INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE CLOXAZOLAM NOVARTIS

Atualizado em 28/05/2016


1. INDICAÇÕES

• Distúrbios emocionais, especialmente ansiedade, medo, fobias1, tensão, inquietude, astenia2 e sintomas3 depressivos;

• Distúrbios comportamentais, especialmente má adaptação social;

• Distúrbios do sono, tais como dificuldade em dormir ou sono interrompido e despertar precoce;

Sintomas3 somáticos, funcionais de origem psicogênica4, sentimentos de opressão e certos tipos de dores.

As condições nas quais estes sintomas3 ocorrem frequentemente são:

• Neuroses, estados reacionais crônicos, reações patológicas subagudas;

• Distúrbios psicossomáticos dos sistemas cardiovascular, gastrintestinal, respiratório, muscular esquelético ou urogenital5;

• Reações afetivas devido a moléstias agudas ou crônicas;

Síndrome6 de abstinência ao álcool.

Outros empregos:

• Pré-medicação anestésica;

• Tratamento coadjuvante7 em psicopatia8, retardo mental, psicoses, depressão endógena e psicogênica4, distúrbios geriátricos.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos clínicos

Os resultados de três estudos separados, duplo-cegos, multicêntricos, controlados por placebo9, de grupos paralelos de dose flexível de 2-12 mg/dia de cloxazolam comprimidos em pacientes com estados crônicos de ansiedade fóbica ou generalizada moderada a grave, foram agrupados (N=183). Para os pacientes tratados com cloxazolam comprimidos, observou-se melhora ≥ 60% em relação ao basal no final do estudo (dia 42), em 21 dos 33 itens avaliados utilizando a lista de sintomas3-Sandoz (SCL). Estes incluíram oito sintomas3 relacionados a ansiedade ou medo, três sintomas3 associados com distúrbios do sono e quatro sintomas3 relacionados aos sintomas3 depressivos e má adaptação social. Com exceção do retardo psicomotor10 e diminuição da libido11, observou-se melhora mais acentuada em relação ao basal em todos os sintomas3 avaliados para cloxazolam comprimido comparado ao placebo9. Essa melhora foi estatisticamente significativa em 26 dos 33 sintomas3 avaliados no dia 42. Observou-se melhora significativa no grupo cloxazolam comprimidos comparado ao placebo9 já no dia 7 para 4 sintomas3 (sentimentos de tristeza, sensações de dor, agitação interior e despertar precoce), e a maioria dos sintomas3 também apresentaram essa melhora no dia 14 e dia 21.

Análise pelo subgrupo síndrome6 mostrou melhora estatisticamente significativa do basal até dia 42 nos pacientes tratados com cloxazolam comprimidos comparado ao placebo9 em ‘afetividade’, ‘sono’, ‘processo de pensamento’, ‘conteúdo do pensamento’ e ‘comportamento social’. Com exceção de ‘processo de pensamento’ e ‘comportamento social’, isso também acontece em todas as outras avaliações pós-basal (ou seja, dia 7, 14 e 21). Também foi observada melhora estatisticamente significativa em favor de cloxazolam comprimidos na pontuação total SCL em todos os momentos pós-basal.

A análise da pontuação total no Zung (paciente) Self Rating Scale – escala de auto pontuação de Zung – mostrou melhora do basal para o dia 42 de 58% e 35% para cloxazolam comprimidos e placebo9, respectivamente. A diferença entre cloxazolam comprimidos e placebo9 foi estatisticamente significante no dia 14, dia 21 e dia 42.

A avaliação subjetiva global, medida pelo Early Clinical Drug Evaluation Program (ECDEU) Mental Illness Severity Scale – Escala de Gravidade de Doença Mental do Programa de Avaliação Clínica Precoce da Droga apresentou uma melhora significativa do basal para o dia 42 no grupo cloxazolam comprimidos em comparação ao grupo placebo9 (51% e 23%, respectivamente).

