

Doxprovir (Bula do profissional de saúde)
EMS S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Doxprovir
mesilato de doxazosina
Comprimido 2 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido
Embalagem contendo 10, 15, 20, 30 ou 450 unidades
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Doxprovir contém:
mesilato de doxazosina (equivalente a 2 mg de doxazosina) | 2,426 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monoidratada, croscarmelose sódica, amidoglicolato de sódio, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Hiperplasia3 prostática benigna
Doxprovir é indicado para o tratamento dos sintomas4 clínicos da hiperplasia3 prostática benigna (HPB), assim como para o tratamento da redução do fluxo urinário associada à HPB. Doxprovir pode ser administrado em pacientes com HPB que sejam hipertensos ou normotensos. Enquanto não são observadas alterações clinicamente significativas na pressão sanguínea de pacientes normotensos com HPB, pacientes com HPB e hipertensão5 apresentam ambas as condições tratadas efetivamente com monoterapia com mesilato de doxazosina.
Hipertensão5
Doxprovir é indicado para o tratamento da hipertensão5 e pode ser utilizado como agente inicial para o controle da pressão sanguínea na maioria dos pacientes. Em pacientes sem controle adequado com um único agente anti-hipertensivo, Doxprovir pode ser administrado em associação a outros agentes, tais como diuréticos6 tiazídicos, betabloqueadores, antagonistas de cálcio ou agentes inibidores da enzima7 conversora de angiotensina.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Hiperplasia3 prostática benigna
A doxazosina tem mostrado ser um bloqueador efetivo do subtipo 1A dos receptores alfa-1-adrenérgicos8, que correspondem a mais de 70% dos subtipos existentes na próstata9. Devido a este fato, a doxazosina é eficaz em pacientes com HPB. A doxazosina tem demonstrado eficácia e segurança estáveis em tratamentos prolongados (acima de 48 meses) de pacientes com HPB. Foi demonstrado em um estudo duplo-cego10 e placebo11-controlado com 900 pacientes com HPB que a doxazosina é superior ao placebo11 na melhora dos sintomas4 e do fluxo urinário. Alívio significativo foi verificado já em 1 semana de tratamento com doxazosina: os pacientes tratados (n = 173) apresentaram aumento significativo (p < 0,01) na velocidade de fluxo de 0,8 mL/segundo, comparado a uma diminuição de 0,5 mL/segundo no grupo placebo11 (n = 41). Em estudos de longa duração, a melhora foi mantida por até dois anos de tratamento. Em 66–71% dos pacientes, melhora acima do nível basal foi observada nos sintomas4 e na velocidade do fluxo urinário. Em um estudo de dose fixa, a terapia com doxazosina resultou em melhora significativa e estável na velocidade de fluxo urinário de 2,3–3,3 mL/segundo, comparada ao placebo11 (0,1 mL/segundo). Neste estudo, a única avaliação na qual foram feitas verificações semanais, melhoras significativas de doxazosina em relação ao placebo11 foram observadas em uma semana. A proporção de pacientes que responderam com melhora máxima na velocidade de fluxo ≥ 3 mL/segundo foram bem maiores com doxazosina (34–42%) do que com placebo11 (13–17%). Melhora significativamente maior também foi verificada na velocidade média de fluxo com doxazosina (1,6 mL/segundo) em relação ao placebo11 (0,2 mL/segundo).
