Preço de Torgena em Cambridge/SP: R$ 0,00

Bula do paciente Bula do profissional

Torgena
(Bula do profissional de saúde)

WYETH INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA

Atualizado em 10/05/2021

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Torgena®
ceftazidima + avibactam
Infusão 2000 mg + 500 mg

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Pó para solução para infusão
Embalagens com 10 frascos-ampolas

USO INTRAVENOSO
USO ADULTO‌

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco de Torgena 2,5 g contém:

ceftazidima (equivalente a 2.395,8 mg de ceftazidima pentaidratada) 2.000 mg
avibactam (equivalente a 550,7 mg de avibactam sódico) 500 mg
excipiente q.s.p. 2,5 g

Excipiente: carbonato de sódio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1

INDICAÇÕES

Torgena está indicado em adultos para o tratamento das seguintes infecções2 (vide item Advertências e Precauções e item Características Farmacológicas – Propriedades Farmacodinâmicas):

  • Infecção3 Intra-abdominal complicada (IIAc);
  • Infecção3 de Trato Urinário4 complicada, incluindo Pielonefrite5 (ITUc);
  • Pneumonia6 adquirida no hospital (PAH), incluindo pneumonia6 associada à ventilação7 mecânica (PAV).

Deve-se levar em consideração as diretrizes oficiais sobre o uso apropriado de agentes antibacterianos. Para o tratamento da IIAc, usar em combinação com metronidazol.

Para reduzir o desenvolvimento de bactérias resistentes e manter a efetividade do medicamento e de outros antibacterianos o Torgena deve ser usado somente para tratar infecções2 comprovadamente ou fortemente suspeitas de serem causadas por bactérias susceptíveis.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Eficácia clínica e segurança

Infecções2 intra-abdominais complicadas (IIAc)

Um total de 1.058 adultos com infecções2 intra-abdominais complicadas (definidas como infecções2 que precisam de intervenção cirúrgica e se estende além da víscera oca para dentro do espaço intraperitoneal) foram randomizados e receberam tratamento em dois estudos idênticos, randomizados, multicêntricos, multinacionais, duplo-cegos (RECLAIM 1 e RECLAIM 2) que compararam ceftazidima-avibactam (2.000 mg de ceftazidima e 500 mg de avibactam) administrado por via intravenosa ao longo de 120 minutos, a cada 8 horas, mais metronidazol (500 mg) versus meropenem (1.000 mg) administrado por via intravenosa durante 30 minutos. A duração do tratamento foi de 5 a 14 dias. A população com intenção de tratar modificada (mITT) incluiu todos os pacientes que atenderam a definição de doença por IIAc e recebeu pelo menos uma dose do medicamento em estudo. A população clinicamente avaliável (CA) incluiu pacientes que tiveram um diagnóstico8 apropriado de IIAc e excluiu os pacientes com uma espécie bacteriana para a qual, de modo geral, não seria esperada uma resposta a ambos os medicamentos em estudo (ex., Acinetobacter baumanii ou Stenotrophomonas spp.) e/ou que tiveram um desvio importante ao protocolo com impacto na avaliação de eficácia.

O desfecho primário de eficácia foi a resposta clínica na visita do Teste de Cura (TOC) nas populações coprimárias dos pacientes CA e mITT na Tabela 1 abaixo.

Tabela 1. Taxa de cura clínica no TOC (RECLAIM conjunto das análises mITT e CA)

Conjunto da análise
Resposta

Número (%) de pacientes

ceftazidima-avibactam + metronidazol

meropenem

Diferença (%) IC de 95%

mITT
Cura clínica

(N=520)
429 (82,5)

(N=523)
444 (84,9)

-2,4 (-6,90, 2,10)

CA
Cura clínica

(N=410)
376 (91,7)

(N=416)
385 (92,5)

-0,8 (-4,61, 2,89)

As taxas de cura clínica no TOC por patógeno na população com intenção de tratar microbiologicamente modificada (mMITT) para aeróbios gram-negativos são mostradas na Tabela 2 abaixo.

Tabela 2. Resposta clínica na visita de Teste de Cura para pacientes9 com patógenos gram-negativos resistentes à ceftazidima e susceptíveis à ceftazidima (Análise da população com intenção de tratar microbiologicamente modificada)

Patógenos

ceftazidima-avibactam + metronidazol (N=413)

meropenem (N=410)

Diferença entre grupos em taxa de cura clínica (IC de 95%), %a

Número de pacientes

Taxa de cura (%)

Número de pacientes 

Taxa de cura (%)

Todos

Resistente à ceftazidima

47

39 (83,0)

64

55 (85,9)

-3,0
(-17,89 a 10,60)

Susceptível à ceftazidima

289

237 (82,0)

292

256 (87,7)

-5,7
(-11,57 a 0,17)

Enterobacteriaceae

Resistente à ceftazidima

44

36 (81,8)

62

53 (85,5)

-3,7
(-19,31 a 10,44)

Susceptível à ceftazidima

279

229 (82,1)

280

245 (87,5)

-5,4
(-11,45 a 0,54)

Escherichia coli

Resistente à ceftazidima

24

19 (79,2)

37

31 (83,8)

-4,6
(-26,77 a 14,86)

Susceptível à ceftazidima

236

192 (81,4)

239

210 (87,9)

-6,5
(-13,09 a -0,02)

Klebsiella pneumoniae

Resistente à ceftazidima

13

10 (76,9)

13

9 (69,2)

7,7
(-27,10 a 40,96)

Susceptível à ceftazidima

34

28 (82,4)

35

27 (77,1)

5,2
(-14,43 a 24,56)

Não Enterobacteriaceae

Resistente à ceftazidima

4

4 (100,0)

4

4 (100,0)

0,0
(-52,33 a 52,33)

Susceptível à ceftazidima

35

31 (88,6)

43

41 (95,3)

-6,8
(-22,10 a 5,99)

Pseudomonas aeruginosa

Resistente à ceftazidima

2

2 (100,0)

4

4 (100,0)

0,0
(-69,74 a 53,54)

Susceptível à ceftazidima

30

27 (90,0)

32

30 (93,8)

-3,8
(-20,55 a 11,90)

Abreviações: CI: intervalo de confiança; mMITT: intenção de tratar microbiologicamente modificada.

a CIs para diferentes de grupo foi calculado usando o método não estratificado de Miettinen e Nurminen. A análise inclui pacientes infectados por ≥ 1 patógenos Gram-negativos resistentes à ceftazidima. A taxa de cura clínica para o conjunto de análise mMITT foi definida como o número de pacientes com uma resposta clínica na visita de teste de cura dividida pelo número combinado com cura clínica, insuficiência10 clínica e resultado indeterminado. A resposta clínica foi baseada na avaliação da revisão cirúrgica se diferisse da avaliação do investigador. A resistência à ceftazidima inclui as categorias resistentes e intermediárias do Instituto de Padrões de Laboratório Clínico (M100-S22). As porcentagens são baseadas no número total de pacientes no subgrupo.

Adicionalmente, 432 adultos com infecções2 intra-abdominais complicadas foram randomizados e receberam tratamento em um estudo multicêntrico, duplo-cego (RECLAIM 3) realizado em 3 países asiáticos (China, República da Coréia e Vietnã). A população de pacientes e os aspectos chave do desenho do estudo foram idênticos aos do estudo RECLAIM, com exceção do desfecho primário de eficácia de resposta clínica no TOC avaliado somente na população CA. A resposta clínica no teste de cura na população primária foi 93,8% no grupo ceftazidima + avibactam + metronidazol e 94% no grupo de meropenem [IC de 95%, -5,53, 4,97].

