

PREMARIN
WYETH
PREMARIN®
Estrogênios conjugados naturais
Creme Vaginal
Apresentação de Premarin
Cartucho com bisnaga contendo 25 g e aplicador. Cada grama1 contém 0,625 mg de estrogênios conjugados naturais, USP (exclusivamente naturais).USO ADULTOComposição de Premarin
Substância ativa: estrogênios conjugados naturais. Excipientes: álcool cetílico, álcool benzílico, cera branca de abelha, estearato de metila, glicerol, laurilsulfato de sódio, monoestearato de glicerila, monoestearato de propilenoglicol, vaselina, ésteres cetílico e água purificada.Informações à Paciente de Premarin
Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal é indicado para o tratamento de atrofia2 vulvar e vaginal.Conservar o medicamento em temperatura ambiente (temperatura entre 15°C e 30°C).O prazo de validade é de 18 meses contados a partir da data de fabricação indicada na embalagem externa. Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Premarin® (estrogênios conjugados naturais) não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez3, ou ainda por mulheres que estejam amamentando.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez3 na vigência do tratamento ou após seu término. Informar ao médico se estiver amamentando.
Siga a orientação de seu médico, respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de quaisquer reações desagradáveis que venham porventura a ocorrer durante o uso de Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal não deve ser utilizado por mulheres que apresentam suspeita ou confirmação diagnóstica de tumores ginecológicos (útero4 e mama5); gravidez3; sangramento ginecológico anormal; história atual ou anterior de trombose6 de veias7 ou artérias8 (trombose venosa profunda9, embolia10 pulmonar); história de alergia11 a qualquer dos componentes do medicamento.
Antes do início ou da reinicialização da Terapia de Reposição com Estrogênios isoladamente (TRE) ou Terapia de Reposição Hormonal (Estrogênio e Progestogênio - TRH), deve-se procurar um médico para uma avaliação clínica completa. Periodicamente, pacientes tratadas com TRE/TRH devem ser cuidadosamente avaliadas quanto aos riscos e benefícios.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE12.
Informações Técnicas de Premarin
DescriçãoPremarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal é uma mistura de estrogênios obtidos de fontes exclusivamente naturais (urina13 de éguas prenhes). Contém sais sódicos dos ésteres sulfatados hidrossolúveis de estrona, equilina e 17-alfa-diidroequilina, bem como quantidades menores de 17-alfa-estradiol, equilenina, 17-alfa-diidroequilenina, 17-beta-estradiol, delta-8,9-diidroestrona, 17-beta-diidroequilina e 17-beta-diidroequilenina.
Farmacologia14 Clínica
Os estrogênios são importantes no desenvolvimento e manutenção do sistema reprodutor feminino e dos caracteres sexuais secundários. Promovem o crescimento e desenvolvimento da vagina15, útero4, trompas de Falópio e aumento das mamas16. Indiretamente, contribuem na conformação da estrutura óssea, manutenção do tônus e da elasticidade17 das estruturas urogenitais, alterações nas epífises18 dos ossos longos19, que condicionam o pico de crescimento da puberdade até seu término, o crescimento de pêlos axilares e pubianos, e a pigmentação dos mamilos20 e genitais. A diminuição da atividade estrogênica no fim do ciclo menstrual pode ocasionar a menstruação21, embora a interrupção da secreção de progesterona seja o fator mais importante no ciclo com ovulação22. Entretanto, no ciclo pré-ovulatório ou anovulatório, o estrogênio é o determinante primário no início da menstruação21. Os estrogênios também afetam a liberação de gonadotropinas hipofisárias.
Os efeitos farmacológicos dos estrogênios conjugados naturais são similares àqueles dos estrogênios endógenos. Eles são hidrossolúveis e bem absorvidos pelo trato gastrintestinal. Nos tecidos-alvo (órgãos genitais femininos23, mamas16, hipotálamo24, hipófise25), os estrogênios penetram na célula26 e são transportados para dentro do núcleo. Como resultado da ação estrogênica, ocorre a síntese de RNA e proteínas27 específicas.
