PRECAUÇÕES AMYTRIL 25MG-20 BLI.10 CPS

Atualizado em 28/05/2016
A Amitriptilina pode bloquear a ação da guanitidina ou de compostos similares. Deve ser usado com cuidado em pacientes com antecedentes convulsivos, com disfunção hepática1, com história de retenção urinária2 ou glaucoma3 de ângulo estreito ou aumento de pressão intra-ocular. Em pacientes com glaucoma3 de ângulo estreito, mesmo pequenas doses podem precipitar um ataque. A Amitriptilina quando em altas doses, pode produzir arritmias4, taquicardia5 sinusial e prolongamento do tempo de condução. Também pode aparecer infarto do miocárdio6. Pacientes com hipertireoidismo7 tem que estar sob estrita vigilância quando medicados com Amitriptilina. Esta droga pode prejudicar a vigilância além de intensificar a resposta do álcool, aos barbitúricos e outros depressores do SNC8. Pacientes que fazem uso excessivo do álcool, podem ter potenciação dos efeitos aumentando assim o risco inerente de tentativa de suicídio ou superdosagem. Tem havido relato de ocorrência de delírio9 quando há administração simultânea de dissulfiram.
A administração do produto a pacientes esquizofrênicos pode agravar os sintomas10 psicóticos, e os maníaco-depressivos podem experimentar tendência para a mania ou hipomania. Nestes casos a dose de Amitriptilina deve ser reduzida ou um tranqüilizante maior como a perfenezina deve ser administrada. Quando se utiliza a Amitriptilina associada com agentes anticolinérgicos ou simpatomiméticos (epinefrina e/ou anestésicos locais) é necessária a supervisão médica e cuidadoso ajuste posológico. Pode ocorrer íleo paralítico11 em pacientes que tomam antidepressivos tricíclicos em combinação com drogas anticolinérgicas. Aconselha-se cautela nos pacientes que estão recebendo simultaneamente doses de etclorvinol.
A possibilidade de suicídio em pacientes deprimidos permanece durante o tratamento e até que ocorra apreciável remissão. Pacientes potencialmente suicidas, não devem ter acesso a grandes quantidades deste produto, devendo as prescrições serem as mínimas possíveis.
A administração concomitante de Amitriptilina e terapia de eletrochoque pode aumentar os riscos associados com esta terapia. Estes tratamentos devem ser limitados apenas quando estritamente essenciais ao paciente.
Quando possível, a droga deve ser descontinuada vários dias antes de uma cirurgia eletiva12.
Pacientes em tratamento com Amitriptilina devem ser avisados dos riscos em operar máquinas ou dirigir veículos devido à possível diminuição das habilidades mentais e/ou físicas.
Uso na gravidez13: Não foi estabelecida a segurança do uso de Amitriptilina na gravidez13 e lactação14.
A droga atravessa a placenta. Embora a relação causal não tenha sido estabelecida, alguns relatos de reações adversas têm sido descritos, incluindo-se efeitos no SNC8, deformidades nas extremidades, ou demora no desenvolvimento de crianças, cujas mães estiveram sob tratamento com amitriptilina durante a gravidez13. Portanto, ao administrar-se o medicamento às gestantes, ou passíveis de engravidar, deve-se pesar os riscos envolvidos contra os benefícios esperados.
Amamentação15: A droga é excretada no leite materno. Devido ao potencial para sérias reações adversas em crianças em fase de amamentação15, a decisão deve ser descontinuar a amamentação15 ou o produto, levando-se em consideração a necessidade do produto para a mãe.
Uso em pediatria: Em razão da falta de experiência com o uso desta substância em crianças, não se recomenda para os menores de 12 anos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Outras drogas antidepressivas: a amitriptilina tem uma potência tal, que, ao serem acrescentados outros antidepressivos, normalmente não resulta em qualquer benefício terapêutico adicional. O uso combinado de antidepressivos com modos variáveis de atividade deve ser realizado com o devido reconhecimento da possibilidade de potenciação para se evitar reações indesejáveis.
Agentes Anticolinérgicos / Drogas Simpatomiméticas: Quando a amitriptilina é administrada concomitantemente com agentes anticolinérgicos ou drogas simpatomiméticas, incluindo epinefrina combinada com anestésico local, há necessidade de ajustes na posologia e acompanhamento médico. Pode ocorrer paralisia16 do íleo paralítico11 em pacientes tomando antidepressivos tricíclicos em combinação com drogas anticolinérgicas. Pode ocorrer hiperpirexia quando há administração de amitriptilina com agentes anticolinérgicos ou com drogas neurolépticas, particularmente durante o verão.
Cimetidina: Há relatos de que o metabolismo17 hepático de certos antidepressivos tricíclicos é reduzido pela cimetidina, diminuindo assim a eliminação e aumentando as concentrações do estado de equilíbrio destas drogas.
Guanitidina: A amitriptilina pode bloquear a ação anti-hipertensiva da Guanitidina ou de compostos de ação similar.
Dissulfiram: A administração concomitante de amitriptilina e dissulfiram pode provocar delírio9.
Depressores do SNC8: Amitriptilina pode aumentar a resposta do álcool, os efeitos dos barbitúricos e de outros depressores do SNC8. É aconselhável precaução se o paciente receber concomitantemente grande dose de etclorvinol.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
2 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
3 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
4 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
5 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
6 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
7 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
8 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
9 Delírio: Delirio é uma crença sem evidência, acompanhada de uma excepcional convicção irrefutável pelo argumento lógico. Ele se dá com plena lucidez de consciência e não há fatores orgânicos.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Íleo paralítico: O íleo adinâmico, também denominado íleo paralítico, reflexo, por inibição ou pós-operatório, é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica. É distúrbio comum do pós-operatório podendo-se afirmar que ocorre após toda cirurgia abdominal, como resposta “fisiológica“ à intervenção, variando somente sua intensidade, afetando todo o aparelho digestivo ou parte dele.
12 Eletiva: 1. Relativo à eleição, escolha, preferência. 2. Em medicina, sujeito à opção por parte do médico ou do paciente. Por exemplo, uma cirurgia eletiva é indicada ao paciente, mas não é urgente. 3. Cujo preenchimento depende de eleição (diz-se de cargo). 4. Em bioquímica ou farmácia, aquilo que tende a se combinar com ou agir sobre determinada substância mais do que com ou sobre outra.
13 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
14 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
15 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
16 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
17 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.

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