Hipertensão5
Ao contrário dos agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos8 não-seletivos, não foi observado o aparecimento de tolerância na terapia a longo prazo. Taquicardia12 e elevação de renina plasmática têm sido observadas esporadicamente na terapia de manutenção. A doxazosina produz efeitos favoráveis nos lipídeos plasmáticos, com aumento significativo na relação HDL13/colesterol14 total e reduções significativas nos triglicerídeos e colesterol14 total. Oferece assim uma vantagem sobre os diuréticos6 e betabloqueadores, que afetam estes parâmetros de maneira adversa. Com base na associação já estabelecida de hipertensão5 e lipídeos plasmáticos com doença coronariana15, os efeitos favoráveis da terapia com doxazosina, tanto sobre a pressão sanguínea como sobre os lipídeos, indicam uma redução no risco de aparecimento de doença cardíaca coronariana. O tratamento com doxazosina tem resultado em regressão da hipertrofia16 ventricular esquerda, inibição de agregação plaquetária e estímulo da capacidade ativadora de plasminogênio tecidual. Além disto, a doxazosina melhora a sensibilidade à insulina17 em pacientes com este tipo de comprometimento. A doxazosina mostrou-se desprovida de efeitos metabólicos adversos e é adequada para uso em pacientes com asma18, diabetes19, disfunção do ventrículo esquerdo, gota20 e pacientes idosos. Um estudo in vitro demonstrou as propriedades antioxidantes dos metabólitos21 hidroxilados 6’- e 7’- da doxazosina, na concentração de 5 μM. Em um estudo clínico controlado com pacientes hipertensos, o tratamento com doxazosina foi associado a uma melhora na disfunção erétil.
Além disso, os pacientes que receberam doxazosina apresentaram um menor número de novos casos de disfunção erétil do que os pacientes tratados com outros agentes anti-hipertensivos.
Em análises compiladas de estudos placebo11-controlados de hipertensão5 com cerca de 300 pacientes hipertensos por grupo de tratamento, a doxazosina, em doses de 1–16 mg uma vez ao dia diminuiu a pressão sanguínea em 24 horas para cerca de 10/8 mmHg, comparada ao placebo11, na posição ortostática; e para 9/5 mmHg na posição supina. Efeitos de pico na pressão do sangue22 (1–6 horas) foram aumentados em torno de 50–75% (p. ex., valores do vale foram cerca de 55–70% do efeito de pico), com as maiores diferenças pico-vale observadas nas pressões sistólicas. Não houve diferença aparente na resposta pressórica sanguínea de caucasianos e negros ou de pacientes com mais ou menos de 65 anos de idade. Os pacientes predominantemente normocolesterolêmicos tiveram reduções menores no colesterol14 total do soro23 (2–3%), LDL colesterol24 (4%) e um aumento menor semelhante na proporção HDL13/colesterol14 total (4%). Os significados clínicos destas observações não estão claros. Na mesma população de pacientes, os que receberam doxazosina aumentaram em média 0,6 kg, comparado a uma perda média de 0,1 kg dos pacientes que receberam placebo11.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Hiperplasia3 prostática benigna
A hiperplasia3 prostática benigna (HPB) é uma causa comum de obstrução do fluxo urinário em homens de certa idade. HPB grave pode levar à retenção urinária25 e danos renais. Um componente estático e um dinâmico contribuem para os sintomas4 e a redução do fluxo urinário associados à HPB. O componente estático está associado ao aumento do tamanho da próstata9 causado, em parte, pela proliferação de células musculares26 lisas do estroma27 prostático. Entretanto, a gravidade dos sintomas4 da HPB e o grau de obstrução uretral28 não estão correlacionados diretamente ao tamanho da próstata9.
O componente dinâmico da HPB está associado a um aumento no tônus muscular29 liso na próstata9 e no colo30 da bexiga31. O tônus nesta área é mediado pelo adrenoreceptor alfa-1, que está presente em grande quantidade no estroma27 prostático, cápsula prostática e colo30 da bexiga31.
O bloqueio do adrenoreceptor alfa-1 diminui a resistência uretral28 e pode aliviar a obstrução e os sintomas4 da HPB.
A administração de doxazosina em pacientes com HPB sintomática32 resulta em melhora significativa na urodinâmica e nos sintomas4 associados. Acredita-se que o efeito na HPB seja resultado do bloqueio seletivo dos receptores alfa-adrenérgicos8 localizados no colo30 da bexiga31, estroma27 e cápsula da próstata9.
