Preço de Exjade em São Paulo/SP: R$ 1.560,91

Bula do paciente Bula do profissional

Exjade
(Bula do profissional de saúde)

NOVARTIS BIOCIENCIAS S.A

Atualizado em 25/03/2024

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Exjade
deferasirox
Comprimidos para suspensão 125 mg, 250 mg e 500 mg

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Comprimidos para suspensão
Embalagens contendo 28 comprimidos

VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Exjade 125 mg contém:

deferasirox 125 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: lactose1 monoidratada, crospovidona, povidona, laurilsulfato de sódio, celulose microcristalina, dióxido de silício e estearato de magnésio.


Cada comprimido de Exjade 250 mg contém:

deferasirox 250 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: lactose1 monoidratada, crospovidona, povidona, laurilsulfato de sódio, celulose microcristalina, dióxido de silício e estearato de magnésio.


Cada comprimido de Exjade 500 mg contém:

deferasirox 500 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: lactose1 monoidratada, crospovidona, povidona, laurilsulfato de sódio, celulose microcristalina, dióxido de silício e estearato de magnésio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2

INDICAÇÕES

Exjade é indicado para o tratamento de sobrecarga crônica de ferro devido à transfusões de sangue3 (hemossiderose4 transfusional) em pacientes adultos e pediátricos (com 2 anos de idade ou mais).

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um estudo de fase III controlado, aberto e randomizado5 com comparador ativo para comparar Exjade e Desferal® (desferroxamina) foi conduzido em pacientes com beta-talassemia6 e hemossiderose4 transfusional. Pacientes com idade maior ou igual a 2 anos foram randomizados à razão de 1:1 para receber Exjade oral nas doses iniciais de 5, 10, 20 ou 30 mg/kg uma vez ao dia ou Desferal® (desferroxamina) subcutâneo7 nas doses iniciais de 20 a 60 mg/kg por pelo menos 5 dias por semana, baseados na concentração de ferro hepático (CHF) inicial (2 a 3, > 3 a 7, > 7 a 14 e > 14 mg de Fe/g de peso seco). Foi permitido que pacientes randomizados para desferroxamina que tiveram valores de CHF < 7 mg de Fe/g de peso seco continuassem em sua dose prévia de desferroxamina, mesmo que a dose fosse maior do que aquela estabelecida no protocolo.

A CHF foi avaliada no início da terapia e após 12 meses por biopsia8 hepática9 ou não invasivamente por susceptometria biomagnética. A taxa de sucesso, o desfecho primário de eficácia, foi definido com uma redução na CHF de ≥ 3 mg de Fe/g de peso seco para valores iniciais ≥ 10 mg de Fe/g de peso seco, redução de valores iniciais entre 7 e < 10 para < 7 mg de Fe/g de peso seco, ou manutenção ou redução para valores iniciais de < 7 mg de Fe/g de peso seco. Exjade seria declarado como não inferior à desferroxamina se o limite inferior do intervalo de confiança de 95% (two-sided) da diferença nas taxas de sucesso fosse acima de -15%.

No total, 586 pacientes foram randomizados. As características demográficas foram bem balanceadas. Entre os pacientes, 51% tinham < 16 anos de idade. As taxas globais de sucesso foram de 52,9% para Exjade e 66,4% para desferroxamina com uma diferença de -13,5 nas taxas de sucesso e um IC de 95% de [-21,6 a -5,4]. A não inferioridade à desferroxamina não foi atingida porque o limite inferior do IC foi abaixo de -15%. Isto foi atribuído ao desequilíbrio da dose estabelecida no protocolo em relação à dose real nas duas coortes de doses mais baixas do braço da desferroxamina (Tabela 1). No entanto, a não inferioridade foi demonstrada no grupo de pacientes com níveis iniciais de CHF ≥ 7 mg de Fe/g de peso seco que foram alocados para grupos de doses maiores (doses de Exjade de 20 ou 30 mg/kg e doses de desferroxamina ≥ 5 mg/kg). As taxas de sucesso com Exjade e desferroxamina foram de 58,6% e 58,9%, respectivamente, e o limite inferior do IC de 95% (-10,2%) foi acima do limite de não inferioridade de -15%.

Em pacientes com CHF ≥ 7 mg de Fe/g de peso seco que foram tratados com Exjade 20 a 30 mg/kg por dia foi observada uma redução estatisticamente significativa na CHF inicial (-5,3 ± 8,0 mg de Fe/g de peso seco, p < 0,001, teste t) que não foi estatisticamente diferente da desferroxamina (-4,3 ± 5,8 mg de Fe/g de peso seco, p = 0,367). Os efeitos doses-dependentes na ferritina sérica e na razão de ferro excretado/recebido nas doses de Exjade de 5 a 30 mg/kg também foram observados (Tabela 1).