O metabolismo28 e a inativação ocorrem principalmente no fígado29. Alguns estrogênios são excretados através da bile30, entretanto, são reabsorvidos no intestino, retornando ao fígado29 através do sistema venoso31 porta. Estrogênios conjugados hidrossolúveis encontram-se em sua maioria ionizados nos líquidos corporais, o que favorece a eliminação através dos rins32, uma vez que a reabsorção tubular é mínima.
Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal tem demonstrado ser efetivo na reversão de alterações atróficas33 associadas à deficiência estrogênica.
Farmacodinâmica e Eficácia Clínica
Dois subgrupos do estudo WHI (Women's Health Initiative) incluíram um total de 27.000 mulheres saudáveis na pós-menopausa34 para avaliar os riscos e os benefícios da TRE ou da TRH prolongada (estrogênios conjugados eqüinos isoladamente [0,625 mg por dia] ou estrogênios conjugados eqüinos combinados a acetato de medroxiprogesterona [0,625 mg/2,5 mg por dia]) em comparação ao placebo35 na prevenção de certas doenças crônicas. O objetivo primário foi a incidência36 de doença cardíaca coronariana (DCC) (infarto do miocárdio37 não-fatal e óbito38 por DCC), sendo o câncer39 de mama5 invasivo o evento adverso primário estudado. Um "índice global" incluiu a ocorrência de um dos 2 eventos primários associados a acidente vascular cerebral40 (AVC), embolia10 pulmonar (EP), câncer39 endometrial, câncer39 colorretal, fratura41 de quadril e óbito38 por outras causas. O estudo não avaliou os efeitos da TRH sobre os sintomas42 da menopausa34.
O subgrupo do estudo com TRH foi interrompido precocemente porque, de acordo com regras pré-definidas, o aumento do risco de câncer39 de mama5 e eventos cardiovasculares excederam os benefícios a longo prazo especificados no "índice global". A tabela a seguir mostra os resultados deste subgrupo do estudo de estrogênio combinado a progestogênio, o qual incluiu 16.608 mulheres (média idade de 63 anos, variando de 50 a 79 anos) com um seguimento médio de 5,2 anos:
RISCO RELATIVO E NÚMERO DE EVENTOS NO SUBGRUPO DO ESTUDO WHI DE ESTROGÊNIO + PROGESTOGÊNIOa
Evento Risco RelativoTRH vs placeboem 5,2 Anos(IC* de 95%) Placebon = 8.102 TRHn = 8.506
Nº de eventos por 10.000 mulheres-anos
Eventos de DCC Infarto do Miocárdio37 não-fatal Óbito38 por DCC 1,29 (1,02-1,63)1,32 (1,02-1,72)1,18 (0,70-1,97) 30236 37307
Câncer39 de mama5 invasivob 1,26 (1,00-1,59) 30 38
Acidente vascular cerebral40 1,41 (1,07-1,85) 21 29
Embolia10 pulmonar 2,13 (1,39-3,25) 8 16
Câncer39 colorretal 0,63 (0,43-0,92) 16 10
Câncer39 endometrial 0,83 (0,47-1,47) 6 5
Fratura41 de quadril 0,66 (0,45-0,98) 15 10
Óbito38 por causas diferentes dos eventos acima citados 0,92 (0,74-1,14) 40 37
Índice Global 1,15 (1,03-1,28) 151 170
Trombose6 venosa profundac 2,07 (1,49-2,87) 13 26
Fraturas vertebraisc 0,66 (0,44-0,98) 15 9
Outras fraturas osteoporóticasc 0,77 (0,69-0,86) 170 131
a adaptado da Revista JAMA, 2002; 288:321-333
b inclui câncer39 de mama5 metastático e não-metastático, com exceção do câncer39 de mama5 in situ43
c não incluído no Índice Global
* intervalos de confiança não-ajustados para múltiplos aspectos e comparações múltiplas. Exceto para trombose venosa profunda9 e outras fraturas osteoporóticas, com base em intervalos de confiança ajustados, os riscos relativos não foram estatisticamente significantes.
O aumento do número de eventos por 10.000 mulheres-ano atribuíveis ao estrogênio combinado ao progestogênio foi de 7 eventos a mais de DCC, 8 de AVCs, 8 de EPs e 8 casos de câncer39 de mama5 invasivo, ao passo que a redução do número de eventos por 10.000 mulheres-ano foi de menos 6 casos de câncer39 colorretal e menos 5 fraturas de quadril. O aumento do número de evento incluído no "índice global" foi de 19 por 10.000 mulheres-ano. Não houve diferença entre os grupos em termos de mortalidade44 por todas as causas.
