
CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS SPIROCTAN
Gerais - Devido a ação diurética da espironolactona, os pacientes devem ser cuidadosamente avaliados quanto a possibilidade de distúrbios dos fluídos e do balanço eletrolítico. Hiperpotassemia pode ocorrer em pacientes com diminuição da função renal1 ou ingestão excessiva de potássio, onde irregularidades cardíacas podem ser fatais. Consequentemente, não deve ser dada suplementação2 de potássio juntamente com Spiroctan®. A hiperpotassemia pode ser tratada prontamente com administração EV rápida de glicose3 (de 20 a 50%) e insulina4 comum, utilizando 0,25 a 0,5 unidades de insulina4/g de glicose3. Esta medida temporária pode ser repetida conforme a necessidade. O uso da espironolactona poderá ser descontinuado e a ingestão de potássio (inclusive a dieta potássica) restringida.
Acidose metabólica5 hiperclorêmica reversível, usualmente em associação com hiperpotassemia, foi relatada em alguns pacientes com cirrose6 hepática7 descompensada, mesmo na presença de função renal1 normal.
Hiponatremia8, manifestada através de secura bucal, sede, letargia9 e sonolência, e confirmada pelos baixos níveis sangüíneos de sódio, pode ser causada ou agravada, especialmente quando a espironolactona é administrada em combinação com outros diuréticos10.
Ginecomastia11 pode se desenvolver com o uso de espironolactona, os médicos devem alertar os pacientes para esta possibilidade. O desenvolvimento da ginecomastia11 parece estar relacionado com o nível da dose e a duração do tratamento, sendo normalmente reversível com a descontinuidade da espironolactona.
A terapia com Spiroctan® pode causar elevação transitória da uréia12 plasmática (BUN), especialmente em pacientes com insuficiência renal13 preexistente. A espironolactona pode provocar acidose14 branda.
A avaliação dos eletrólitos15 séricos para detectar possíveis desequilíbrios deve ser estabelecida em intervalos periódicos.
Gravidez16 - A espironolactona ou seus metabólitos17 podem atravessar a barreira placentária. Portanto, o uso de Spiroctan® em mulheres grávidas não é recomendado, e no caso do médico determinar sua utilização, uma cuidadosa avaliação dos riscos/benefícios em relação à mãe e ao feto18 deve ser feita.
Lactação19 - A canrenona, um metabólito20 ativo da espironolactona, pode ser dosada no leite materno. Caso o uso de Spiroctan® seja essencial, um método alternativo de alimentação para a criança deve ser instituído.
Geriatria (idosos) - Apesar de não terem sido realizados estudos adequados sobre os efeitos dos diuréticos10 depletores de potássio em pacientes idosos, deve-se esperar um aumento na ocorrência de hipercalemia21 nessa faixa etária. Além disso, os pacientes idosos são mais suscetíveis a apresentarem insuficiência renal13, requerendo cautela durante a administração de espironolactona.