até que a suspensão obtida atinja o volume indicado pela marca no rótulo. Após reconstituição, cada colher-medida 5 ml conterá 250 mg de ampicilina.
Após reconstituição, o produto mantém-se estável por 7 dias à temperatura ambiente (entre 15°C a 30°C). Após este prazo, despreze qualquer suspensão não utilizada.
Administração intramuscular:
Diluir com o diluente (água estéril para injeção10) que acompanha cada frasco e aplicar em injeção intramuscular11 profunda. A solução deve ser utilizada em até uma hora após a reconstituição.
Administração intravenosa direta:
Diluir cada frasco de 1000 mg com 3 ml do diluente e injetar lentamente, de modo que a injeção10 demore no mínimo 10 a 15 minutos para a de 1.000 mg. Administrações mais rápidas podem resultar em convulsões.
Administração intravenosa contínua:
Diluir cada frasco de 1.000 mg com 3 ml do diluente. A seguir, a solução resultante deve ser misturada com fluidos próprios para infusão intravenosa, de tal forma que se obtenha uma concentração entre 2 e 30 mg/ml. Estudos de estabilidade com a ampicilina sódica, em várias soluções para infusão intravenosa, indicam que a droga perderá menos de 10% de sua atividade, à temperatura de 21°C, nas seguintes soluções, concentrações e nos tempos indicados:
NOTA: As penicilinas, incluindo a ampicilina sódica, não devem ser misturadas com aminoglicosídeos, seja na mesma seringa12 ou no mesmo fluido para injeção10, visto que pode ocorrer inativação física da droga.
- SUPERDOSAGEM
Conduta na superdosagem
As penicilinas apresentam toxicidade13 direta mínima no homem. É improvável que efeitos tóxicos graves resultem de ingestão, mesmo que em largas doses. O perigo potencial associado à administração de altas doses por via parenteral é o possível efeito irritante sobre o sistema nervoso central14 e periférico, podendo causar ataque epileptiforme15. Pacientes com disfunção renal16 são mais susceptíveis a alcançar níveis sangüíneos tóxicos. Não havendo antídoto17 específico, o tratamento, quando necessário, deve ser de suporte. A ampicilina pode ser removida por hemodiálise18, mas não por diálise peritoneal19. Devido ao sódio presente na Amplacilina® (ampicilina) injetável, aconselha-se a monitorização de eletrólitos20 sangüíneos nos pacientes, principalmente naqueles com tendência a hipernatremia21. Cada grama22 de Amplacilina® (ampicilina) injetável contém 61,9 mg (2,7 mEq) de sódio.