Sepurin (Bula do profissional de saúde)
LABORATÓRIO GROSS S. A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Sepurin
metenamina + cloreto de metiltionínio
Drágea1 120 mg + 20 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Drágea1
Caixa com 20 drágeas2
VIA DE ADMINISTRAÇÃO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada drágea1 de Sepurin contém:
metenamina | 120 mg |
cloreto de metiltionínio | 20 mg |
excipiente q.s.p. | 1 drágea1 |
Excipientes: celulose microcristalina, estearato de magnésio, talco, carbonato de cálcio, goma laca, sacarose, goma arábica, corante azul brilhante, corante amarelo tartrazina, cera branca de abelha, cera de carnaúba, álcool etílico, benzina e água de osmose3 reversa.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE4
INDICAÇÕES
São indicações de Sepurin®: (1) cistite5 (exceção Proteus spp. e Pseudomonas spp.), (2) profilaxia de colonização/infecção6 vesical7 em cateterização vesical7 (exceção Proteus spp. e Pseudomonas spp.) e (3) profilaxia de infecções8 vesicais recorrentes (exceção Proteus spp. e Pseudomonas spp.).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia e segurança da associação metenamina/cloreto de metiltionínio foi documentada através de estudo clínico [Recurrent urinary tract infections: evaluation of the prophylactic efficacy of urinary antiseptics methenamine and methylthioninium chloride. RBM. Nov 2008; 65(11): 367-371]. Tratou-se de um ensaio descritivo, analítico e retrospectivo9, no qual os prontuários médicos de 60 pacientes do sexo feminino foram avaliados. Foram os resultados: (1) E. coli foi o agente etiológico10 identificado em 80% das pacientes,(2) após o tratamento antibiótico, todas as pacientes receberam a associação metenamina/cloreto de metiltionínio com indicação profilática, (3) o tempo de tratamento variou de três a seis meses, (4) reações adversas foram observadas em 21,7% dos casos, e (5) a taxa de recorrência11 infecciosa durante o tratamento com a associação foi significativamente baixa (p <0,0001). Concluiu-se que a associação metenamina/cloreto de metiltionínio foi segura e eficaz no tratamento profilático de infecção6 não-complicada do tracto urinário inferior na população estudada.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Sepurin® é uma associação dos antissépticos12 antibacterianos metenamina e cloreto de metiltionínio, com in- dicações de cistite5 com alívio da disúria13 através da diminuição da carga bacteriana vesical7 e de profilaxia em infecções8 vesicais (com exceção de colonização/infecção6 por Proteus spp. e Pseudomonas spp.). A ação antibacteriana da metenamina decorre de sua hidrólise em meio ácido, convertendo-se em formaldeído na urina14. Seu mecanismo de ação se baseia na capacidade do formaldeído de desnaturar o envoltório bacteriano. Devido a sua farmacodinâmica, Sepurin® não induz resistência bacteriana, mesmo após o uso por intervalos de tempo longos. O fato de a metenamina se converter no princípio ativo (formaldeído) somente em nível vesical7, torna segura a sua administração por períodos prolongados. A hidrólise da metenamina depende de dois fatores: pH e tempo. A liberação do formaldeído é dependente do pH urinário, sendo maior (90%) em pH igual ou inferior a 5,5. O tempo relativamente prolongado (3 horas) para hidrólise da metenamina e a rapidez do fluxo urinário, praticamente excluem a sua utilidade em infecções8 do trato urinário15 superior e uretral16. A metenamina é absorvida rapidamente a partir do trato gastrointestinal e circula no sangue17 inalterada. Embora a maior parte seja eliminada através dos rins18, ela aparece praticamente em todas as secreções orgânicas. O cloreto de metiltionínio é usado
como antisséptico19 urinário no manejo sintomático20 e profilático de cistites. Seu mecanismo de ação é baseado em seu poder oxirredutor sobre o envoltório da célula21 bacteriana, comprometendo sua integridade estrutural. É excretado na urina14 e nas fezes, produzindo uma coloração azulada ou esverdeada, desprovida de toxicidade22.