O subgrupo do estudo WHI com estrogênio isoladamente em mulheres histerectomizadas ainda está em andamento.
Indicações de Premarin
Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal é indicado para o tratamento da atrofia2 vulvar e vaginal.Contra-Indicações de Premarin
1. Antecedente pessoal, diagnóstico45 ou suspeita de câncer39 de mama5 2. Neoplasia46 estrogênio-dependente diagnosticada ou suspeita (câncer39 endometrial, hiperplasia endometrial47)3. Gravidez3 confirmada ou suspeita
4. Sangramento genital anormal de causa indeterminada
5. História atual ou anterior de tromboembolismo48 venoso confirmado (trombose venosa profunda9, embolia10 pulmonar)
6. Doença tromboembólica arterial atual ou recente (acidente vascular cerebral40, infarto do miocárdio37)
7. Disfunção ou doença hepática49, desde que os resultados dos testes da função hepática49 não tenham retornado ao normal
8. Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade à qualquer dos seus componentes
Precauções de Premarin
Exames FísicosAntes do início ou da reinicialização da TRE/TRH, deve-se avaliar cuidadosamente os antecedentes pessoal e familiar, além de realizar exames ginecológico e geral completos considerando-se as contra-indicações e advertências de uso. Deve-se excluir gravidez3 antes do início do tratamento. Devem ser realizados checkups periódicos e avaliação cuidadosa da relação risco-benefício em mulheres tratadas com TRE/TRH.
Retenção de Líquido
Como estrogênios/progestogênios podem causar certo grau de retenção de líquido, pacientes com condições que possam ser influenciadas por esse fator, como disfunção cardíaca ou renal50, devem ser observadas cuidadosamente quando receberem estrogênios.
Hipertrigliceridemia
Deve-se ter cuidado com pacientes com hipertrigliceridemia preexistente, uma vez que casos raros de aumentos excessivos de triglicerídeos plasmáticos evoluindo para pancreatite51 foram relatados com terapia estrogênica nessa população. Mulheres com hipertrigliceridemia preexistente devem ser acompanhadas rigorosamente durante a terapia de reposição hormonal ou estrogênica.
Alteração da Função Hepática49
Em pacientes com alteração da função hepática49, pode haver redução do metabolismo28 de estrogênios/progestogênios.
Antecedentes de Icterícia52 Colestática
Deve-se ter cuidado com pacientes com antecedentes de icterícia52 colestática associada a uso anterior de estrogênios ou a gravidez3 e, no caso de recorrência53, o medicamento deve ser descontinuado.
Associação de um Progestogênio em Mulheres Não-Histerectomizadas
Estudos do acréscimo de um progestogênio por, no mínimo, 10 dias de um ciclo de administração de estrogênios ou diariamente com estrogênio em esquema contínuo relataram diminuição da incidência36 de hiperplasia endometrial47 em relação à terapia com estrogênio isolado. A hiperplasia endometrial47 pode ser um precursor do câncer39 endometrial.
Em um subgrupo do estudo WHI (ver Farmacodinâmica e Eficácia Clínica), não se observou aumento do risco de câncer39 endometrial após tratamento médio de 5,2 anos com estrogênio/progestogênio combinados em comparação ao placebo35.
No entanto, existem riscos que podem ser associados ao uso de progestogênios nos esquemas de reposição estrogênica em comparação aos esquemas com estrogênio isoladamente. Entre esses riscos estão (a) aumento do risco de câncer39 de mama5 (ver Advertências); (b) efeitos adversos sobre o metabolismo28 das lipoproteínas (p. ex., diminuição de HDL54, aumento de LDL55) e (c) intolerância à glicose56.
Elevação da Pressão Arterial57
Em um pequeno número de casos relatados, aumentos consideráveis da pressão arterial57 durante a TRE foram atribuídos a reações idiossincráticas aos estrogênios. Em um estudo clínico amplo, randomizado58, controlado por placebo35 não se observou efeito da TRE sobre a pressão arterial57. A pressão arterial57 deve ser monitorizada em intervalos regulares nas pacientes em uso de estrogênios.
