Nuromol (Bula do profissional de saúde)
RECKITT BENCKISER (BRASIL) LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nuromol®
ibuprofeno + paracetamol
Comprimido 200 mg + 500 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens contendo 6 ou 12 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 16 ANOS.
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Nuromol®contém:
ibuprofeno | 200 mg |
paracetamol | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: croscarmelose sódica, celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e ácido esteárico.
Revestimento comprimido: álcool polivinílico, dióxido de titânio, talco, macrogol, silicato de potássio alumínio (E555) e polisorbato.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSINAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Nuromol é indicado para o alívio temporário da dor leve a moderada associada à enxaqueca2, dor de cabeça3, dor nas costas4, cólica menstrual, dor dentária, dor reumática ou muscular, dor relacionada à artrite5 não grave, sintomas6 de gripes e resfriados, dor de garganta7 e febre8.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia clínica de ibuprofeno e paracetamol foi demonstrada em dor associada a dor de cabeça3, dor de dente9, dismenorreia10 e febre8; além disso, eficácia tem sido demonstrada em pacientes com dor e febre8 associados com resfriado e gripe11 e em modelos de dor tais como dor de garganta7, dor muscular ou lesão12 de tecidos moles e dor nas costas4.
Estudo randomizado13, duplo-cego e controlado com placebo14 (NL0604) foi realizado com a associação utilizando o modelo de dor aguda dental pós-operatória. O estudo mostra que:
- Este produto proporciona alívio da dor mais eficaz do que o paracetamol 1000 mg (p <0,0001) e ibuprofeno 400 mg (p <0,05), que são clinicamente e estatisticamente significativos;
- Este produto possui rápido início de ação com “confirmação perceptível do alívio da dor” alcançada em uma média de 18,3 minutos. O início de ação foi consideravelmente mais rápida do que para 400 mg de ibuprofeno (23,8 minutos, p = 0,0015). O “alívio significativo da dor” para este produto foi obtido com uma mediana de 44,6 minutos, o que foi significativamente mais rápido do que para o ibuprofeno 400 mg (70,5 minutos, p <0,0001);
- A duração da analgesia foi significativamente maior para este produto (9,1 horas) em comparação com 500 mg de paracetamol (4 horas) ou de 1000 mg (5 horas);
- A avaliação global da terapia pelos sujeitos do estudo mostraram altos níveis de satisfação, obtendo-se 93,2% da avaliação do produto como "bom", "muito bom" ou "excelente" em alcançar o alívio da dor. A associação medicamentosa teve um desempenho significativamente melhor do que 1000 mg de paracetamol (p <0,0001) isolado.
Um estudo clínico controlado, randomizado15 e duplo-cego (NL0605) foi realizado com o produto no tratamento da dor crônica no joelho. O estudo mostrou que:
- O produto proporciona alívio da dor mais eficaz do que o paracetamol 1000 mg no tratamento de curta duração (p <0,01) e o tratamento de longo prazo (p <0,01);
- Na avaliação global do produto, os sujeitos apresentaram altos níveis de satisfação com 60,2% da avaliação do produto como "bom" ou "excelente" no tratamento em longo prazo para dor no joelho. O produto teve um desempenho significativamente melhor do que o paracetamol 1000 mg (p <0,001).
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
As ações farmacológicas de ibuprofeno e paracetamol diferem no seu local e modo de ação. Estes são complementares e possuem ação sinérgica que resulta em maior anti-nocicepção e antipirese do que os ativos isoladamente.
Propriedades Farmacodinâmicas
O ibuprofeno é um AINE que demonstrou a sua eficácia em estudos com animais em modelos de inflamação16, por inibição da síntese das prostaglandinas17. As prostaglandinas17 sensibilizam os terminais nervosos aferentes nociceptivos para mediadores, tais como a bradicinina18. O ibuprofeno, portanto, induz um efeito analgésico19 através da inibição periférica da isoenzima ciclooxigenase-2 (COX-2) com subsequente redução na sensibilização dos terminais nervosos nociceptivos. O ibuprofeno também demonstrou inibir a migração induzida de leucócitos20 induzida para áreas inflamadas.
