
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE CLOXAZOLAM NOVARTIS
1. INDICAÇÕES
• Distúrbios emocionais, especialmente ansiedade, medo, fobias1, tensão, inquietude, astenia2 e sintomas3 depressivos;
• Distúrbios comportamentais, especialmente má adaptação social;
• Distúrbios do sono, tais como dificuldade em dormir ou sono interrompido e despertar precoce;
• Sintomas3 somáticos, funcionais de origem psicogênica4, sentimentos de opressão e certos tipos de dores.
As condições nas quais estes sintomas3 ocorrem frequentemente são:
• Neuroses, estados reacionais crônicos, reações patológicas subagudas;
• Distúrbios psicossomáticos dos sistemas cardiovascular, gastrintestinal, respiratório, muscular esquelético ou urogenital5;
• Reações afetivas devido a moléstias agudas ou crônicas;
• Síndrome6 de abstinência ao álcool.
Outros empregos:
• Pré-medicação anestésica;
• Tratamento coadjuvante7 em psicopatia8, retardo mental, psicoses, depressão endógena e psicogênica4, distúrbios geriátricos.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos clínicos
Os resultados de três estudos separados, duplo-cegos, multicêntricos, controlados por placebo9, de grupos paralelos de dose flexível de 2-12 mg/dia de cloxazolam comprimidos em pacientes com estados crônicos de ansiedade fóbica ou generalizada moderada a grave, foram agrupados (N=183). Para os pacientes tratados com cloxazolam comprimidos, observou-se melhora ≥ 60% em relação ao basal no final do estudo (dia 42), em 21 dos 33 itens avaliados utilizando a lista de sintomas3-Sandoz (SCL). Estes incluíram oito sintomas3 relacionados a ansiedade ou medo, três sintomas3 associados com distúrbios do sono e quatro sintomas3 relacionados aos sintomas3 depressivos e má adaptação social. Com exceção do retardo psicomotor10 e diminuição da libido11, observou-se melhora mais acentuada em relação ao basal em todos os sintomas3 avaliados para cloxazolam comprimido comparado ao placebo9. Essa melhora foi estatisticamente significativa em 26 dos 33 sintomas3 avaliados no dia 42. Observou-se melhora significativa no grupo cloxazolam comprimidos comparado ao placebo9 já no dia 7 para 4 sintomas3 (sentimentos de tristeza, sensações de dor, agitação interior e despertar precoce), e a maioria dos sintomas3 também apresentaram essa melhora no dia 14 e dia 21.
Análise pelo subgrupo síndrome6 mostrou melhora estatisticamente significativa do basal até dia 42 nos pacientes tratados com cloxazolam comprimidos comparado ao placebo9 em ‘afetividade’, ‘sono’, ‘processo de pensamento’, ‘conteúdo do pensamento’ e ‘comportamento social’. Com exceção de ‘processo de pensamento’ e ‘comportamento social’, isso também acontece em todas as outras avaliações pós-basal (ou seja, dia 7, 14 e 21). Também foi observada melhora estatisticamente significativa em favor de cloxazolam comprimidos na pontuação total SCL em todos os momentos pós-basal.
A análise da pontuação total no Zung (paciente) Self Rating Scale – escala de auto pontuação de Zung – mostrou melhora do basal para o dia 42 de 58% e 35% para cloxazolam comprimidos e placebo9, respectivamente. A diferença entre cloxazolam comprimidos e placebo9 foi estatisticamente significante no dia 14, dia 21 e dia 42.
A avaliação subjetiva global, medida pelo Early Clinical Drug Evaluation Program (ECDEU) Mental Illness Severity Scale – Escala de Gravidade de Doença Mental do Programa de Avaliação Clínica Precoce da Droga apresentou uma melhora significativa do basal para o dia 42 no grupo cloxazolam comprimidos em comparação ao grupo placebo9 (51% e 23%, respectivamente).
Referências bibliográficas
1. [Fischer-Cornelssen KA (1981)]. Multicenter trials and complementary studies of Cloxazolam, a new anxiolytic drug. Drug Res 31(II):10,1757-1765. [2]
2. MT 14-411 cloxazolam Olcadil®. Pooling multicenter double blind studies comparing MT and placebo9 b.i.d. Sandoz Ltd. Basel, Switzerland, 17-Apr-1978. [3]
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico, código ATC
Grupo farmacoterapêutico: ansiolíticos (código ATC: N05B A22).