Hipertensão5
A administração de doxazosina a pacientes hipertensos produz uma redução clinicamente significativa da pressão sanguínea como resultado da redução da resistência vascular33 sistêmica. Acredita-se que este efeito seja resultado do bloqueio seletivo de adrenoreceptores alfa-1, localizados nos vasos sanguíneos34. Com dose única diária, reduções clinicamente significativas da pressão sanguínea são obtidas durante todo o dia até 24 horas após a administração. Ocorre redução gradual da pressão sanguínea, com picos máximos observados geralmente em 2–6 horas após a administração. Nos pacientes com hipertensão5, a pressão sanguínea durante o tratamento com doxazosina é similar tanto na posição supina quanto em pé.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: Após a administração oral de doses terapêuticas, a doxazosina é bem absorvida com picos sanguíneos em torno de 2 horas.
Biotransformação e eliminação: A eliminação plasmática é bifásica, com meia-vida de eliminação terminal de 22 horas, o que proporciona a base para a administração em dose única diária. A doxazosina é extensamente metabolizada e menos de 5% é excretada como fármaco35 inalterado.
Estudos farmacocinéticos em pacientes com disfunção renal36 não têm demonstrado diferenças farmacocinéticas importantes quando comparados a indivíduos com função renal36 normal. Há apenas dados limitados de pacientes com insuficiência hepática37, sobre os efeitos dos fármacos de influência conhecida sobre o metabolismo38 hepático (p. ex., cimetidina). Em um estudo clínico realizado com 12 pacientes com disfunção hepática39 moderada, a administração de dose única de doxazosina resultou em um aumento de 43% na área sob a curva (AUC40) e em uma redução de 40% no clearance oral aparente. Assim como qualquer outro fármaco35 completamente metabolizado pelo fígado41, o uso de doxazosina em pacientes com disfunção hepática39 deve ser feito cuidadosamente (vide “Advertências e Precauções”).
Aproximadamente 98% da doxazosina estão ligados às proteínas42 plasmáticas.
A doxazosina é extensamente metabolizada no fígado41. Estudos in vitro sugerem que a principal via de eliminação é por meio de CYP 3A4; no entanto, as vias metabólicas do CYP 2D6 e CYP 2C9 também estão envolvidas para a eliminação, mas em menor extensão.
Dados de segurança pré-clínicos
Carcinogênese: Administração crônica de doxazosina na dieta (até 24 meses) na dose máxima tolerada de 40 mg/kg/dia para ratos e 120 mg/kg/dia para camundongos não revelou evidências de potencial carcinogênico. As doses mais altas avaliadas em estudos com ratos e camundongos são associadas com AUCs (medida de exposição sistêmica) que são 8 vezes e 4 vezes, respectivamente, a AUC40 humana na dose de 16 mg/dia.
Mutagênese: Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados ao fármaco35 ou seus metabólitos21 em nível cromossômico ou subcromossômico.
Alterações na fertilidade: Estudos em ratos mostraram redução na fertilidade de machos tratados com doxazosina em doses orais de 20 mg/kg/dia (mas não com 5 ou 10 mg/kg/dia), cerca de 4 vezes a AUC40 obtida com dose humana de 12 mg/dia. Este efeito foi reversível dentro de 2 semanas da retirada do fármaco35. Não há relatos de qualquer efeito de doxazosina na fertilidade humana.
CONTRAINDICAÇÕES
Doxprovir está contraindicado em:
- hipersensibilidade ao princípio ativo, outros tipos de quinazolinas (por exemplo, prazosina, terazosina) ou a qualquer um dos excipientes.
- pacientes com história de hipotensão43 ortostática.
- pacientes com hiperplasia3 prostática benigna e congestão concomitante do trato urinário44 superior, infecção45 crônica do trato urinário44 ou cálculos na bexiga31.
- pacientes com histórico de obstrução gastrointestinal, obstrução esofágica ou qualquer grau de diminuição do diâmetro do lúmen46 do trato gastrointestinal.