O ibuprofeno tem uma ação pronunciada no interior da medula espinal21 devido, em parte, à inibição da COX. A ação antipirética do ibuprofeno é produzida pela inibição central de prostaglandinas17 no hipotálamo22. O ibuprofeno também inibe reversivelmente a agregação plaquetária. Nos seres humanos, o ibuprofeno reduz a dor inflamatória, inchaços e febre8.
Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito da baixa dose de ácido acetilsalicílico sobre a agregação de plaquetas23, quando eles são administrados concomitantemente. Em um estudo, quando uma única dose de 400 mg deibuprofeno foi tomada no prazo de 8 h antes ou 30 minutos depois da administração de ácido acetilsalicílico (81 mg), foi verificada uma diminuição do efeito deste na formação de tromboxano e na agregação plaquetária. No entanto, as limitações destes dados e as incertezas quanto a extrapolação dos dados ex vivo para a situação clínica resultam em conclusões não definitivas para o uso regular de ibuprofeno e nenhum efeito clinicamente relevante é considerado provável no caso da utilização ocasional de ibuprofeno.
O mecanismo de ação exato do paracetamol ainda não está completamente elucidado; no entanto, há evidências consideráveis que apoiam a hipótese de um efeito antinociceptivo central. Vários estudos bioquímicos apontam para a inibição da atividade central da COX-2. O paracetamol pode também estimular a atividade das vias descendente da 5-hidroxitriptamina (serotonina) que inibem as vias de transmissão do sinal24 nociceptivo na espinal-medula25. Evidências mostram que o paracetamol é um inibidor muito fraco das isoenzimas periféricas COX-1 e 2.
Este medicamento é especialmente adequado para o alívio da dor que necessita de analgesia não proporcionada pelo ibuprofeno 400 mg ou o paracetamol 1000 mg isolados, e alívio da dor mais rápido do que o ibuprofeno.
Propriedades Farmacocinéticas
O ibuprofeno é bem absorvido a partir do trato gastrointestinal e encontra-se amplamente ligado às proteínas26 plasmáticas. Este também se difunde para o líquido sinovial27. Os níveis plasmáticos de ibuprofeno, após administração deste medicamento, são detectados a partir de 5 minutos, com concentrações plasmáticas máximas alcançadas após 1-2 horas da ingestão, com estômago28 vazio. Quando este medicamento é ingerido com alimento, o pico plasmático de ibuprofeno foi atingido com atraso médio de 25 minutos e com menor magnitude, porém a extensão total da absorção foi equivalente.
O ibuprofeno é metabolizado no fígado29 em dois principais metabólitos30 e possui excreção primária renal31, seja dos metabólitos30 isolados ou como grandes conjugados, em conjunto com uma pequena quantidade de ibuprofeno inalterado. A excreção pelos rins32 é rápida e completa. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 2 horas.
Em poucos estudos o ibuprofeno aparece excretado no leite materno, em concentrações muito baixas.
Não são observadas diferenças significativas no perfil farmacocinético do ibuprofeno para população idosa.
O paracetamol é rapidamente absorvido a partir do trato gastrointestinal. Em concentrações terapêuticas usuais a ligação do paracetamol às proteínas26 plasmáticas é irrelevante, porém dose-dependente. Os níveis plasmáticos de paracetamol deste produto são detectados a partir de 5 minutos, com concentrações máximas atingidas 0,5-0,67 horas após a ingestão do medicamento, com estômago28 vazio. Quando este é ingerido com alimento, o pico plasmático é atingido com atraso médio de 55 minutos, porém a extensão total da absorção foi equivalente.
O paracetamol possui metabolização hepática33 e excreção renal31, principalmente como conjugados de glucuronida e de sulfato, com cerca de 10% de conjugados de glutationa. Menos de 5% é excretado como paracetamol inalterado. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 3 horas. Um metabólito34 hidroxilado menor, que é normalmente produzido em quantidades muito pequenas no fígado29 por oxidases de função mista e detoxificado por conjugação com glutationa, pode acumular-se após uma superdosagem de paracetamol e causar danos ao fígado29.