Infecções2 do Trato Urinário4 complicadas (ITUc)

Um total de 1.020 adultos com infecção3 do trato urinário4 complicada (ITUc) documentada (737 com pielonefrite5 aguda e 283 com infecção3 do trato urinário4 inferior complicada sem pielonefrite5 aguda) foram randomizados e receberam tratamento em estudo comparativo de Fase 3 multicêntrico e duplo-cego. O tratamento foi feito com ceftazidima+avibactam (2.000 mg/500 mg) por via intravenosa ao longo de 120 minutos a cada 8 horas comparado com doripenem 500 mg por via intravenosa ao longo de 60 minutos a cada 8 horas. Havia a opção de migrar para terapia oral para os pacientes que apresentassem melhora clínica conforme definido no protocolo do estudo após um mínimo de 5 dias de tratamento por via intravenosa. A duração total da terapia antibiótica (terapia IV mais oral) foi de 10 dias (opcionalmente até 14 dias para os pacientes com bacteremia11). A população microbiologicamente avaliável com intensão de tratar modificada (mMITT) incluía todos os pacientes com diagnóstico8 confirmado de ITUc, que receberam pelo menos uma dose da terapia do estudo e que tinham uma cultura de urina12 pré-tratamento positiva para o estudo, contendo 105 UFC/mL de um patógeno gram-negativo e não mais do que 2 espécies de microrganismos. Foi excluído qualquer paciente com um patógeno gram-positivo, ou com uma espécie bacteriana que não se espera que responda a ambos os fármacos do estudo.

O desfecho primário de eficácia foi a resposta microbiológica13 por paciente na visita do Teste de Cura (TOC) no conjunto da análise mMITT.

Tabela 3. Taxa de resposta microbiológica13 favorável por paciente no TOC (RECAPTURE conjunto da análise mMITT)

 

 

ceftazidima-avibactam
(N=393)

doripenem
(N=417)

Diferença (%)
(IC de 95%)

Resposta microbiológica13 por paciente

Favorável

304 (77,4)

296 (71,0)

6,4 (0,33, 12,36)

As taxas de resposta microbiológica13 favorável no TOC por patógeno na população mMITT, são apresentadas na Tabela 4 abaixo.

Tabela 4. Taxa de resposta microbiológica13 favorável por paciente no TOC por patógeno basal comum (frequência combinada de ≥ 10) (RECAPTURE mMITT)

Patógeno

Número de pacientes

ceftazidima-avibactam (N=393)

doripenem (N=417)

Taxa de resposta favorável (%)

Número de respostas favoráveis

N

Taxa de resposta favorável (%)

Número de respostas favoráveis

N

Enterobacteriaceae 

78,3

299

382

70,6

281

398

Enterobacter cloacae

54,5

6

11

69,2

9

13

Escherichia coli

78,4

229

292

71,9

220

306

Klebsiella pneumoniae

75,0

33

44

62,5

35

56

Proteus mirabilis

94,1

16

17

69,2

9

13

Pseudomonas aeruginosa

66,7

12

18

75,0

15

20

Pneumonia6 adquirida no hospital (PAH)

Um total de 808 adultos com pneumonia6 nosocomial (35% com PAV) foram randomizados e receberam tratamento em um estudo comparativo de Fase 3, duplo-cego que comparou ceftazidima+avibactam (2.000 mg/500 mg) por via intravenosa ao longo de 120 minutos a cada 8 horas versus meropenem 1 g por via intravenosa ao longo de 30 minutos a cada 8 horas. A duração do tratamento foi de 7 a 14 dias. A população com intenção de tratar microbiologicamente modificada (mMITT) incluía os pacientes que preencheram os critérios mínimos de doença, receberam pelo menos uma dose de tratamento do estudo e que obtiveram adequadamente as culturas respiratórias ou hematológicas de referência demonstrando patógenos gram-negativo, excluindo pacientes com infecções2 gram-negativas monomicrobianas com espécies que não se espera que respondam a ambos os fármacos do estudo (por exemplo, espécie Acinetobacter ssp ou espécie Stenotrophomonas ssp). A mMITT também incluía pacientes nos quais não foram identificados patógenos etiológicos a partir de culturas respiratórias ou hematológicas de referência no início do estudo. O conjunto de análises de CA no TOC foi o subconjunto clinicamente avaliável do mMITT.

O desfecho primário de eficácia foi a resposta clínica no TOC nas populações coprimárias de MITT e CA no TOC. Ver Tabela 5 abaixo.

Tabela 5. Taxa de cura clínica no TOC (REPROVE conjunto das análises mMITT e CA no TOC)

Conjunto da análise

Resposta

Número de pacientes (%)

ceftazidima-avibactam

meropenem

Diferença (%) IC de 95%

mMITT
 


Cura clínica

(N=356)
245 (68,8)

(N=370)
270 (73,0)


-4,2 (-10,76, 2,46)

CA no TOC


Cura clínica

(N=257)
199 (77,4)

(N=270)
211 (78,1)


-0,7 (-7,86, 6,39)

As taxas de mortalidade14 por todas as causas no Dia 28 (mMITT) foram de 8,4% (30/356) e 7,3% (27/370) nos pacientes tratados com ceftazidima-avibactam e meropenem, respectivamente.

As taxas de cura clínica e de resposta microbiológica13 favorável no TOC por patógeno na população microbiologicamente avaliável com intenção de tratar modificada (mMITT) para aeróbios gram-negativos são mostradas nas Tabelas 6 e 7 abaixo.

Tabela 6. Taxa de cura clínica no TOC por patógeno basal gram-negativo comum (frequência combinada de ≥ 10) (REPROVE mMITT)

Patógeno

Número de pacientes

ceftazidima-avibactam (n=171)

meropeném (N=184)

Taxa de cura (%)

Número de curas clínicas

N

Taxa de cura (%)

Número de curas clínicas

N

Enterobacteriaceae

73,6

89

121

75,4

104

138

Enterobacter aerogenes

62,5

5

8

50,0

4

8

Enterobacter cloacae

92,3

24

26

54,5

12

22

Escherichia coli

64,7

11

17

75,0

15

20

Klebsiella pneumoniae

72,9

43

59

77,5

55

71

Proteus mirabilis

85,7

12

14

75,0

9

12

Serratia marcescens

73,3

11

15

92,3

12

13

Pseudomonas aeruginosa

60,3

35

58

74,5

35

47

Haemophilus influenzae

81,3

13

16

80,0

20

25


Tabela 7. Taxa de resposta microbiológica13 por paciente no TOC por patógeno basal comum (frequência combinada de ≥ 10) (REPROVE mMITT)

Patógeno

Número de pacientes

ceftazidima-avibactam (n=171)

meropeném (N=184)

Taxa de cura (%)

Número de curas clínicas

N

Taxa de cura (%)