Referências bibliográficas

1. [Fischer-Cornelssen KA (1981)]. Multicenter trials and complementary studies of Cloxazolam, a new anxiolytic drug. Drug Res 31(II):10,1757-1765. [2]

2. MT 14-411 cloxazolam Olcadil®. Pooling multicenter double blind studies comparing MT and placebo9 b.i.d. Sandoz Ltd. Basel, Switzerland, 17-Apr-1978. [3]

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo farmacoterapêutico, código ATC

Grupo farmacoterapêutico: ansiolíticos (código ATC: N05B A22).

Mecanismo de ação

A partir de um grande número de investigações eletrofisiológicas, sabe-se que os benzodiazepínicos potencializam as ações do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA12) no seu receptor. Acredita-se que os benzodiazepínicos produzam seus efeitos evidentes modulando o sistema GABA12 no cérebro13, já que este efeito de reforço GABA12 foi encontrado em vários sistemas biológicos diferentes.

Farmacodinâmica

Em experimentos com animais, cloxazolam comprimidos exerce efeitos tranquilizantes, anticonvulsivantes e de habituação14. Investigações neurofisiológicas indicam que as propriedades tranquilizante e anticonvulsivante são devidas à ação inibitória de cloxazolam comprimidos no sistema límbico e do hipotálamo15; a sedação16 (inibição do sistema de alerta) é menos pronunciada. cloxazolam comprimidos apresenta um efeito relaxante muscular menos pronunciado que os tranquilizantes menores adotados como padrão.

Em humanos, as doses terapêuticas de cloxazolam comprimidos produzem alívio principalmente da ansiedade, do medo, da inquietude, da tensão, da agitação, dos sintomas3 depressivos e de vários tipos de insônia, não causando, de modo geral, sonolência ou ataxia17.

Ccloxazolam comprimidos tem propriedades tranquilizante e anticonvulsivante. Os estudos neurofisiológicos demonstraram que estes dois efeitos são devidos à inibição do sistema límbico e do hipotálamo15, os efeitos sedativos (inibição do sistema de alerta) são menos acentuados.

Cloxazolam comprimidos tem um efeito relaxante muscular menor em comparação com tranquilizantes clássicos. Em doses terapêuticas, cloxazolam comprimidos elimina principalmente a ansiedade, tensão e vários tipos de insônia, geralmente sem causar sonolência ou ataxia17.

Farmacocinética

Absorção

O cloxazolam é rapidamente absorvido após a administração oral de 14C- cloxazolam comprimidos em humanos e cerca de 50% da droga marcada radioativamente foi excretada na urina18. Os estudos de radioatividade realizados em animais confirmaram que mais de 75% da droga é absorvida após a administração oral. Os picos de concentração plasmática do metabólito19 ativo (CND) são atingidos entre 2 e 3 horas após uma dose de cloxazolam comprimidos, indicando que a droga sofre rápido metabolismo20.

Metabolismo20

Duas vias foram identificadas no rápido metabolismo20 de cloxazolam. A primeira via leva à hidroxilação da droga e, posteriormente, resulta na formação de cloro-N-desmetil diazepam (CND). Este derivado hidróxi é então parcialmente glicuronizado e eliminado na bile21. A segunda via leva à formação de um derivado amino-benzofenona que sofre conjugação após clivagem do núcleo diazepínico e é, posteriormente, hidroxilado.

O cloxazolam é rapidamente metabolizado em seu principal metabólito19 ativo, clordesmetil diazepam (CND), resultando em um nível mensurável baixo do fármaco22 inalterado no plasma23. O metabólito19 ativo (CND) tem cerca de 1.000 vezes maior afinidade ao receptor benzodiazepínico do que o cloxazolam.

Distribuição

A concentração plasmática máxima do metabolito19 ativo (CND) atinge 7,79 ± 1,6 ng/mL após a administração oral única de 2 mg cloxazolam. Após três vezes a administração diária de 1 mg de cloxazolam, as concentrações de estado de equilíbrio são atingidas em 8 a 10 dias. As concentrações plasmáticas do metabólito19 ativo no platô variam de 24 a 26 ng/mL.

