INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE AFOPIC

Atualizado em 28/05/2016
Características farmacológicas: O ácido fólico medicamentoso é conhecido também como ácido pteroilglutâmico. Difere essencialmente do ácido fólico alimentar, uma vez que está sob a forma de monoglutamato, enquanto que o ácido fólico contido nos alimentos está sob a forma de poliglutamato. O ácido fólico sofre biotransformação hepática1 sendo convertido em seu metabólito2 ativo, o ácido tetraidrofólico.
O ácido fólico é encontrado em quase todos os alimentos, em pequenas quantidades sob a forma de poliglutamatos, sendo inutilizados no cozimento ou na forma de preparo destes alimentos.
O ácido fólico é uma vitamina3 essencial na multiplicação celular de todos os tecidos, já que é indispensável à síntese do DNA e consequentemente à divisão celular. A carência do ácido fólico vai afetar diretamente todos os tecidos, mas os efeitos prejudiciais são mais imediatos nos tecidos que se renovam numa velocidade mais rápida. Assim, os elementos figurados do sangue4, o epitélio intestinal5 (especialmente o delgado) e mucosas6 em geral, vão se renovar de forma incompleta na carência de ácido fólico, originando graves distúrbios orgânicos que não apresentam sinais7 clínicos muito evidentes, havendo dificuldade no diagnóstico8 de sua carência.
Propriedades Farmacocinéticas: O ácido fólico é quase completamente absorvido pelo trato gastrintestinal (duodeno9). A eliminação é renal10, quase completamente como metabólitos11. O excesso de ácido fólico ingerido (acima da Ingestão Diária Recomendada - IDR) é excretado através da urina12, a maioria sob a forma inalterada. Doses pequenas como 0,2mg têm um aproveitamento biológico total. Doses elevadas, acima de 15mg têm uma taxa de excreção que varia entre 50 a 90%.
O ácido fólico, após a conversão a ácido tetraidrofólico, é necessário para a síntese normal de purina e timidilato, metabolismo13 de aminoácidos como a glicina e metionina, metabolismo13 de histidina e eritropoiese14.
Indicações: Este medicamento é indicado na prevenção e tratamento dos estados de carência do ácido fólico.
Anemias hemolíticas e megaloblásticas.
Complemento vitamínico durante a gestação e lactação15:
Diminui a incidência16 de malformações17 do tubo neural18.
Previne o aparecimento da displasia19 cervical.
Previne a deficiência de ácido fólico em pacientes que recebem anticoncepcionais por tempo prolongado. Melhora da resposta imunológica nos processos infecciosos; pacientes portadores de HIV20 podem ter a absorção de ácido fólico prejudicada.
Epilepsia21, depressão, esquizofrenia22, alcoolismo, psicoses em geral: O uso de medicamentos para o tratamento dessas doenças causa uma diminuição de ácido fólico no organismo, portanto o ácido fólico pode ser administrado para suprir essa deficiência.
Artrite reumatoide23: O ácido fólico pode ser usado para proteção do dano hepático em pacientes com artrite reumatoide23 causada pelo uso de metotrexato.
Pacientes submetidos à hemodiálise24: Complementação com ácido fólico após as sessões terapêuticas.
Diarreias agudas prolongadas, diarreias crônicas, doença de Crohn25, doença celíaca, retocolite ulcerativa.
CONTRAINDICAÇÕES: O ÁCIDO FÓLICO NÃO DEVE SER ADMINISTRADO ATÉ QUE SE TENHA DESCARTADO O DIAGNÓSTICO8 DE ANEMIA PERNICIOSA26, JÁ QUE O MESMO CORRIGE AS MANIFESTAÇÕES HEMATOLÓGICAS E MASCARA A ANEMIA PERNICIOSA26, POSSIBILITANDO A EVOLUÇÃO DE DANOS NEUROLÓGICOS.
HIPERSENSIBILIDADE AO ÁCIDO FÓLICO OU A QUALQUER OUTRO COMPONENTE DA FORMULAÇÃO.
Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto:
Este medicamento deve ser administrado por via oral e com auxílio de um líquido. O tratamento da deficiência de ácido fólico deve ser acompanhado por uma dieta de suplementação27 alimentar equilibrada.
Posologia: Adultos: 1 comprimido 1 vez ao dia.
ADVERTÊNCIAS: A DEFICIÊNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NÃO OCORRE EM INDIVÍDUOS SADIOS QUE RECEBEM UMA DIETA EQUILIBRADA E SUFICIENTE. A DEFICIÊNCIA DE SOMENTE UMA DAS VITAMINAS B É RARA, SENDO QUE A INGESTÃO DE UMA DIETA INADEQUADA NORMALMENTE OCASIONA DEFICIÊNCIAS VITAMÍNICAS MÚLTIPLAS. PARA PROFILAXIA DE DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO É PREFERÍVEL MELHORAR A DIETA DO QUE A SUPLEMENTAÇÃO27. PARA O TRATAMENTO DA DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO A SUPLEMENTAÇÃO27 É PREFERÍVEL.