Número de curas clínicas

N

Enterobacteriaceae

Enterobacter aerogenes

62,5

5

8

62,5

5

8

Enterobacter cloacae

80,8

21

26

59,1

13

22

Escherichia coli

76,5

13

17

80,0

16

20

Klebsiella pneumoniae

62,7

37

59

74,6

53

71

Proteus mirabilis

78,6

11

14

66,7

8

12

Serratia marcescens

66,7

10

15

61,5

8

13

Pseudomonas aeruginosa

37,9

22

58

38,3

18

47

Haemophilus influenzae

87,5

14

16

92,0

23

25

Referências

  1. Lucasti C, Popescu I, Ramesh MK, Lipka J, Sable C. Comparative study of the efficacy and safety of ceftazidime/avibactam plus metronidazole versus meropenem in the treatment of complicated intra-abdominal infections in hospitalized adults: results of a randomized, double-blind, Phase II trial. J Antimicrob Chemother. 2013 May;68(5):1183-92.
  2. Mazuski, JE et al. Efficacy and Safety of Ceftazidime-Avibactam Plus Metronidazole Versus Meropenem in the Treatment of Complicated Intra-abdominal Infection: Results From a Randomized, Controlled, Double-Blind, Phase 3 Program. CID 2016:62 (1 June), 1380-9.
  3. Qin, X. et al. A randomised, double-blind, phase 3 study comparing the efficacy and safety of ceftazidime/avibactam plus metronidazole versus meropenem for complicated intra-abdominal infections in hospitalised adults in Asia. International Journal of Antimicrobial Agents 49 (2017) 579.
  4. Vazquez JA, González Patzán LD, Stricklin D, Duttaroy DD, Kreidly Z, Lipka J, Sable C. Efficacy and safety of ceftazidime-avibactam versus imipenem-cilastatin in the treatment of complicated urinary tract infections, including acute pyelonephritis, in hospitalized adults: results of a prospective, investigator- blinded, randomized study. Curr Med Res Opin. 2012 Dec;28(12):1921-31.
  5. Carmeli Y, Armstrong J, Laud PJ, Newell P, Stone G, Wardman A, Gasink LB. Ceftazidime-avibactam or best available therapy in patients with ceftazidime-resistant Enterobacteriaceae and Pseudomonas aeruginosa complicated urinary tract infections or complicated intra-abdominal infections (REPRISE): a randomised, pathogen-directed, phase 3 study. Lancet Infect Dis. 2016 Jun;16(6):661-73.
  6. Wagenlehner FM, Sobel JD, Newell P, Armstrong J, Huang X, Stone GG, Yates K, Gasink LB. Ceftazidime-avibactam Versus Doripenem for the Treatment of Complicated Urinary Tract Infections, Including Acute Pyelonephritis: RECAPTURE, a Phase 3 Randomized Trial Program. Clin Infect Dis. 2016 Sep 15;63(6):754-762.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS

Mecanismo de ação

A ceftazidima inibe a síntese do peptideoglicano na parede da célula15 bacteriana após fixação às proteínas16 de ligação à penicilina (PBPs), levando à lise17 da célula15 bacteriana e morte. Esta cefalosporina é ativa contra muitos patógenos bacterianos importantes Gram-negativos in vitro.

O avibactam é um inibidor não β-lactâmico da β-lactamase que age mediante formação de uma ligação covalente com a enzima18 que é estável para a hidrólise. Ele inibe as β-lactamases da classe A e classe C de Ambler, incluindo as β-lactamases de amplo espectro (ESBLs), carbapenemases KPC e enzimas AmpC. O avibactam também inibe a carbapenemase OXA-48 da classe D, que não hidrolisa de modo significante a ceftazidima. O avibactam não inibe as enzimas classe B (metalo-β-lactamases) e não é capaz de inibir muitas enzimas da classe D. O avibactam isolado não tem atividade antibacteriana clinicamente relevante in vitro. O avibactam não induziu a transcrição de blaAmpC em Enterobacter cloacae, Citrobacter freundii ou Pseudomonas aeruginosa in vitro nas concentrações utilizadas para tratar os pacientes.

Mecanismo de resistência

Os mecanismos de resistência bacteriana que poderiam possivelmente afetar ceftazidima-avibactam incluem PBPs mutantes ou adquiridas, permeabilidade19 reduzida da membrana externa a um ou outro composto, efluxo ativo de um dos compostos, enzimas β-lactamase mutadas ou adquiridas insensíveis à avibactam e capazes de hidrolisar ceftazidima.

Resistência cruzada

A falta de resistência cruzada entre ceftazidima-avibactam e as fluoroquinolonas ou aminoglicosídeos foi demonstrada in vitro utilizando isolados clínicos caracterizados pelo aspecto molecular. Alguns isolados resistentes à ceftazidima (e outras cefalosporinas) ou a carbapenêmicos são suscetíveis à ceftazidima- avibactam. Há resistência cruzada com agentes antibacterianos β-lactâmicos, incluindo os carbapenêmicos, quando o mecanismo é a produção de metalo-β-lactamases, como a VIM-2.

Interação com outros agentes antimicrobianos

Testes de interação in vitro com ceftazidima-avibactam mostram que ceftazidima-avibactam tem pouco potencial de antagonismo ou sinergismo com outros antibióticos de várias classes (p.ex., metronidazol, tobramicina, levofloxacina, vancomicina, linezolida, colistina, tigeciclina).

Teste de suscetibilidade

A prevalência20 de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas. A informação local sobre a resistência é desejável, particularmente ao se tratar de infecções2 graves.

A suscetibilidade à ceftazidima-avibactam de um determinado isolado clínico deve ser determinada por métodos padronizados. A interpretação dos resultados do teste deve ser feita de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica.

RelaçÃo farmacocinética/farmacodinâmica

A atividade antimicrobiana de ceftazidima-avibactam contra patógenos específicos tem demonstrado melhor correlação com a porcentagem de tempo de concentração da droga livre acima da concentração inibitória mínima (CIM) de ceftazidima-avibactam em relação ao intervalo da dose (%f T > CIM de ceftazidima-avibactam) para ceftazidima, e a porcentagem de tempo da concentração da droga livre acima do limiar de concentração em relação ao intervalo da dose (%f T>CT) para avibactam.

Eficácia clínica contra patógenos específicos

A eficácia foi demonstrada nos estudos clínicos contra os patógenos, listados em cada indicação, que eram suscetíveis à ceftazidima-avibactam in vitro.

Infecções2 intra-abdominais complicadas

Microrganismos Gram-negativos

  • Citrobacter freundii
  • Enterobacter cloacae
  • Escherichia coli
  • Klebsiella oxytoca
  • Klebsiella pneumoniae
  • Pseudomonas aeruginosa

Infecções2 do trato urinário4 complicadas

Microrganismos Gram-negativos

  • Escherichia coli
  • Klebsiella pneumoniae
  • Proteus mirabilis
  • Enterobacter cloacae
  • Pseudomonas aeruginosa

Pneumonia6 adquirida no hospital, incluindo pneumonia6 associada à ventilação7 mecânica

Microrganismos Gram-negativos

  • Enterobacter cloacae
  • Escherichia coli
  • Klebsiella pneumoniae
  • Proteus mirabilis
  • Serratia marcescens
  • Pseudomonas aeruginosa

A eficácia clínica não foi estabelecida para os patógenos listados abaixo, os quais são relevantes para as indicações aprovadas, embora os estudos in vitro sugeriram que sejam suscetíveis à ceftazidima- avibactam na falta de mecanismos de resistência adquirido.

Microrganismos Gram-negativos

  • Citrobacter koseri
  • Enterobacter aerogenes
  • Morganella morganii
  • Proteus vulgaris
  • Providencia rettgeri

A ceftazidima-avibactam é ativo in vitro contra o Streptococcus pyogenes e o Streptococcus agalactiae, mas de modo geral, não é ativo contra outras bactérias gram-positivas importantes, incluindo o Staphylococcus aureus resistente à meticilina - (MRSA).

