NEXVEP
B-MS
NEXVEP
etoposido fosfato
Equivalente a 100mg de etoposido
pó liofilizado1 para solução injetável
Apresentação de Nexvep
NEXVEP (etoposido fosfato) 100mg pó liofilizado1 para solução injetável é apresentado em embalagem contendo 1 frasco-ampola.
USO ADULTO
USO INTRAVENOSO
Composição de Nexvep
NEXVEP está disponível em frascos-ampola individuais contendo 114mg de etoposido fosfato (equivalente a 100mg de etoposido), 32,7mg de citrato de sódio e 300mg de dextrana 40.
Informações ao Paciente de Nexvep
Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospitais ou ambulatório especializado, com emprego específico em neoplasias2 malígnas, e ser manipulado apenas por pessoal treinado, o item INFORMAÇÕES AO PACIENTE não consta na bula, uma vez que estas serão fornecidas pelo médico assistente conforme necessário.
Informações Técnicas de Nexvep
Descrição
NEXVEP (etoposido fosfato) é DE USO PARENTERAL, sendo um pó liofilizado1 estéril não pirogênico que deve ser diluído com um veículo parenteral adequado, antes da infusão intravenosa.
O etoposido fosfato é um éster de etoposido (comumente conhecido como VP-16) solúvel em água. É um derivado semi-sintético da podofilotoxina. A solubilidade do etoposido fosfato em água diminui o potencial de precipitação após a diluição e durante a administração intravenosa.
NEXVEP é formulado com dietanolato de etoposido fosfato sendo o etanol removido durante a liofilização3. O dietanolato é altamente solúvel em água e levemente solúvel em solventes orgânicos.
Farmacologia4
O etoposido fosfato é convertido in vivo para a porção ativa, o etoposido, através de uma defosforilação. Acredita-se que o mecanismo de ação do etoposido fosfato seja o mesmo que aquele do etoposido. O etoposido tem demonstrado causar interrupção da metafase em fibroblastos5 de pintinhos. O seu efeito principal, no entanto, parece ocorrer no final da fase S e inicio da fase G2 do ciclo celular nas células6 de mamíferos. Observaram-se duas respostas diferentes dependentes da dose. Em altas concentrações (10mcg/ml ou mais), foi observado lise7 das células6 entrando em mitose. Em baixas concentrações (0,3 a 10 mcg/ml) as células6 são impedidas de entrar na prófase. O etoposido não interfere com o conjunto microtubular. O efeito macromolecular predominante do etoposido parece ser a indução à ruptura da alça dupla do DNA devido a uma interação com a DNA-topoisomerase II ou a formação de radicais livres.
Farmacocinética
Após administração intravenosa de NEXVEP, o etoposido fosfato é rápida e completamente convertido para etoposido no plasma8. Em dois estudos randomizados cruzados conduzidos em pacientes com várias doenças malígnas, a área sob a curva (AUC9) e concentração plasmática máxima (Cmax) foram comparadas após a administração intravenosa de doses equimolares de NEXVEP e etoposido. No primeiro estudo, os valores médios de AUC9 para o etoposido foram 168,3 e 156,7 ìg.hr/ml após administração de 3,5 horas de infusão intravenosa de doses molares equivalentes de NEXVEP e etoposido, respectivamente. No segundo estudo, após 60 minutos de infusão intravenosa de 90, 100 e 110 mg/m2 de doses molares equivalentes de NEXVEP e etoposido, os valores médios de AUC9 (normalizados para a dose de 100mg/m2) foram 96,1 e 86,5 ìg.hr/ml, respectivamente, com valores de Cmax correspondentes (normalizados para a dose de 100 mg/m2 ) de 20,1 e 19,0 ìg/ml, respectivamente. Esses estudos sugerem bioequivalência farmacocinética. Além disso, no último estudo, não ocorreram diferenças estatisticamente significativas na toxicidade10 hematológica após administração de NEXVEP ou etoposido. Após administração de NEXVEP, os valores médios de nadir (expressos como decréscimo percentual a partir da linha de base), para leucócitos11, granulócitos12, hemoglobina13 e trombócitos14 foram 67,3; 81,0; 21,4 e 44,1%, respectivamente. Valores correspondentes após administração de etoposido foram 67,2; 84,1; 22,6 e 46,4%, respectivamente, sugerindo bioequivalência farmacodinâmica. Em vista da bioequivalência farmacocinética e farmacodinâmica de NEXVEP em relação ao etoposido, as seguintes informações devem ser consideradas:
Durante a administração intravenosa, a disposição do etoposido é melhor descrita como um processo bifásico com uma meia-vida de distribuição de cerca de 1,5 horas e uma meia-vida de eliminação terminal variando de 4 a 11 horas. Os valores do "clearance" corpóreo total variam de 33 a 48 ml/min ou 16 a 36 ml/min/m2 e, como a meia-vida de eliminação terminal, são independentes da dose em uma faixa de 100-600mg/m2. Nesta mesma faixa de dose, os valores de AUC9 e Cmax aumentam de forma linear a dose. O etoposido não se acumula no plasma8 após administração diária de 100mg/m2 por 4 a 6 dias.