Tabela 1 - Razão de ferro excretado/recebido e mudança nos níveis de ferritina sérica no início e com 1 ano de tratamento no estudo de eficácia primária

Dose recomendada no protocolo (mg/kg/dia)

Dose real prescrita (mg/kg/dia)

Proporção de ferro excretado/recebido

Níveis de ferritina sérica (µg/L).
Mudança média a partir da inicial ± SD

Exjade

desferroxamina

Exjade

desferroxamina

Média Exjade ± SD
(n)

Média desferroxamina ± SD
(n)

Média Exjade ± SD
(n)

Média desferroxamina ± SD
(n)

5

20–30

6,2 ± 1,6

33,9 ± 9,9

0,58 ± 0,328
(15)

0,95 ± 0,101
(13)

+1189 ± 700
(15)

+211 ± 459
(13)

10

25–35

10,2 ± 1,2

36,7 ± 9,2

0,67 ± 0,365
(68)

0,98 ± 0,217
(75)

+833 ± 817
(73)

+32 ± 585
(77)

20

35–50

19,4 ± 1,7

42,4 ± 6,6

1,02 ± 0,398
(77)

1,13 ± 0,241
(87)

-36 ± 721
(80)

-364 ± 614
(89)

30

≥ 50

28,2 ± 3,5

51,6 ± 5,8

1,67 ± 0,716
(108)

1,44 ± 0,596
(98)

-926 ± 1416
(115)

1003 ± 1428
(101)

Um segundo estudo de fase II, aberto e não comparativo, de eficácia e segurança de Exjade administrado por um ano para pacientes10 com anemias crônicas e hemossiderose4 transfusional não tratáveis com desferroxamina também foi conduzido. Os pacientes receberam 5, 10, 20 ou 30 mg/kg por dia de Exjade baseados na CHF inicial. O objetivo principal foi demonstrar uma taxa de sucesso significativamente maior do que 50% com Exjade.

Um total de 184 pacientes foram tratados neste estudo: 85 pacientes com beta-talassemia6 e 99 pacientes com outras anemias congênitas11 ou adquiridas (síndromes mielodisplásicas, n = 47; síndrome12 de Blackfan-Diamond, n = 30; outras, n = 22). Entre os pacientes, 19% tinham < 16 anos e 16% tinham > 65. Trinta e sete pacientes não receberam terapia prévia de quelação. Na população total, a taxa de sucesso (50,5%) não foi estatisticamente maior do que 50%. Isto foi atribuído ao fato que as doses de 5 e 10 mg/kg foram insuficientes para a taxa de ferro que estava sendo recebido por transfusões sanguíneas. No entanto, em pacientes com CHF > 7 mg de Fe/g de peso seco para os quais a CHF inicial e ao final do estudo estavam disponíveis e que receberam Exjade 20 a 30 mg/kg por dia, a taxa de sucesso foi 58,5% [p = 0,022 (50,3; 66,6)] e houve uma redução estatisticamente significativa na CHF absoluta do início ao final do estudo (- 5,5 ± 7,4 mg de Fe/g de peso seco, p < 0,001, teste t). Houve também um efeito dose-dependente na ferritina sérica e na razão de ferro excretado/recebido nas doses de 5 a 30 mg/kg por dia.

Um terceiro estudo foi conduzido em pacientes com doença falciforme e hemossiderose4 transfusional. Este estudo foi um estudo de fase II, aberto, randomizado5, de segurança e eficácia de Exjade comparado à desferroxamina, administrados por um ano. Os pacientes foram randomizados para Exjade nas doses de 5, 10, 20 ou 30 mg/kg por dia ou desferroxamina subcutânea13 nas doses de 20 a 60 mg/kg por dia por 5 dias por semana de acordo com a CHF inicial. Um total de 195 pacientes foram tratados no estudo: 132 com Exjade e 63 com desferroxamina. 44% dos pacientes tinham < 16 anos e 91% eram negros. No final do estudo, a mudança média na CHF na população per protocolo-1 (PP- 1), que consistiu de pacientes que tiveram pelo menos uma avaliação de CHF após o início do estudo, foi -1,3 mg de Fe/g de peso seco para pacientes10 recebendo Exjade (n = 113) e -0,7 mg de Fe/g de peso seco para pacientes10 recebendo desferroxamina (n = 54).