Mecanismo de ação
A partir de um grande número de investigações eletrofisiológicas, sabe-se que os benzodiazepínicos potencializam as ações do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA12) no seu receptor. Acredita-se que os benzodiazepínicos produzam seus efeitos evidentes modulando o sistema GABA12 no cérebro13, já que este efeito de reforço GABA12 foi encontrado em vários sistemas biológicos diferentes.
Farmacodinâmica
Em experimentos com animais, cloxazolam comprimidos exerce efeitos tranquilizantes, anticonvulsivantes e de habituação14. Investigações neurofisiológicas indicam que as propriedades tranquilizante e anticonvulsivante são devidas à ação inibitória de cloxazolam comprimidos no sistema límbico e do hipotálamo15; a sedação16 (inibição do sistema de alerta) é menos pronunciada. cloxazolam comprimidos apresenta um efeito relaxante muscular menos pronunciado que os tranquilizantes menores adotados como padrão.
Em humanos, as doses terapêuticas de cloxazolam comprimidos produzem alívio principalmente da ansiedade, do medo, da inquietude, da tensão, da agitação, dos sintomas3 depressivos e de vários tipos de insônia, não causando, de modo geral, sonolência ou ataxia17.
Ccloxazolam comprimidos tem propriedades tranquilizante e anticonvulsivante. Os estudos neurofisiológicos demonstraram que estes dois efeitos são devidos à inibição do sistema límbico e do hipotálamo15, os efeitos sedativos (inibição do sistema de alerta) são menos acentuados.
Cloxazolam comprimidos tem um efeito relaxante muscular menor em comparação com tranquilizantes clássicos. Em doses terapêuticas, cloxazolam comprimidos elimina principalmente a ansiedade, tensão e vários tipos de insônia, geralmente sem causar sonolência ou ataxia17.
Farmacocinética
Absorção
O cloxazolam é rapidamente absorvido após a administração oral de 14C- cloxazolam comprimidos em humanos e cerca de 50% da droga marcada radioativamente foi excretada na urina18. Os estudos de radioatividade realizados em animais confirmaram que mais de 75% da droga é absorvida após a administração oral. Os picos de concentração plasmática do metabólito19 ativo (CND) são atingidos entre 2 e 3 horas após uma dose de cloxazolam comprimidos, indicando que a droga sofre rápido metabolismo20.
Metabolismo20
Duas vias foram identificadas no rápido metabolismo20 de cloxazolam. A primeira via leva à hidroxilação da droga e, posteriormente, resulta na formação de cloro-N-desmetil diazepam (CND). Este derivado hidróxi é então parcialmente glicuronizado e eliminado na bile21. A segunda via leva à formação de um derivado amino-benzofenona que sofre conjugação após clivagem do núcleo diazepínico e é, posteriormente, hidroxilado.
O cloxazolam é rapidamente metabolizado em seu principal metabólito19 ativo, clordesmetil diazepam (CND), resultando em um nível mensurável baixo do fármaco22 inalterado no plasma23. O metabólito19 ativo (CND) tem cerca de 1.000 vezes maior afinidade ao receptor benzodiazepínico do que o cloxazolam.
Distribuição
A concentração plasmática máxima do metabolito19 ativo (CND) atinge 7,79 ± 1,6 ng/mL após a administração oral única de 2 mg cloxazolam. Após três vezes a administração diária de 1 mg de cloxazolam, as concentrações de estado de equilíbrio são atingidas em 8 a 10 dias. As concentrações plasmáticas do metabólito19 ativo no platô variam de 24 a 26 ng/mL.
A ligação de cloxazolam e seu metabólito19 ativo, CND, às proteínas24 plasmáticas, é de 96% e 94%, respectivamente.
Passagem para o leite
Os dados disponíveis referentes a estudos em animais demonstraram que cloxazolam é excretado no leite de ratas. A extrapolação dos resultados em ratos para humanos indica que o lactente25 pode ingerir no máximo 0,1% da dose materna de cloxazolam. No entanto, não se pode excluir o risco para o lactente25 (veja “Advertências e Precauções - Mulheres em idade fértil, gravidez26, lactação27 e fertilidade”).
Eliminação
O fármaco22 é excretado principalmente por via biliar e apenas uma pequena porcentagem da dose (cerca de 18%) é eliminada por via renal28. O metabólito19 ativo, CND, é eliminado em um padrão bioexponencial com uma meia vida de eliminação lenta de cerca de 66 horas. A administração crônica de cloxazolam indica que não há acúmulo da droga e que não há impacto sobre o seu próprio metabolismo20.