Os volumes médios de distribuição em estado de equilíbrio diminuem na faixa de 18 a 29 litros ou 7 a 17 L/m2. O etoposido penetra de forma mínima no líquido cérebroespinal. Embora seja detectado neste líquido e em tumores intracerebrais, as concentrações são mais baixas do que em tumores extracerebrais e no plasma8. As concentrações de etoposido são mais altas no pulmão15 normal que nas metástases16 de pulmão15 e são similares em tumores primários e tecidos normais do miométrio17. In vitro, o etoposido está altamente ligado as proteínas18 plasmáticas humanas (97%). Uma relação inversa entre os níveis de albumina19 plasmática e o clearance renal20 de etoposido foi encontrada em crianças. Em um estudo dos efeitos de outros agentes terapêuticos na ligação in vitro do etoposido marcado com 14 C às proteínas18 séricas humanas, apenas a fenilbutazona, o salicilato de sódio e a aspirina deslocaram o etoposido ligado as proteínas18 plasmáticas nas concentrações geralmente usadas in vivo .
As taxas de ligação do etoposido estão correlacionadas diretamente à albumina19 sérica em pacientes com câncer21 e voluntários normais. A fração não ligada de etoposido está significativamente correlacionada à bilirrubina22 em pacientes com câncer21. Parece haver uma correlação inversa significativa entre a concentração de albumina19 sérica e a fração de etoposido livre. (Vide PRECAUÇÕES).
Após administração intravenosa de etoposido marcada com 14C (100 - 124mg/m2), a recuperação média de radioatividade na urina23 foi de 56% da dose em 120 horas, 45% da qual foi eliminada como etoposido e a recuperação fecal da radioatividade foi 44% da dose em 120 horas.
Em crianças, aproximadamente 55% da dose é eliminada na urina23 como etoposido em 24 horas. O clearance renal20 médio do etoposido é de 7 a 10 ml/min/m2 ou cerca de 35% do clearance corpóreo total em uma faixa de dose de 80 a 600mg/m2. O etoposido é, portanto, eliminado por processo renal20 e não-renal20, isto é, metabolismo24 e excreção biliar. O efeito da doença renal20 sobre o "clearance" plasmático do etoposido é desconhecido em crianças.
A excreção biliar da droga inalterada e/ou seus metabólitos25 é uma importante via de eliminação do etoposido, uma vez que recuperação fecal da radioatividade é 44% da dose intravenosa. O metabólito26 ácido hidroxi[4'-dimetil ácido epipodofílico-9-(4, 6 - 0 - etilideno-â-D- glicopiranosídeo)], formado pela abertura do anel lactona é encontrado na urina23 de adultos e crianças. Também está presente no plasma8 humano, provavelmente na forma do isômero trans. Os conjugados glicuronida e/ou sulfato de etoposido também são excretados na urina23 humana. Apenas 8% ou menos da dose intravenosa é excretada na urina23 como metabólitos25 do etoposido marcados radioativamente com 14C. Além disso, a O-desmetilação do anel dimetoxifenol ocorre através da via da isoenzima CYP450 3A4 para produzir o catecol correspondente.