- pacientes com hipotensão43 (apenas na indicação de hiperplasia3 prostática benigna). Doxprovir está contraindicado como monoterapia em pacientes com transbordamento da bexiga31 ou anúria47 com ou sem insuficiência renal48 progressiva.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Hipotensão43 postural / Síncope49
Início do tratamento
Devido às propriedades alfabloqueadoras da doxazosina, particularmente no início do tratamento, pacientes podem apresentar hipotensão43 postural, evidenciada por tonturas50 e fraqueza, ou raramente perda de consciência (síncope49). Assim, no início do tratamento, é prudente na prática clínica monitorar a pressão sanguínea de modo a minimizar os potenciais efeitos posturais.
Quando for instituída uma terapia com qualquer alfabloqueador eficaz, o paciente deve ser informado sobre como evitar os sintomas4 decorrentes da hipotensão43 postural e quais medidas devem ser adotadas no caso dos sintomas4 se desenvolverem. O paciente deve ser orientado a evitar situações em que possa se
ferir, como dirigir ou operar máquinas, caso sintomas4 como tontura51 ou fraqueza ocorram durante o início do tratamento com Doxprovir.
Uso em pacientes com doenças cardíacas agudas
Assim como ocorre com outros fármacos anti-hipertensivos vasodilatadores, é prudente na prática clínica recomendar precaução quando se administra doxazosina a pacientes com as seguintes doenças cardíacas agudas:
- edema pulmonar52 devido à estenose53 aórtica ou mitral
- insuficiência cardíaca54 de alto débito
- insuficiência cardíaca54 direita devido a embolia55 pulmonar ou derrame56 pericárdico
- insuficiência cardíaca54 ventricular esquerda com baixa pressão de enchimento
Uso com inibidores de PDE-5 (5-fosfodiesterase)
O uso concomitante de doxazosina com inibidores da 5-fosfodiesterase (como sildenafila, tadalafila, vardenafila) deve ser feito com cautela já que ambos os fármacos possuem efeitos vasodilatadores, podendo ocorrer hipotensão43 sintomática32 em alguns pacientes.
Para reduzir o risco de hipotensão43 ortostática, é recomendado iniciar o tratamento com inibidores da 5-fosfodiesterase apenas se o paciente estiver hemodinamicamente estável pelo uso de alfabloqueadores. Adicionalmente, é recomendado iniciar o tratamento com inibidores da 5-fosfodiesterase com a menor dose possível e respeitar um intervalo de 6 horas após a tomada da doxazosina. Não foram realizados estudos com a doxazosina em formulações de liberação prolongada.
Uso em pacientes sujeitos à cirurgia de catarata57
Foi observada Síndrome58 Intraoperatória da Íris59 Frouxa (IFIS, uma variante da síndrome58 da pupila pequena) durante cirurgia de catarata57 em alguns pacientes em tratamento ou recentemente tratados com tansulosina.
Casos isolados foram também notificados com outros bloqueadores alfa-1 e a possibilidade de um efeito de classe não pode ser excluída. Como a IFIS pode levar a um aumento das complicações de procedimentos durante a cirurgia de catarata57, os oftalmologistas devem estar cientes antes da cirurgia do uso corrente ou anterior de bloqueadores alfa-1.
A meia-vida terminal média da doxazosina é de 22 horas. Ela pode ser prolongada em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva60. A taxa de ajuste da dose pode precisar ser lentificada.
Em alguns pacientes com insuficiência61 ventricular esquerda, a diminuição do enchimento ventricular esquerdo associado à terapia intensa pode resultar em uma queda significativa do débito cardíaco62 e da pressão arterial63 sistêmica após administração de doxazosina. Estes efeitos devem ser considerados quando da introdução da terapia e ajuste contínuo da dose utilizada.