Um subestudo cardíaco foi conduzido como parte de um estudo de fase IV. O subestudo cardíaco foi de um ano, de braço único, aberto e prospectivo14, e incluíram duas coortes de pacientes beta-talassêmicos com sobrecarga de ferro grave com valores de fração de ejeção de ventrículo esquerdo (LVEF) > 56%. Foram estudados 114 pacientes com valores iniciais de T2* > 5 a < 20 ms, indicando siderose miocárdica (coorte15 de tratamento) e 78 pacientes com T2*cardíaco > 20 ms, indicando depósito de ferro cardíaco sem significância clínica (coorte15 de prevenção). Na coorte15 de tratamento, a dose inicial de deferasirox foi 30 mg/kg/dia, com escalonamento até o máximo de 40 mg/kg/dia. Na coorte15 de prevenção, a dose inicial foi 20-30 mg/kg/dia, com escalonamento até o máximo de 40 mg/kg/dia. O objetivo principal do subestudo cardíaco foi a mudança no T2* em um ano. Na coorte15 de tratamento, o T2* (média geométrica ± coeficiente de variação) aumentou significativamente do valor inicial de 11,2 ms ± 40,5% para 12,9 ms ± 49,5%, representando uma melhora significativa de 16% (p < 0,0001). Na coorte15 de tratamento, foi observada melhora no T2* em 69,5% dos pacientes e estabilização de T2* em 14,3% dos pacientes. A LVEF permaneceu estável e dentro da variação normal: 67,4 ± 5,7% a 67,1 ± 6,0%. Na coorte15 de prevenção, o T2* cardíaco permaneceu dentro da faixa normal e não mudou do valor inicial de 32,0 ms ± 25,6% a 32,5 ms ± 25,1% (+2%; p = 0,565), indicando que o tratamento diário com deferasirox pode prevenir sobrecarga de ferro cardíaca em pacientes com beta-talassemia6 com história de exposição transfusional alta e regular, e com transfusões em andamento.

Pacientes na coorte15 de tratamento do estudo de 1 ano tiveram a opção de participar em duas extensões de 1 ano. Durante o período de 3 anos de tratamento, houve melhora estatisticamente significativa (p < 0,0001), progressiva e clinicamente relevante na média geométrica do T2* cardíaco a partir do inicial no geral, no subgrupo com sobrecarga de ferro grave, o qual está associado a alto risco de insuficiência cardíaca16 (T2* > 5 a < 10 ms), e no subgrupo com sobrecarga de ferro leve a moderada (T2* 10 a < 20 ms) (Tabela 2). Usando a taxa da média geométrica, o aumento de T2* foi de 43% acima do inicial em todos os pacientes, 37% acima do inicial no subgrupo de T2* > 5 a < 10 ms, e 46% acima do inicial no subgrupo de T2* 10 a < 20 ms). O tratamento contínuo com Exjade por até 3 anos em doses > 30 mg/kg/dia reduziu efetivamente o ferro cardíaco em pacientes com talassemia6 maior com siderose miocárdica, como mostrado pelo número de pacientes que tiveram seus T2* normalizados ou melhorados a uma categoria associada a menor risco de insuficiência cardíaca16 (Tabela 3).

Tabela 2. Média Geométrica de T2* (ms) no início e no final dos anos 1, 2 e 3

Subgrupo inicial de T2* cardíaco

Início
(Ano 0)

Fim do estudo inicial
(Ano 1)

Fim da E1
(Ano 2)

Fim da E2
(Ano 3)

Geral

11,20 (n = 105)

1312,9 (n = 105)
(p < 0,0001)

14,79 (n = 95)
(p < 0,0001)

17,12 (n = 68)
(p < 0,0001)

T2* > 5 a < 10 ms

7,39 (n = 41)

8,15 (n = 41)

8,71 (n = 35)

10,53 (n = 24)

T2* 10 a < 20 ms

14,62 (n = 64)

17,39 (n = 64)

20,13 (n = 60)

22,32 (n = 44)

E1 = Final da primeira extensão de 1 ano
E2 = Final da segunda extensão de 1 ano

Tabela 3. Tabela de transição do T2* cardíaco inicial até o fim da E2 (ano 3)

Subgrupo inicial de T2* cardíaco

Início n (%)

< 5 ms n (%)

5 - < 10 ms n (%)

10 - < 20 ms n (%)

≥ 20 ms n (%)

Faltantes n (%)

> 5 - < 10 ms
(n = 39)

39
(100,0)

1
(2,6)

18
(46,2)

15
(38,5)

1
(2,6)

4
(10,3)

10 - < 20 ms
(n = 62)

62
(100,0)

 

4
(6,5)

16
(25,8)

40
(64,5)

2
(3,2)

Todos os pacientes
(n = 101)

101 (100,0)

1
(1,0)

22
(21,8)

31
(30,7)

41
(40,6)

6
(5,9)