CONTRA-INDICAÇÕES
O produto está contra-indicado para pacientes23 com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. Devido à produção de amônia no processo de hidrólise, a metenamina está contra-indicada na insuficiência hepática24. Devido à menor eliminação de urina14 que ocorre em vigência de insuficiência renal25 moderada a grave, seu uso é contra-indicado nesta síndrome26. Pacientes com diagnóstico27 de metemoglobinemia.
CATEGORIA DE RISCO DE FÁRMACOS DESTINADOS ÀS MULHERES GRÁVIDAS: X. Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco28 (cloreto de metiltionínio) provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto29 que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento é contra-indicado para pacientes23 menores de 12 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A metenamina atua somente na urina14 e não deve ser usada em infecções8 sistêmicas. É aconselhável que o doente não beba muito líquido e não esvazie a bexiga30 em prazo menor do que duas horas após a ingestão do medicamento.
Os microorganismos que desdobram a uréia31 (Proteus spp. e Pseudomonas spp.) tendem a elevar o pH da urina14, inibindo a formação de formaldeído. Sepurin® está indicado na redução da carga bacteriana das cistites e na profilaxia de infecções8 vesicais; não deve ser indicado para o tratamento curativo deste tipo de distúrbio.
A ingestão de frutas (exceto ameixa, pêssego, cereja, damasco e cranberry), leite e derivados, pode diminuir a eficácia de Sepurin® por alcalinização da urina14.
Deve ser aguardado um período mínimo de 24 horas a partir da última tomada de Sepurin® para a coleta de urina14 para exames microbiológicos32. Nenhum dos princípios ativos de Sepurin® consta na The 2013 Prohibited List - International Standard, da World Anti-Doping Agency.
A metenamina e o cloreto de metiltionínio atravessam a barreira placentária e são excretados no leite materno. Não há relato de quaisquer efeitos deletérios ao lactente33 com o uso de Sepurin®. Entretanto, Sepurin® não deve ser utilizado em mulheres amamentando lactentes34 com suspeita diagnóstica de doença hemolítica.
O uso de Sepurin® é factível em pacientes portadores de insuficiência renal25 leve.
CATEGORIA DE RISCO DE FÁRMACOS DESTINADOS ÀS MULHERES GRÁVIDAS: X. Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco28 (cloreto de metiltionínio) provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto29 que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento é contra-indicado para pacientes23 menores de 12 anos. Atenção diabéticos: contém açúcar35 (0,56 kcal por drágea1).
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma36 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os seguintes medicamentos podem interagir com os componentes de Sepurin® (em ordem alfabética): acetazolamida (formação de complexo insolúvel com a metenamina, com precipitação na urina14), amitriptilina [inibição da MAO37 (monoaminaoxidase) pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38], antiácidos39 (alcalinização da urina14, com diminuição da taxa de conversão de metenamina em formaldeído), bambuterol (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos agonistas adrenérgicos40), bicarbonato de sódio (alcalinização da urina14, com diminuição da taxa de conversão de metenamina em formaldeído), bupropion (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), buspirona (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), carbamazepina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), carbinoxamina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos anticolinérgicos), ciclobenzaprima (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), citalopram (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), citrato de potássio (alcalinização da urina14, com diminuição da taxa de conversão de metenamina em formaldeído), clomipramina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), dapsona (agravamento de anemia41 por precipitação hemoglobínica pelo cloreto de metiltionínio), desvenlafaxina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), doxilamina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos anticolinérgicos), duloxetina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), escitalopram (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), fenilefrina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de elevação de pressão arterial42), fenoterol (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos agonistas adrenérgicos40), fentanila (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), fluoxetina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), fluvoxamina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), formoterol (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), hidroclorotiazida (alcalinização da urina14, com diminuição da taxa de conversão de metenamina em formaldeído), imipramina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), indacaterol (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos agonistas adrenérgicos40), indapamida (alcalinização da urina14, com diminuição da taxa de conversão de metenamina em formaldeído), linezolida (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), maprotilina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), mirtazapina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), nateglinida (risco de hipoglicemia43), nefazodona (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), nortriptilina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), paroxetina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), ritodrina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos agonistas adrenérgicos40), salmeterol (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos agonistas adrenérgicos40), selegilina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), sertralina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), sulfadiazina (formação de complexo insolúvel com a metenamina, com precipitação na urina14), sulfametoxazol (formação de complexo insolúvel com a metenamina, com precipitação na urina14), sumatriptan (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), terbutalina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com potencialização de efeitos agonistas adrenérgicos40), tramadol (risco de síndrome serotoninérgica38), tranilcipromina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio com risco de síndrome serotoninérgica38), trazodona (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38), triptofan (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38) e venlafaxina (inibição da MAO37 pelo cloreto de metiltionínio, com risco de síndrome serotoninérgica38). Não há relato de interação medicamentosa dos componentes do Sepurin® com os seguintes antibióticos, comumente utilizados em infecções8 do trato urinário15: ciprofloxacin, amoxicilina e cefalexina. Não há na literatura informações acerca da interação entre os princípios ativos de Sepurin® e álcool e nicotina.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e da umidade. O prazo de validade do produto é de 24 meses a partir da data de fabricação.