Em adultos, o clearance corpóreo total do etoposido está relacionado ao clearance de creatinina27, à baixa concentração de albumina19 sérica e ao "clearance" não-renal20. Em pacientes adultos com câncer21, com disfunção hepática28, o clearance corpóreo total do etoposido não está reduzido. Pacientes com função renal20 comprometida recebendo etoposido tiveram um clearance corporal total reduzido, AUC9 aumentado e volume de distribuição em estado de equilíbrio mais baixo (Ver POSOLOGIA). A terapia concomitante com cisplatina esta associada a redução do clearance corpóreo total de etoposido. Em crianças, os níveis séricos elevados de transaminase glutâmico pirúvica (TGP) estão associados com "clearance" corpóreo total reduzido da droga. O uso prévio de cisplatina também pode resultar em uma diminuição do clearance corpóreo total do etoposido em crianças.
Embora tenham sido observadas pequenas diferenças nos parâmetros farmacocinéticos com relação ao sexo e entre pacientes # 65 anos e > 65 anos, estas não foram consideradas significativas.
Indicações de Nexvep
NEXVEP está indicado para o tratamento das seguintes neoplasias2:
Tumores testiculares refratários29Em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados, nos pacientes com tumores testiculares refratários29 que já tenham sofrido cirurgia adequada, tratamento quimioterápico e radioterápico.
Tumores de pequenas células6 de pulmão15
Em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados nos pacientes com tumores de pequenas células6 de pulmão15. Evidências preliminares demonstram que NEXVEP pode ser eficaz também em outros tipos celulares de carcinoma30 de pulmão15
Contra-Indicações de Nexvep
NEXVEP é contra-indicado a pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade prévia ao etoposido, ou ao etoposido fosfato ou a qualquer outro componente da formulação.
Advertências de Nexvep
Visto que o etoposido fosfato é rápida e completamente convertido para etoposido, as advertências e Precauções consideradas para o etoposido devem ser consideradas também quando da prescrição de NEXVEP (etoposido fosfato).foi relatado mielodepressão fatal após administração de etoposido. Pacientes que estejam sendo tratados com NEXVEP devem ser cuidadosa e frequentemente observados em relação a mielodepressão durante e após a terapia. A toxicidade10 mais significativa associada a terapia com NEXVEP é depressão da medula óssea31 limitante da dose. Os seguintes exames deverão ser realizados no início da terapia e antes de cada dose subseqüente de NEXVEP: contagem de plaquetas32, hemoglobina13, contagem e diferencial de leucócitos11. A ocorrência de uma contagem de plaquetas32 menor que 50.000/mm3 ou de uma contagem absoluta de neutrófilos33 menor de 500/mm3 é uma indicação para evitar a continuidade da terapia até que a contagem sanguínea esteja suficientemente recuperada.
Os médicos deverão ser advertidos da possibilidade de ocorrência de reações anafiláticas34 que se manifestam por calafrios35, febre36, taquicardia37, broncoespasmo38, dispnéia39 e hipotensão40. O tratamento é sintomático41. A infusão deverá ser interrompida imediatamente, sendo seguida pela administração de agentes pressores, corticosteróides, anti-histamínicos ou expansores de volume, a critério médico.
NEXVEP deve ser administrado sob supervisão de um médico qualificado com experiência no uso de agentes quimioterápicos para câncer21.
Gravidez42
NEXVEP pode causar dano fetal quando administrado a Mulheres grávidas. O etoposido demonstrou ser teratogênico43 em camundongos e ratos e portanto supõem-se que o NEXVEP seja também teratogênico43. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. As mulheres com possibilidade de engravidar devem ser aconselhadas a não fazê-lo. Se a droga for usada durante a gravidez42, ou se a paciente engravidar durante a terapia, ela deverá ser advertida do risco potencial para o feto44.
Em um estudo teratológico em ratos "spf" em doses i.v. de 0,13; 0,4; 1,2 e 3,6 mg/kg/dia administradas nos dias 6 ao 15 da gestação. O etoposido foi associado com toxicidade10 materna relacionada com a dose, embriotoxicidade e teratogenicidade com níveis de dose da droga de 0,4mg/Kg/dia ou maiores. As taxas de reabsorção pelo embrião foram de 90 a 100% com as duas maiores dosagens. Com 0,4 e 1,2mg/Kg, os pesos dos fetos diminuíram e ocorreram anormalidades fetais incluindo anormalidades esqueléticas importantes, exencefalia, encefalocele45 e anoftalmia. Com a dose de 1,2mg/Kg foi observada uma mortalidade46 pré-natal de 92%, com 50% dos fetos implantados sendo anormais. Mesmo com a menor dose testada, 0,13mg/Kg, observou-se um aumento significativo na ossificação retardada.