A ligação de cloxazolam e seu metabólito19 ativo, CND, às proteínas24 plasmáticas, é de 96% e 94%, respectivamente.

Passagem para o leite

Os dados disponíveis referentes a estudos em animais demonstraram que cloxazolam é excretado no leite de ratas. A extrapolação dos resultados em ratos para humanos indica que o lactente25 pode ingerir no máximo 0,1% da dose materna de cloxazolam. No entanto, não se pode excluir o risco para o lactente25 (veja “Advertências e Precauções - Mulheres em idade fértil, gravidez26, lactação27 e fertilidade”).

Eliminação

O fármaco22 é excretado principalmente por via biliar e apenas uma pequena porcentagem da dose (cerca de 18%) é eliminada por via renal28. O metabólito19 ativo, CND, é eliminado em um padrão bioexponencial com uma meia vida de eliminação lenta de cerca de 66 horas. A administração crônica de cloxazolam indica que não há acúmulo da droga e que não há impacto sobre o seu próprio metabolismo20.

Populações especiais

Pediátricos

A farmacocinética de cloxazolam comprimidos não foi estudada nessa população.

Pacientes com disfunção hepática29

O principal metabólito19 ativo de cloxazolam comprimidos (CND) foi administrado por via oral a 6 pacientes com disfunção hepática29 e por via intravenosa a 2 pacientes com disfunção hepática29. Apesar de existir uma variabilidade considerável nos dados, a maioria dos pacientes com doença hepática29 mostrou depuração total de CND mais lenta e meia-vida de eliminação prolongada. Embora esses dados tenham sido obtidos após a administração do principal metabólito19 ativo de cloxazolam comprimidos, deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam comprimidos nesta população.

Pacientes com disfunção renal28

A farmacocinética de cloxazolam comprimidos não foi estudada nessa população. Entretanto, a meia-vida de eliminação pode ser aumentada e, portanto, deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam comprimidos nesta população.

Dados de segurança pré-clínicos

Estudos agudos, subcrônicos e crônicos em roedores e cães demonstraram que cloxazolam tem baixo grau de toxicidade30.

A administração de cloxazolam em ratos não demonstrou efeito na fertilidade masculina ou feminina e não houve indicação de efeitos teratogênicos31 em camundongos, ratas e coelhas grávidas. A diminuição da sobrevida32 perinatal em ratos foi atribuída ao efeito tranquilizante de cloxazolam sobre a mãe durante o parto e o período pós-natal precoce, uma vez que não se observou nenhum efeito na sobrevivência33 da prole quando o tratamento foi interrompido antes do parto.

Estudos pré-clínicos com cloxazolam não demonstraram indicação de potencial mutagênico ou carcinogênico.

4. CONTRAINDICAÇÕES

• Estados comatosos

• Depressão grave do sistema nervoso central34;

Miastenia35 grave;

• História de hipersensibilidade a derivados benzodiazepínicos ou a componentes da fórmula;

Insuficiência respiratória36 grave;

Síndrome6 da apneia37 do sono;

Insuficiência hepática38 grave.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Tolerância

Pode ocorrer alguma redução do efeito hipnótico dos benzodiazepínicos após o uso repetido por algumas semanas.

Dependência e abstinência

O uso de benzodiazepínicos pode causar o desenvolvimento de dependência física e psicológica dessas essas drogas. O risco de dependência aumenta com doses mais elevadas e com duração maior do tratamento, sendo mais alta em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.

Se o paciente desenvolve dependência, a interrupção abrupta do tratamento pode estar associada com a síndrome6 de abstinência. Isso pode incluir cefaleia39, mialgia40, ansiedade extrema, tensão, disforia41, agitação, confusão, irritabilidade, sudorese42, náusea43, vômito44 e espasmos45 abdominais. Em casos graves, os seguintes sintomas3 podem ocorrer: desrealização, despersonalização, hiperacusia, torpor46 e parestesias47 das extremidades, hipersensibilidade à luz, barulho e contato físico, tremor, alucinações48 ou convulsões.