A drágea1 deve ser utilizada imediatamente após a sua remoção do blister.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
As drágeas2 de Sepurin® são redondas e de coloração verde brilhante.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os esquemas a seguir podem variar de acordo com a evolução clínica, e a critério médico.
Cistite5: 2 drágeas2 três (8/8 horas) a quatro vezes (6/6 horas) ao dia até o início da terapia antibiótica, ou pelo período necessário para manutenção do alívio do sintoma44;
Profilaxia de colonização/infecção6 vesical7 em cateterismo45 vesical7: 2 drágeas2 (8/8 horas) a quatro vezes (6/6 horas) ao dia durante o tempo de permanência do cateter (é necessário manter a sonda fechada por pelo menos 2 horas após a eliminação da metenamina e do metiltionínio na urina14, para que haja tempo suficiente para a hidrólise da metenamina em formaldeído); em cateterismo45 intermitente46, recomenda-se a administração antes da inserção do cateter e continuidade do esquema um a dois dias após a sua retirada;
Profilaxia de infecções8 vesicais recorrentes: a posologia e a duração da profilaxia dependerão da natureza da patologia47 geradora da predisposição à infecção6 e deverão ser estebelecidas em base empírica pelo médico assistente. Não obstante, um esquema posológico diário sugerido é de 2 drágeas2 em três (8/8 horas) a quatro tomadas (6/6 horas). A dosagem máxima é a determinada pela posologia do produto, porém podendo ser alterada a critério do médico prescritor. Adolescentes (12 a 19 anos, a partir de 45 kg de peso corporal) também podem fazer uso de Sepurin®, na mesma posologia para adultos. Nenhuma redução de dose é necessária para pacientes23 com taxa de filtração glomerular >50 mL/min.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Há duas reações adversas principais: (1) gastrite48 química por formaldeído - a metenamina pode se converter em formaldeído no pH ácido do estômago49; esta reação caracteriza-se por sintomas50 de dor epigástrica, náuseas51 e vômitos52 (obs.: a forma farmacêutica drágea1 diminui as chances de ocorrência desta reação adversa) e (2) cistite5 química por formaldeído - pode ocorrer em indivíduos com pH urinário muito ácido, o que eleva a taxa de conversão da metenamina; esta reação caracteriza-se por sintomas50 de disúria13, albuminúria53, hematúria54 e tenesmo55 vesical7. Pode haver hemólise56 em pacientes portadores de metemoglobinemia ou fenômenos de hipersensibilidade. Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
São alterações que fazem parte do quadro de superdose com os componentes de Sepurin?: náuseas51, vômitos52, cistite5 hemorrágica57, metemoglobinemia, dor de cabeça58, sudorese59, e confusão mental. Administração de carvão ativado por via oral, e expansores volêmicos, fazem parte da conduta terapêutica60. Não é conhecido se os princípios ativos de Sepurin® são dialisáveis.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas50 procure orientação médica.
Reg-MS Nº. 1. 0444. 0066
Farm.Resp.: Maria Paula Boetger CRF-RJ Nº. 9944
Laboratório Gross S.A.
Rua Padre Ildefonso Penalba, Nº. 389
CEP: 20775-020 Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.145.194/0001-72
Indústria Brasileira
SAC 0800 709 7770