Referências Bibliográficas

  1. Report CICL670A0107, A randomized, comparative, open-label phase III trial on efficacy and safety of long-term treatment with ICL670 (5 to 40 mg/kg/day) in comparison with deferoxamine (20 to 60 mg/kg/day) in β-thalassemia patients with transfusional hemosiderosis, 5, 5.3.5.1, 5100.
  2. Report CICL670A0108, A multi-center, open-label, non-comparative, phase II trial on efficacy and safety of ICL670 (5 - 40 mg/kg/day) given for at least 1 year to patients with chronic anemias and transfusional hemosiderosis unable to be treated with deferoxamine, 5, 5.3.5.2, 2878.
  3. Report CICL670A0109 interim report, A randomized, multicenter, open label, phase Il study to evaluate the safety, tolerability, pharmacokinetics and the effects on liver iron concentration of repeated doses of 10 mg/kg/day of ICL670 relative to deferoxamine in sickle cell disease patients with transfusional hemosiderosis, 5, 5.3.5.1, 14165.
  4. Report CICL670A0109 – A randomized, multicenter, open label, phase Il study to evaluate the safety, tolerability, pharmacokinetics and the effects on liver iron concentration of repeated doses of 10 mg/kg/day of ICL670 relative to deferoxamine in sickle cell disease patients with transfusional hemosiderosis. 21 Dec 05.
  5. Clinical Expert Statement on Exjade (deferasirox) - Cardiac Data (cardiac sub-study – CICL670A2409). Novartis Pharmaceuticals Corporation, East Hanover, New Jersey, USA. 27 Apr 09.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo farmacoterapêutico: agente quelante de ferro, código ATC V03AC03.

Mecanismo de ação

O deferasirox é um quelante ativo oral que é altamente seletivo para ferro (III). É um agente tridentado que se liga ao ferro com alta afinidade na proporção 2:1. O deferasirox promove excreção de ferro, principalmente nas fezes. O deferasirox tem uma baixa afinidade por zinco e cobre, não alterando os níveis séricos destes metais.

FARMACODINÂMICA

Em um estudo de balanço metabólico de ferro em pacientes adultos talassêmicos com sobrecarga de ferro, Exjade em doses diárias de 10, 20 e 40 mg/kg induziu média de excreção líquida de 0,119; 0,329 e 0,445 mg de Fe/kg de peso corpóreo por dia, respectivamente.

Exjade foi investigado em pacientes adultos e pediátricos (com 2 anos de idade ou mais) com sobrecarga crônica de ferro devido à transfusões sanguíneas. As condições clínicas que requeriam transfusão17 foram beta-talassemia6, anemia falciforme18 e outras anemias congênitas11 e adquiridas (síndromes mielodisplásticas, síndrome12 de Blackfan-Diamond, anemia19 aplástica e outras anemias raras).

O tratamento diário com Exjade nas doses de 20 e 30 mg/kg por um ano em pacientes adultos e pediátricos politransfundidos com beta-talassemia6 levou a reduções em indicadores de ferro corpóreo total; a concentração de ferro hepático foi reduzida em aproximadamente -0,4 e -8,9 mg de Fe/g de tecido20 hepático (peso seco da biópsia8) em média, respectivamente, e a ferritina sérica foi reduzida em aproximadamente -36 e -926 micrograma/L em média, respectivamente. Nestas mesmas doses, as razões de excreção de ferro: consumo de ferro foram de 1,02 (indicando balanço líquido de ferro) e 1,67 (indicando remoção líquida de ferro), respectivamente. Exjade induziu respostas similares em pacientes com sobrecarga de ferro devido a outras anemias. Doses diárias de 10 mg/kg por um ano mantiveram os níveis de ferro hepático e de ferritina sérica e induziram o balanço líquido de ferro em pacientes recebendo transfusões eventuais ou transfusão17 de troca de hemácias21 (vide “Posologia e Modo de usar”). A ferritina sérica avaliada mensalmente refletiu as mudanças na concentração de ferro hepático, indicando que tendências na ferritina sérica podem ser usadas para monitorar a resposta à terapia.

Em pacientes com acúmulo cardíaco de ferro (MRI T2* < 20 ms), o tratamento com Exjade mostrou remover o ferro cardíaco, demonstrado por melhora progressiva nos valores de T2* durante 3 anos de observação. Em pacientes sem acúmulo cardíaco, Exjade mostrou prevenir o acúmulo cardíaco de ferro de modo clinicamente relevante (manutenção de T2* > 20 ms) durante 1 ano de observação, embora houvesse significante exposição a transfusões sanguíneas.