Priapismo64
Ereções prolongadas e priapismo64 foram relatados com bloqueadores alfa-1, incluindo doxazosina em experiência pós-comercialização. No caso de uma ereção65 persistente por mais de 4 horas, o paciente deve buscar assistência médica imediata. O priapismo64 quando não tratado imediatamente pode resultar em danos ao tecido66 do pênis67 e na perda permanente de potência.
Pesquisa do câncer68 da próstata9
O câncer68 da próstata9 causa muitos dos sintomas4 associados à HPB e os dois distúrbios podem coexistir. O câncer68 da próstata9 deve, portanto, ser descartado antes do início da terapia com doxazosina para o tratamento dos sintomas4 da HPB.
Populações especiais
Uso em crianças: A segurança e a eficácia de doxazosina ainda não foram estabelecidas em crianças. Portanto, este medicamento não deve ser administrado a pacientes pediátricos.
Uso em idosos: Não há recomendação específica para essa faixa etária. A dose usual recomendada para adultos pode ser administrada para pacientes69 idosos.
Uso em pacientes com insuficiência renal48: Não existem evidências de que o mesilato de doxazosina agrave a insuficiência renal48. No entanto, a introdução do mesilato de doxazosina e ajuste de dose devem ser realizados com grande cuidado.
Uso em pacientes com insuficiência hepática37: Existem apenas dados limitados em pacientes com insuficiência hepática37 e sobre o efeito de fármacos conhecidos por influenciar o metabolismo38 hepático (por exemplo, cimetidina). Assim como ocorre com qualquer fármaco35 que seja completamente metabolizado pelo fígado41, Doxprovir deve ser administrado com cautela em pacientes com evidências de insuficiência hepática37. Visto não existir experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática37 grave, não se recomenda a utilização de doxazosina nestes pacientes.
Gravidez70 e Lactação71
Para a indicação de hipertensão5: Uso durante a gravidez70:
Como não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, a segurança de uso de Doxprovir durante a gravidez70 não foi estabelecida. Assim, durante a gravidez70, Doxprovir deve ser utilizado apenas se, a critério médico, os benefícios superarem os riscos potenciais. Embora não tenham sido observados efeitos teratogênicos72 com a doxazosina em estudos com animais, observou-se uma redução da sobrevivência73 fetal em animais tratados com doses extremamente altas.
A excreção de doxazosina no leite materno demonstrou ser muito baixa (com a dose relativa do bebê menor que 1%). No entanto, os dados em humanos são muito limitados. Um risco para o recém-nascido ou lactente74 não pode ser excluído e, portanto, a doxazosina deve ser usada apenas quando, a critério médico, os benefícios superarem os riscos potenciais.
Doxprovir é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez70. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
A habilidade em atividades como operar máquinas ou dirigir veículos pode ser prejudicada, especialmente no início da terapia. O fármaco35 também pode induzir sonolência. Os pacientes não devem dirigir ou operar máquinas, a menos que tenha sido demonstrado que sua atenção ou destreza não foram afetados.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Como este medicamento contém lactose1, seu emprego não é recomendado em pacientes com doenças hereditárias raras de intolerância à galactose75, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose76-galactose75.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Inibidores da fosfodiesterase-5 (por exemplo, sildenafila, tadalafila, vardenafila): O uso concomitante de doxazosina com inibidores da PDE-5 pode ocasionar hipotensão43 sintomática32 em alguns pacientes (vide “Advertências e Precauções”). Não foram realizados estudos com a doxazosina em formulações de liberação prolongada.
A doxazosina se encontra altamente ligada às proteínas42 plasmáticas (98%). Dados in vitro no plasma77 humano indicam que a doxazosina não apresenta efeito sobre a ligação proteica de fármacos testados (digoxina, fenitoína, varfarina ou indometacina). Estudos in vitro sugerem que a doxazosina é um substrato do citocromo P450 3A4 (CYP 3A4). Deve-se ter cautela ao se administrar a doxazosina concomitantemente com um inibidor forte do CYP 3A4, como claritromicina, indinavir, itraconazol, cetoconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina ou voriconazol.