Exacerbação de Outras Condições
A terapia de reposição hormonal/estrogênica pode causar exacerbação da asma59, epilepsia60, enxaqueca61, diabetes mellitus62 com ou sem envolvimento vascular63, porfiria64, lúpus65 eritematoso66 sistêmico67, hemangiomas hepáticos e deve ser utilizada com cuidado em mulheres com essas condições.
A endometriose68 pode ser exacerbada com a utilização da TRE/TRH. A adição de um progestogênio deve ser considerada em mulheres que se submeteram a histerectomia69 mas que apresentam endometriose68 residual, uma vez que foram relatados alguns casos de transformação maligna após terapia estrogênica isolada.
Hipocalcemia70
Os estrogênios devem ser utilizados com cuidado em indivíduos com hipocalcemia70 grave.
Hipotireoidismo71
Pacientes em terapia de reposição de hormônio72 tireoideano podem necessitar de doses maiores para manter os níveis de hormônios tireoideanos livres em um nivel aceitável (ver Interações com Exames Laboratoriais).
Monitorização Laboratorial
A administração de estrogênios deve normalmente ser orientada pela resposta clínica à dose mais baixa, e não por monitorização laboratorial, para alívio dos sintomas42 nas indicações nas quais os sintomas42 são observados.
Sangramento Uterino
Algumas pacientes podem desenvolver sangramento uterino anormal (ver Advertências, Câncer39 Endometrial).
Preservativo de látex
Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal mostrou diminuir a resistência de preservativos de látex. Deve-se considerar o potencial de Premarin® (estrogênios conjugados naturais) creme vaginal em diminuir a resistência e contribuir para a falha de preservativos masculino ou feminino e diafragma73 feitos de látex ou borracha.
Gravidez3
Os estrogênios não devem ser utilizados durante a gravidez3 (ver Contra-indicações).
Lactação74
Os estrogênios não devem ser utilizados durante a lactação74.
Uso Pediátrico
Embora a terapia de reposição estrogênica venha sendo utilizada para a indução da puberdade em adolescentes com algumas formas de retardo da puberdade, a segurança e a eficácia em pacientes pediátricos ainda não foi estabelecida. O tratamento com estrogênio de meninas pré-puberes também induz ao desenvolvimento prematuro das mamas16 e a cornificação vaginal, além de poder induzir sangramento vaginal.
Como foi demonstrado que doses elevadas e repetidas de estrogênios por período de tempo prolongado aceleram o fechamento epifisário, a terapia hormonal não deve ser iniciada antes do fechamento epifisário completo para não haver comprometimento do crescimento global.
Advertências de Premarin
:A Terapia de Reposição Estrogênica (TRE) e a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) vêm sendo associadas ao aumento do risco de alguns tipos de câncer39 e doenças cardiovasculares75. O uso de estrogênios isolados em mulheres com útero4 intacto está associado a aumento do risco de câncer39 endometrial. A TRE ou TRH não deve ser iniciada nem mantida para prevenção de doença cardiovascular. Os riscos e os benefícios da TRE e TRH devem sempre ser cuidadosamente ponderados, inclusive levando-se em consideração o aparecimento de riscos com a continuidade do tratamento. Estrogênios com ou sem progestogênios devem ser prescritos nas doses eficazes mais baixas e pela duração mais curta compatíveis com os objetivos do tratamento e os riscos para cada paciente. Na ausência de dados equivalentes, os riscos da TRH devem ser assumidos como semelhantes para todos os estrogênios e combinações de estrogênio/progestogênio.Pode ocorrer absorção sistêmica com o uso de Premarin® (estrogênios conjugados naturais) Creme Vaginal. Advertências, precauções e reações adversas associadas ao tratamento com Premarin® (estrogênios conjugados naturais) oral devem ser levadas em consideração.
Risco Cardiovascular
A TRE e a TRH vêm sendo associadas a aumento do risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio37 e acidente vascular cerebral40, bem como de trombose6 venosa e embolia10 pulmonar (tromboembolismo48 venoso ou TEV).
As pacientes com fatores de risco para distúrbios tromboembólicos devem ser atentamente observadas.