Dados in vitro indicam que os seguintes patógenos não são suscetíveis à ceftazidima-avibactam:

  • Staphylococcus aureus (resistentes e susceptíveis à meticilina)
  • Anaerobes
  • Enterococcus spp.
  • Stenotrophomonas maltophilia
  • Acinetobacter spp.

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS

Distribuição

A ligação à proteína humana de ambos, ceftazidima e avibactam, é baixa, aproximadamente 10% e 8%, respectivamente. Os volumes de distribuição no estado de equilíbrio de ceftazidima e avibactam foram comparáveis, cerca de 22 L e 18 L, respectivamente, em adultos sadios após doses múltiplas de 2.000 mg/500 mg de ceftazidima-avibactam infundido ao longo de 2 horas a cada 8 horas. Os parâmetros farmacocinéticos de ceftazidima e avibactam após administração de dose única e múltipla de Torgena foram semelhantes àqueles determinados quando ceftazidima ou avibactam foram administrados isoladamente. Ambos, ceftazidima e avibactam penetram no fluído da camada de revestimento dos brônquios21 em humanos (ELF) na mesma proporção, com concentrações ao redor de 30% daquela do plasma22, e um perfil de tempo de concentração semelhante entre ELF e plasma22.

A exposição plasmática à ceftazidima e avibactam foi comparável entre pacientes com indicações diferentes, IIAc, ITUc e PN.

Para ceftazidima, as concentrações em excesso da CIM de ceftazidima-avibactam para patógenos comuns podem ser atingidas em tecidos como os ossos, coração23, bile24, escarro, humor aquoso25, líquido sinovial26, pleural e peritoneal. A ceftazidima cruza a placenta facilmente e é excretada no leite humano. O avibactam penetra no tecido subcutâneo27 no local das infecções2 da pele28, com concentrações teciduais aproximadamente iguais às concentrações da droga livre no plasma22.

Biotransformação

A ceftazidima não é metabolizada. Nenhum metabolismo29 de avibactam foi observado em preparações de fígado30 humano (microssomas e hepatócitos). O avibactam inalterado foi o principal componente relacionado ao fármaco31 no plasma22 e urina12 de humanos após administração com [14C]-avibactam.

Eliminação

A meia-vida terminal (t½) de ambos, ceftazidima e avibactam, é de cerca de 2 h após a administração IV. A ceftazidima é excretada na forma inalterada na urina12 por meio de filtração glomerular; aproximadamente 80 - 90% da dose é recuperada na urina12 no prazo de 24 h. O avibactam é excretado na forma inalterada com uma depuração renal32 de aproximadamente 158 mL/min, sugerindo secreção tubular ativa, além da filtração glomerular; aproximadamente 97% da dose é recuperada na urina12, 95% no prazo de 12 h. Menos de 1% de ceftazidima é excretado através da bile24 e menos de 0,25% de avibactam é excretado nas fezes.

Linearidade/Não linearidade

A farmacocinética de ambos, ceftazidima e avibactam, é aproximadamente linear na faixa de dose estudada (50 mg a 2.000 mg) para uma administração IV única. Nenhum acúmulo considerável de ceftazidima ou avibactam foi observado após infusões IV múltiplas de 2.000 mg/500 mg de ceftazidima- avibactam administrado a cada 8 horas até por 11 dias em adultos sadios com função renal32 normal.

Populações especiais

Pacientes com insuficiência renal33A eliminação de ceftazidima e avibactam está diminuída em pacientes com insuficiência renal33 moderada ou grave, e doença renal32 terminal incluindo pacientes submetidos à hemodiálise34. Os aumentos médios na área sob a curva do avibactam são de 3,8 vezes e 7 vezes em pacientes com insuficiência renal33 moderada e grave. A dose deve ser reduzida nos pacientes com CrCl ≤ 50 mL/min) (vide item Posologia e Modo de Usar).

Pacientes com insuficiência hepática35A insuficiência hepática35 leve a moderada não teve efeito sobre a farmacocinética de ceftazidima em

indivíduos que receberam 2 g IV a cada 8 horas por 5 dias, desde que a função renal32 não estivesse diminuída. A farmacocinética de ceftazidima em pacientes com insuficiência hepática35 grave não foi estabelecida. A farmacocinética de avibactam em pacientes com qualquer grau de insuficiência hepática35 não foi estudada.

Em pacientes com insuficiência renal33, é aconselhável monitorizar de perto a depuração estimada da creatinina36. Em alguns pacientes, a depuração da creatinina36 estimada a partir de creatinina36 sérica pode mudar rapidamente, especialmente no início do tratamento para a infecção3.

Como ceftazidima e avibactam não parecem sofrer metabolismo29 hepático significante, não é esperado que a depuração sistêmica de um ou outro fármaco31 seja alterada de modo significativo pela insuficiência hepática35. Portanto, nenhum ajuste de dose de ceftazidima-avibactam é recomendado para pacientes9 com insuficiência hepática35 (vide item Posologia e Modo de Usar).

Pacientes idosos: A depuração reduzida observada em pacientes idosos foi decorrente principalmente da diminuição na depuração renal32 relacionada à idade na depuração renal32 de ceftazidima. A média da meia-vida de eliminação variou de 3,5 a 4 horas após administração única ou repetida por 7 dias a cada 12 horas de injeções em bolus37 de 2 g IV em pacientes idosos com 80 anos de idade ou mais.

Após a administração de dose única IV de 500 mg de avibactam como uma infusão IV por 30 minutos, os idosos tiveram uma meia-vida terminal mais lenta de avibactam, o que pode ser atribuído à redução relacionada à idade na depuração renal32. O ajuste de dose para ceftazidima-avibactam não é necessário em indivíduos idosos (≥ 65 anos de idade) com CrCl > 50 mL/min.

Pacientes pediátricos: A segurança e a eficácia de Torgena em pacientes pediátricos (< 18 anos de idade) não foi estabelecida.

Sexo: A farmacocinética de ceftazidima-avibactam foi semelhante entre homens e mulheres. Nenhum ajuste de dose é necessário com base no sexo.

Raça: Tendo como base a análise da farmacocinética na população, nenhum ajuste de dose para ceftazidima- avibactam é necessário com base na raça.

Dados de Segurança Pré-Clínica

Toxicologia genética

Para ceftazidima, um teste de Micronúcleo em camundongo e um teste Ames foram ambos negativos para efeitos mutagênicos. Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos. Nos ensaios de genotoxicidade com avibactam, não houve indução de mutação38 gênica nos testes de mutação38 reversa bacteriana in vitro, nem houve qualquer indicação de genotoxicidade em um teste in vitro de síntese não programada de DNA em células39 hepáticas40 de rato ou em um teste in vitro de micronúcleo em células39 de linfoma41 em camundongos. Em culturas de linfócitos humanos, aumentos estatisticamente significantes nas aberrações cromossômicas foram observados sob uma única condição de tratamento (44 h de tempo de produção, - S9). Como esses resultados não foram replicados em um estudo independente, os resultados são considerados de relevância biológica limitada. Quando administrado até a dose limite de 2 g/kg IV, avibactam foi negativo em um ensaio in vivo de micronúcleo em rato. Estudos de carcinogenicidade não foram realizados. Nenhum estudo de toxicologia genética foi conduzido com ceftazidima-avibactam.