Insônia rebote e/ou ansiedade rebote podem ocorrer após a interrupção do tratamento com benzodiazepínico.

Isso pode estar associado a outros sintomas3, tais como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação.

Considerando que o risco da síndrome6 de abstinência/rebote é maior após a interrupção abrupta da droga, recomenda-se redução gradual da dose.

Duração do tratamento

A duração do tratamento deve ser tão curta quanto possível (veja “Posologia”), dependendo da indicação terapêutica49, mas não deve exceder quatro semanas para insônia e quatro a seis semanas para ansiedade, incluindo o período da redução gradual da dose. A terapia não deve ser prolongada sem uma reavaliação da necessidade de continuação do tratamento.

Pode ser útil informar o paciente que o tratamento será de curta duração e explicar claramente como a redução gradual da dose será realizada. Também é importante que o paciente seja informado que o fenômeno rebote pode ocorrer durante a redução da dose, assim, minimizando a potencial ansiedade caso isso ocorra.

Amnésia50

Amnésia50 anterógrada ocorreu com doses terapêuticas de benzodiazepínicos. Isso ocorre mais frequentemente várias horas após a ingestão da droga. Para reduzir esse risco, os pacientes devem assegurar a possibilidade de dormir durante sete a oito horas sem interrupções (veja “Reações Adversas”).

Reações psiquiátricas e paradoxais

Reações como nervosismo, agitação, irritabilidade, agressividade, ilusão, ataques de raiva51, pesadelos, alucinações48, psicoses, comportamento inapropriado e outros efeitos adversos comportamentais estão associadas ao tratamento com benzodiazepínicos (veja “Reações Adversas”). Na ocorrência de alguma dessas reações, o tratamento deve ser interrompido.

Essas reações ocorrem com maior frequência ou gravidade nos pacientes idosos.

Populações especiais

Pediátricos

Não se recomenda o uso de cloxazolam comprimidos em crianças.

Geriátricos

Os pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam comprimidos. Em estudos epidemiológicos, o uso de benzodiazepínicos demonstrou associação significativa com quedas e fraturas de quadril nos idosos. Portanto, esses pacientes devem ser monitorados frequentemente e a dose deve ser cuidadosamente ajustada de acordo a resposta ao tratamento (veja “Posologia”).

Outras condições

Devido ao risco de depressão respiratória, os benzodiazepínicos devem ser usados com extrema cautela em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou infarto do miocárdio52.

Na presença de disfunção hepática29 ou renal28, síndrome6 cerebral crônica ou glaucoma53 de ângulo fechado, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida. Há um risco de acúmulo de cloxazolam em pacientes com insuficiência hepática38 e/ou renal28, e as condições podem piorar em pacientes com síndrome6 cerebral crônica e glaucoma53 de ângulo fechado, devido a suas propriedades de aumento da atividade GABAérgica, comprometimento cognitivo54 e anticolinérgicas (veja “Posologia” e “Características Farmacológicas - Farmacocinética”).

Durante o uso de benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam comprimidos, pode ocorrer surgimento ou piora de depressão pré-existente.

Os benzodiazepínicos não devem ser usados como monoterapia no tratamento da depressão ou ansiedade associada à depressão, pois isso pode levar ao suicídio.

Os benzodiazepínicos devem ser usados com extrema cautela em pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas.

Mulheres em idade fértil, gravidez26, lactação27 e fertilidade

Mulheres em idade fértil

Se o medicamento for prescrito a uma mulher em idade fértil, deve-se orientá-la a contatar o seu médico referente à interrupção do tratamento, no caso de intenção de engravidar ou de suspeita que elas possam estar grávidas.

Gravidez26

Os benzodiazepínicos podem potencialmente causar danos fetais quando administrados a mulheres grávidas.

Experimentos em animais com cloxazolam comprimidos não revelaram efeitos adversos no feto55 (veja “Características Farmacológicas - Dados de segurança pré-clinicos”). Entretanto, os dados sobre o uso de cloxazolam comprimidos em mulheres grávidas são limitados.