A doxazosina, sob forma de comprimido simples, foi administrada sem qualquer interação medicamentosa adversa nas experiências clínicas com diuréticos6 tiazídicos, furosemida, agentes betabloqueadores, anti-inflamatórios não-esteroidais, antibióticos, hipoglicemiantes orais78, agentes uricosúricos e anticoagulantes79. No entanto, não estão disponíveis dados provenientes de estudos formais de interação entre medicamentos.
A doxazosina potencializa a ação de diminuição da pressão arterial63 de outros alfabloqueadores e anti-hipertensivos.
Em um estudo aberto, randômico, placebo11-controlado em 22 voluntários sadios do sexo masculino, a administração de uma dose única de 1 mg de doxazosina no dia 1 num regime oral de 4 dias de cimetidina (400 mg duas vezes ao dia) resultou em um aumento de 10% da AUC40 média da doxazosina e em nenhuma alteração estatisticamente significativa na Cmáx média e na meia-vida média da doxazosina. O aumento de 10% na AUC40 média para a doxazosina com a cimetidina está dentro da variação interindividual (27%) da AUC40 média para doxazosina com placebo11.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade. O prazo de validade do medicamento a partir da data de fabricação é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido na cor branca, circular, plano e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os comprimidos de Doxprovir podem ser ingeridos com ou sem alimentos.
Hiperplasia3 prostática benigna
A dose inicial recomendada de Doxprovir é de 1 mg administrado em dose única diária, por via oral, a fim de minimizar a potencial ocorrência de hipotensão43 postural e/ou síncope49 (vide “Advertências e Precauções”). Conforme a resposta sintomatológica de HPB e urodinâmica individual do paciente, a dose pode ser aumentada após 1 ou 2 semanas de tratamento para 2 mg, e assim a intervalos similares para 4 mg e 8 mg, sendo esta a dose máxima recomendada.
Hipertensão5
A dose total de Doxprovir varia de 1 a 16 mg diários. Recomenda-se uma dose inicial de 1 mg administrado em dose única diária por 1 ou 2 semanas, a fim de minimizar a potencial ocorrência de hipotensão43 postural e/ou síncope49 (vide “Advertências e Precauções”). Dependendo da resposta individual do paciente, a dose pode ser aumentada após 1 ou 2 semanas de tratamento para 2 mg, e assim a intervalos similares para 4 mg, 8 mg e 16 mg, até se obter a redução de pressão desejada. O intervalo de dose usualmente recomendado é de 2 a 4 mg diários.
População pediátrica: A segurança e a eficácia do mesilato de doxazosina em crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Pacientes idosos: Mesma dosagem de adulto. Em comum com outros medicamentos desta classe, a dosagem deve ser mantida tão baixa quanto possível e incrementos feitos sob rigoroso acompanhamento.
Pacientes com insuficiência renal48: Como não há alteração na farmacocinética em pacientes com insuficiência renal48, recomenda-se a dose habitual para adultos. O mesilato de doxazosina não é dialisável.
Pacientes com insuficiência hepática37: Existem apenas dados limitados em pacientes com insuficiência hepática37 e sobre o efeito de fármacos conhecidos por influenciar o metabolismo38 hepático (por exemplo, cimetidina).
Assim como ocorre com qualquer fármaco35 que seja completamente metabolizado pelo fígado41,
Doxprovir deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática37 significativa.
Dose omitida
Caso o paciente esqueça-se de administrar o produto no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Hipertensão5
Nos ensaios clínicos80 envolvendo pacientes hipertensos, as reações adversas mais comuns associadas ao mesilato de doxazosina foram do tipo postural (raramente associadas à síncope49) ou não específicas.
Hiperplasia3 prostática benigna (HPB)
A experiência obtida com ensaios clínicos80 controlados sobre a HPB indica um perfil de efeitos adversos semelhante ao observado no tratamento da hipertensão5.
Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados e relatados durante tratamento com doxazosina, com as seguintes frequências: Muito comuns (≥ 1/10); comuns (≥ 1/100 a < 1/10); incomuns (≥ 1/1.000 a < 1/100); raros (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito raros (< 1/10.000), frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Classes de sistemas de órgãos |
Muito comuns |
Comuns |
Incomuns |
Raros |
Muito raros |
Frequência não conhecida |
Infecções81 e infestações |
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Infecções81 do trato respiratório, infecções81 do trato urinário44 |
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Distúrbios do sangue22 e do sistema linfático82 |
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Leucopenia83, trombocitopenia84 |
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Distúrbios do sistema imune85 |
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Reação medicamento sa alérgica |
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Distúrbios do metabolismo38 e nutrição86 |
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Anorexia87, gota20, aumento do apetite |
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Distúrbios psiquiátricos |
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Agitação, depressão, ansiedade, insônia, nervosismo |
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Distúrbios do sistema nervoso88 |
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Sonolência, tonturas50, cefaleia89 |
Acidente vascular cerebral90, hipoestesia91, síncope49, tremor |
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Tonturas50 posturais, parestesia92 |
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Distúrbios oculares |
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Visão93 turva |
Síndrome58 Intraoperatóri a da Íris59 Frouxa |
Distúrbios do ouvido e do labirinto94 |
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Vertigens95 |
Acufenos |
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Distúrbios cardíacos |
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Palpitações96, taquicardia12 |
Angina97 pectoris, infarto do miocárdio98 |
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Bradicardia99, arritmias100 cardíacas |
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Distúrbios vasculares101 |
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Hipotensão43, hipotensão43 postural |
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Fogachos |
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Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino102 |
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Bronquite, tosse, dispneia103, rinite104 |
Epistaxe105 |
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Broncoespasmo106 |
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Distúrbios gastrointestinais |
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Dor abdominal, dispepsia107, boca108 seca, náuseas109 |
Constipação110, flatulência, vômitos111, gastroenterite112 diarreia113 |
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Distúrbios hepatobiliares114 |
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Resultados anormais em testes da função hepática39 |
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Colestase115, hepatite116, icterícia117 |
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Distúrbios da pele e tecido subcutâneo118 |
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Prurido119 |
Erupção120 cutânea121 |
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Urticária122, alopecia123, púrpura124 |
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Distúrbios ósseos, musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos |
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Lombalgia125, mialgia126 |
Artralgia127 |
Cãibras, fraqueza muscular |
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Distúrbios renais e urinários |
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Cistite128, incontinência urinária129 |
Disúria130, aumento da frequência urinária, hematúria131, |
Poliúria132 |
Aumento da diurese133, alteração da micção134, noctúria |
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Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama135 |
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Impotência136 |
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Ginecomastia137, priapismo64 |
Ejaculação138 retrógrada. |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração |
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Astenia139, dor no peito140, sintomas4 tipo gripais, edema141 periférico |
Dor, edema141 facial |
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Fadiga142, mal-estar |
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Exames de diagnóstico143 |
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Ganho de peso |
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Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Caso a superdose resulte em hipotensão43, o paciente deve ser imediatamente colocado na posição supina, com a cabeça144 mais baixa. Outras medidas de suporte devem ser tomadas se consideradas apropriadas em cada caso.
Se esta medida for inadequada, choque145 deve ser primeiramente tratado com expansores de volume. Se necessário, utilizar um vasopressor. A função renal36 deve ser acompanhada e mantida, conforme necessário
Como a doxazosina apresenta alto índice de ligação proteica, a diálise146 não é recomendada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS-1.0235.1387
Farm. Resp.: Dra. Telma Elaine Spina CRF-SP nº 22.234
Registrado, fabricado e embalado por:
EMS S/A Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08 Bairro Chácara Assay
Hortolândia/ SP – CEP: 13186-901 CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira
Ou
Fabricado por:
NOVAMED FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA
Manaus/AM
SAC 0800 019 19 14