Toxicologia reprodutiva

Estudos de reprodução42 foram realizados com ceftazidima em camundongos e ratos em doses até 40 vezes a dose humana e não revelaram evidência de prejuízo da fertilidade ou perigo ao feto43.

Em coelhas grávidas com exposições de avibactam aproximadamente 8 vezes maiores do que aquelas observadas em humanos com 0,5 g três vezes ao dia, houve um efeito significante sobre o consumo materno de alimentos e um discreto efeito sobre o peso fetal e ligeiro retardo da ossificação de alguns poucos ossos no feto43. No rato, nenhum efeito adverso foi observado no desenvolvimento embriofetal ou fertilidade. Após a administração de avibactam ao longo da gestação e lactação44 na rata, não houve efeito na sobrevida45 da prole, crescimento ou desenvolvimento, no entanto, houve um aumento na incidência46 de dilatação da pelve renal47 e ureteres48 em menos de 10% da prole de ratos em exposições maternas maiores ou iguais a aproximadamente 1,5 vezes as exposições terapêuticas em humanos. Nenhum estudo de toxicologia reprodutiva foi conduzido com ceftazidima-avibactam.

CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade aos princípios ativos ou a qualquer um dos excipientes. Hipersensibilidade à classe de antibacterianos cefalosporínicos. Hipersensibilidade imediata e grave (por exemplo, choque anafilático49) a qualquer outro tipo de agente antibacteriano β-lactâmico (por exemplo, penicilinas, monobactâmicos ou carbapenêmicos).

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Reações de hipersensibilidade

Como com todos os agentes antibacterianos β-lactâmicos, reações graves e ocasionalmente fatais de hipersensibilidade foram relatadas. Em caso de reações graves de hipersensibilidade, o tratamento com Torgena deve ser descontinuado imediatamente e medidas adequadas de emergência50 devem ser instituídas.

Antes de começar o tratamento, deve ser estabelecido se o paciente tem uma história de reações graves de hipersensibilidade a ceftazidima, a outras cefalosporinas ou a qualquer outro tipo de agente β-lactâmico. Deve-se ter cautela no caso de ceftazidima-avibactam ser administrado a pacientes com uma história de hipersensibilidade não grave a outros agentes β-lactâmicos.

Diarreia51 associada ao Clostridium difficile

A colite52 associada ao agente antibacteriano e a colite52 pseudomembranosa foram relatadas com quase todos os agentes antibacterianos, incluindo ceftazidima-avibactam, e pode variar em gravidade leve até risco de morte. Consequentemente, é importante considerar este diagnóstico8 em pacientes que apresentam diarreia51 durante ou subsequentemente à administração de Torgena (vide item Reações Adversas). A descontinuação da terapia com Torgena e a administração de tratamento específico para o Clostridium difficile deve ser considerada. Medicamentos que inibem a peristalse53 não devem ser administrados.

Pacientes com insuficiência renal33

A ceftazidima e o avibactam são eliminados através dos rins54, portanto, a dose deve ser reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal33. Pacientes com insuficiência renal33 devem ser monitorados de perto tanto para a segurança quanto para a eficácia. Sequelas55 neurológicas, incluindo tremor, mioclonia56, estado epiléptico não convulsivo, convulsão57, encefalopatia58 e coma59, foram ocasionalmente relatados com ceftazidima quando a dose não foi reduzida nos pacientes com insuficiência renal33 (vide item Posologia e Modo de Usar).

Em pacientes com insuficiência renal33, é aconselhável monitorizar de perto a depuração estimada da creatinina36. Em alguns pacientes, a depuração da creatinina36 estimada a partir de creatinina36 sérica pode mudar rapidamente, especialmente no início do tratamento para a infecção3.

O tratamento concomitante com altas doses de cefalosporinas e medicamentos nefrotóxicos como os aminoglicosídeos ou diuréticos60 potentes (por exemplo, furosemida) podem afetar de forma adversa a função renal32.

Organismos não suscetíveis

O uso prolongado pode resultar em crescimento exagerado de organismos não suscetíveis (por exemplo, enterococos, fungos), que podem exigir a interrupção do tratamento ou outras medidas apropriadas.

Interferência não medicamentosa

A ceftazidima não interfere com testes baseados em enzima18 para glicosúria61, mas uma discreta interferência (falso positivo) pode ocorrer com métodos de redução com cobre (Benedict, Fehling, Clinitest).

A ceftazidima não interfere no ensaio para creatinina36 com picrato alcalino.

Teste direto de soroconversão com antiglobulina (DAGT ou teste de Coombs) e potencial de anemia hemolítica62

O uso da cefalosporina pode causar o desenvolvimento de um teste positivo direto de antiglobulina (DAGT, ou teste de Coombs), que pode interferir com o cross-matching do sangue63 e/ou pode causar anemia hemolítica62 imune induzida pelo medicamento. Embora a soroconversão DAGT em pacientes que recebem Torgena foi frequente nos estudos clínicos, não houve evidência de hemólise64 nos pacientes que desenvolveram um DAGT positivo durante o tratamento (vide item Reações Adversas). No entanto, a possibilidade que a anemia hemolítica62 poderia ocorrer em associação ao tratamento com Torgena não pode ser afastada. Pacientes que apresentam anemia65 durante ou após o tratamento com Torgena devem ser investigados para esta possibilidade.

Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento

Dieta controlada de sódio: Para pacientes9 que estão em uma dieta controlada de sódio a informação a seguir importante sobre os ingredientes de ceftazidima e avibactam devem ser consideradas:

  • 2 g pó para solução para infusão ceftazidima 2 g contém 4,52 mmol de sódio por frasco; e
  • 500 mg pó para solução para infusão avibactam 500 mg contém 1,92 mmol de sódio por frasco.

Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas

Nenhum estudo sobre os efeitos na capacidade para dirigir e usar máquinas foi realizado.

No entanto, efeitos indesejáveis podem ocorrer (por exemplo, tontura66), que podem influenciar a capacidade para dirigir e usar máquinas (vide item Reações Adversas).

Gravidez67 e Lactação44

Existem dados limitados do uso de ceftazidima-avibactam em mulheres grávidas.

Estudos de desenvolvimento embriofetal em animais realizados com ceftazidima ou avibactam não indicam efeitos prejudiciais em exposições equivalentes às concentrações terapêuticas. Após a administração de avibactam ao longo de toda a gravidez67 e lactação44 na rata, em exposições maternas

maiores do que ou iguais a aproximadamente 1,5 vezes as exposições terapêuticas em humanos, ocorreram pequenas alterações na morfologia do rim68 e ureteres48 nas proles de ratos (vide item Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínica).

A ceftazidima-avibactam não deve ser usada durante a gravidez67 a menos que claramente necessário e apenas se os possíveis benefícios superarem o possível risco.

Torgena é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez67. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação44Não existem dados sobre a excreção de ceftazidima-avibactam no leite humano. A ceftazidima é excretada no leite humano em pequenas quantidades. Não se sabe se avibactam é excretado no leite humano. As mulheres que estão amamentando devem ser tratadas com ceftazidima-avibactam somente se claramente indicado. A interrupção da amamentação69 é recomendada.

Fertilidade: Os efeitos de ceftazidima-avibactam sobre a fertilidade em humanos não foram estudados. Estudos em animais com ceftazidima ou avibactam não indicam efeitos prejudiciais relacionados à fertilidade (vide item Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínica).