Populações especiais
Pediátricos
A farmacocinética de cloxazolam comprimidos não foi estudada nessa população.
Pacientes com disfunção hepática29
O principal metabólito19 ativo de cloxazolam comprimidos (CND) foi administrado por via oral a 6 pacientes com disfunção hepática29 e por via intravenosa a 2 pacientes com disfunção hepática29. Apesar de existir uma variabilidade considerável nos dados, a maioria dos pacientes com doença hepática29 mostrou depuração total de CND mais lenta e meia-vida de eliminação prolongada. Embora esses dados tenham sido obtidos após a administração do principal metabólito19 ativo de cloxazolam comprimidos, deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam comprimidos nesta população.
Pacientes com disfunção renal28
A farmacocinética de cloxazolam comprimidos não foi estudada nessa população. Entretanto, a meia-vida de eliminação pode ser aumentada e, portanto, deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam comprimidos nesta população.
Dados de segurança pré-clínicos
Estudos agudos, subcrônicos e crônicos em roedores e cães demonstraram que cloxazolam tem baixo grau de toxicidade30.
A administração de cloxazolam em ratos não demonstrou efeito na fertilidade masculina ou feminina e não houve indicação de efeitos teratogênicos31 em camundongos, ratas e coelhas grávidas. A diminuição da sobrevida32 perinatal em ratos foi atribuída ao efeito tranquilizante de cloxazolam sobre a mãe durante o parto e o período pós-natal precoce, uma vez que não se observou nenhum efeito na sobrevivência33 da prole quando o tratamento foi interrompido antes do parto.
Estudos pré-clínicos com cloxazolam não demonstraram indicação de potencial mutagênico ou carcinogênico.
4. CONTRAINDICAÇÕES
• Estados comatosos
• Depressão grave do sistema nervoso central34;
• Miastenia35 grave;
• História de hipersensibilidade a derivados benzodiazepínicos ou a componentes da fórmula;
• Insuficiência respiratória36 grave;
• Síndrome6 da apneia37 do sono;
• Insuficiência hepática38 grave.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Tolerância
Pode ocorrer alguma redução do efeito hipnótico dos benzodiazepínicos após o uso repetido por algumas semanas.
Dependência e abstinência
O uso de benzodiazepínicos pode causar o desenvolvimento de dependência física e psicológica dessas essas drogas. O risco de dependência aumenta com doses mais elevadas e com duração maior do tratamento, sendo mais alta em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.
Se o paciente desenvolve dependência, a interrupção abrupta do tratamento pode estar associada com a síndrome6 de abstinência. Isso pode incluir cefaleia39, mialgia40, ansiedade extrema, tensão, disforia41, agitação, confusão, irritabilidade, sudorese42, náusea43, vômito44 e espasmos45 abdominais. Em casos graves, os seguintes sintomas3 podem ocorrer: desrealização, despersonalização, hiperacusia, torpor46 e parestesias47 das extremidades, hipersensibilidade à luz, barulho e contato físico, tremor, alucinações48 ou convulsões.
Insônia rebote e/ou ansiedade rebote podem ocorrer após a interrupção do tratamento com benzodiazepínico.
Isso pode estar associado a outros sintomas3, tais como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação.
Considerando que o risco da síndrome6 de abstinência/rebote é maior após a interrupção abrupta da droga, recomenda-se redução gradual da dose.
Duração do tratamento
A duração do tratamento deve ser tão curta quanto possível (veja “Posologia”), dependendo da indicação terapêutica49, mas não deve exceder quatro semanas para insônia e quatro a seis semanas para ansiedade, incluindo o período da redução gradual da dose. A terapia não deve ser prolongada sem uma reavaliação da necessidade de continuação do tratamento.
Pode ser útil informar o paciente que o tratamento será de curta duração e explicar claramente como a redução gradual da dose será realizada. Também é importante que o paciente seja informado que o fenômeno rebote pode ocorrer durante a redução da dose, assim, minimizando a potencial ansiedade caso isso ocorra.
Amnésia50
Amnésia50 anterógrada ocorreu com doses terapêuticas de benzodiazepínicos. Isso ocorre mais frequentemente várias horas após a ingestão da droga. Para reduzir esse risco, os pacientes devem assegurar a possibilidade de dormir durante sete a oito horas sem interrupções (veja “Reações Adversas”).