FARMACOCINÉTICA

Absorção: O deferasirox é absorvido após administração oral com um tempo mediano para a concentração plasmática máxima (tmáx) de aproximadamente 1,5 a 4 horas. A biodisponibilidade absoluta (AUC22) do deferasirox de Exjade comprimidos é de aproximadamente 70% comparada a uma dose intravenosa. A exposição total (AUC22) foi aproximadamente dobrada quando administrado junto com um desjejum gorduroso (conteúdo de gordura23 > 50% das calorias24), e por aproximadamente 50% quando administrado junto com um desjejum convencional. A biodisponibilidade (AUC22) do deferasirox foi moderadamente elevada (aproximadamente 13 a 25%) quando administrado 30 minutos antes das refeições com conteúdo normal ou alto de gordura23. A exposição total (AUC22) do deferasirox após administração dos comprimidos para suspensão em suco de laranja ou maçã foi equivalente à exposição total (AUC22) obtida após administração dos comprimidos de deferasirox dispersos na água (razões relativas de AUC22 foram de 103% e 90%, respectivamente).

Distribuição: O deferasirox tem alta afinidade por proteínas25 plasmáticas (99%), quase exclusivamente pela albumina26 sérica, e tem um pequeno volume de distribuição, de aproximadamente 14 L em adultos.

Biotransformação: A glucuronidação é a principal via de metabolização do deferasirox, com subsequente excreção biliar. Parece ocorrer desconjugação de glucuronidatos no intestino e subsequente reabsorção (ciclo entero-hepático). O deferasirox é glucuronizado principalmente por UGT1A1 e, em um menor grau, por UGT1A3. O metabolismo27 oxidativo via CYP450 parece ter importância menor no metabolismo27 do deferasirox em humanos (8%). Não foi observada inibição do metabolismo27 in vitro do deferasirox por hidroxiureia. O deferasirox sofre reciclagem entero-hepática9. Em estudo com voluntários sadios, a administração de colestiramina após uma dose única de deferasirox resultou em diminuição de 45% na exposição (AUC22) de deferasirox.

Eliminação: O deferasirox e seus metabólitos28 são excretados principalmente nas fezes (84% da dose). A excreção renal29 do deferasirox e de seus metabólitos28 é mínima (8% da dose). A média da meia-vida de eliminação (t1/2) variou de 8 a 16 horas.

Linearidade/não linearidade: A Cmáx e a AUC0-24h do deferasirox aumentam de forma linear com doses abaixo das condições em estado de equilíbrio. A exposição em múltiplas dosagens aumentou linearmente a Cmáx com um fator de acúmulo de 1,3 a 2,3.

Populações especiais

Pacientes pediátricos: A exposição total em adolescentes (12 a < 17 anos) e crianças (2 a < 12 anos) ao deferasirox após doses únicas ou múltiplas, foi menor do que em pacientes adultos. Em crianças menores de 6 anos, a exposição à droga é aproximadamente 50% menor do que em adultos. Como a dosagem é individualmente ajustada de acordo com a resposta à terapia, não são esperadas consequências clínicas.

Sexo: Mulheres têm um clearance (depuração) discretamente menor (aproximadamente 17,5%) para deferasirox comparadas aos homens. Como a dosagem é individualmente ajustada de acordo com a resposta à terapia, não são esperadas consequências clínicas.

Pacientes idosos: A farmacocinética do deferasirox não foi estudada em pacientes idosos (com 65 anos ou mais).

Insuficiência renal30 e hepática9A farmacocinética do deferasirox não foi estudada em pacientes com insuficiência renal30. A AUC22 média de deferasirox em 6 indivíduos com insuficiência hepática31 leve (Child-Pugh A) aumentou 16% em relação àquela encontrada em 6 indivíduos com função hepática9 normal, enquanto que a AUC22 média de deferasirox em 6 indivíduos com insuficiência hepática31 moderada (Child-Pugh B) aumentou 76% em relação ao encontrado em 6 indivíduos com função hepática9 normal. A Cmáx média de deferasirox em indivíduos com disfunção hepática9 leve ou moderada aumentou 22% em relação ao encontrado em indivíduos com função hepática9 normal. O impacto da insuficiência hepática31 grave (Child- Pugh C) foi avaliado em apenas um indivíduo (vide “Posologia e modo de usar” e “Advertências e Precauções”).

A farmacocinética do deferasirox não foi influenciada por níveis de transaminases hepáticas32 até 5 vezes o limite superior para a idade.

Dados de segurança pré-clínicos

Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para pacientes10 com sobrecarga de ferro, baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade33 de dose repetida, genotoxicidade ou potencial carcinogênico. Os principais achados foram toxicidade33 renal29 e opacidade do cristalino34 (catarata35). Achados similares foram observados em animais neonatos36 e jovens. A toxicidade33 renal29 é considerada principalmente devido à privação de ferro em animais que não tinham, previamente, sobrecarga de ferro. (vide “Gravidez, lactação37, mulheres e homens com potencial reprodutivo”)

CONTRAINDICAÇÕES

Exjade é contraindicado quando o clearance (depuração) de creatinina38 é < 40 mL/min ou a creatinina38 sérica > 2 vezes o limite superior da normalidade na idade apropriada.