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

O tratamento concomitante com doses altas de cefalosporinas e medicamentos nefrotóxicos como os aminoglicosídeos ou diuréticos60 potentes (por exemplo, furosemida) pode afetar de maneira adversa a função renal32 (vide item Advertências e Precauções).

O cloranfenicol é um antagonista70 da ceftazidima e outras cefalosporinas in vitro. A relevância clínica deste achado é desconhecida, mas, devido à possibilidade de antagonismo in vivo, esta combinação de fármaco31 deve ser evitada.

O avibactam não mostrou inibição significante das enzimas do citocromo P450 in vitro. O avibactam e a ceftazidima não mostraram indução in vitro do citocromo P450 na faixa de exposição clinicamente relevante. O avibactam e a ceftazidima não inibem os principais transportadores renal32 e hepático na faixa de exposição clinicamente relevante, portanto, a possível interação medicamentosa através desses mecanismos é considerada baixa.

In vitro, o avibactam é um substrato dos transportadores OAT1 e OAT3 que poderiam contribuir para a captação ativa a partir do compartimento do sangue63, e assim sua excreção. A probenecida (um potente inibidor do OAT) inibe esta captação em 56% a 70% in vitro e, assim, tem o potencial de alterar a eliminação de avibactam quando coadministrado. Como um estudo clínico de interação de avibactam e probenecida não foi realizado, a coadministração de avibactam com probenecida não é recomendada.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Torgena deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.

Após a reconstituição

O frasco-ampola reconstituído deve ser usado imediatamente.

Após a diluição

Quando a solução intravenosa for preparada com os diluentes listados no item Posologia e Modo de Usar, esta deve ser administrada no prazo de 12 horas após a preparação. A estabilidade físico-química em uso foi demonstrada durante 24 horas entre 2 e 8°C. Uma vez retirado do refrigerador para a temperatura ambiente inferior à 25°C, o produto diluído deve ser usado dentro de 12 horas.

Do ponto de vista microbiológico71, o medicamento deve ser usado imediatamente. Se não usado imediatamente, o tempo de armazenamento em uso e as condições antes da utilização são de responsabilidade do utilizador e normalmente não deve ser superior a 24 horas entre 2 e 8°C, a menos que a reconstituição/diluição tenham ocorrido em condições de assepsia72 controladas e validadas.

Após o preparo, o produto diluído pode ser mantido por 24 horas entre 2 e 8°C.

Após preparo ou retirada do refrigerador, o produto diluído pode ser mantido por 12 horas em temperatura ambiente inferior à 25°C.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

Pó para solução para infusão branco a amarelo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

A posologia recomendada de Torgena é 1 frasco-ampola, em que cada frasco-ampola contém 2 g de ceftazidima e 0,5 g de avibactam, administrado por infusão intravenosa (IV) em um volume de 100 mL, numa velocidade constante ao longo de 120 minutos em pacientes ≥ 18 anos de idade. O tratamento é repetido a cada 8 horas.

Para pacientes9 com insuficiência renal33 nos quais a CLCr ≤ 50 mL/min, veja as doses recomendadas na Tabela 9.

Duração do tratamento

Tabela 8. Resumo da duração do tratamento por indicação ou condição

Indicação

Duração do Tratamento

Infecção3 Intra-Abdominal Complicada (IIAc)

5–14 dias

Infecção3 do Trato Urinário4 Complicada (ITUc), incluindo Pielonefrite5

5–10 dias1

Pneumonia6 adquirida no hospital (PAH), incluindo pneumonia6 associada à ventilação7 mecânica (PAV)

7–14 dias

1 A duração do tratamento inclui o tratamento intravenoso mais oral. O momento da troca do tratamento intravenoso com Torgena para o tratamento oral com outro antibiótico depende da situação clínica, mas normalmente ocorre depois de cerca de 5 dias (a duração mínima do tratamento com ceftazidima- avibactam nos estudos clínicos foi de 5 dias).

Para Infecção3 do Trato Urinário4 complicada (ITUc), incluindo Pielonefrite5, a duração total do tratamento poderia ser aumentada para 14 dias para os pacientes com bacteremia11.

A duração do tratamento deve ser orientada pela gravidade da infecção3, patógeno(s), e evolução clínica e bacteriológica do paciente.

Populações especiais

Pacientes idosos: Não é necessário ajuste de dose para os idosos (≥ 65 anos). O regime de dose deve ser ajustado se a insuficiência renal33 estiver presente (vide item Características Farmacológicas - Propriedades Farmacocinéticas).

Pacientes com insuficiência renal33O seguinte ajuste de dose é recomendado em pacientes com insuficiência renal33 (vide item Advertências e Precauções e item Características Farmacológicas - Propriedades Farmacocinéticas).

Ajustes de dose para Torgena em pacientes com depuração de creatinina36 estimada (CLCr) ≤ 50 mL/min são descritos na Tabela 9 abaixo. A única informação sobre a posologia de Torgena para pacientes9 que precisam de diálise73 está disponível na condição de hemodiálise34 intermitente74. Para outros tipos de diálise73, foi sugerido que a dose/frequência de ceftazidima-avibactam deve seguir a bula local/orientações locais para administração de ceftazidima. Por exemplo, para uma dose de 500 mg de ceftazidima, a dose de ceftazidima-avibactam seria 500 mg ceftazidima/125 mg avibactam.

Tabela 9. Dose Recomendada para Pacientes9 com Insuficiência Renal33*

CLCr Estimada (mL/min)a

Regime de Dose Recomendado ceftazidima/avibactam

Tempo de Infusão (horas)

Frequência de Administração (horária)

50–31

1.000 mg/250 mg

2

Cada 8 horas

30–16

750 mg/187,5 mg

2

Cada 12 horas

15–6

750 mg/187,5 mgb

2

Cada 24 horas

<6

750 mg/187,5 mgb

2

Cada 48 horas

a Depuração de Creatinina36 (CLCr) calculada usando a fórmula de Cockcroft-Gault.
b Ambos, ceftazidima e avibactam são hemodialisáveis; portanto, Torgena deve ser administrado depois da hemodiálise34, no dia da hemodiálise34.
* Recomendações da dose são baseadas no modelo PK.

Nos pacientes com insuficiência renal33, o monitoramento regular da depuração de creatinina36 estimada é aconselhado, pois em alguns pacientes, especialmente no início do curso de suas infecções2, a depuração estimada de creatinina36 a partir da creatinina36 sérica muda rapidamente.

Hemodiálise34Ambos, ceftazidima e avibactam são hemodialisáveis; portanto, Torgena deve ser administrado após a hemodiálise34, no dia da hemodiálise34.

Hemofiltração: Existem dados insuficientes para fazer recomendações específicas sobre o ajuste de dose para pacientes9 em hemofiltração contínua veno-venosa.

Diálise peritoneal75Existem dados insuficientes para fazer recomendações específicas sobre o ajuste de dose para pacientes9 em diálise peritoneal75.

Pacientes com insuficiência hepática35Nenhum ajuste de dose é considerado necessário em pacientes com insuficiência hepática35 (ver seção Propriedades Farmacocinéticas). O monitoramento rigoroso para segurança e eficácia é aconselhado.

Pacientes pediátricos: A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos (< 18 anos de idade) não foram estabelecidas (ver seção Propriedades Farmacocinéticas).

Reconstituição e compatibilidade

O pó deve ser reconstituído com água para injeção76 e a solução resultante deve ser diluída imediatamenteantes do uso. A solução reconstituída é uma solução amarela pálida livre de qualquer partícula. Técnicas padrão de assepsia72 devem ser utilizadas para preparação e administração de soluções.