Reações psiquiátricas e paradoxais
Reações como nervosismo, agitação, irritabilidade, agressividade, ilusão, ataques de raiva51, pesadelos, alucinações48, psicoses, comportamento inapropriado e outros efeitos adversos comportamentais estão associadas ao tratamento com benzodiazepínicos (veja “Reações Adversas”). Na ocorrência de alguma dessas reações, o tratamento deve ser interrompido.
Essas reações ocorrem com maior frequência ou gravidade nos pacientes idosos.
Populações especiais
Pediátricos
Não se recomenda o uso de cloxazolam comprimidos em crianças.
Geriátricos
Os pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam comprimidos. Em estudos epidemiológicos, o uso de benzodiazepínicos demonstrou associação significativa com quedas e fraturas de quadril nos idosos. Portanto, esses pacientes devem ser monitorados frequentemente e a dose deve ser cuidadosamente ajustada de acordo a resposta ao tratamento (veja “Posologia”).
Outras condições
Devido ao risco de depressão respiratória, os benzodiazepínicos devem ser usados com extrema cautela em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou infarto do miocárdio52.
Na presença de disfunção hepática29 ou renal28, síndrome6 cerebral crônica ou glaucoma53 de ângulo fechado, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida. Há um risco de acúmulo de cloxazolam em pacientes com insuficiência hepática38 e/ou renal28, e as condições podem piorar em pacientes com síndrome6 cerebral crônica e glaucoma53 de ângulo fechado, devido a suas propriedades de aumento da atividade GABAérgica, comprometimento cognitivo54 e anticolinérgicas (veja “Posologia” e “Características Farmacológicas - Farmacocinética”).
Durante o uso de benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam comprimidos, pode ocorrer surgimento ou piora de depressão pré-existente.
Os benzodiazepínicos não devem ser usados como monoterapia no tratamento da depressão ou ansiedade associada à depressão, pois isso pode levar ao suicídio.
Os benzodiazepínicos devem ser usados com extrema cautela em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.
Mulheres em idade fértil, gravidez26, lactação27 e fertilidade
Mulheres em idade fértil
Se o medicamento for prescrito a uma mulher em idade fértil, deve-se orientá-la a contatar o seu médico referente à interrupção do tratamento, no caso de intenção de engravidar ou de suspeita que elas possam estar grávidas.
Gravidez26
Os benzodiazepínicos podem potencialmente causar danos fetais quando administrados a mulheres grávidas.
Experimentos em animais com cloxazolam comprimidos não revelaram efeitos adversos no feto55 (veja “Características Farmacológicas - Dados de segurança pré-clinicos”). Entretanto, os dados sobre o uso de cloxazolam comprimidos em mulheres grávidas são limitados.
Com base na experiência com outros benzodiazepínicos, assume-se que cloxazolam comprimidos seja capaz de causar um aumento do risco de anomalias congênitas56 quando administrado a mulheres grávidas durante o primeiro trimestre.
Os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepínicos cronicamente durante a última fase da gravidez26 podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar sob risco de desenvolvimento de sintomas3 de abstinência no período pós-natal. Hipotonia57 neonatal, hipotermia58, baixo peso ao nascimento e problemas respiratórios foram relatados em crianças nascidas de mães que receberam benzodiazepínicos.
O fármaco22 demonstrou evidências positivas de risco fetal humano, no entanto os benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em caso de doenças graves que ameaçam a vida, e para as quais não existam outras drogas mais seguras.
Este medicamento pertence à categoria de risco D de risco na gravidez26.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez26.
Lactação27
É provável que cloxazolam comprimidos seja excretado no leite materno (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). Devido ao potencial para reações adversas graves nos lactentes59 de cloxazolam comprimidos (ou tumorigenicidade em animais), deve-se decidir quanto à interrupção da lactação27 ou do tratamento, tendo em vista a importância do medicamento para a mãe.
Relatou-se que a administração crônica de benzodiazepínicos em lactantes60 causa letargia61, perda de peso e diminuição do reflexo de sucção nos seus lactentes59.
Fertilidade
A administração de cloxazolam em ratos não apresentou efeitos na fertilidade masculina ou feminina (veja “Características Farmacológicas - Dados de segurança pré-clinicos”).
Risco de dano fetal
Os benzodiazepínicos podem, potencialmente, causar danos fetais quando administrados a mulheres grávidas (veja “Gravidez”). Baseado na experiência com essa classe de drogas, assume-se que cloxazolam comprimidos seja capaz de causar aumento do risco de anomalias congênitas56 quando administrado a mulheres grávidas durante o primeiro trimestre. Portanto, o uso de cloxazolam comprimidos durante o primeiro trimestre da gravidez26 deve ser evitado.