Com base na experiência com outros benzodiazepínicos, assume-se que cloxazolam comprimidos seja capaz de causar um aumento do risco de anomalias congênitas56 quando administrado a mulheres grávidas durante o primeiro trimestre.

Os recém-nascidos de mães que tomaram benzodiazepínicos cronicamente durante a última fase da gravidez26 podem desenvolver dependência física e podem de algum modo estar sob risco de desenvolvimento de sintomas3 de abstinência no período pós-natal. Hipotonia57 neonatal, hipotermia58, baixo peso ao nascimento e problemas respiratórios foram relatados em crianças nascidas de mães que receberam benzodiazepínicos.

O fármaco22 demonstrou evidências positivas de risco fetal humano, no entanto os benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em caso de doenças graves que ameaçam a vida, e para as quais não existam outras drogas mais seguras.

Este medicamento pertence à categoria de risco D de risco na gravidez26.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez26.

Lactação27

É provável que cloxazolam comprimidos seja excretado no leite materno (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). Devido ao potencial para reações adversas graves nos lactentes59 de cloxazolam comprimidos (ou tumorigenicidade em animais), deve-se decidir quanto à interrupção da lactação27 ou do tratamento, tendo em vista a importância do medicamento para a mãe.

Relatou-se que a administração crônica de benzodiazepínicos em lactantes60 causa letargia61, perda de peso e diminuição do reflexo de sucção nos seus lactentes59.

Fertilidade

A administração de cloxazolam em ratos não apresentou efeitos na fertilidade masculina ou feminina (veja “Características Farmacológicas - Dados de segurança pré-clinicos”).

Risco de dano fetal

Os benzodiazepínicos podem, potencialmente, causar danos fetais quando administrados a mulheres grávidas (veja “Gravidez”). Baseado na experiência com essa classe de drogas, assume-se que cloxazolam comprimidos seja capaz de causar aumento do risco de anomalias congênitas56 quando administrado a mulheres grávidas durante o primeiro trimestre. Portanto, o uso de cloxazolam comprimidos durante o primeiro trimestre da gravidez26 deve ser evitado.

Deve-se considerar a possibilidade de que mulheres em idade fértil possam estar grávidas quando do início do tratamento. As pacientes que engravidarem durante o tratamento com cloxazolam comprimidos, ou que pretendem engravidar, devem ser informadas sobre o risco potencial ao feto55 e aconselhadas a interromper o tratamento.

Condução e operação de máquinas

Especialmente em doses elevadas, cloxazolam comprimidos, como todos os medicamentos de ação central, pode comprometer as reações do paciente (ex.: condução de veículos e operação de máquinas).

Sedação16, amnésia50, prejuízo da concentração, diplopia62 e distúrbio da função muscular podem afetar negativamente a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

O efeito sedativo pode ser aumentado quando utilizado simultaneamente com o álcool. Isso afeta a capacidade de conduzir e utilizar máquinas (veja “Interações Medicamentosas”).

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Cloxazolam comprimidos pode potencializar os efeitos inibidores centrais dos neurolépticos63 (antipsicóticos), antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, narcóticos, analgésicos64, medicamentos antiepiléticos, anestésicos e sedativos anti-histamínicos. Essa potencialização pode ser utilizada terapeuticamente, especialmente pela combinação de cloxazolam comprimidos com antidepressivos. Deve-se ter cautela ao administrar cloxazolam comprimidos em associação com depressores do sistema nervoso central34. No caso dos analgésicos64 narcóticos, pode-se desenvolver maior euforia, levando ao aumento da dependência psicológica.

A administração concomitante de cloxazolam comprimidos e medicamentos hipertensivos (ex., clonidina, pindolol, di-hidralazina, diuréticos65 e metoprolol) não apresentou quaisquer alterações significativas nos parâmetros pressão arterial66, reações adversas e ECG.

