INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PLAKETAR

Atualizado em 28/05/2016

Ácido acetilsalicílico e outros AINES: a ticlopidina potencializa o efeito dos antiinflamatórios não hormonais quanto a inibição da agregação plaquetária, aumentando o risco hemorrágico1. A segurança do uso concomitante da ticlopidina com o ácido acetil salicílico ou outros AINES não foi estabelecida. Não é recomendado o uso concomitante de ácido acetil salicílico com a ticlopidina. Caso o uso de antiinflamatórios seja imprescindível, deve-se proceder o cuidadoso controle clínico e laboratorial.

Antiácidos2: A administração de ticlopidina posteriormente a antiácidos2 resulta em uma diminuição de 18% no nível plasmático da ticlopidina.

Digoxina: Co-administração de ticlopidina e digoxina resulta em uma pequena redução (cerca de 15%) da digoxina plasmática, sem contudo afetar sua eficácia terapêutica3.

Teofilina: Em voluntários sadios, a administração concomitante da ticlopidina produz um significante aumento na meia-vida de eliminação (de 8,6 para 12,2 horas) e similar redução no clearance de teofilina. É necessário controle clínico nas determinações do nível plasmático de teofilina, além de adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a ticlopidina.

Fenobarbital: A administração crônica de fenobarbital não é alterada pela inibição plaquetária promovida pela ticlopidina.Fenitoína: Estudos "in vitro" demonstraram que a ticlopidina não altera a ligação da fenitoína às proteínas4 plasmáticas. Não foram elaborados estudos "in vitro". Foram reportados vários casos de sonolência e letargia5 associados a níveis plasmáticos elevados de fenitoína, após administração conjunta com ticlopidina.

Propranolol: Estudos "in vitro" com a ticlopidina não alteraram a ligação das proteínas4 plasmáticas à ticlopidina. No entanto, não há estudos "in vivo" sobre esta questão. Cuidados devem ser tomados quando se administra propranolol conjuntamente com a ticlopidina.

Antiagregantes plaquetários: Podem aumentar o risco hemorrágico1. Caso a associação não possa ser evitada, o paciente deve ser cuidadosamente controlado clínica e laboratorialmente.

Anticoagulantes6 orais: aumentam o risco hemorrágico1 pelas ações combinadas do anticoagulante7 e da ticlopidina (antiplaquetária). Se a associação não puder ser evitada, é necessário o controle clínico e laboratorial (inclusive INR).

Heparínicos: Aumentam o risco hemorrágico1. Caso o uso conjunto seja prescrito, o paciente deve se submeter a controle clínico e laboratorial (inclusive APTT).

Outros medicamentos: Embora estudos de interação específica não tenham sido realizados, em diversos estudos clínicos a ticlopidina foi administrada concomitantemente com beta-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos8 sem qualquer evidência clínica de interações adversas significativas. Houve raros relatos de diminuição nos níveis sangüíneos da ciclosporina. Assim, estes devem ser monitorizados caso haja administração conjunta com ticlopidina.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
2 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
3 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
4 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
5 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
6 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
7 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
8 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.

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