Em pacientes com síndrome12 mielodisplásica (SMD) de alto risco e pacientes com outras malignidades hematológicas e não hematológicas, nos quais não se esperam benefícios da terapia de quelação devido à rápida progressão da doença.

Exjade é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes da fórmula.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Advertências

A decisão de remover a sobrecarga de ferro deve ser individualizada e baseada nos riscos e benefícios clínicos antecipados da terapia de quelação (vide “Posologia e modo de usar”).

Deve-se ter cautela ao ser usado em pacientes idosos devido à maior frequência de reações adversas.

Insuficiência Renal30

Aumentos não progressivos na creatinina38 sérica foram observados em alguns pacientes tratados com Exjade, geralmente dentro da variação normal. Isto foi observado em pacientes adultos e pediátricos com sobrecarga de ferro durante o primeiro ano de tratamento. Um estudo que avaliou a função renal29 de pacientes incluídos nos estudos de registro até 13 anos depois, confirmou a natureza não progressiva dessas observações de creatinina38 sérica. Casos de insuficiência renal30 aguda foram relatados após a comercialização de Exjade (vide “Reações adversas”). Embora a relação causal com Exjade não pôde ser estabelecida, houve casos raros de insuficiência renal30 aguda que necessitaram de diálise39 ou com desfecho fatal.

É recomendado que a creatinina38 sérica e/ou o clearance (depuração) de creatinina38 sejam avaliados em duplicata antes de iniciar a terapia e seguida mensalmente durante o tratamento.

Pacientes com condições renais pré-existentes, ou pacientes que estejam recebendo medicamentos que possam deprimir a função renal29 podem ter maior risco de complicações. Portanto, a creatinina38 sérica e/ou o clearance de creatinina38 devem ser monitorados semanalmente no primeiro mês após início ou modificação da terapia, e mensalmente durante o tratamento. Deve-se ter cautela ao ser usado em pacientes com clearance (depuração) de creatinina38 entre 40 e 60 mL/min, particularmente nos casos em que há fatores de risco adicionais que possam comprometer a função renal29, tais como medicações concomitantes, desidratação40, ou infecções41 graves.

Tubulopatia renal29 foi relatada em pacientes tratados com Exjade. A maioria destes pacientes eram crianças e adolescentes com beta-talassemia6 e níveis de ferritina sérica < 1.500 micrograma/L.

A redução ou interrupção da dose pode ser considerada caso ocorram anormalidades nos níveis de marcadores da função tubular renal29 e/ou como indicado clinicamente.

Exames de proteinúria42 devem ser realizados mensalmente.

Deve-se ter cuidado para manter hidratação adequada em pacientes que apresentem diarreia43 ou vômito44.

Para pacientes10 adultos, a dose diária de Exjade pode ser reduzida para 10 mg/kg se um aumento não progressivo na creatinina38 sérica maior que 33% acima da média das medidas pré-tratamento for detectado em duas consultas consecutivas, e não puder ser atribuído a outras causas (vide “Posologia e modo de usar”). Para pacientes10 pediátricos, a dose deve ser reduzida para 10 mg/kg se os níveis da creatinina38 sérica aumentarem acima do limite superior da normalidade para a idade em duas consultas consecutivas.

Se houver um aumento progressivo na creatinina38 sérica, além do limite superior para a idade, Exjadedeve ser interrompido. A terapia com Exjade deve ser reiniciada dependendo das circunstâncias clínicas individuais.

As recomendações para o monitoramento da função renal29 estão resumidas na Tabela 4.

Tabela 4. Recomendações para o monitoramento da função renal29

 

Creatinina38 sérica

 

Clearance de creatinina38

Antes do início da terapia

Duas vezes (2x)

e/ou

Duas vezes (2x)

Contraindicado

>2 vezes do LSN* apropriado para a idade

ou

<40 mL/min

Monitoramento

Mensalmente

e/ou

Mensalmente

Para pacientes10 com condições renais pré-existentes, ou pacientes que estão recebendo medicamentos que podem deprimir a função renal29, pois podem ter mais risco de complicações.