A administração concomitante de medicamentos anticoagulantes67 e cloxazolam comprimidos (ex. femprocumona) não apresentou quaisquer alterações significativas no tempo de protrombina68.

A ingestão concomitante de álcool não é recomendada (Veja “Advertências e Precauções”). O efeito sedativo pode ser aumentado quando utilizado simultaneamente com o álcool. Isso afeta a habilidade de conduzir e utilizar máquinas.

Substâncias que inibem certas enzimas hepáticas69 (principalmente citocromo P450) podem aumentar a atividade dos benzodiazepínicos. Este efeito também se aplica aos benzodiazepínicos que são metabolizadas apenas por conjugação, mesmo em menor grau.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). Proteger da umidade. O prazo de validade é de 18 meses a partir da data de fabricação para as concentrações de 1 mg e 4 mg e 24 meses para a concentração de 2 mg.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Cloxazolam comprimidos 1 mg: comprimido redondo de cor amarelo pálido.

Cloxazolam comprimidos 2 mg: comprimido redondo de cor rosa.

Cloxazolam comprimidos 4 mg: comprimido redondo de cor amarela.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Dose inicial

Pacientes com distúrbios de grau leve ou moderado, 1 a 3 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 doses diárias, conforme aplicável.

Pacientes com distúrbios de grau moderado ou severo, 2 a 6 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 doses diárias.

Dose de manutenção

As doses devem ser ajustadas progressivamente de acordo com a resposta terapêutica49.

Para casos leves a moderados: de 2 a 6 mg, fracionados em 2 ou 3 doses, sendo a maior dose administrada à noite.

Para casos graves, de 6 a 12 mg ao dia, fracionados em 2 ou 3 doses, sendo a maior dose administrada à noite.

Não se deve exceder a dose máxima recomendada (12 mg/dia).

Duração do uso em geral

Uma acentuada melhora (após 2 a 6 semanas) deve permitir a redução gradual da posologia ou até a retirada completa do medicamento.

O tratamento deve ser o mais curto possível. Como com todos os benzodiazepínicos de ação prolongada, os pacientes tratados com cloxazolam comprimidos devem ser regularmente monitorizados no início do tratamento, permitindo redução da dose ou da frequência de administração, caso necessário, para evitar uma superdose devido à possibilidade de acúmulo de metabólitos70 de cloxazolam comprimidos (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). O tratamento não deve ser prolongado sem reavaliação da necessidade de uma terapia continuada.

Distúrbios emocionais, como ansiedade, tensão

Normalmente, a duração do tratamento não deve exceder 4-6 semanas, incluindo um período de redução gradual da dose.

Distúrbios do sono, tais como dificuldade em dormir, insônias e despertar precoce

Normalmente, a duração do tratamento varia de alguns dias a duas semanas, e máximo de quatro semanas, incluindo um período de redução gradual da dose.

Pré-anestesia71

São recomendados 0,1 mg/kg de peso corpóreo, uma ou duas horas antes da cirurgia. Em casos de acentuada ansiedade, a mesma dose poderá ser administrada na noite precedente à intervenção cirúrgica.

População Alvo Geral

População adulta.

Populações especiais

Na presença de síndrome6 cerebral crônica ou glaucoma53 de ângulo fechado, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida.

Insuficiência renal72

A experiência clínica em pacientes com insuficiência renal72 é limitada (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida.

Insuficiência hepática38

A experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática38 é limitada (veja “Características Farmacológicas - Farmacocinética”). Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e, se necessário, a dose de cloxazolam comprimidos deve ser reduzida.

cloxazolam comprimido é contraindicado nos casos de insuficiência hepática38 grave (veja “Contraindicações”).

Pediátricos

A experiência clínica com cloxazolam comprimidos ainda é limitada. Portanto, o uso de cloxazolam comprimidos em crianças não é recomendado.

Observação: Em crianças com menos de 15 anos, a experiência clínica com cloxazolam comprimidos ainda é limitada.

