POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO LEVOFLOXACINO SOLUÇÃO INJETÁVEL

Atualizado em 28/05/2016

A solução injetável de levofloxacino pode ser administrada 1 ou 2 vezes ao dia. A dose depende do tipo e gravidade da infecção1 e da sensibilidade do patógeno. A duração do tratamento varia de acordo com o resultado clínico, com o período máximo de duração de 14 dias. Assim como para outros antibióticos, o tratamento com levofloxacino deve ser continuado por um período mínimo de 48 a 72 horas após a febre2 ceder e quando há evidência de erradicação do patógeno. levofloxacino solução injetável só deve ser administrada por infusão intravenosa uma ou duas vezes ao dia; não deve ser administrada por via intramuscular, intraperitoneal ou subcutânea3.

Atenção: deve-se evitar a infusão intravenosa rápida ou em “bolus”. A infusão de levofloxacino deve ser lenta, por um período de no mínimo 60 minutos para 500mg.

As tabelas a seguir trazem orientações sobre as doses e a duração do tratamento, de acordo com o tipo de infecção1 e com a função renal4 do paciente.




As bolsas contendo solução diluída devem ser inspecionadas visualmente quanto à presença de partículas, antes da administração. Soluções contendo partículas visíveis devem ser descartadas. levofloxacino injetável não contém conservantes ou agentes bacteriostáticos em sua formulação, portanto, deve-se utilizar técnicas de assepsia5 na preparação da solução final.

Uma vez que as bolsas destinam-se ao uso único, após a administração, qualquer porção remanescente de solução deve ser descartada. Caso seja necessário o fracionamento da dose, deve-se retirar o conteúdo total da embalagem, num único procedimento, preparar a segunda dose e conservá-la para a administração posterior. Estabilidade de levofloxacino injetável: após remoção do produto da embalagem externa, é estável durante 3 dias sob condições de luz ambiente. Após perfuração do lacre do frasco, é estável durante 3 h. Quando congeladas a -20°C, em frascos de vidro, as soluções diluídas são estáveis por 6 meses. O descongelamento das soluções congeladas deve ser feito à temperatura ambiente (entre 15°C e 30oC) ou em um refrigerador (entre 2°C e 8°C). Não forçar o descongelamento irradiando com microondas ou imergindo em água. Não recongelar após o início do descongelamento.

Como há dados limitados sobre a compatibilidade entre levofloxacino injetável e outras drogas intravenosas, não devem ser misturados aditivos ou outros medicamentos com levofloxacino injetável, nem administrados simultaneamente, na mesma linha de infusão de levofloxacino injetável. Se for necessário utilizar o mesmo equipo para a administração sucessiva de outras drogas, ele deverá ser enxaguado antes e depois da administração de levofloxacino injetável, com uma solução compatível com o levofloxacino e com as demais drogas.

levofloxacino solução injetável para infusão é compatível com as seguintes soluções intravenosas:

  - Cloreto de sódio 0,9%, para injeção6, USP

  - Dextrose7 5%, para injeção6, USP

  - Dextrose7 2,5% em solução de Ringer

  - Soluções combinadas para nutrição parenteral8 (aminoácidos, carboidratos e eletrólitos9)

Não se deve utilizar soluções contendo heparina ou soluções alcalinas na preparação da solução de levofloxacino.


- SUPERDOSAGEM

De acordo com estudos de toxicidade10 em animais, os sinais11 mais importantes após a ocorrência de superdosagem com levofloxacino são sintomas12 no Sistema Nervoso Central13 como confusão, vertigens14, alterações de consciência e convulsões, assim como reações gastrintestinais, náuseas15 e erosões da mucosa16.

Na ocorrência de ingestão de dose excessiva de levofloxacino, pode-se considerar o esvaziamento gástrico e proceder a tratamento sintomático17. Pode-se utilizar antiácidos18 para a proteção da mucosa16 gástrica. O levofloxacino não é removido através de hemodiálise19 ou diálise peritoneal20 de maneira eficiente. Não existe antídoto21 específico.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
2 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
3 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos em um ambiente que logicamente não os tem. Logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
6 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
7 Dextrose: Também chamada de glicose. Açúcar encontrado no sangue que serve como principal fonte de energia do organismo.
8 Nutrição parenteral: Administração de alimentos utilizando um acesso venoso. Utilizada em situações nas quais o trato digestivo encontra-se seriamente danificado (pancreatite grave, sepse grave, etc.). Os alimentos são administrados em sua forma mais simples, como se fossem digeridos, para que possam ser absorvidos pelas células.
9 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
10 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
11 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
12 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
13 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
14 Vertigens: O termo vem do latim “vertere” e quer dizer rodar. A definição clássica de vertigem é alucinação do movimento. O indivíduo vê os objetos do ambiente rodarem ao seu redor ou seu corpo rodar em relação ao ambiente.
15 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
16 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
17 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
18 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
19 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
20 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
21 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.

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