Doença Coronariana76 e Acidente Vascular Cerebral40
Em um subgrupo do estudo WHI (Women's Health Initiative; ver Farmacodinâmica e Eficácia Clínica), observou-se aumento do risco de eventos de doença cardíaca coronariana (DCC) (definidos como infarto do miocárdio37 não-fatal e óbito38 por DCC) em mulheres tratadas com estrogênio/progestogênio combinados em comparação às que receberam placebo35 (37 versus 30 por 10.000 mulheres-ano). O aumento do risco foi observado após o primeiro ano e se manteve.
No mesmo subgrupo do estudo WHI, observou-se aumento do risco de acidente vascular cerebral40 em mulheres tratadas com estrogênio/progestogênio combinados em comparação às que receberam placebo35 (29 versus 21 por 10.000 mulheres-ano). O aumento do risco foi observado após o primeiro ano e se manteve.
No subgrupo do estudo WHI com estrogênio isoladamente, verificou-se aumento do número de infartos do miocárdio77 e acidente vascular cerebral40 nas mulheres tratadas com estrogênio em comparação às que receberam placebo35. Essas observações são preliminares e o estudo ainda está em andamento.
Nas mulheres na pós-menopausa34 com doença cardíaca estabelecida (n = 2.763, idade média de 66,7 anos) de um estudo clínico controlado de prevenção secundária de doença cardiovascular (Estudo HERS - Heart and Estrogen/Progestin Replacement Study), o tratamento oral com estrogênios conjugados eqüinos combinado a acetato de medroxiprogesterona não demonstrou benefícios cardiovasculares. Durante um seguimento médio de 4,1 anos, o tratamento oral com estrogênios conjugados eqüinos combinado a acetato de medroxiprogesterona não diminuiu a taxa global de eventos de DCC em mulheres na pós-menopausa34 com doença coronariana76 estabelecida. Houve mais eventos de DCC no grupo tratado com hormônio72 do que no grupo placebo35 no primeiro ano, mas não nos anos seguintes. Depois do Estudo HERS original, 2.321 mulheres concordaram em participar de uma extensão desse estudo de forma aberta, denominada HERS II. O seguimento médio no HERS II foi de 2,7 anos, resultando em um acompanhamento total de 6,8 anos. As taxas de eventos de doença cardíaca coronariana (DCC) foram equivalentes nas mulheres do grupo tratado com hormônio72 e nas do grupo placebo35 nos Estudos HERS e HERS II e nos dois combinados.
Tromboembolismo48 Venoso
Em um subgrupo do estudo WHI (ver Farmacodinâmica e Eficácia Clínica), observou-se uma taxa 2 vezes maior de tromboembolismo48 venoso, incluindo trombose venosa profunda9 e embolia10 pulmonar, em mulheres tratadas com estrogênio/progestogênio combinados em comparação às que receberam placebo35. A taxa de tromboembolismo48 venoso foi de 34 por 10.000 mulheres-ano no grupo estrogênio/progestogênio combinados em comparação a 16 por 10.000 mulheres-ano no grupo placebo35. O aumento do risco de tromboembolismo48 venoso foi observado no primeiro ano e se manteve.
No subgrupo do estudo WHI com estrogênio isoladamente, verificou-se aumento de tromboembolismo48 venoso nas mulheres tratadas com estrogênio em comparação às que receberam placebo35. Essas observações são preliminares e o estudo ainda está em andamento.
Se possível, os estrogênios devem ser descontinuados, no mínimo, quatro a seis semanas antes de cirurgia associada a aumento do risco de tromboembolismo48 ou durante períodos de imobilização prolongada.
Fatores de risco conhecidos para tromboembolismo48 venoso incluem, mas não se limitam a, história pessoal ou familiar de tromboembolismo48 venoso, obesidade78 e lúpus65 eritematoso66 sistêmico67.
Neoplasias79 Malignas
Câncer39 Endometrial
O uso de estrogênios isolados em mulheres não-histerectomizadas vem sendo associado a aumento do risco de câncer39 endometrial.
O risco relatado de câncer39 endometrial entre as usuárias de estrogênio isolado é cerca de 2 a 12 vezes maior do que nas não-usuárias e, aparentemente, depende da duração do tratamento e da dose de estrogênio. A maioria dos estudos não demonstra aumento significativo do risco associado ao uso de estrogênios por menos de um ano. O maior risco parece estar associado ao uso prolongado, com risco 15 a 24 vezes maior para terapias de 5 a 10 anos ou mais, persistindo por, no mínimo, 8 a 15 anos após a descontinuação da TRE.
