

Dorilen Dip (Bula do profissional de saúde)
LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DE SAÚDE1
A ação antipirética e analgésica da dipirona oral foi avaliada em estudos clínicos duplo-cego.
Em um estudo duplo-cego4 com pacientes com febre tifoide5, 25 pacientes receberam 500 mg de dipirona VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A temperatura retal e os registros de pulso foram monitorados a cada 30 minutos. Efeitos antipiréticos6 foram observados no grupo dipirona e paracetamol aos 30 e 60 minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva tempo-temperatura tanto para a dipirona (148ºC·h) quanto para o paracetamol (128ºC·h), a diferença entre as áreas foi significativamente maior para os pacientes que receberam dipirona. O total de antipirese nos dois grupos foi calculado pelos escores das somas de redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação, que foi maior que 300 para os pacientes recebendo dipirona e menor que 300 para os pacientes que receberam paracetamol (p < 0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).
A ação analgésica da dipirona oral versus placebo7 foi avaliada em estudo clínico multicêntrico, randomizado8, duplo-cego, cruzado, controlado por placebo7, envolvendo 73 pacientes com crise de enxaqueca9 com ou sem aura, selecionados para receber 1 g de dipirona via oral ou placebo7. A intensidade da dor foi medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24 h após o tratamento. Melhora significativa da dor foi observada com dipirona, comparativamente ao placebo7 em todos os pontos medidos. As percentagens de "alívio da dor" obtidas 1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1 g de dipirona variaram de 42% a 57,1% vs 19,6% a 28,6% para o placebo7 (p < 0,001) (Tulunay et al, 2004).
Doses orais únicas de dipirona 500 mg e 1 g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1 g foram comparadas em estudo clínico multicêntrico, randomizado8, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo7 e comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia10 tensional episódica. O intervalo de tempo resultante da soma da média ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os episódios chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500 mg e 1 g de dipirona, 1 g de AAS e placebo7, respectivamente. (p < 0,0001 para ambos os grupos dipirona e p < 0,0150 para AAS versus placebo7). Observou-se uma tendência para início mais precoce de alívio da dor mais profunda com dipirona 500 mg e 1 g sobre 1 g de AAS. Todos os medicamentos foram seguros e bem tolerados (Martínez-Martín et al, 2001).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Ajgaonkar VS, Marathe SN, Virani AR. Dipyrone versus paracetamol: a double-blind study in typhoid fever. J Int Med Res. 1988 May-Jun;16(3):225-30.
- Tulunay FC, Ergün H, Gülmez SE, Ozbenli T, Ozmenoglu M, Boz C, ErdemogluAK,Varlikbas A, Göksan B, Inan L. The efficacy and safety of dipyrone (Novalgin)tablets in the treatment of acute migraine attacks: a doubleblind, cross-over,randomized, placebo7-controlled, multi-center study. Funct Neurol. 2004 Jul- Sep;19(3):197-202. PubMed PMID: 15595715.
- Martínez-Martín P, Raffaelli E Jr, Titus F, Despuig J, Fragoso YD, Díez-Tejedor E, Liaño H, Leira R, Cornet ME, van Toor BS, Cámara J, Peil H, Vix JM, Ortiz P; Co-operative Study Group. Efficacy and safety of metamizol vs. acetylsalicylic acid in patients with moderate episodic tension-type headache: a randomized, double-blind, placebo7- and active-controlled, multicentre study. Cephalalgia. 2001 Jun;21(5):604-10.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico2, antipirético11 e espasmolítico.
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos12 entre os quais há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-AA).
Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de prostaglandinas13 preferencialmente no sistema nervoso central14, dessensibilizacão dos nociceptores periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso central14 seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona inibiria uma outra isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.
Os efeitos analgésico2 e antipirético11 podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4 horas.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos12 não está completamente elucidada, mas as seguintes informações podem ser fornecidas:
Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-N-metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.
Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC15 para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC15 para MAA. Os metabólitos12 4- Nacetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os metabólitos12. São necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos12 apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo.
O grau de ligação às proteínas16 plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA. Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a dipirona. Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram excretadas na urina17 e fezes, respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos12 que são excretados na urina17, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após administração oral de dose única de 1 g de dipirona, o clearance renal18 foi de 5 mL ± 2 mL/min para MAA, 38 mL ± 13 mL/min para AA, 61 mL ± 8 mL/min para AAA, e 49 mL ± 5 mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.
Em pacientes idosos, a exposição (AUC15) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose19 hepática20, após administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
Os pacientes com insuficiência renal21 não foram extensivamente estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos12 (AAA e FAA) é reduzida.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade22 aguda: As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000 mg/kg de peso corporal
por via oral, aproximadamente 2300 mg de dipirona por kg de peso corporal ou 400 mg de MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os sinais23 de intoxicação foram sedação24, taquipneia25 e convulsões pré-morte.