Introduzir a agulha da seringa77 na tampa do frasco-ampola e injetar 10 mL de água estéril para injeção76.

Retirar a agulha e agitar o frasco-ampola para obter uma solução clara.

Não introduzir agulha para retirada de ar até que o produto se dissolva. Inserir uma agulha para retirada do ar na tampa do frasco-ampola para diminuir a pressão interna.

Transferir todo o conteúdo (aproximadamente 12,0 mL) da solução resultante para uma bolsa de infusão, imediatamente. Doses menores podem ser obtidas pela transferência de um volume apropriado da solução resultante para uma bolsa de infusão, com base no conteúdo de ceftazidima e avibactam de 167,3 mg/mL e 41,8 mg/mL, respectivamente. Uma dose de 1.000 mg/250 mg ou 750 mg/187,5 mg é obtida com alíquotas de 6,0 mL ou 4,5 mL, respectivamente.

Nota: para preservar a esterilidade78 do produto, é importante que a agulha para remoção de ar não seja inserida na tampa do frasco-ampola até que o produto esteja dissolvido.

Os frascos-ampolas de Torgena devem ser reconstituídos com 10 mL de água estéril para injeções, seguidas por agitação até a dissolução do conteúdo. Uma bolsa de infusão pode conter qualquer um dos seguintes diluentes:

  • solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%);
  • solução injetável de glicose79 50 mg/mL (5%);
  • solução injetável de cloreto de sódio 4,5 mg/mL e glicose79 25 mg/mL (cloreto de sódio 0,45% e glicose79 2,5%);
  • solução de Ringer lactato80.

Uma bolsa de infusão de 100 mL pode ser usada para preparar a infusão, com base nas necessidades de volume do paciente.

O intervalo de tempo total entre o início da reconstituição e o término da preparação da infusão intravenosa não deve exceder 30 minutos.

Cada frasco-ampola destina-se a uso único.

Qualquer produto não utilizado ou material residual deve ser descartado de acordo com as exigências locais.

REAÇÕES ADVERSAS

Em sete estudos clínicos Fase 2 e Fase 3, 2024 pacientes adultos foram tratados com Torgena. As reações adversas mais comuns, ocorrendo em ≥ 5% dos pacientes tratados com Torgena foram resultado positivo no Teste de Coombs direto, náusea81 e diarreia51. Estes eram geralmente de intensidade leve ou moderada. Não foram observadas diferenças clinicamente significativas no perfil de segurança nas diferentes indicações.

As seguintes reações adversas foram relatadas com ceftazidima isoladamente e/ou identificados durante todos os estudos clínicos de Fase 2 e Fase 3 com Torgena (N=2024). As reações adversas são classificadas de acordo com a frequência e Sistema de Classe de Órgãos. As categorias de frequência são obtidas a partir das reações adversas e/ou anormalidades laboratoriais potencialmente clinicamente significantes, e são definidas de acordo com as seguintes convenções:

Categoria

Frequência

Muito comum

≥ 10%

Comum

≥ 1% e < 10%

Incomum

≥ 0,1% e < 1%

Raro

≥ 0,01% e < 0,1%

Muito raro

< 0,01%

Desconhecida

Não pode ser estimada pelos dados disponíveis

Se um evento não foi visto no conjunto global da Fase 2 e Fase 3, mas era uma RAM conhecida para a ceftazidima isoladamente foi utilizada a frequência da categoria para ceftazidima isoladamente (incluindo a categoria Desconhecida).

Tabela 10. Frequência de reações adversas por sistema de classe de órgãos

Classe de Sistema de Órgãos

Muito Comum

Comum

Incomum

Muito rara

Desconhecida

Infecções2 e infestações

 

Candidíase82 (incluindo candidíase82 vulvovaginal e candidíase82 oral)

Colite52 por Clostridium difficile, Colite52 pseudomembranosa

 

 

Distúrbios do sangue63 e sistema linfático83

Teste de Coombs direto positivo1

Eosinofilia84, Trombocitose85, Trombocitopenia86

Neutropenia87, Leucopenia88, Linfocitose

 

Agranulocitose89, Anemia hemolítica62

Distúrbios do sistema imunológico90

 

 

 

 

Reaçãoan afilática

Distúrbios do sistema nervoso91

 

Dor de cabeça92, Tontura66

Parestesia93

 

 

Distúrbios gastrintestinais

 

Diarreia51, Dor abdominal, Náusea81, Vômito94

Disgeusia95

 

 

Distúrbioshepatobil ares

 

Aumento de alanina aminotransferase, Aumento de aspartato aminotransferase, Aumento da

 

 

Icterícia96 

 

 

fosfatase alcalina97 no sangue63, Aumento da gama glutamil transferase, Aumento de desidrogenase láctica98 no sangue63

 

 

 

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo99

 

Erupção100 cutânea101 maculopapular102, Urticária103, Prurido104

 

 

Necrólise tóxica epidérmica, Síndrome105 de Stevens- Johnson, Eritema multiforme106, Angioedema107, Reação a medicamentos com eosinofilia84 e sintomas108 sistêmicos109 (DRESS)

Distúrbios renais e urinários

 

 

Aumento da creatinina36 no sangue63, Aumento da ureia110 no sangue63, Lesão111 renal32 aguda

Nefrite112 túbulo- intersticial113

 

Distúrbios gerais e condições no local da administração

 

Trombose114 no local da infusão, Flebite115 no local da infusão, Pirexia116

 

 

 

1 Vide item Advertências e Precauções

Atenção: Este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

SUPERDOSE

A superdose de ceftazidima-avibactam é pouco provável, embora uma superdose possa potencialmente ocorrer em pacientes com insuficiência renal33 moderada a grave, e em pacientes com doença renal32 terminal, incluindo pacientes submetidos à hemodiálise34 (vide item Advertências e Precauções e item Características Farmacológicas - Propriedades Farmacocinéticas). A superdose com ceftazidima-avibactam pode levar a sequelas55 neurológicas, incluindo encefalopatia58, convulsões e coma59, devido ao componente ceftazidima.

O tratamento da superdose deve seguir a prática médica padrão local. Tanto ceftazidima quanto avibactam podem ser parcialmente removidos por hemodiálise34.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
 

MS – 1.2110.0443
Farmacêutica Responsável: Edina S. M. Nakamura – CRF-SP nº 9.258

Registrado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1.860 CEP 04717-904 - São Paulo - SP
CNPJ nº 61.072.393/0001-33

Fabricado e embalado por:
GlaxoSmithKline Manufacturing S.p.A Verona – Itália

Importado por:
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Rodovia Presidente Castelo Branco, n° 32.501, km 32,5
CEP 06696-000 - Itapevi - SP