Não há evidências de que o uso de estrogênios naturais resulte em perfil de risco endometrial diferente do observado com estrogênios sintéticos em doses equivalentes de estrogênio. Demonstrou-se que o acréscimo de um progestogênio à TRE reduz o risco de hiperplasia endometrial47, que pode ser um precursor do câncer39 endometrial. (ver Precauções)
Em um subgrupo do estudo WHI, (ver Farmacodinâmica e Eficácia Clínica) não se observou aumento do risco de câncer39 endometrial após tratamento médio de 5,2 anos com estrogênio/progestogênio combinados em comparação ao placebo35.
É importante que todas as mulheres que recebem estrogênio/progestogênio combinados sejam acompanhadas clinicamente. Medidas diagnósticas adequadas, entre as quais coleta de amostra do endométrio80 quando indicada, devem ser adotadas para excluir a presença de doença maligna em todos os casos de sangramento vaginal anormal persistente ou recorrente não-diagnosticado.
Câncer39 de Mama5
O uso prolongado de TRE e TRH vem sendo associado a aumento do risco de câncer39 de mama5.
No subgrupo de TRH do estudo WHI (ver Farmacodinâmica e Eficácia Clínica), observou-se aumento do risco relativo de 26% de câncer39 de mama5 invasivo (38 versus 30 por 10.000 mulheres-ano) após uma média de 5,2 anos de tratamento em mulheres tratadas com estrogênio/progestogênio combinados em comparação às que receberam placebo35. O maior risco de câncer39 de mama5 ficou evidente após 4 anos de tratamento com o medicamento em estudo. As mulheres que relataram uso anterior de hormônio72 na pós-menopausa34 apresentaram um risco relativo mais alto de câncer39 de mama5 associado à TRH do que as que nunca usaram hormônio72 na pós-menopausa34.
No subgrupo de TRE do estudo WHI, não se observou aumento do risco de câncer39 de mama5 em mulheres tratadas com estrogênio em comparação ao placebo35 após tratamento médio de 5,2 anos. Esses dados são preliminares e esse subgrupo do estudo WHI ainda está em andamento.
Uma reavaliação dos dados originais de 51 estudos epidemiológicos [não necessariamente incluindo o Premarin® (estrogênios conjugados naturais)] demonstrou um aumento pequeno ou moderado da probabilidade de diagnosticar câncer39 de mama5 em mulheres em uso atual ou recente de TRE/TRH. Os autores estimam que, entre as 1000 mulheres que iniciaram a terapia hormonal aos 50 anos e continuaram por 5, 10 ou 15 anos, o número adicional de casos de câncer39 de mama5 que ocorreria aos 70 anos seria de 2, 6 e 12 casos, respectivamente. Isso, com adição a uma incidência36 cumulativa estimada, no mesmo período, de 45 casos por 1000 mulheres que nunca usaram TRE/TRH. A probabilidade de diagnosticar câncer39 de mama5 aumentou com a duração do tratamento e aproximou-se do normal após cinco anos de suspensão da TRE/TRH. De acordo com essa re-análise, os cânceres de mama5 diagnosticados em usuárias correntes ou recentes de TRE/TRH são menos prováveis de apresentarem metástases81 do que em não-usuárias.
Outros estudos epidemiológicos sugerem que a adição de um progestogênio aumenta o risco de câncer39 de mama5 em comparação ao uso de estrogênio isoladamente.
Todas as mulheres devem ser avaliadas anualmente por um profissional de saúde12 e devem fazer o auto-exame mensalmente. Além disso, a realização do exame de mamografia82 deve variar de acordo com a idade e fatores de risco da paciente.
Câncer39 de Ovário83
A associação entre TRE e câncer39 de ovário83 foi avaliada em vários estudos de caso-controle e coorte84. Dois estudos coorte84 de grande porte indicaram um aumento do risco de câncer39 de ovário83 associado à terapia de reposição a longo prazo apenas com estrogênio, particularmente com uso maior ou igual a 10 anos. Em um desses estudos, relatou-se incidência36 na fase basal de 4,4 casos por 10.000 mulheres-ano entre as mulheres na pós-menopausa34 não-tratadas em comparação a 6,5 casos por 10.000 mulheres-ano nas usuárias de TRE. Outros estudos epidemiológicos de TRE e câncer39 de ovário83 não demonstraram uma associação significante. Os dados não são suficientes para determinar a existência de aumento do risco com TRH.