Toxicidade22 crônica: As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150 mg/kg por dia) e cães (50 mg/kg de peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas. Foram realizados estudos de toxicidade22 oral crônica ao longo de um período de 6 meses em ratos e cães: doses diárias de até 300 mg de peso corporal/kg em ratos e até 100 mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais23 de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram alterações químicas do soro26 e hemossiderose27 no fígado28 e baço29, também foram detectados sinais23 de anemia30 e toxicidade22 da medula óssea31.
Mutagenicidade: Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto, estudos in vitro e in vivo com material específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial mutagênico.
Carcinogenicidade: Estudos de tempo de vida com dipirona em ratos e camundongos NMRI não mostraram efeitos cancerígenos.
Toxicidade22 reprodutiva: Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico32.
CONTRAINDICAÇÕES
DORILEN DIP não deve ser administrada a pacientes:
- Com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas ou a pirazolidinas (ex.: fenazona, propifenazona, isopropilaminofenazona, fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência prévia de agranulocitose33 com uma destas substâncias;
- Com função da medula óssea31 prejudicada (ex.: após tratamento citostático34) ou doenças do sistema hematopoiético35;
- Que tenham desenvolvido broncoespasmo36 ou outras reações anafilactoides (ex.: urticária37, rinite38, angioedema39) com analgésicos40 tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno;
- Com porfiria41 hepática20 aguda intermitente42 (risco de indução de crises de porfiria41);
- Com deficiência congênita43 da glicose44-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise45);
- Gravidez46 e lactação47 (vide “Advertências e Precauções – Gravidez46 e Lactação”).
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
Categoria de risco na gravidez46: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez46.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Agranulocitose33
Induzida pela dipirona é uma casualidade de origem imunoalérgica, durável por pelo menos 1 semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave e fatal. Não é dose dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Todos os pacientes devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais23 ou sintomas48, possivelmente relacionados à neutropenia49, ocorrerem: febre50, calafrios51, dor de garganta52, ulceração53 na cavidade oral54. Em caso de ocorrência de neutropenia49 (menos de 1500 neutrófilos55/mm3) o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.
Pancitopenia56
Em caso de pancitopenia56 o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma completa monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores. Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais23 e sintomas48 sugestivos de discrasias do sangue57 (ex.: mal-estar geral, infecção58, febre50 persistente, hematomas59, sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos contendo dipirona.
Choque anafilático60
Essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a dipirona deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia61 atópica ou asma62 (vide “Contraindicações”).
Reações cutâneas63 graves
Reações cutâneas63 com risco à vida, como síndrome64 de Stevens - Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica65 (NET) têm sido relatadas com o uso de dipirona. Se desenvolverem sinais23 ou sintomas48 de SSJ ou NET (tais como exantema66 progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões67 da mucosa68), o tratamento com a dipirona deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes devem ser avisados dos sinais23 e sintomas48 e acompanhados de perto para reações de pele69, particularmente nas primeiras semanas de tratamento.
Reações anafiláticas70/anafilactoides
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas70 graves relacionadas à dipirona (vide “Contraindicações”):
- Pacientes com síndrome64 da asma62 analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária37-angioedema39;
- Pacientes com asma62 brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa concomitante;
- Pacientes com urticária37 crônica;
- Pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando sintomas48 como espirros, lacrimejamento e rubor pronunciado da face71. A intolerância ao álcool pode ser indicativa da síndrome64 de asma62 analgésica prévia não diagnosticada;
- Pacientes com intolerância a corantes ou a conservantes (ex.: tartrazina e/ou benzoatos).
Antes da administração de dipirona, os pacientes devem ser questionados especificamente. Em pacientes que estão sob risco potencial para reações anafiláticas70, dipirona só deve ser administrada após cuidadosa avaliação dos possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se a dipirona for administrada em tais circunstâncias, é requerido que seja realizada sob supervisão médica e recursos para tratamento de emergência72 devem estar disponíveis.
Os pacientes que apresentaram uma reação anafilática73 ou outra reação imunológica a outras pirazolidas, pirazolidinas e outros analgésicos40 não narcóticos, também apresentam risco alto de responder de forma semelhante à dipirona.
Reações hipotensivas isoladas
A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide “Reações Adversas”). Essas reações são possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior probabilidade após administração parenteral.
Para evitar as reações hipotensivas graves desse tipo:
- Reverter a hemodinâmica74 em pacientes com hipotensão75 pré-existente, em pacientes com redução dos fluidos corpóreos ou desidratação76, ou com instabilidade circulatória ou com insuficiência77 circulatória incipiente;
- Deve-se ter cautela em pacientes com febre50 alta.
Nestes pacientes, a dipirona deve ser utilizada com extrema cautela e a administração de dipirona em tais circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica. Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação78) para reduzir o risco de reação hipotensiva.