Não são observadas diferenças significativas no perfil farmacocinético do paracetamol para a população idosa.
Os perfis de biodisponibilidade e a farmacocinética do ibuprofeno e do paracetamol nesta associação não são alterados quando o medicamento é administrado em dose única ou repetida.
Este produto é formulado utilizando uma tecnologia que libera os ativos simultaneamente, de modo que estes possam proporcionar um efeito sinérgico.
CONTRAINDICAÇÕES
Nuromol é contraindicado para:
- pacientes com hipersensibilidade conhecida ao ibuprofeno, paracetamol ou a qualquer excipiente do produto.
- pacientes que apresentaram reações de hipersensibilidade após a administração de ácido acetilsalicílico ou de outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs);
- pacientes com histórico ou atual quadro de hemorragia35 ou perfuração gastrintestinais, incluindo aquelas relacionadas à terapia prévia com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
- pacientes com problemas de coagulação36;
- pacientes com insuficiências cardíaca, hepática33 ou renal31 graves;
- em uso concomitante com outros AINEs, incluindo inibidores específicos da ciclo-oxigenase-2 (COX-2) e doses de ácido acetilsalicílico superiores à 75 mg/dia, sob o risco de potencializar reações adversas.
- em uso concomitante com outros medicamentos que contenham paracetamol, sob o risco de eventos adversos graves;
- durante o terceiro trimestre de gravidez37 devido ao risco de fechamento prematuro do canal arterial38 fetal, com possível hipertensão39 pulmonar.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Precauções gerais
O risco de overdose de paracetamol é maior em pacientes com doença hepática33 cirrótica não-alcoólica. Orientação médica imediata deve ser procurada em caso de overdose, mesmo que o paciente se sinta bem, devido ao risco de grave lesão12 hepática33.
Os efeitos indesejados podem ser minimizados através da administração da menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para o controle dos sintomas6 e pela administração da dose com alimentos.
Populações especiais
Uso em idosos: Em pacientes idosos, há um aumento da frequência de reações adversas aos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), especialmente hemorragia35 e perfuração gastrointestinais, que podem ser fatais.
Alterações respiratórias: Pacientes com (ou história prévia de) asma40 brônquica ou doença alérgica: foi relatado que AINEs podem precipitar broncoespasmo41;
Insuficiências cardíaca, renal31 e hepática33: O uso de AINEs pode levar à redução dose-dependente da síntese de prostaglandinas17 e promover deterioração da função renal31. Pacientes em maior risco são aqueles com insuficiência renal42, cardíaca ou hepática33; sob terapia com diuréticos43 e pacientes idosos. A função renal31 deve ser monitorada nestes pacientes.
Efeitos cardiovascular e cerebrovascular
Monitoramento apropriado e atenção especial são necessários para pacientes44 com histórico de hipertensão39 e/ou falência cardíaca congestiva, pois foi relatado retenção de fluidos e edema45 associado à administração de AINEs.
Dados clínicos sugerem que o uso de ibuprofeno, particularmente na dose mais alta (2400 mg diariamente) e em tratamento de longa duração, pode estar associado a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos46, como infarto do miocárdio47 ou derrame48. Estudos epidemiológicos não sugerem que doses baixas de ibuprofeno (< 1200 mg diariamente) estejam associadas com o aumento do risco de eventos trombóticos46 arteriais, particularmente infarto do miocárdio47.
Pacientes com hipertensão39 não controlada, insuficiência cardíaca congestiva49, isquemia50 cardíaca estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular51 apenas podem ser tratados com ibuprofeno após avaliação cuidadosa. Avaliação similar deve ser feita antes do início do tratamento de longa duração em pacientes com fatores de risco para doença cardiovascular (isto é, hipertensão39, hiperlipidemia52, diabetes mellitus53 e tabagismo).