SAC 08000 16062

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Trato Urinário:
5 Pielonefrite: Infecção dos rins produzida em geral por bactérias. A forma de aquisição mais comum é por ascensão de bactérias através dos ureteres, como complicação de uma infecção prévia de bexiga. Seus sintomas são febre, dor lombar, calafrios, eliminação de urina turva ou com traços de sangue, etc. Deve ser tratada cuidadosamente com antibióticos pelo risco de lesão permanente dos rins, com perda de função renal.
6 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
7 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
8 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
9 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
10 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
11 Bacteremia: Presença de bactérias no sangue, porém sem que as mesmas se multipliquem neste. Quando elas se multiplicam no sangue chamamos “septicemia”.
12 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
13 Microbiológica: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
14 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
15 Célula: Unidade funcional básica de todo tecido, capaz de se duplicar (porém algumas células muito especializadas, como os neurônios, não conseguem se duplicar), trocar substâncias com o meio externo à célula, etc. Possui subestruturas (organelas) distintas como núcleo, parede celular, membrana celular, mitocôndrias, etc. que são as responsáveis pela sobrevivência da mesma.
16 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
17 Lise: 1. Em medicina, é o declínio gradual dos sintomas de uma moléstia, especialmente de doenças agudas. Por exemplo, queda gradual de febre. 2. Afrouxamento, deslocamento, destruição de aderências de um órgão. 3. Em biologia, desintegração ou dissolução de elementos orgânicos (tecidos, células, bactérias, microrganismos) por agentes físicos, químicos ou enzimáticos.
18 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
19 Permeabilidade: Qualidade dos corpos que deixam passar através de seus poros outros corpos (fluidos, líquidos, gases, etc.).
20 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
21 Brônquios: A maior passagem que leva ar aos pulmões originando-se na bifurcação terminal da traquéia. Sinônimos: Bronquíolos
22 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
23 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
24 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
25 Humor aquoso: Fluido aquosa e claro que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Apresenta um índice de refração menor que o cristalino, o qual está envolvido pelo humor aquoso, e está relacionado com o metabolismo da córnea e do cristalino.
26 Líquido sinovial: Gel viscoso e transparente que lubrifica as estruturas que banha, minorando o atrito entre elas. Ele é encontrado na cavidade da cápsula articular.
27 Tecido Subcutâneo: Tecido conectivo frouxo (localizado sob a DERME), que liga a PELE fracamente aos tecidos subjacentes. Pode conter uma camada (pad) de ADIPÓCITOS, que varia em número e tamanho, conforme a área do corpo e o estado nutricional, respectivamente.
28 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
29 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
30 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
31 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
32 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
33 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
34 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
35 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
36 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
37 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
38 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
39 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
40 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
41 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
42 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
43 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
44 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
45 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
46 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
47 Pelve Renal: Expansão achatada, em forma de funil, conectando o URETER aos CÁLICES RENAIS.
48 Ureteres: Estruturas tubulares que transportam a urina dos rins até a bexiga.
49 Choque anafilático: Reação alérgica grave, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação, acompanhado ou não de edema de glote. Necessita de tratamento urgente. Pode surgir por exposição aos mais diversos alérgenos.
50 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
51 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
52 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
53 Peristalse: Conjunto das contrações musculares dos órgãos ocos, provocando o avanço de seu conteúdo; movimento peristáltico, peristaltismo.
54 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
55 Sequelas: 1. Na medicina, é a anomalia consequente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente. 2. Ato ou efeito de seguir. 3. Grupo de pessoas que seguem o interesse de alguém; bando. 4. Efeito de uma causa; consequência, resultado. 5. Ato ou efeito de dar seguimento a algo que foi iniciado; sequência, continuação. 6. Sequência ou cadeia de fatos, coisas, objetos; série, sucessão. 7. Possibilidade de acompanhar a coisa onerada nas mãos de qualquer detentor e exercer sobre ela as prerrogativas de seu direito.
56 Mioclonia: Contração muscular súbita e involuntária que se verifica especialmente nas mãos e nos pés, devido à descarga patológica de um grupo de células nervosas.
57 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
58 Encefalopatia: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
59 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
60 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
61 Glicosúria: Presença de glicose na urina.
62 Anemia hemolítica: Doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do organismo (hemólise extravascular). Pode ter várias causas e ser congênita ou adquirida. O tratamento depende da causa.
63 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
64 Hemólise: Alteração fisiológica ou patológica, com dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue causando liberação de hemoglobina. É também conhecida por hematólise, eritrocitólise ou eritrólise. Pode ser produzida por algumas anemias congênitas ou adquiridas, como consequência de doenças imunológicas, etc.
65 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
66 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
67 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
68 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
69 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
70 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
71 Microbiológico: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
72 Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos em um ambiente que logicamente não os tem. Logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
73 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
74 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
75 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
76 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
77 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
78 Esterilidade: Incapacidade para conceber (ficar grávida) por meios naturais. Suas causas podem ser masculinas, femininas ou do casal.
79 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
80 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
81 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
82 Candidíase: É o nome da infecção produzida pela Candida albicans, um fungo que produz doença em mucosas, na pele ou em órgãos profundos (candidíase sistêmica).As infecções profundas podem ser mais freqüentes em pessoas com deficiência no sistema imunológico (pacientes com câncer, SIDA, etc.).
83 Sistema Linfático: Um sistema de órgãos e tecidos que processa e transporta células imunes e LINFA.
84 Eosinofilia: Propriedade de se corar facilmente pela eosina. Em patologia, é o aumento anormal de eosinófilos no sangue, característico de alergias e infestações por parasitas. Em patologia, é o acúmulo de eosinófilos em um tecido ou exsudato.
85 Trombocitose: É o número excessivo de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitopenia. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é superior a 750.000/mm³ (e particularmente acima de 1.000.000/mm³) justifica-se investigação e intervenção médicas. Quanto à origem, pode ser reativa ou primária (provocada por doença mieloproliferativa). Apesar de freqüentemente ser assintomática (particularmente quando se origina como uma reação secundária), pode provocar uma predisposição para a trombose.
86 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
87 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
88 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
89 Agranulocitose: Doença causada pela falta ou número insuficiente de leucócitos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que se manifesta como ulcerações na garganta e outras mucosas, seguidas por infecções graves.
90 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
91 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
92 Cabeça:
93 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
94 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
95 Disgeusia: Termo médico que designa alterações na percepção do paladar do paciente ou a sua diminuição.
96 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
97 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
98 Láctica: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; lática.
99 Pele e Tecido Subcutâneo: Revestimento externo do corpo composto por PELE, seus acessórios (CABELO, UNHAS, GLÂNDULAS SEBÁCEAS e GLÂNDULAS SUDORÍPARAS) e seus ductos.
100 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
101 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
102 Maculopapular: Erupção cutânea que se caracteriza pelo aparecimento de manchas e de pápulas de tonalidade avermelhada, geralmente observada no sarampo ou na rubéola.
103 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
104 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
105 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
106 Eritema multiforme: Condição aguda, auto-limitada, caracterizada pelo início abrupto de pápulas vermelhas fixas simétricas, algumas evoluindo em lesões em forma de “alvo”. A lesão alvo são zonas concêntricas de alterações de coloração com a área central púrpura ou escura e a externa vermelha. Elas irão desenvolver vesícula ou crosta na zona central após vários dias. Vinte porcento de todos os casos ocorrem na infância.O eritema multiforme geralmente é precipitado pelo vírus do herpes simples, Mycoplasma pneumoniae ou histoplasmose.
107 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
108 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
109 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
110 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
111 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
112 Nefrite: Termo que significa “inflamação do rim” e que agrupa doenças caracterizadas por lesões imunológicas ou infecciosas do tecido renal. Alguns exemplos são a nefrite intersticial por drogas, a glomerulonefrite pós-estreptocócica, etc. Podem manifestar-se por hipertensão arterial, hematúria e dor lombar.
113 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
114 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
115 Flebite: Inflamação da parede interna de uma veia. Pode ser acompanhada ou não de trombose da mesma.
116 Pirexia: Sinônimo de febre. É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.

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