A dipirona só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em pacientes nos quais a diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença cardíaca coronariana grave ou estenose79 dos vasos sanguíneos80 que irrigam o cérebro81.
A dipirona deve ser utilizada sob orientação médica em pacientes com insuficiência renal21 ou hepática20, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes (vide “Posologia e Modo de Usar”).
Lesão82 hepática20 induzida por drogas
Casos de hepatite83 aguda de padrão predominantemente hepatocelular foram relatados em pacientes tratados com dipirona com início de alguns dias a alguns meses após o início do tratamento. Os sinais23 e sintomas48 incluem enzimas hepáticas84 séricas elevadas com ou sem icterícia85, frequentemente no contexto de outras reações de hipersensibilidade a drogas (por exemplo, erupção86 cutânea87, discrasias sanguíneas, febre50 e eosinofilia88) ou acompanhadas por características de hepatite83 autoimune89. A maioria dos pacientes se recuperou com a descontinuação do tratamento com dipirona; entretanto, em casos isolados, foi relatada progressão para insuficiência hepática90 aguda com necessidade de transplante hepático.
O mecanismo de lesão82 hepática20 induzida por dipirona não está claramente elucidado, mas os dados indicam um mecanismo imuno-alérgico.
Os pacientes devem ser instruídos a entrar em contato com seu médico caso ocorram sintomas48 sugestivos de lesão82 hepática20. Nesses pacientes, a dipirona deve ser interrompido e a função hepática20 avaliada.
A dipirona não deve ser reintroduzido em pacientes com um episódio de lesão82 hepática20 durante o tratamento com dipirona para o qual nenhuma outra causa de lesão82 hepática20 foi determinada.
Gravidez46 e Lactação47
A dipirona atravessa a barreira placentária. Não existem evidências de que o medicamento seja prejudicial ao feto91: a dipirona não apresentou efeitos teratogênicos92 em ratos e coelhos, e fetotoxicidade foi observada apenas com doses elevadas que foram maternalmente tóxicas. Entretanto, não existem dados clínicos suficientes sobre o uso de dipirona durante a gravidez46.
Recomenda-se não utilizar dipirona durante os primeiros 3 meses da gravidez46. O uso de dipirona durante o segundo trimestre da gravidez46 só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo médico. A dipirona não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez46, uma vez que, embora a dipirona seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas13, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser excluída.
Lactação47: Os metabólitos12 da dipirona são excretados no leite materno. A lactação47 deve ser evitada durante e por até 48 horas após a administração de dipirona.
Populações especiais
Pacientes idosos: deve-se considerar a possibilidade das funções hepática20 e renal18 estarem prejudicadas.
Crianças: menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com dipirona. Este medicamento não é recomendada para menores de 15 anos.
Outros grupos de risco: vide “Contraindicações” e “Advertências”.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade de se concentrar e reagir é conhecido. Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades para se concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo risco em situações onde estas habilidades são de importância especial (ex.: operar carros ou máquinas), especialmente quando álcool foi consumido.
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outros analgésicos40 não narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas70 ou outras imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.: agranulocitose33) à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou pirazolidinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Indução farmacocinética de enzimas metabolizadoras
A dipirona pode induzir enzimas metabolizadoras, incluindo CYP2B6 e CYP3A4.
A co-administração de dipirona com substratos do CYP2B6 e/ou CYP3A4, como bupropiona, efavirenz, metadona, ciclosporina, tacrolimus ou sertralina, pode causar uma redução nas concentrações plasmáticas destes medicamentos.
Portanto, recomenda-se cautela quando dipirona e substrato de CYP2B6 e/ou CYP3A4 são administrados concomitantemente; a resposta clínica e/ou os níveis do medicamento devem ser seguidos de monitoramento terapêutico do medicamento.
valproato: A dipirona pode diminuir os níveis séricos de valproato quando coadministrado, o que pode resultar em eficácia potencialmente diminuída do valproato. Os prescritores devem monitorar a resposta clínica (controle das convulsões ou controle do humor) e considerar o monitoramento dos níveis séricos de valproato, conforme apropriado.
Adicionar dipirona ao metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade do metotrexato, particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando tomado concomitantemente. Portanto, esta combinação deve ser usada com cautela em pacientes que tomam ácido acetil salicílico em baixas doses para proteção cardiovascular.
Medicamento-alimentos: não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e dipirona.
Medicamento-exames laboratoriais: foram reportadas interferências em testes laboratoriais que utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis séricos de creatinina93, triglicérides94, colesterol95 HDL96 e ácido úrico) em pacientes utilizando dipirona.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger a luz e umidade.
Prazo de validade: DORILEN DIP 1 g possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido na cor branca, oblongo, biconvexo e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Tomar o comprimido com líquido (aproximadamente ½ a 1 copo), por via oral.