Hemorragia35, ulceração54 e perfuração gastrintestinais
Hemorragia35, ulceração54 e perfuração gastrintestinais, que podem ser fatais, foram relatadas em relação a todos os AINEs a qualquer momento do tratamento, com ou sem sintomas6 de alerta ou histórico prévio de eventos gastrintestinais graves.
O risco de hemorragia35, ulceração54 e perfuração gastrintestinais é maior com o aumento das doses do AINE, em pacientes com histórico de úlceras55, particularmente se complicadas com hemorragia35 ou perfuração, e em idosos. Esses pacientes devem iniciar o tratamento na menor dose disponível. Terapia combinada56 com agentes protetores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de prótons) deve ser considerada para estes pacientes, assim como para pacientes44 que requeiram o tratamento concomitante com baixa dose de ácido acetilsalicílico ou outros fármacos que aumentem o risco gastrintestinal.
Pacientes com histórico de toxicidade57 gastrintestinal, particularmente idosos, devem comunicar ao seu médico qualquer sintoma58 abdominal (especialmente hemorragia35 gastrintestinal) nos estágios iniciais do tratamento.
Recomenda-se cautela aos pacientes que estão recebendo concomitantemente medicamentos que podem aumentar o risco de ulceração54 ou sangramento tais como corticosteroides orais, anticoagulantes59 como a varfarina, inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou medicamentos antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico.
Se ocorrer hemorragia35 ou ulceração54 gastrintestinais em pacientes recebendo ibuprofeno, o tratamento deve ser descontinuado. AINEs devem ser administrados com cautela em pacientes com histórico de doença gastrointestinal (colite60 ulcerativa, Doença de Crohn61), pois estas condições podem ser exacerbadas.
Efeitos dermatológicos
Pacientes com Lupus62 Sistêmico63 Eritematoso64 e Doença Mista do Tecido Conjuntivo65 podem ter maior risco de meningite asséptica66. Reações cutâneas67 graves, algumas delas fatais, como a dermatite68 esfoliativa, Síndrome de Stevens-Johnson69 e necrose70 epidérmica tóxica, foram muito raramente relatadas com o uso de AINEs.
A pustulose exantemática aguda generalizada pode ocorrer com produtos contendo ibuprofeno. A erupção71 pustular aguda pode ocorrer nos primeiros 2 dias de tratamento, com febre8 e inúmeras pequenas pústulas72 não-foliculares surgindo no eritema73 edematoso generalizado, localizado principalmente nas dobras da pele74, tronco e extremidades superiores.
Aparentemente, o risco de ocorrência dessas reações adversas é maior no início da terapia. Na maioria dos casos, o início de tais reações ocorreu no primeiro mês de tratamento. A administração deste produto deve ser descontinuada aos primeiros sinais75 de rash76 cutâneo77, lesões78 nas mucosas79 ou qualquer outro sinal24 de hipersensibilidade.
Mascaramento de sintomas6 de infecções80 subjacentes: Ibuprofeno pode mascarar sintomas6 de infecção81, que pode levar a atraso no início do tratamento apropriado, e piorar o desfecho da infecção81. Isto tem sido observado em pneumonia82 bacteriana adquirida na comunidade e complicações bacterianas secundárias da varicela83. Quando Ibuprofeno é administrado para alívio da febre8 e dor em relação à infecção81, recomenda-se monitoramento da infecção81. Em uso fora do ambiente hospitalar, o paciente deve consultar o médico em caso de persistência ou piora dos sintomas6.
Fertilidade, Gravidez37 e Lactação84
O uso deste medicamento pode prejudicar a fertilidade e seu uso não é recomendado em mulheres que pretendem engravidar. A retirada deste medicamento deve ser considerada em mulheres que têm dificuldade para engravidar ou que estão sob investigação de infertilidade85.