Um estudo em camundongos albinos suíços aos quais foram administradas uma injeção47 intraperitonial diária de etoposido em dosagens de 1,0; 1,5 e 2,0 mg/Kg nos dias 6, 7 e 8 de gestação, revelou-se embriotoxicidade relacionada com a dose na forma de anormalidades cranianas, malformações48 esqueléticas importantes, um aumento da incidência49 de morte intrauterina e uma diminuição significativa na média dos pesos fetais. O ganho de peso da mãe não foi afetado.
O etoposido induziu à aberrações do número de cromossomos50 em células6 embrionárias de rato
Precauções de Nexvep
Gerais
Em todas as ocasiões, onde o uso de NEXVEP na quimioterapia51 for considerado, o médico deve avaliar a necessidade e o benefício da droga em função do risco de reações adversas. A maioria delas é reversível se detectada no início da ocorrência. Se ocorrerem reações graves, a dosagem da droga deve ser reduzida ou suspensa e tomadas as medidas corretivas adequadas a critério médico. O restabelecimento da terapia com NEXVEP deverá ser efetuado com cautela, considerando-se a posterior necessidade da droga, e com atenção cuidadosa quanto a possibilidade de reincidência52 de toxicidade10. Os pacientes com albumina19 sérica baixa podem ter o risco de toxicidades associadas com o etoposido aumentado.
Carcinogênese
Os testes de carcinogenicidade com NEXVEP não foram conduzidos em animais de laboratório. Dado seu mecanismo de ação, pode ser considerado como um possível carcinógeno em seres humanos.
A ocorrência de leucemia53 aguda, que pode ocorrer com ou sem fase pré-leucêmica, raramente tem sido relatada em pacientes tratados com etoposido em associação com outras drogas antineoplásicas. Não são conhecidos os riscos cumulativos nem os fatores predisponentes relacionados com o desenvolvimento de leucemia53 secundária.
As funções dos esquemas de administração e das doses cumulativas têm sido sugeridos, porém não foram claramente definidos.
Uma anormalidade no cromossômo 11q23 foi observada em alguns casos de leucemia53 secundária em pacientes que receberam epipodofilotoxinas. Esta anormalidade foi também observada em pacientes desenvolvendo leucemia53 secundária após Serem tratados com regimes quimioterápicos não contendo epipodofilotoxinas e leucemia53 ocorrendo "de novo". Outra característica que tem sido associada com a leucemia53 secundária em pacientes que receberam epipodofilotoxinas parece ser um curto período de latência54, com tempo médio para o desenvolvimento de leucemia53 de aproximadamente 32 meses.
Lactação55
Não se sabe se esta droga é excretada no leite materno. Como muitas drogas são excretadas no leite materno e Pelo potencial de NEXVEP em provocar graves reações adversas em lactentes56, deve-se optar por interromper a amamentação57 ou descontinuar a droga, levando-se em conta a importância da droga para a mãe.
Uso Pediátrico
A segurança e eficácia em crianças não foi sistematicamente estudada.
Interações Medicamentosas
A administração de NEXVEP com drogas que inibam a atividade da fosfatase (por exemplo cloridrato de levamisola) deve ser realizada com cautela. altas doses de ciclosporina (concentrações acima de 2000 ng/ml) administradas com etoposido oral levaram a um aumento de 80% na exposição do etoposido (AUC9) com uma diminuição de 38% no clearance corporal total de etoposido em comparação ao etoposido administrado de forma isolada.
Eventos Adversos de Nexvep
NEXVEP mostrou ser bem tolerado como agente único nos estudos clínicos que envolveram 206 pacientes com uma ampla variedade de malignidades, e em associação com cisplatina em 60 pacientes com câncer21 de pequenas células6 de pulmão15. Os eventos adversos clinicamente significativos mais frequentes foram leucopenia58 e neutropenia59. Nenhum sintoma60 cardiovascular adverso, incluindo hipotensão40, foram observados durante a administração de infusões de 5 minutos de NEXVEP.Os índices de ocorrência de eventos adversos na tabela a seguir foram derivados dos estudos nos quais NEXVEP foi administrado como agente único; noventa e oito pacientes receberam doses totais de 450mg/m2 ou mais por ciclo de tratamento em esquemas de 5 dias consecutivos, ou nos dias 1, 3 e 5. Os eventos adversos relatados foram aqueles que ocorreram durante ou após o primeiro ciclo de tratamento.