Efeitos Durante a Gravidez3
Os estrogênios não devem ser utilizados durante a gravidez3 (ver Contra-Indicações e Precauções).
Doença da Vesícula Biliar85
Relatou-se aumento de 2 a 4 vezes do risco de doença da vesícula biliar85 com necessidade de cirurgia em mulheres tratadas com TRE/TRH.
Anormalidades Visuais
Trombose6 vascular63 retiniana foi relatada em pacientes recebendo estrogênios. Se houver perda repentina da visão86, parcial ou total, ou início repentino de proptose, diplopia87 ou enxaqueca61, descontinuar o medicamento até que se realize uma avaliação. Se o exame revelar papiledema ou lesões88 vasculares89 retinianas, a medicação deve ser descontinuada.
Interações Medicamentosas de Premarin
Os dados de um estudo de interações medicamentosas com estrogênios conjugados eqüinos e acetato de medroxiprogesterona indicam que a disposição farmacocinética de ambos os fármacos não é alterada quando são administrados concomitantemente. Não foram conduzidos outros estudos clínicos de interações medicamentosas com estrogênios conjugados eqüinos.Estudos in vitro e in vivo demonstraram que o 17 beta-estradiol, um dos componentes dos estrogênios conjugados eqüinos, é metabolizado parcialmente pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4). Portanto, fortes indutores da CYP3A4, como fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, rifampicina e dexametasona, podem diminuir as concentrações plasmáticas do 17 beta-estradiol. Essa redução pode causar diminuição do efeito e/ou das alterações do perfil de sangramento uterino. Inibidores da CYP3A4, como a cimetidina, a eritromicina e o cetoconazol, podem aumentar as concentrações plasmáticas do 17 beta-estradiol e podem resultar em efeitos colaterais90.
Foram relatadas ondas de calor e sangramento vaginal em pacientes em TRE/TRH tratadas concomitantemente com erva de São João. A erva de São João pode induzir as enzimas microssomais hepáticas91 que teoricamente podem diminuir a eficácia da TRE/TRH.
Interações com Exames Laboratoriais de Premarin
Os estrogênios aumentam a globulina92 de ligação à tireóide (TBG), resultando em aumento do hormônio72 tireoideano total circulante, determinado por iodo ligado a proteína (PBI), níveis de T4 por coluna ou radioimunoensaio ou níveis de T3 por radioimunoensaio. A captação de T3 por resina diminui, refletindo os níveis elevados de TBG. Não há alteração nas concentrações de T4 e T3 livres.O nível sérico de outras proteínas27 de ligação também pode ser aumentado, ou seja, globulina92 de ligação a corticosteróides (CBG), globulina92 de ligação aos hormônios sexuais (SHBG), resultando no aumento dos corticosteróides e esteróides sexuais circulantes, respectivamente. As concentrações de hormônios biologicamente ativos ou livres não são alteradas. Pode haver aumento de outras proteínas27 plasmáticas (substrato angiotensinogênio/renina, alfa-1-antitripsina, ceruloplasmina).Pode haver diminuição da resposta à metirapona.