Geriátricos

Os pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos, incluindo cloxazolam comprimidos. Efeitos adversos graves, incluindo queda e prejuízo cognitivo54, podem ocorrer durante o uso de benzodiazepínicos nesta população. Portanto, estes pacientes devem ser monitorados frequentemente e a dose deve ser cuidadosamente ajustada, de acordo com a resposta ao tratamento.

Não há evidência de que os pacientes idosos requeiram uma posologia diferente da utilizada em pacientes adultos.

Método de administração

Administração oral. O comprimido deve ser tomado com água, em doses fracionadas.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

Os seguintes eventos adversos são os mais comumente observados: sonolência, fadiga73, cefaleia39, tontura74, hipotonia57 muscular, ataxia17 e distúrbio de acomodação. Estes efeitos ocorrem principalmente no início do tratamento e geralmente desaparecem com o tratamento contínuo. Outros efeitos adversos, tais como distúrbios gastrointestinais, distúrbios da libido11 ou reações cutâneas75, foram relatados ocasionalmente.

Os eventos adversos dos ensaios clínicos76 (Tabela 1) estão listados pelas classes de sistemas de órgãos MedDRA. A versão MedDRA utilizada é a 16.0. Em cada classe de sistema de órgãos, os eventos adversos são classificados por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Em cada grupo de frequência, os eventos adversos estão apresentados em ordem decrescente de gravidade. Adicionalmente, a categoria de frequência correspondente para cada evento adverso é baseada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a <1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); raro (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito raro (< 1/10.000).

Resumo dos eventos adversos em ensaios clínicos76

Tabela 1 – Eventos adversos relatados mais frequentemente do que com o placebo9 em ensaios clínicos76

Reações adversas provenientes de relatos espontâneos de pós-comercialização

As seguintes reações adversas foram derivadas de experiência pós-comercialização com cloxazolam comprimidos através de relatos de casos espontâneos e casos na literatura. Como estas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimar suas frequências de forma confiável, as quais estão, portanto, categorizadas como não conhecidas. As reações adversas estão listadas de acordo com a classe de sistema de órgãos no MedDRA. Em cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade:

Distúrbios psiquiátricos: nervosismo, ansiedade, agitação, depressão, diminuição da libido11, estado confusional, alucinação77, ilusão, comportamento anormal, dependência à droga, distúrbios do sono.

Distúrbios do sistema nervoso78: tremor, sedação16, amnésia50, deterioração da memória e mental, ataxia17.

Distúrbios oculares: visão79 embaçada e deficiência visual.

Distúrbios gastrintestinais: dor abdominal, vômitos80.

Distúrbios cutâneos e subcutâneos: rash81, angioedema82, urticária83.

Distúrbios do tecido conectivo84 e musculoesquelético: dor músculo esquelética.

Distúrbios da mama85 e sistema reprodutivo: disfunção erétil.

Distúrbios gerais e condições no local de administração: mal-estar, irritabilidade.

Investigações: aumento de peso.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

A superdose com benzodiazepínicos normalmente se manifesta por vários graus de depressão do sistema nervoso central34, variando de sonolência ao coma86. Os sintomas3 nos casos leves incluem sonolência, confusão mental e letargia61. Em casos mais graves e especialmente se outras drogas ou álcool forem ingeridos, os sintomas3 podem incluir ataxia17, hipotonia57, hipotensão87, depressão cardiovascular, depressão respiratória, estado hipnótico, coma86 e morte.

Assim como no gerenciamento de qualquer superdose intencional, deve-se considerar que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

MS -1.0068.0987

Farm.Resp..: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150

Registrado por:

Novartis Biociências S.A.

Av. Prof. Vicente Rao, 90

São Paulo - SP

CNPJ: 56.994.502/0001-30

Indústria Brasileira

Fabricado por:

Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP

® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA.