RESUMO DOS EVENTOS ADVERSOS RELATADOS COM NEXVEP COMO AGENTE ÚNICO APÓS O 1? CICLO COM UMA DOSE TOTAL DE > 450mg/m2
PORCENTAGEM DE PACIENTES
TOXICIDADE10 HEMATOLÓGICA
Leucopenia58 Menos de 4000 células6/mm3 91
Menos de 1000 células6/mm3 17
Neutropenia59 Menos de 2000 células6/mm3 88
Menos de 500 células6/mm3 37
Trombocitopenia61 Menos de 100.000 células6/mm3 23
Menos de 50.000 células6/mm3 9
Anemia62 Menos de 11g/dl 72
Menos de 8g/dl 19
TOXICIDADE10 GASTRINTESTINAL
Náuseas63 e/ou vômitos64 37
Anorexia65 16
Mucosite66 11
Constipação67 8
Dor abdominal 7
Diarréia68 6
Paladar69 alterado 6
Astenia70/mal estar 39
Alopécia71 33
Calafrios35 e/ou febre36 24
Tonturas72 5
Extravasamento/flebite73 5
Visto que o etoposido fosfato é convertido para etoposido, os eventos adversos relatados abaixo que estão associados com o etoposido podem também ser esperadas de ocorrerem com o NEXVEP. A incidência49 de eventos adversos, em média percentual, são derivadas dos estudos que utilizaram a terapia com etoposido como agente único a menos que indicado de forma diferente.
Toxicidade10 Hematológica
Mielodepressão, com resultado fatal tem sido relatado após administração de etoposido (ver advertências), sendo a mais freqüente reação limitante da dose, com os nadires de granulócitos12 ocorrendo do 7? dia ao 14? dia, e os nadires de plaquetas32 ocorrendo do 9? ao 16? dia, após a administração da droga. A recuperação da medula óssea31 se completa normalmente por volta do 20? dia, e não há informes de toxicidade10 cumulativa. Leucopenia58 e leucopenia58 grave (menos de 1000 leucócitos11/mm3) foram observadas em 60 a 91% e em 7 a 17%, respectivamente, dos pacientes tratados com etoposido como agente único. Trombocitopenia61 e trombocitopenia61 grave (menos de 50.000 plaquetas32/mm3) foram observadas em 28 a 41% e em 4 a 20%, respectivamente, deste mesmo grupo de pacientes. A Ocorrência de leucemia53 aguda com ou sem fase pré-leucêmica foi relatada em Pacientes tratados com etoposido em associação com outros agentes antineoplásicos. (ver precauções)
Toxicidade10 Gastrintestinal
Náuseas63 e vômitos64 são as toxicidades gastrintestinais mais importantes. Foram observados em 31 a 43% dos pacientes tratados com etoposido intravenoso. Náuseas63 e vômitos64 podem ser normalmente controlados com terapia antiemética. Anorexia65 foi observada em 10 a 13% dos pacientes e estomatites em 1 a 6% dos pacientes que receberam etoposido por via intravenosa. Mucosite66/esofagite74, de leve a severa, podem ocorrer. Foi observado diarréia68 em 1 a 13% destes pacientes.
Alopécia71
Alopécia71 reversível, às vezes progredindo até calvíce total, ocorreu em até 66% dos pacientes.
Hipotensão40
Observou-se hipotensão40 transitória após administração intravenosa rápida. A incidência49 tem sido de 1 a 2% e esta reação não foi associada a toxicidade10 cardíaca ou a alterações eletrocardiográficas.
A hipotensão40, em geral, responde a suspensão da infusão de etoposido e/ou outras terapias de apoio conforme for apropriado.
Não foi observado nenhum caso de hipotensão40 tardia.