NÃO SE RECOMENDA O USO DE ÁCIDO FÓLICO NO TRATAMENTO DA ANEMIA PERNICIOSA26. O ÁCIDO FÓLICO NUNCA DEVE SER ADMINISTRADO SOZINHO OU EM COMBINAÇÃO COM QUANTIDADES INADEQUADAS DE VITAMINA3 B PARA O TRATAMENTO DE ANEMIA28
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE MEGALOBLÁSTICA NÃO DIAGNOSTICADA.
METOTREXATO, PIRIMETAMINA, TRIANTERENO E TRIMETOPRIMA ATUAM COMO ANTAGONISTAS DE FOLATO PELA INIBIÇÃO DA DIIDROFOLATO REDUTASE: ESSE ANTAGONISMO É MAIS SIGNIFICATIVO COM DOSES ELEVADAS E/OU USO PROLONGADO. NOS PACIENTES EM QUE SE ADMINISTRA ESSES MEDICAMENTOS, DEVE-SE UTILIZAR LEUCOVORINA CÁLCICA (ÁCIDO FOLÍNICO).
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco: Afopic pode ser usado em pacientes idosos, uma vez que, estes não apresentaram divergências quanto às reações adversas e posologia, em relação aos pacientes mais jovens.
Interações medicamentosas: As necessidades de ácido fólico podem estar aumentadas em pacientes fazendo o uso de analgésicos29 em uso prolongado, anticonvulsivantes e estrogênios.
O uso simultâneo com o ácido fólico pode diminuir os efeitos dos anticonvulsivantes, do grupo da hidantoína, podendo ser necessário um aumento na dose do anticonvulsivante.
Colestiramina, sulfonamidas: podem interferir na absorção de ácido fólico.
REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS: O ÁCIDO FÓLICO É BEM TOLERADO NAS DOSES RECOMENDADAS.
PODEM OCORRER ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL30, DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS E COMPROMETIMENTO DA ABSORÇÃO INTESTINAL DE ZINCO QUANDO SÃO ADMINISTRADAS DOSES ELEVADAS (MAIOR QUE 15MG/DIA).
Superdose:
Tratamento:
Suspensão da administração de ácido fólico e medidas gerais de suporte apropriadas ao quadro.
Armazenagem: DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Nº do lote e data de fabricação: VIDE CARTUCHO
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Farm. Resp.: Andreia Cavalcante Silva
CRF-GO nº 2.659
M.S. n° 1.0370.0157
LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
CNPJ - 17.159.229/0001-76
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CEP 75.132-140 - Anápolis - GO
Indústria Brasileira
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
2 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
3 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Epitélio Intestinal: Revestimento dos INTESTINOS, consistindo em um EPITÉLIO interior, uma LÂMINA PRÓPRIA média, e uma MUSCULARIS MUCOSAE exterior. No INTESTINO DELGADO, a mucosa é caracterizada por várias dobras e muitas células absortivas (ENTERÓCITOS) com MICROVILOSIDADES.
6 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
7 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
8 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
9 Duodeno: Parte inicial do intestino delgado que se estende do piloro até o jejuno.
10 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
11 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
12 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
13 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
14 Eritropoiese: Formação de hemácias.
15 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
16 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
17 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
18 Tubo neural: Estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Durante a gestação humana, o tubo neural dá origem a três vesículas: romboencéfalo, mesencéfalo e prosencéfalo.
19 Displasia: Desenvolvimento ou crescimento anormal de um tecido ou órgão.
20 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
21 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
22 Esquizofrenia: Doença mental do grupo das Psicoses, caracterizada por alterações emocionais, de conduta e intelectuais, caracterizadas por uma relação pobre com o meio social, desorganização do pensamento, alucinações auditivas, etc.
23 Artrite reumatóide: Doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.
24 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
25 Doença de Crohn: Doença inflamatória crônica do intestino que acomete geralmente o íleo e o cólon, embora possa afetar qualquer outra parte do intestino. A doença cursa com períodos de remissão sintomática e outros de agravamento. Na maioria dos casos, a doença de Crohn é de intensidade moderada e se torna bem controlada pela medicação, tornando possível uma vida razoavelmente normal para seu portador. A causa da doença de Crohn ainda não é totalmente conhecida. Os sintomas mais comuns são: dor abdominal, diarreia, perda de peso, febre moderada, sensação de distensão abdominal, perda de apetite e de peso.
26 Anemia Perniciosa: Doença causada pela incapacidade do organismo absorver a vitamina B12. Mais corretamente, ela se refere a uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que facilita a absorção da vitamina B12.
27 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
28 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
29 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
30 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.

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