Não existe experiência de utilização deste produto em seres humanos durante a gravidez37. Anomalias congênitas86 têm sido relatados em associação com a administração de AINEs; porém estas aparecem em baixa freqüência e não parecem seguir qualquer padrão discernível. Tendo em vista os efeitos conhecidos dos AINEs sobre o sistema cardiovascular87 fetal (risco de fechamento do canal arterial38), o uso deste medicamento é contraindicado no último trimestre da gestação. O início do trabalho de parto pode ser adiado e a duração aumentada com maior tendência de sangramento na mãe e da criança. AINEs não devem ser utilizados durante os dois primeiros trimestres da gravidez37 ou no parto, a menos que o potencial benefício para a paciente supere o risco potencial para o feto88.
Estudos epidemiológicos na gravidez37 humana não revelaram quaisquer efeitos nocivos devido ao uso de paracetamol na dose recomendada. Entretanto, se possível, o uso deste produto deve ser evitado nos primeiros seis meses de gravidez37 e é contra-indicado nos últimos três meses de gravidez37.
Categoria de risco: C (1° e 2° trimestres de gravidez37) e D (3° trimestre de gravidez37).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez37.
O ibuprofeno e seus metabólitos30 podem passar em quantidades muito pequenas (0,0008% da dose materna) para o leite materno. Nenhum efeito prejudicial aos bebês89 é conhecido. O paracetamol é excretado no leite materno mas não em quantidade clinicamente significativa. Dados publicados disponíveis não contra-indicam o seu uso durante o aleitamento materno90. Sendo assim, não é necessário interromper a amamentação91 para o tratamento a curto prazo com a dose recomendada deste medicamento.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Os efeitos indesejáveis, tais como tonturas92, sonolência, fadiga93 e distúrbios visuais são possíveis após a administração de AINEs. Caso o paciente apresente tais efeitos, este não deve dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Este medicamento, assim como outros produtos que contém paracetamol, é contraindicado no uso concomitante com outros produtos contendo paracetamol, devido ao aumento no risco de sérios efeitos adversos.
Este medicamento, assim como outros produtos que contém ibuprofeno ou outros AINEs, é contraindicado no uso concomitante com:
- ácido acetilsalicílico, a não ser em doses baixas (abaixo de 75mg/dia) sob recomendação médica;
- outros AINEs, incluindo inibidores seletivos da COX-2; pois podem aumentar o risco de reações adversas.
Este medicamento, assim como outros que contem paracetamol, deve ser administrado com cautela quando em combinação com:
- Cloranfenicol: pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos de cloranfenicol
- Colestiramina: A velocidade de absorção do paracetamol é diminuída por este medicamento, portanto não deve-se administrar colestiramina no período de 1 hora após a ingestão de paracetamol, caso uma máxima analgesia seja necessária.
- Metoclopramida e domperidona: a velocidade de absorção do paracetamol é aumentada por estes medicamentos. Entretanto, não há necessidade de cessar o uso.
- Varfarina: o efeito anticoagulante94 da varfarina e de outras cumarinas pode ser aumentado pelo uso prolongado de paracetamol, aumentando o risco de sangramento. Doses ocasionais não possuem efeito significativo.
O paracetamol gera falsa elevação na leitura do monitor contínuo de glicose95 no sangue96, comparado com o a leitura da glicemia97 capilar98 (teste da ponta de dedo com glicosímetro99).
Não use outro produto que contenha PARACETAMOL.
Este medicamento, assim como outros que contém ibuprofeno, deve ser administrado com cautela quando em combinação com:
- Anticoagulantes59: AINEs podem aumentar os efeitos de anticoagulantes59, como, por exemplo, da varfarina.
- Anti-hipertensivos: AINEs podem reduzir o efeito de anti-hipertensivos;
- Agentes antiplaquetários e inibidores seletivos de reabsorção de serotonina (SSRIs): podem aumentar o risco de hemorragia35 gastrintestinal;
- Ácido acetilsalicílico: assim como outros AINEs, geralmente não se recomenda a administração concomitante de ibuprofeno e ácido acetilsalicílico devido à possibilidade de aumento dos efeitos adversos. Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante plaquetário do ácido acetilsalicílico em baixas dosagens quando administrados concomitantemente.