Reações Alérgicas
Reações do tipo anafiláticas caracterizadas por calafrios35, febre36, taquicardia37, broncoespasmo38, dispnéia39 e/ou hipotensão40, têm também ocorrido em 0,7 a 2% dos pacientes, durante ou imediatamente após a administração de etoposido. Registra-se altas taxas de choque anafilático75 em crianças que recebem infusões com concentrações mais altas do que a recomendada. A influência da concentração ou índice de infusão no desenvolvimento de reações anafiláticas34 é incerta.
Estas reações anafiláticas34 têm, em geral, respondido prontamente à suspensão da infusão de etoposido e administração de agentes pressores, corticosteróides, antihistamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado.
Relatou-se reação aguda fatal associada com broncoespasmo38. Hipertensão76 e/ou rubor facial e/ou tonturas72 também têm sido relatados. A pressão sanguínea geralmente se normaliza dentro de poucas horas após o término da infusão. Reações do tipo anafiláticas têm ocorrido com a dose inicial de etoposido. Tem sido descrito apnéia77, com retomada expontânea da respiração, após a interrupção da infusão.
Neuropatia78
Neuropatia periférica79 tem sido relatada em 0,7% dos pacientes.
Outras toxicidades
Os seguintes eventos adversos têm sido raramente registrados: pneumonia80 intersticial81, fibrose82 pulmonar, tonturas72 (ocasionalmente associadas a reações alérgicas), toxicidade10 do sistema nervoso central83 (sonolência e fadiga84), hepatotoxicidade85, persistência do sabor, febre36, síndrome86 de stevens johnson, necrólise epidermal tóxica (foi relatado um caso fatal), erupções cutâneas87, pigmentação, prurido88, urticária89, dermatite90 semelhante à causada pela radioterapia91, dor abdominal, constipação67, disfagia92, astenia70, indisposição, cegueira cortical temporária e neurite93 óptica.
Ocasionalmente, após extravasamento do etoposido, ocorreu leve irritação e inflamação94 tecidual; geralmente não foi observada ulceração95.
Estudos em animais indicam que Irritação leve e transitória podem ser uma conseqüência do extravasamento de NEXVEP.
Posologia de Nexvep
NEXVEP deve ser administrado por via intravenosa.
A dose usual para NEXVEP é de 50 a 100mg/m2/dia, nos dias 1 a 5, ou 100mg/m2 nos dias 1, 3, e 5 a cada 3 a 4 semanas em combinação com outras drogas indicadas para uso nas neoplasias2 a serem tratadas. A dose deverá ser modificada em função dos efeitos mielodepressores de outras drogas associadas ou dos efeitos de radioterapia91 ou quimioterapia51 prévias que possam ter comprometido a reserva medular. NEXVEP pode ser infundido em um período de 5 a 210 minutos.
Insuficiência Renal96: em pacientes com função renal20 comprometida, deve ser considerada a modificação da dose inicial, abaixo descrita com base no valor de clearance de creatinina27.
Clearance de creatinina27 Dose de etoposido fosfato
> 50ml/min 100% da dose
15 - 50 ml/min 75% da dose
A dosagem subseqüente deve estar baseada na tolerância do paciente e no efeito clínico. Não estão disponíveis dados em pacientes com clearance de creatinina27 < 15ml/min e devem ser consideradas reduções adicionais na dose destes pacientes.
Precauções na Administração
Como com os outros compostos potencialmente tóxicos, deve-se ter cuidado na manipulação e no preparo da solução de NEXVEP. Podem ocorrer reações da pele97 associadas com a exposição acidental ao produto. Recomenda-se o uso de luvas. Se houver o contato da solução de NEXVEP com a pele97 ou mucosa98, lavar imediatamente a pele97 com sabão e água e enxaguar a mucosa98 com água.
Preparação para Administração Intravenosa
Antes do uso, o conteúdo de cada frasco-ampola deve ser reconstituído com água estéril para injeção47, solução glicosada a 5%, solução fisiológica99 a 0,9%, água bacteriostática para injeção47 com álcool benzílico, ou cloreto de sódio bacteriostático para injeção47 com álcool benzílico de modo a se obter uma concentração equivalente a 22,7mg/ml ou 11,4 mg/ml de etoposido fosfato (equivalente a 20mg/ml ou 10mg/ml de etoposido, respectivamente). As quantidades de diluente a serem usadas na reconstituição do produto estão descritas na tabela abaixo:
Concentração do produto Volume de diluente Concentração Final (equivalente em etoposido)
114mg 5ml 22,7mg/ml (20mg/ml)
10ml 11,4mg/ml (10mg/ml)
Após a reconstituição, a solução pode ser administrada sem diluições adicionais ou pode ser diluído para concentrações tão baixas como 0,11mg/ml de etoposido fosfato (equivalente 0,1mg/ml de etoposido) com solução glicosada a 5% ou solução fisiológica99 a 0,9%.