No primeiro mês após o início ou modificação da terapia, o monitoramento deve ser:

Semanalmente

e/ou

Semanalmente

Redução da dose diária de 10 mg/kg/dia (Exjade comprimidos para suspensão)

Se os seguintes parâmetros renais forem observados em duas visitas consecutivas e não puderem ser atribuídos a outras causas:

Pacientes adultos

>33% acima da média de pré- tratamento (aumento não progressivo)

 

 

Pacientes pediátricos

> LSN* apropriado para a idade

 

 

Após a redução da dose, interromper o tratamento, se:

Pacientes adultos e pediátricos

Aumento progressivo da creatinina38 sérica além do limite superior do normal

 

 

*LSN: limite superior do normal

Insuficiência Hepática31

Exjade não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática31 grave (Child-Pugh C) (vide “Posologia e modo de usar” e “Farmacocinética - Populações Especiais”).

O tratamento com Exjade foi iniciado somente em pacientes com níveis de transaminases hepáticas32 até 5 vezes o limite superior da normalidade para a idade. A farmacocinética do deferasirox não foi influenciada por tais níveis de transaminase. O deferasirox é eliminado principalmente por glucuronidação e é minimamente (aproximadamente 8%) metabolizado pelas enzimas oxidativas do citocromo P450 (vide “Farmacocinética”).

Embora incomuns (0,3%), foram observadas, em estudos clínicos, elevações de transaminases maiores que 10 vezes o limite superior da normalidade, sugerindo hepatite45. Houve relatos, pós-comercialização, de falência hepática9 em pacientes tratados com Exjade. A maioria dos relatos de falência hepática9 envolveram pacientes com comorbidades46 significativas incluindo cirrose47 hepática9 e falência múltipla de órgãos; casos fatais foram relatados em alguns destes pacientes (vide “Reações adversas”). É recomendado que as transaminases séricas, bilirrubina48 e fosfatase alcalina49 sejam monitoradas antes do início do tratamento, a cada 2 semanas durante o primeiro mês e depois mensalmente. Se houver um aumento persistente e progressivo nos níveis de transaminases séricas que não possa ser atribuído a outras causas, Exjade deve ser interrompido. Uma vez que a causa dos testes anormais de função hepática9 sejam esclarecidos ou após retorno aos níveis normais, deve-se ter cautela ao reiniciar o tratamento com Exjade em uma dose menor, seguida de um escalonamento gradual de dose.

Este medicamento pode causar hepatotoxicidade50. Por isso, requer uso cuidadoso, sob vigilância médica estrita e acompanhado por controles periódicos da função hepática9, antes do início do tratamento, a cada duas semanas durante o primeiro mês e então mensalmente.

Distúrbios sanguíneos

Após o início da comercialização, houve relatos (ambos espontâneos e de estudos clínicos) de citopenias em pacientes tratados com Exjade. A maioria destes pacientes tinham distúrbios hematológicos pré-existentes, que são frequentemente associados à falência medular (vide “Reações adversas”). A relação destes episódios ao tratamento com Exjade é incerta. De acordo com a prática clínica e o padrão de tais distúrbios hematológicos, contagens sanguíneas devem ser avaliadas regularmente. Em pacientes que desenvolvam citopenia de forma inexplicada, deve-se considerar a interrupção do tratamento com Exjade. A reintrodução da terapia com Exjade pode ser considerada, uma vez que a causa da citopenia seja elucidada.

Distúrbios Gastrintestinais

Podem ocorrer irritações gastrintestinais (GI) durante o tratamento com Exjade. Foram relatadas ulcerações51 gastrintestinais superiores e hemorragia52 em pacientes recebendo Exjade, inclusive em crianças e adolescentes. Houve raros relatos de hemorragias53 GI fatais, especialmente em pacientes idosos que tinham malignidades hematológicas avançadas e/ou contagem baixa de plaquetas54. Em alguns pacientes foram observadas úlceras55 múltiplas (vide “Reações adversas”). Médicos e pacientes devem ficar atentos aos sinais56 e sintomas57 de ulcerações51 GI e hemorragias53 durante a terapia com Exjade e, se houver suspeita de um evento adverso GI grave, deve-se iniciar avaliação adicional e tratamento prontamente. Houve relatos de úlceras55 complicadas com perfuração gastrintestinal (incluindo desfecho fatal).

Deve-se ter cautela em pacientes que estejam tomando Exjade em combinação com drogas que são conhecidas como ulcerogênicas potenciais, tais como AINEs, corticosteroides, ou bisfosfonatos orais, em pacientes que estejam recebendo anticoagulantes58 (vide “Interações medicamentosas”), e em pacientes com contagem plaquetária < 50 x 109/L.

Reações de hipersensibilidade

Casos raros de reações graves de hipersensibilidade (tais como anafilaxia59 e angioedema60) foram relatados em pacientes recebendo Exjade, com o começo da reação ocorrendo, na maioria dos casos, dentro do primeiro mês de tratamento (vide “Reações adversas”). No caso de reações graves, Exjade deve ser descontinuado e intervenções médicas apropriadas devem ser instituídas. Exjade não deve ser reintroduzido em pacientes que sofreram reações de hipersensibilidade anteriores com deferasirox, devido ao risco de choque anafilático61.