Reações Adversas de Premarin
As seguintes reações adversas foram relatadas com estrogênios conjugados eqüinos creme vaginal ou são efeitos indesejáveis associados a estrogênios. Não é possível calcular a frequência desses eventos com base nos dados de vendas para exposição do paciente porque a dose de estrogênios conjugados eqüinos creme vaginal varia de paciente para paciente93 e o produto é comercializado em todo o mundo em unidades de diversos tamanhos.Sistema Corporal Reação adversa
Distúrbios do sistema reprodutor e das mamas16
Sangramento de escape/spotting; Dor mamária, aumento da sensibilidade, aumento do volume mamário e descarga papilarReações no local da administração de desconforto vulvovaginal, incluindo queimação, irritação e prurido94 genital; secreção vaginalAumento do tamanho de leiomioma95 uterinoHiperplasia endometrial
Distúrbios gastrintestinais
Náuseas96; vômitos97; distensão; dor abdominalPancreatite
Distúrbios do sistema nervoso98
Tontura99; cefaléia100, enxaqueca61; nervosismoAcidente vascular63 cerebral(AVC)
Distúrbios músculo-esqueléticos, ósseos e do tecido conjuntivo101
Artralgias102; cãibras nas pernas
Distúrbios psiquiátricos
Alterações na libido103; distúrbios de humor; irritabilidade; depressão
Distúrbios vasculares89
Embolia10 pulmonar; trombose6 venosa
Distúrbios gerais e condições do local da administração
Edema104
Distúrbios cutâneos e subcutâneos
AlopeciaCloasma/melasma105; hirsutismo106; prurido94; erupção107 cutâneaEritema multiforme; eritema nodoso108
Distúrbio hepato-biliar
Doença da vesícula biliar85 Icterícia52 colestática
Infecções109 e Infestações
Vaginite110, incluindo candidíase111 vaginalCistite
Neoplasias79 benignas e malignas (incluindo cistos e pólipos112)
Câncer39 de mama5; câncer39 de ovário83; alterações fibrocísticas da mamaCâncer endometrial; aumento de hemangiomas hepáticos
Distúrbios do sistema imunológico113
Reações anafiláticas114/anafilactóides, incluindo urticária115 e angioedema116; hipersensibilidade
Distúrbios de metabolismo28 e nutricional
Intolerância à glicose56
Distúrbios oculares
Intolerância a lentes de contato
Outros
Alterações no peso (aumento ou diminuição)Aumento dos triglicerídeosAumento da pressão arterial57
Endócrino117
Puberdade precoce
Posologia de Premarin
A administração deve ser cíclica (três semanas com medicação e uma semana sem) e somente para uso a curto prazo.Dose usual recomendada ou a critério médico: 1/2 a 2 gramas diariamente por via intravaginal dependendo da intensidade da afecção118.As pacientes devem ser reavaliadas periodicamente para determinar a necessidade de continuação do tratamento.
Instruções para uso do aplicador:
1. Retire a tampa da bisnaga e rosqueie o aplicador.
2. Aperte suavemente a base da bisnaga com os dedos, de maneira a forçar a entrada do creme no aplicador, até a marca da dose prescrita.
3. Retire o aplicador e feche a bisnaga.
4. Introduza cuidadosamente o aplicador na vagina15, o mais profundamente possível, e empurre o êmbolo119 até esvaziar o aplicador.
Para limpar:
1. Puxe o êmbolo119, forçando suavemente, até retirá-lo do aplicador.
2. Lave as peças com sabão neutro e água morna (não usar água quente, nem fervê-lo).
3. Monte-o novamente depois de enxugar as peças.
Superdosagem de Premarin
Não foram relatados eventos adversos sérios após a ingestão aguda de doses elevadas de produtos contendo estrogênios/progestogênios por crianças pequenas. A superdosagem pode causar náuseas96 e vômitos97 e sangramento por supressão pode ocorrer em mulheres. Não há antídoto120 específico e se houver necessidade de tratamento adicional, deve ser sintomático121.Pacientes Idosas de Premarin
Do número total de pacientes do braço do estudo WHI que utilizou estrogênios conjugados naturais em associação com o acetato de medroxiprogesterona, 44% (n = 7.320) tinham 65 anos ou mais e 6,6% (n = 1.095), 75 anos ou mais (ver Farmacodinâmica e Eficácia Clínica). Não foram observadas diferenças significativas nos riscos relativos entre as pacientes de 65 anos ou mais em comparação às pacientes mais novas. O risco relativo de AVC e câncer39 de mama5 invasivo foi maior em mulheres de 75 anos ou mais em comparação a pacientes mais novas.VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Produzido por:
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Embalado e distribuído por:
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Itapevi - São Paulo - Brasil
CNPJ nº 61.072.393/0039-06
Farm. Resp.: Ruy M. Yoshinaga
CRF-SP nº 4997
Registro MS-1.2110.0015
Indústria Brasileira.
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Data de fabricação, lote e validade: Vide cartucho.
PREMARIN - Laboratório
WYETH
Rua Alexandre Dumas, 2200
São Paulo/SP
- CEP: 04717-004
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