Antes da administração, produtos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a presença de partículas e a descoloração, sempre que a solução e o acondicionamento permitirem.
Devem ser seguidos os procedimentos quanto a manipulação e descarte apropriado de drogas anti-câncer21 1-7.
Superdosagem de Nexvep
Doses totais de etoposido de 2,4g/m2 a 3,5g/m2 administradas intravenosamente por três dias resultou em mucosite66 severa e mielotoxicidade.Acidose metabólica100 e casos de toxicidade10 hepática28 grave foram relatados em pacientes recebendo doses de etoposido mais altas que as recomendadas
Estabilidade/Armazenamento de Nexvep
Os frascos-ampola fechados de NEXVEP pó liofilizado1 para solução injetável são estáveis até a data indicada na embalagem quando armazenados sob refrigeração (2 a 8?C) na embalagem original. Quando reconstituído como descrito, as soluções de NEXVEP podem ser armazenadas em recipientes de vidro ou plástico sob refrigeração, entre 2 e 8?C por 7 dias, por 24 horas sob temperatura ambiente controlada (entre 20 e 25?C) após reconstituição com água estéril para injeção47 USP, solução glicosada USP à 5%, soro101 fisiológico102 a 0,9% USP; ou por 48 horas à temperatura ambiente controlada (entre 20 e 25?C) quando reconstituído com água bacteriostática para injeção47 contendo álcool benzílico ou cloreto de sódio bacteriostático com álcool benzílico.
Soluções de NEXVEP posteriormente diluídas como descrito podem ser armazenadas sob refrigeração (entre 2 e 8?C) ou em temperatura ambiente controlada (entre 20 e 25?C) por 24 horas. As soluções de NEXVEP devem ser preparadas de maneira asséptica.
ATENÇÃO: ESTE É UM NOVO MEDICAMENTO E EMBORA AS PESQUISAS REALIZADAS TENHAM INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM OCORRER REAÇÕES ADVERSAS IMPREVISÍVEIS AINDA NÃO DESCRITAS OU CONHECIDAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO.
Referências de Nexvep
1. U.S. Public Health Service, National Institutes of Health: Recommendations for the Safe Handling of Parenteral Antineoplastic Drugs, 1983, NIH Publication No 83-2621. For sale by the Superintendent of Documents, U.S. Government Printing Office, Washington, D.C. 20402.
2. AMA Council on Scientific Affairs. Guidelines for Handling Parenteral Antineoplastics. JAMA, 253:1590-1592,1985.
3. National Study Commission on Cytotoxic Exposure: Recommendations for Handling Cytotoxic Agents, 1987. Available from Louis P. Jeffrey, Sc.D., Chairman National Study Commission on Cytotoxic Exposure, Massachusetts College of Pharmacy and Allied Health Sciences, 179 Longwood Avenue, Boston, Massachusetts,02115.
4. Clinical Oncological Society of Australia: Guidelines and Recommendations for Safe Handling of Antineoplastic Agents. Med J. Aust. 1:426-428,1983.
5. Jones, R.B. Frank, R. Mass, T. Safe Handling of Chemotherapeutic Agents: A Report from the Mount Sinai Medical Center. CA - A Cancer21 Journal for Clinicians 33:258-263,1983.
6. ASHP Technical Assistance Bulletin on Handling Cytotoxic and Hazardous Drugs. Am. J. Hosp. Pharm.,47:1033-1049,1990.
7.Controlling occupational exposure to hazardous drugs. Am. J. Health - Syst Pharm 52:1669-1685,1995.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
NEXVEP - Laboratório
B-MS
Rua Carlos Gomes, 924
São Paulo/SP
- CEP: 04743-002
Tel: 55 (011) 882-2000
Fax: 55 (011) 246-0151
Site: http://www.bristol.com.br/
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