Deve-se considerar a possibilidade de que mulheres em idade fértil possam estar grávidas quando do início do tratamento. As pacientes que engravidarem durante o tratamento com cloxazolam comprimidos, ou que pretendem engravidar, devem ser informadas sobre o risco potencial ao feto55 e aconselhadas a interromper o tratamento.
Condução e operação de máquinas
Especialmente em doses elevadas, cloxazolam comprimidos, como todos os medicamentos de ação central, pode comprometer as reações do paciente (ex.: condução de veículos e operação de máquinas).
Sedação16, amnésia50, prejuízo da concentração, diplopia62 e distúrbio da função muscular podem afetar negativamente a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
O efeito sedativo pode ser aumentado quando utilizado simultaneamente com o álcool. Isso afeta a capacidade de conduzir e utilizar máquinas (veja “Interações Medicamentosas”).
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Cloxazolam comprimidos pode potencializar os efeitos inibidores centrais dos neurolépticos63 (antipsicóticos), antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, narcóticos, analgésicos64, medicamentos antiepiléticos, anestésicos e sedativos anti-histamínicos. Essa potencialização pode ser utilizada terapeuticamente, especialmente pela combinação de cloxazolam comprimidos com antidepressivos. Deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam comprimidos em associação com depressores do sistema nervoso central34. No caso dos analgésicos64 narcóticos, pode-se desenvolver maior euforia, levando ao aumento da dependência psicológica.
A administração concomitante de cloxazolam comprimidos e medicamentos hipertensivos (ex., clonidina, pindolol, di-hidralazina, diuréticos65 e metoprolol) não apresentou quaisquer alterações significativas nos parâmetros pressão arterial66, reações adversas e ECG.
A administração concomitante de medicamentos anticoagulantes67 e cloxazolam comprimidos (ex. femprocumona) não apresentou quaisquer alterações significativas no tempo de protrombina68.
A ingestão concomitante de álcool não é recomendada (Veja “Advertências e Precauções”). O efeito sedativo pode ser aumentado quando utilizado simultaneamente com o álcool. Isso afeta a habilidade de conduzir e utilizar máquinas.
Substâncias que inibem certas enzimas hepáticas69 (principalmente citocromo P450) podem aumentar a atividade dos benzodiazepínicos. Este efeito também se aplica aos benzodiazepínicos que são metabolizadas apenas por conjugação, mesmo em menor grau.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). Proteger da umidade. O prazo de validade é de 18 meses a partir da data de fabricação para as concentrações de 1 mg e 4 mg e 24 meses para a concentração de 2 mg.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Cloxazolam comprimidos 1 mg: comprimido redondo de cor amarelo pálido.
Cloxazolam comprimidos 2 mg: comprimido redondo de cor rosa.
Cloxazolam comprimidos 4 mg: comprimido redondo de cor amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Dose inicial
Pacientes com distúrbios de grau leve ou moderado, 1 a 3 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 doses diárias, conforme aplicável.
Pacientes com distúrbios de grau moderado ou severo, 2 a 6 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 doses diárias.
Dose de manutenção
As doses devem ser ajustadas progressivamente de acordo com a resposta terapêutica49.
Para casos leves a moderados: de 2 a 6 mg, fracionados em 2 ou 3 doses, sendo a maior dose administrada à noite.
Para casos graves, de 6 a 12 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 doses, sendo a maior dose administrada à noite.
Não se deve exceder a dose máxima recomendada (12 mg/dia).
Duração do uso em geral
Uma acentuada melhora (após 2 a 6 semanas) deve permitir a redução gradual da posologia ou até a retirada completa do medicamento.
O tratamento deve ser o mais curto possível. Como com todos os benzodiazepínicos de ação prolongada, os pacientes tratados com cloxazolam comprimidos devem ser regularmente monitorizados no início do tratamento, permitindo redução da dose ou da frequência de administração, caso necessário, para evitar uma superdose devido à possibilidade de acúmulo de metabólitos70 de cloxazolam comprimidos (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). O tratamento não deve ser prolongado sem reavaliação da necessidade de uma terapia continuada.
Distúrbios emocionais, como ansiedade, tensão
Normalmente, a duração do tratamento não deve exceder 4-6 semanas, incluindo um período de redução gradual da dose.
Distúrbios do sono, tais como dificuldade em dormir, insônias e despertar precoce
Normalmente, a duração do tratamento varia de alguns dias a duas semanas, e máximo de quatro semanas, incluindo um período de redução gradual da dose.