No entanto, estes dados são limitados, e não é possível chegar a conclusões para o uso regular de ibuprofeno, e nenhum efeito clínico relevante é considerado provável para seu uso ocasional.
- Glicosídeos cardíacos: AINEs podem exacerbar a insuficiência cardíaca100, reduzir a taxa de filtração glomerular e aumentar os níveis plasmáticos de glicosídeos cardiotônicos;
- Ciclosporina: pode ocorrer aumento do risco de nefrotoxicidade101;
- Corticosteróides: aumento do risco de ulceração54 ou hemorragia35 gastrintestinal;
- Diuréticos43: redução do efeito diurético102. Diuréticos43 podem aumentar o risco de nefrotoxicidade101 causada pelos AINEs.
- Lítio: AINEs podem diminuir a eliminação do lítio;
- Metotrexato: eliminação diminuída do metotrexato;
- Mefepristona: AINEs não devem ser administrados por 8-12 dias após o tratamento com mifepristona, uma vez que podem reduzir o efeito da mifepristona;
- Antibióticos do grupo quinolona: dados em animais indicaram que AINEs podem aumentar o risco de convulsão103 quando associados à antibióticos do grupo quinolona. Pacientes ingerindo AINEs e quinolonas podem ter um maior risco de desenvolver convulsões.
- Tacrolimus: possível risco de nefrotoxicidade101;
- Zidovudina: pode-se aumentar o risco de toxicidade57 hematológica quando AINEs e zidovudina são administrados concomitantemente. Há evidências do aumento no risco de hematoses e hematomas104 em pacientes hemofílicos HIV105+ recebendo tratamento concomitante de zidovudina e ibuprofeno.
CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Nuromol comprimidos revestidos deve ser armazenado em temperatura ambiente (15–30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Nuromol apresenta-se em comprimidos revestidos de cor branca, formato oval e gravados com uma hélice de identificação.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Este medicamento deve ser administrado por via oral em terapias de curta-duração. A menor dose eficaz deve ser utilizada pelo menor período necessário para alívio dos sintomas6. O paciente deve consultar orientação médica se os sintomas6 persistirem ou apresentarem piora após 3 dias de tratamento.
Posologia
Uso adulto e pediátrico acima de 16 anos
Ingerir 1 comprimido, com água, até 3 vezes ao dia. O intervalo entre doses deve ser de pelo menos 6 horas.
Se a dose de 1 comprimido não aliviar os sintomas6, um máximo de 2 comprimidos pode ser administrado, com água, 3 vezes ao dia. O intervalo entre doses deve ser de pelo menos 6 horas.
Não consumir mais do que 6 comprimidos (3000 mg de paracetamol, 1200 mg de ibuprofeno) em um período de 24 horas. Para diminuir o risco de efeitos colaterais106 recomenda-se que Nuromol seja ingerido com alimentos.
Uso em idosos
Nenhum ajuste de dose é necessário. Este grupo está sob maior risco de reações adversas graves, portanto, se o uso de um AINE for considerado necessário, a menor dose eficaz deve ser utilizada durante o menor período de tempo possível. O paciente deve ser monitorado regularmente para possíveis sangramentos gastrointestinais durante a terapia com AINEs.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Estudos clínicos com este produto não indicaram nenhum outro efeito indesejável além daqueles descritos para os princípios ativos isolados. As reações adversas listadas abaixo relacionam os efeitos reportados para o uso de ibuprofeno ou paracetamol, em terapias de curta e longa-duração.
Reações comuns (≥1/100 a <1/10)
- Alterações laboratoriais: aumento da alanina aminotransferase, gamma-glutamiltransferase e testes de funções do fígado29 anormais. Aumento da creatinina107 sanguínea e ureia108 plasmática.
- Alterações na pele e tecido subcutâneo109: hiperidrose110
Reações incomuns (≥ 1/1.000 a <1/100)
- Alterações no sistema imune111: hipersensibilidade com urticária112 e prurido113.
