PRECAUÇÕES DIGOXINA

Atualizado em 28/05/2016
A INTOXICACAO POR DIGOXINA PRODUZ UMA VARIEDADE DE DISRITMIAS CARDIACAS, SENDO QUE ALGUMAS DELAS PODEM SER PARECIDAS COM DISRITMIAS PARA AS QUAIS A DROGA SERIA INDICADA. A TAQUICARDIA1 ATRIAL COM BLOQUEIO AV INTERMITENTE2, APESAR DE NAO SER A DISRITMIA MAIS COMUM QUE RESULTA DE SUPERDOSE DE DIGOXINA, REQUER CUIDADO ESPECIAL, UMA VEZ QUE, CLINICAMENTE, O RITMO IRREGULAR PARECE-SE COM A FIBRILACAO ATRIAL. A DETERMINACAO DA CONCENTRACAO DE DIGOXINA NO PLASMA3 PODE SER DE GRANDE AJUDA A DECISAO DE SE CONTINUAR O TRATAMENTO COM A MESMA. ENTRETANTO, DOSES TOXICAS DE OUTROS GLICOSIDEOS PODEM APRESENTAR REACAO CRUZADA NO ENSAIO E SUGERIR MEDIDAS APARENTEMENTE SATIS-FATORIAS. AS OBSERVACOES DURANTE A SUSPENSAO TEMPORARIA DE DIGOXINA PODEM SER TAMBEM ADEQUADAS. NOS CASOS EM QUE GLICOSIDEOS TENHAM SIDO ADMINISTRADOS NAS DUAS SEMANAS PRECEDENTES, AS RECOMENDACOES PARA AS DOSES INICIAIS DE UM PACIENTE DEVEM SER RECONSIDERADAS, E ACONSELHA-SE UMA REDUCAO DA DOSE. AS RECOMENDACOES DEVEM SER IGUALMENTE RECONSIDERADAS, SE OS PACIENTES FOREM IDOSOS OU TENHAM OUTRAS RAZOES PARA CLEARANCE RENAL4 REDUZIDO PARA A DIGOXINA, TAIS COMO: DOENCA RENAL4 OU COMPROMETIMENTO DA FUNCAO RENAL4 SECUNDARIO A DOENCA CARDIOVASCULAR. PODE SER NECESSARIO REDUZIR A DOSE DE DIGOXINA EM PACIENTES QUE ESTEJAM TOMANDO DIURETICOS5. PODE OCORRER HIPOCALEMIA6 PELO TRATAMENTO COM CORTICOSTEROIDES, POR DIALISE PERITONEAL7 OU SANGUINEA, SUCCAO DE SECRECAO GASTRENTERICA, RESINAS DE SUBSTITUICAO DE IONS8 E TRATAMENTO COM CARBENOXOLONA. A HIPERCALCEMIA E A HIPOMAGNESEMIA PODEM AUMENTAR A SENSIBILIDADE DO MIOCARDIO9, MAS SAO DE MENOR IMPORTANCIA CLINICA. DOSES MENORES DE DIGOXINA DO QUE AS INICIAIS E AS DE MANUTENCAO SAO SUFICIENTES, QUANDO A FUNCAO DA TIREOIDE10 E SUBNORMAL. O CHOQUE11 DE CORRENTE DIRETA PARA CARDIOVERSAO PARECE AUMENTAR A POSSIBILIDADE DE EXCITABILIDADE CARDIACA ATRAVES DA INDUCAO DE UMA REDUCAO ABRUPTA NA CONCENTRACAO DE POTASSIO INTRACELULAR DO MIOCARDIO9. ASSIM, A CARDIOVERSAO PODE INDUZIR SINAIS12 DE TOXICIDADE13 CARDIACA, SE A DIGOXINA JA ESTIVER PRESENTE. A DIGOXINA DEVE SER SUSPENSA ENTRE 24 E 48 HORAS, ANTES QUE A ELETROCONVERSAO SEJA REALIZADA, DEPENDENDO DA POSSIVEL EXCRECAO DA DROGA. EM EMERGENCIA14, COMO NA PARADA CARDIACA, DEVE SER ADMINISTRADO O MENOR CHOQUE11 POSSIVEL PARA SE OBTER SUCESSO. MUITOS EFEITOS BENEFICOS DA DIGOXINA SOBRE ARRITMIAS15 RESULTAM DE UM GRAU DE BLOQUEIO DE CONDUCAO AV. ENTRETANTO, QUANDO JA EXISTE BLOQUEIO AV INCOMPLETO, OS EFEITOS DE UMA RAPIDA PROGRESSAO NO BLOQUEIO DEVEM SER ANTECIPADOS. NO BLOQUEIO COMPLETO, O RITMO DE ESCAPE IDIOVENTRICULAR PODE SER SUPRIMIDO. NO PERIODO IMEDIATAMENTE APOS UM INFARTO16, O MIOCARDIO9 FICA ELETRICAMENTE INSTAVEL E MUITO PROPENSO A DESENVOLVER DISRITMIAS DE MAIOR OU MENOR DURACAO. ENQUANTO ESTUDOS PROSPECTIVOS NAO DAO SUPORTE A IMPRESSAO DE QUE O INFARTO16 SENSIBILIZA O MIOCARDIO9 