Pré-anestesia71
São recomendados 0,1 mg/kg de peso corpóreo, uma ou duas horas antes da cirurgia. Em casos de acentuada ansiedade, a mesma dose poderá ser administrada na noite precedente à intervenção cirúrgica.
População Alvo Geral
População adulta.
Populações especiais
Na presença de síndrome6 cerebral crônica ou glaucoma53 de ângulo fechado, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida.
Insuficiência renal72
A experiência clínica em pacientes com insuficiência renal72 é limitada (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida.
Insuficiência hepática38
A experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática38 é limitada (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida.
cloxazolam comprimido é contraindicado nos casos de insuficiência hepática38 grave (veja “Contraindicações”).
Pediátricos
A experiência clínica com cloxazolam comprimidos ainda é limitada. Portanto, o uso de cloxazolam comprimidos em crianças não é recomendado.
Observação: Em crianças com menos de 15 anos, a experiência clínica com cloxazolam comprimidos ainda é limitada.
Geriátricos
Os pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam comprimidos. Efeitos adversos graves, incluindo queda e prejuízo cognitivo54, podem ocorrer durante o uso de benzodiazepínicos nesta população. Portanto, estes pacientes devem ser monitorados frequentemente e a dose deve ser cuidadosamente ajustada, de acordo com a resposta ao tratamento.
Não há evidência de que os pacientes idosos requeiram uma posologia diferente da utilizada em pacientes adultos.
Método de administração
Administração oral. O comprimido deve ser tomado com água, em doses fracionadas.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
Os seguintes eventos adversos são os mais comumente observados: sonolência, fadiga73, cefaleia39, tontura74, hipotonia57 muscular, ataxia17 e distúrbio de acomodação. Estes efeitos ocorrem principalmente no início do tratamento e geralmente desaparecem com o tratamento contínuo. Outros efeitos adversos, tais como distúrbios gastrointestinais, distúrbios da libido11 ou reações cutâneas75, foram relatados ocasionalmente.
Os eventos adversos dos ensaios clínicos76 (Tabela 1) estão listados pelas classes de sistemas de órgãos MedDRA. A versão MedDRA utilizada é a 16.0. Em cada classe de sistema de órgãos, os eventos adversos são classificados por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Em cada grupo de frequência, os eventos adversos estão apresentados em ordem decrescente de gravidade. Adicionalmente, a categoria de frequência correspondente para cada evento adverso é baseada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a <1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); raro (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito raro (< 1/10.000).
Resumo dos eventos adversos em ensaios clínicos76
Tabela 1 – Eventos adversos relatados mais frequentemente do que com o placebo9 em ensaios clínicos76


Reações adversas provenientes de relatos espontâneos de pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram derivadas de experiência pós-comercialização com cloxazolam comprimidos através de relatos de casos espontâneos e casos na literatura. Como estas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimar suas frequências de forma confiável, as quais estão, portanto, categorizadas como não conhecidas. As reações adversas estão listadas de acordo com a classe de sistema de órgãos no MedDRA. Em cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade:
Distúrbios psiquiátricos: nervosismo, ansiedade, agitação, depressão, diminuição da libido11, estado confusional, alucinação77, ilusão, comportamento anormal, dependência à droga, distúrbios do sono.
Distúrbios do sistema nervoso78: tremor, sedação16, amnésia50, deterioração da memória e mental, ataxia17.
Distúrbios oculares: visão79 embaçada e deficiência visual.
Distúrbios gastrintestinais: dor abdominal, vômitos80.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos: rash81, angioedema82, urticária83.
Distúrbios do tecido conectivo84 e musculoesquelético: dor músculo esquelética.
Distúrbios da mama85 e sistema reprodutivo: disfunção erétil.
Distúrbios gerais e condições no local de administração: mal-estar, irritabilidade.
Investigações: aumento de peso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
A superdose com benzodiazepínicos normalmente se manifesta por vários graus de depressão do sistema nervoso central34, variando de sonolência ao coma86. Os sintomas3 nos casos leves incluem sonolência, confusão mental e letargia61. Em casos mais graves e especialmente se outras drogas ou álcool forem ingeridos, os sintomas3 podem incluir ataxia17, hipotonia57, hipotensão87, depressão cardiovascular, depressão respiratória, estado hipnótico, coma86 e morte.
Assim como no gerenciamento de qualquer superdose intencional, deve-se considerar que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS -1.0068.0987
Farm.Resp..: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150
Registrado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP
® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA.
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 22/12/2014.