- Alterações no sistema nervoso114: dor de cabeça3.
- Alterações gastrintestinais: dor abdominal, náusea115 e dispepsia116.
- Alterações laboratoriais: aumento da aspartato-aminotransferase, fosfatase alcalina117 plasmática, creatina fosfoquinase e creatinina107; hemoglobina118 diminuída e contagem plaquetária aumentada.
- Alterações na pele e tecido subcutâneo109: rash76 cutâneo77.
Reações raras (≥ 1/10.000 a <1/1.000):
- Alterações gastrintestinais: diarreia119, flatulência, constipação120 e vômito121.
Reações muito raras (<1/10.000):
- Alterações hematológicas e do sistema linfático122: desordens hematopoiéticas (agranulocitose123, anemia124, anemia124 aplástica, anemia hemolítica125, leucopenia126, neutropenia127, pancitopenia128 e trombocitopenia129). Primeiros sinais75 são: febre8, dor de garganta7, úlceras55 superficiais na boca130, sintomas6 semelhantes aos da gripe11, exaustão severa, sangramento inexplicável, sangramento nasal.
- Alterações no sistema imune111: reações de hipersensibilidade severas, que podem incluir inchaço131 da face132, língua133 e laringe134, dispneia135, taquicardia136, hipotensão137, anafilaxia138, angioedema139 e choque140 grave.
- Alterações psiquiátricas: confusão, depressão e alucinações141.
- Alterações no sistema nervoso114: parestesia142, neurite143 óptica e sonolência. Casos isolados de meningite asséptica66 em pacientes com doenças autoimunes144 pré-existentes (como Lúpus62 sistêmico63 eritematoso64 e Doença mista do tecido conjuntivo65) durante o tratamento com ibuprofeno – com sintomas6 como: torcicolo145, dor de cabeça3, náuseas146, vômito121, febre8 ou desorientação – foram observados.
- Alterações gastrintestinais: Úlcera péptica147, perfuração ou hemorragia35 gastrointestinal, com sintomas6 de melena148, hematêmeses (às vezes fatais, particularmente em idosos).
- Alterações visuais: distúrbios visuais.
- Alterações no sistema auditivo: zumbido e vertigem149.
- Alterações hepatobiliares150: disfunção hepática33, hepatite151 e icterícia152. Em caso de overdose, o paracetamol pode causar falência hepática33 aguda, insuficiência153 ou necrose70 hepática33.
- Alterações na pele e tecido subcutâneo109: Reações bolhosas, incluindo eritema multiforme154, Síndrome de Stevens-Johnson69 e necrose70 epidérmica tóxica.
- Alterações renais e urinárias: nefrotoxicidade101 em diversas formas, incluindo nefrite155 intersticial156, síndrome nefrótica157 e insuficiência renal42 aguda e crônica.
- Alterações gerais: fatiga e mal-estar.
Reações não especificadas:
- Alterações cardíacas: edema45, hipertensão39 e insuficiência cardíaca100 tem sido relatado em associação com o tratamento com AINEs. Estudos clínicos e dados epidemiológicos sugerem que o uso de ibuprofeno, particularmente em alta dose (2.400 mg/dia) e em tratamento de longa duração pode ser associado com um pequeno aumento no risco de eventos trombóticos46 arteriais (infarto do miocárdio47 ou derrame48).
- Alterações no sistema respiratório158: asma40, exarcebação da asma40, broncoespasmo41 e dispneia135.
- Alterações gastrintestinais: Estomatite159 ulcerativa, exacerbação da colite60 ulcerativa e da Doença de Crohn61 após administração. Gastrite160 e pancreatite161.
- Alterações na pele e tecido subcutâneo109: pustulose exantemática aguda generalizada, síndrome162 de hipersensibilidade induzida por medicamentos e reações de fotossensibilidade.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa."
