INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PLAKETAR
Ácido acetilsalicílico e outros AINES: a ticlopidina potencializa o efeito dos antiinflamatórios não hormonais quanto a inibição da agregação plaquetária, aumentando o risco hemorrágico1. A segurança do uso concomitante da ticlopidina com o ácido acetil salicílico ou outros AINES não foi estabelecida. Não é recomendado o uso concomitante de ácido acetil salicílico com a ticlopidina. Caso o uso de antiinflamatórios seja imprescindível, deve-se proceder o cuidadoso controle clínico e laboratorial.
Antiácidos2: A administração de ticlopidina posteriormente a antiácidos2 resulta em uma diminuição de 18% no nível plasmático da ticlopidina.
Digoxina: Co-administração de ticlopidina e digoxina resulta em uma pequena redução (cerca de 15%) da digoxina plasmática, sem contudo afetar sua eficácia terapêutica3.
Teofilina: Em voluntários sadios, a administração concomitante da ticlopidina produz um significante aumento na meia-vida de eliminação (de 8,6 para 12,2 horas) e similar redução no clearance de teofilina. É necessário controle clínico nas determinações do nível plasmático de teofilina, além de adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a ticlopidina.
Fenobarbital: A administração crônica de fenobarbital não é alterada pela inibição plaquetária promovida pela ticlopidina.Fenitoína: Estudos "in vitro" demonstraram que a ticlopidina não altera a ligação da fenitoína às proteínas4 plasmáticas. Não foram elaborados estudos "in vitro". Foram reportados vários casos de sonolência e letargia5 associados a níveis plasmáticos elevados de fenitoína, após administração conjunta com ticlopidina.
Propranolol: Estudos "in vitro" com a ticlopidina não alteraram a ligação das proteínas4 plasmáticas à ticlopidina. No entanto, não há estudos "in vivo" sobre esta questão. Cuidados devem ser tomados quando se administra propranolol conjuntamente com a ticlopidina.
Antiagregantes plaquetários: Podem aumentar o risco hemorrágico1. Caso a associação não possa ser evitada, o paciente deve ser cuidadosamente controlado clínica e laboratorialmente.
Anticoagulantes6 orais: aumentam o risco hemorrágico1 pelas ações combinadas do anticoagulante7 e da ticlopidina (antiplaquetária). Se a associação não puder ser evitada, é necessário o controle clínico e laboratorial (inclusive INR).
Heparínicos: Aumentam o risco hemorrágico1. Caso o uso conjunto seja prescrito, o paciente deve se submeter a controle clínico e laboratorial (inclusive APTT).
Outros medicamentos: Embora estudos de interação específica não tenham sido realizados, em diversos estudos clínicos a ticlopidina foi administrada concomitantemente com beta-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos8 sem qualquer evidência clínica de interações adversas significativas. Houve raros relatos de diminuição nos níveis sangüíneos da ciclosporina. Assim, estes devem ser monitorizados caso haja administração conjunta com ticlopidina.