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 22/12/2014.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Fobias: Medo exagerado, falta de tolerância, aversão.
2 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Psicogênica: 1. Relativo à psicogenia ou psicogênese, ou seja, relativo à origem e desenvolvimento do psiquismo. 2. Relativo a ou próprio de fenômenos somáticos com origem psíquica.
5 Urogenital: Na anatomia geral, é a região relativa aos órgãos genitais e urinários; geniturinário.
6 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
7 Coadjuvante: Que ou o que coadjuva, auxilia ou concorre para um objetivo comum.
8 Psicopatia: 1. Distúrbio mental grave em que o paciente apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência. 2. Qualquer doença mental.
9 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
10 Psicomotor: Próprio ou referente a qualquer resposta que envolva aspectos motores e psíquicos, tais como os movimentos corporais governados pela mente.
11 Libido: Desejo. Procura instintiva do prazer sexual.
12 GABA: GABA ou Ácido gama-aminobutírico é o neurotransmissor inibitório mais comum no sistema nervoso central.
13 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
14 Habituação: Em psicologia, habituação é um exemplo de aprendizagem não associativa na qual ocorre uma diminuição automática na intensidade de uma resposta a um estímulo que se repete. Ela capacita uma pessoa a ignorar o que lhe é familiar e a focar a atenção no que é novo.
15 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
16 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
17 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
18 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
19 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
20 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
21 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
22 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
23 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
24 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
25 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
26 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
27 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
28 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
29 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
30 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
31 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
32 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
33 Sobrevivência: 1. Ato ou efeito de sobreviver, de continuar a viver ou a existir. 2. Característica, condição ou virtude daquele ou daquilo que subsiste a um outro. Condição ou qualidade de quem ainda vive após a morte de outra pessoa. 3. Sequência ininterrupta de algo; o que subsiste de (alguma coisa remota no tempo); continuidade, persistência, duração.
34 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
35 Miastenia: Perda das forças musculares ocasionada por doenças musculares inflamatórias. Por ex. Miastenia Gravis. A debilidade pode predominar em diferentes grupos musculares segundo o tipo de afecção (debilidade nos músculos extrínsecos do olho, da pelve, ou dos ombros, etc.).
36 Insuficiência respiratória: Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Como a definição está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial: PaO2 50 mmHg.
37 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
38 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
39 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
40 Mialgia: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
41 Disforia: Estado caracterizado por ansiedade, depressão e inquietude.
42 Sudorese: Suor excessivo
43 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
44 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
45 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
46 Torpor: 1. Sentimento de mal-estar caracterizado pela diminuição da sensibilidade e do movimento; entorpecimento, estupor, insensibilidade. 2. Indiferença ou apatia moral; indolência, prostração. 3. Na medicina, ausência de reação a estímulos de intensidade normal.
47 Parestesias: São sensações cutâneas subjetivas (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.
48 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
49 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
50 Amnésia: Perda parcial ou total da memória.
51 Raiva: 1. Doença infecciosa freqüentemente mortal, transmitida ao homem através da mordida de animais domésticos e selvagens infectados e que produz uma paralisia progressiva juntamente com um aumento de sensibilidade perante estímulos visuais ou sonoros mínimos. 2. Fúria, ódio.
52 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
53 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
54 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
55 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
56 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
57 Hipotonia: 1. Em biologia, é a condição da solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra. 2. Em fisiologia, é a redução ou perda do tono muscular ou a redução da tensão em qualquer parte do corpo (por exemplo, no globo ocular, nas artérias, etc.)
58 Hipotermia: Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35ºC.Pode ser produzida por choque, infecção grave ou em estados de congelamento.
59 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
60 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
61 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
62 Diplopia: Visão dupla.
63 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
64 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
65 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
66 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
67 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
68 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
69 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
70 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
71 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
72 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
73 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
74 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
75 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
76 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
77 Alucinação: Perturbação mental que se caracteriza pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensação sem objeto. Impressão ou noção falsa, sem fundamento na realidade; devaneio, delírio, engano, ilusão.
78 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
79 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
80 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
81 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
82 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
83 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
84 Tecido conectivo: Tecido que sustenta e conecta outros tecidos. Consiste de CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO inseridas em uma grande quantidade de MATRIZ EXTRACELULAR.
85 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
86 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
87 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.

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