SUPERDOSE
PARACETAMOL
Danos hepáticos são possíveis em adultos que ingerirem 10 g (equivalente a 20 comprimidos) ou mais de paracetamol. A ingestão de 5 g (equivalente a 10 comprimidos) ou mais de paracetamol pode levar a lesão12 hepática33 em pacientes que apresentem um ou mais dos seguintes fatores de risco:
- estar em tratamento a longo prazo com a carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, hipericão ou outras drogas que induzem enzimas hepáticas163
- consumir álcool em excesso regularmente;
- possuir condição de saúde1 que promova depleção164 de glutationa, como distúrbios alimentares, fibrose cística165, HIV105, infecção81, inanição ou caquexia166
Sintomas6
Os sintomas6 de overdose de paracetamol nas primeiras 24 horas incluem palidez, náuseas146, vômitos167, anorexia168 e dor abdominal. Os danos hepáticos podem se tornar aparentes de 12 a 48 horas após a ingestão, com alterações nos testes de função hepática33. Anormalidades no metabolismo169 da glicose95 e acidose metabólica170 podem ocorrer. Em caso de intoxicação grave, a insuficiência hepática171 pode progredir para encefalopatia172, hemorragia35, hipoglicemia173, edema45 cerebral e morte. A falência renal31 aguda com necrose70 tubular aguda (fortemente indicada por dor lombar, hematúria174 e proteinúria175) pode desenvolver-se mesmo na ausência de lesão12 hepática33 grave. Casos de arritmia176 cardíaca e pancreatite161 foram relatados.
Tratamento
O tratamento imediato é essencial na gestão da overdose de paracetamol. Apesar da ausência de sintomas6 iniciais significativos, os pacientes devem ser encaminhados para o hospital com urgência177 para atendimento médico. Os sintomas6 podem limitar-se a náuseas146 ou vômitos167 e podem não refletir a gravidade da overdose ou o risco de lesão12 dos órgãos. A conduta deve seguir as diretrizes de tratamento estabelecidos.
O tratamento com carvão ativado deve ser considerado até 1 hora após o evento de overdose. A concentração plasmática de paracetamol deve ser medida 4 horas ou mais após a ingestão (concentrações anteriores não são confiáveis). O tratamento com N-acetilcisteína178 pode ser empregado até 24 horas após a ingestão de paracetamol, no entanto o efeito protetor máximo é obtido até 8 horas pós-ingestão. A eficácia do antídoto179 diminui drasticamente após este tempo. Se necessário, deve-se administrar por via intravenosa a N-acetilcisteína178 juntamente com a posologia estabelecida. O uso de metionina oral pode ser uma alternativa adequada para áreas remotas, fora do hospital. Os pacientes que apresentarem disfunção hepática33 grave após 24 horas desde a ingestão devem receber tratamento de acordo com as diretrizes estabelecidas.
IBUPROFENO
Sintomas6
A maioria dos pacientes que ingerirem quantidades clinicamente importantes dos AINEs irá desenvolver não mais do que náusea115, vômito121, dor epigástrica, ou, mais raramente, diarréia119. Zumbido no ouvido180, dor de cabeça3 e sangramento gastrointestinal também são possíveis. Em intoxicação mais grave é observada toxicidade57 no sistema nervoso central181, manifestando-se como sonolência, ocasionalmente excitação e desorientação ou coma182. Ocasionalmente os pacientes desenvolvem convulsões. Em caso de intoxicação grave, pode ocorrer acidose metabólica170 e o tempo de protrombina183/INR pode ser prolongado, devido provavelmente à interferência na ação dos fatores de coagulação36. Insuficiência hepática171 e renal31 aguda podem ocorrer em casos de desidratação184 concomitante. Em pacientes asmáticos a exarcebação do quadro é possível.
Tratamento
O tratamento do quadro de intoxicação deve ser de suporte sintomático185 e incluir a manutenção das vias aéreas desobstruídas e a monitoramento dos sinais75 cardíacos e vitais.
O tratamento com carvão ativado deve ser considerado até 1 hora após o evento de overdose.
Em caso de convulsões frequentes ou prolongadas, deve-se utilizar diazepam ou lorazepam intravenoso.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas6 procure orientação médica.
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