PARA SUAS ACOES TOXICAS E QUE DOSES NORMAIS PODEM SER ADMINISTRADAS, SE A DROGA FOR INDICADA, DEVE SER LEMBRADO QUE AS ACOES DA DIGOXINA PERSISTIRAO POR UMA GRANDE PARTE DO PERIODO ELETRICAMENTE VULNERAVEL. AS LIMITACOES RESULTANTES PARA POSSIVEL CARDIOVERSAO ELETRICA DEVEM SER CONSIDERADAS. NA MAIORIA DOS PACIENTES ESTABILIZADOS COM DIGOXINA, O NIVEL PLASMATICO DE ESTADO CONTINUO DA MESMA SERA ELEVADO, QUANDO SE PRESCREVER QUINIDINA ADICIONALMENTE. ISTO SE DEVE A REDUCAO DO CLEARANCE RENAL4 E, PROVAVELMENTE, A UM VOLUME REDUZIDO DE DISTRIBUICAO. UM NOVO NIVEL DE ESTADO CONTINUO E ALCANCADO DENTRO DE CINCO DIAS. AO SE INSTITUIR O TRATAMENTO COM QUINIDINA, E PRUDENTE DIMINUIR A DOSE DE DIGOXINA MAIS OU MENOS PELA METADE E, EM SEGUIDA, AJUSTAR A ULTIMA DOSE DE ACORDO COM AS NECESSIDADES . USO NA GRAVIDEZ17 E LACTACAO18: NAO HA RELATOS DE QUALQUER EFEITO TERATOGENICO19 DURANTE A GRAVIDEZ17. A DIGOXINA E EXCRETADA NO LEITE MATERNO, MAS NAO EM QUANTIDADES CLINICAMENTE SIGNIFICATIVAS. - INTERACOES MEDICAMEN-TOSAS: OS AGENTES QUE CAUSAM HIPOCALEMIA6 OU DEPLECAO20 DO POTASSIO INTRACELULAR PODEM OCASIONAR UM AUMENTO DE SENSIBILIDADE A DIGOXINA. OS PROCESSOS QUE PROVAVELMENTE CAUSAM HIPOCALEMIA6, TAIS COMO, DIALISE PERITONEAL7 E SANGUINEA, SUCCAO DE SECRECOES GASTRENTERICAS E USO DE RESINAS DE SUBSTITUICAO DE IONS8, PODEM TAMBEM AUMENTAR A SENSIBILIDADE CARDIACA A DIGOXINA. A ADMINISTRACAO CONCOMITANTE DE QUINIDINA PODE AUMENTAR SIGNIFICATIVAMENTE OS NIVEIS PLASMATICOS DE ESTADO CONTINUO DA DIGOXINA. AO SE INSTITUIR O TRATAMENTO COM A QUINIDINA, E PRUDENTE DIMINUIR A DOSE DE DIGOXINA PELA METADE E, EM SEGUIDA, AJUSTAR A ULTIMA DOSE DE ACORDO COM AS NECESSIDADES. RELATOU-SE QUE O VERAPAMIL E O DIAZEPAM PRODUZEM EFEITOS SEMELHANTES AOS DA QUINIDINA.
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Complementos

1 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
2 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
3 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
6 Hipocalemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
7 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
8 Íons: Átomos ou grupos atômicos eletricamente carregados.
9 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
10 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
11 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
12 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
13 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
14 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
15 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
16 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
17 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
18 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
19 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
20 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.

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