CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS SPIROCTAN

Atualizado em 28/05/2016

Gerais - Devido a ação diurética da espironolactona, os pacientes devem ser cuidadosamente avaliados quanto a possibilidade de distúrbios dos fluídos e do balanço eletrolítico. Hiperpotassemia pode ocorrer em pacientes com diminuição da função renal1 ou ingestão excessiva de potássio, onde irregularidades cardíacas podem ser fatais. Consequentemente, não deve ser dada suplementação2 de potássio juntamente com Spiroctan®. A hiperpotassemia pode ser tratada prontamente com administração EV rápida de glicose3 (de 20 a 50%) e insulina4 comum, utilizando 0,25 a 0,5 unidades de insulina4/g de glicose3. Esta medida temporária pode ser repetida conforme a necessidade. O uso da espironolactona poderá ser descontinuado e a ingestão de potássio (inclusive a dieta potássica) restringida.
Acidose metabólica5 hiperclorêmica reversível, usualmente em associação com hiperpotassemia, foi relatada em alguns pacientes com cirrose6 hepática7 descompensada, mesmo na presença de função renal1 normal.
Hiponatremia8, manifestada através de secura bucal, sede, letargia9 e sonolência, e confirmada pelos baixos níveis sangüíneos de sódio, pode ser causada ou agravada, especialmente quando a espironolactona é administrada em combinação com outros diuréticos10.
Ginecomastia11 pode se desenvolver com o uso de espironolactona, os médicos devem alertar os pacientes para esta possibilidade. O desenvolvimento da ginecomastia11 parece estar relacionado com o nível da dose e a duração do tratamento, sendo normalmente reversível com a descontinuidade da espironolactona.
A terapia com Spiroctan® pode causar elevação transitória da uréia12 plasmática (BUN), especialmente em pacientes com insuficiência renal13 preexistente. A espironolactona pode provocar acidose14 branda.
A avaliação dos eletrólitos15 séricos para detectar possíveis desequilíbrios deve ser estabelecida em intervalos periódicos.
Gravidez16 - A espironolactona ou seus metabólitos17 podem atravessar a barreira placentária. Portanto, o uso de Spiroctan® em mulheres grávidas não é recomendado, e no caso do médico determinar sua utilização, uma cuidadosa avaliação dos riscos/benefícios em relação à mãe e ao feto18 deve ser feita.
Lactação19 - A canrenona, um metabólito20 ativo da espironolactona, pode ser dosada no leite materno. Caso o uso de Spiroctan® seja essencial, um método alternativo de alimentação para a criança deve ser instituído.
Geriatria (idosos) - Apesar de não terem sido realizados estudos adequados sobre os efeitos dos diuréticos10 depletores de potássio em pacientes idosos, deve-se esperar um aumento na ocorrência de hipercalemia21 nessa faixa etária. Além disso, os pacientes idosos são mais suscetíveis a apresentarem insuficiência renal13, requerendo cautela durante a administração de espironolactona.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
2 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
3 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
4 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
5 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
6 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
7 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
8 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
9 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
10 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
11 Ginecomastia: Aumento anormal de uma ou ambas as glândulas mamárias no homem. Associa-se a diferentes enfermidades como cirrose, tumores testiculares, etc. Em certas ocasiões ocorrem de forma idiopática.
12 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
13 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
14 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
15 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
16 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
17 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
18 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
19 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
20 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
21 Hipercalemia: É a concentração de potássio sérico maior que 5.5 mmol/L (mEq/L). Uma concentração acima de 6.5 mmol/L (mEq/L) é considerada crítica.

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