Posologia
Adultos e adolescentes acima de 15 anos: ½ a 1 comprimido até 4 vezes ao dia.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico2 ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima. A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico2 desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico2 de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.
Não há estudos dos efeitos de dipirona comprimidos administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Populações especiais
Em pacientes com insuficiência renal21 ou hepática20 recomenda-se que o uso de altas doses de DORILEN DIP seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose. Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal21 ou hepática20.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática20 e renal18 estarem prejudicadas.
Este medicamento não deve ser mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção: Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento). Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios cardíacos
Síndrome64 de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactoides. Engloba conceitos como infarto97 alérgico e angina98 alérgica).
Distúrbios do sistema imunológico99
A dipirona pode causar choque anafilático60, reações anafiláticas70/anafilactoides que podem se tornar graves com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após dipirona ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões sem complicações.
Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de dipirona ou horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a administração.
Normalmente, reações anafiláticas70/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas48 cutâneos ou nas mucosas100 (tais como: prurido101, ardor102, rubor, urticária37, edema103), dispneia104 e, menos frequentemente, doenças/sintomas48 gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas graves com urticária37 generalizada, angioedema39 grave (até mesmo envolvendo a laringe105), broncoespasmo36 grave, arritmias106 cardíacas, queda da pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque107 circulatório.
Em pacientes com síndrome64 da asma62 analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de crises asmáticas.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo108
Além das manifestações de mucosas100 e cutâneas63 de reações anafiláticas70/anafilactoides mencionadas acima, podem ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema66 e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson109 (reação alérgica110 grave, envolvendo erupção86 cutânea87 na pele69 e mucosas100) ou síndrome de Lyell111 ou Necrólise Epidérmica Tóxica65 (síndrome64 bolhosa rara e grave, caracterizada clinicamente por necrose112 em grandes áreas da epiderme113. Confere ao paciente aspecto de grande queimadura) (vide “Advertências e Precauções”). Devese interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos.
Distúrbios do sangue57 e sistema linfático114
Anemia30 aplástica, agranulocitose33 e pancitopenia56, incluindo casos fatais, leucopenia115 e trombocitopenia116. Estas reações são consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo após dipirona ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Os sinais23 típicos de agranulocitose33 incluem lesões67 inflamatórias na mucosa68 (ex.: orofaríngea117, anorretal, genital), inflamação118 na garganta52, febre50 (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto, em pacientes recebendo terapia com antibiótico, os sinais23 típicos de agranulocitose33 podem ser mínimos. A taxa de sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente. Os sinais23 típicos de trombocitopenia116 incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de petequeias na pele69 e membranas mucosas100.
Distúrbios vasculares119
Reações hipotensivas isoladas
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por mediação farmacológica e não acompanhadas por outros sinais23 de reações anafiláticas70/anafilactoides); em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea.
Distúrbios renais e urinários
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença renal18, pode ocorrer piora aguda da função renal18 (insuficiência renal21 aguda), em alguns casos com oligúria120, anúria121 ou proteinúria122. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite123 intersticial124 aguda.
Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina17. Isso pode ocorrer devido à presença do metabólito125 ácido rubazônico, em baixas concentrações.
Distúrbios gastrintestinais
Foram reportados casos de sangramento gastrintestinal.
Distúrbios hepatobiliares126
Lesão82 hepática20 induzida por medicamentos, incluindo hepatite83 aguda, icterícia85, aumento das enzimas hepáticas84 podem ocorrer com frequência desconhecida (vide “Advertências e Precauções”).
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Sintomas48
Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas127, vômito128, dor abdominal, deficiência da função renal18/insuficiência renal21 aguda (ex.: devido à nefrite123 intersticial124) e, mais raramente, sintomas48 do sistema nervoso central14 (vertigem129, sonolência, coma130, convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas vezes progredindo para choque107) bem como arritmias106 cardíacas (taquicardia131). Após a administração de doses muito elevadas, a excreção de um metabólito125 inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração avermelhada na urina17.
Tratamento
Não existe antídoto132 específico conhecido para dipirona. Em caso de administração recente, deve-se limitar a absorção sistêmica adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de desintoxicação, como lavagem gástrica133 ou aqueles que reduzem a absorção (ex.: carvão vegetal ativado). O principal metabólito125 da dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise134, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas48 procure orientação médica.
MS – 1.6773.0673
Farmacêutica Responsável: Dra. Maria Betânia Pereira CR-SP nº 37.788
Registrado por:
LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08
Bairro Chácara Assay
CEP: 13186-901 - Hortolândia (SP)
CNPJ: 05.044.984/0001-26
Indústria Brasileira
Fabricado por:
EMS S/A.
Hortolândia/SP
Ou
NOVAMED FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA.
Manaus/AM
Embalado por:
EMS S/A.
Hortolândia/SP
SAC 0800 050 06 00