Distúrbios de pele62

Foram relatadas reações adversas cutâneas63 graves (RCGA), incluindo síndrome de Stevens-Johnson64, necrólise epidérmica tóxica65 (NET) e reação medicamentosa com eosinofilia66 e sintomas57 sistêmicos67 (DRESS), as quais podem cursar com risco de morte ou ser fatais. Pacientes devem ser avisados sobre os sinais56 e sintomas57 de reações cutâneas63 graves adversas e ser monitorados de perto. Se houver suspeita de RCGA , Exjade deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser reintroduzido.

Casos raros de eritema multiforme68 foram relatados durante o tratamento com Exjade.

Erupções cutâneas63 (rash69) podem aparecer durante o tratamento com Exjade. Para os casos de erupções cutâneas63 (rash69) de severidade leve ou moderada, Exjade deve ser continuado sem ajuste de dose, uma vez que a erupção70 cutâneas63 (rash69) frequentemente se resolve espontaneamente. Para erupções cutâneas63 (rash69) mais graves, onde a interrupção do tratamento pode ser necessária, Exjade pode ser reintroduzido após resolução da erupção70 cutâneas63 (rash69) em uma dose menor, seguida por escalonamento gradual de dose.

Visão71 e audição

Distúrbios auditivos (diminuição de audição) e oculares (opacidade de cristalino34) foram reportados com o tratamento com Exjade (vide “Reações adversas”). Testes auditivos e oftalmológicos (incluindo fundoscopia) são recomendados antes do início do tratamento com Exjade e em intervalos regulares durante a terapia (a cada 12 meses). A redução ou interrupção da dose pode ser considerada, se estes distúrbios forem observados.

Outras considerações

É recomendado que a ferritina sérica seja dosada todo mês para avaliação da resposta do paciente à terapia (vide “Posologia”). Em pacientes nos quais o nível de ferritina sérica atingiu o valor desejado (normalmente entre 500 e 1.000 microgramas/L), reduções de dose em etapas de 5 a 10 mg/kg devem ser consideradas para manter os níveis de ferritina sérica dentro da faixa alvo. Se a ferritina sérica cair consistentemente abaixo de 500 µg/L, a interrupção do tratamento deve ser considerada.

Assim como com outros quelantes de ferro, o risco de toxicidade33 de Exjade pode ser aumentado quando doses mais altas são administradas inapropriadamente a pacientes com baixa sobrecarga de ferro ou com níveis de ferritina sérica que estejam levemente elevados.

O monitoramento mensal da ferritina sérica é recomendado para avaliar a resposta do paciente à terapia e evitar a superquelação. Recomenda-se monitoramento mais rigoroso dos níveis séricos de ferritina, bem como da função renal29 e hepática9, durante os períodos de tratamento com doses elevadas e quando os níveis de ferritina sérica estiverem próximos do intervalo-alvo. A redução da dose pode ser considerada para evitar a superquelação (vide “Posologia e Modo de Usar”). Exjade não foi associado com retardo no crescimento de crianças seguidas por até 5 anos em estudos clínicos com comprimidos para suspensão. Entretanto, como uma medida geral de precaução, o peso corpóreo e o crescimento longitudinal em pacientes pediátricos podem ser monitorados em intervalos regulares (a cada 12 meses).

Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento

Os comprimidos contêm LACTOSE1 (1,1 mg de lactose1 para cada mg de deferasirox). Este medicamento não é recomendado para pacientes10 com problemas hereditários raros de intolerância à galactose72, de deficiência grave de lactase ou de má absorção de glicose73-galactose72.

Atenção: contém 129,110 mg de LACTOSE1 por comprimido para suspensão (no caso de Exjade 125 mg), 258,221 mg de LACTOSE1 por comprimido para suspensão (no caso de Exjade 250 mg) e 514,442 mg de LACTOSE1 por comprimido para suspensão (no caso de Exjade 500 mg). Este medicamento não deve ser usado por pessoas com síndrome12 de má-absorção de glicose73-galactose72.

Gravidez74 e Lactação37

Não estão disponíveis dados clínicos em mulheres grávidas expostas a deferasirox. Estudos em animais têm demonstrado alguma toxicidade33 reprodutiva em doses tóxicas para as mães (vide “Dados de segurança pré-clínicos”). O risco potencial para humanos não é conhecido.

Como uma precaução, é recomendado que Exjade não seja usado durante a gravidez74, a menos que claramente necessário.

Exjade enquadra-se na categoria C de risco na gravidez74 – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais75 no feto76, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez74.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não se sabe se o deferasirox é transferido para o leite humano.

Em estudos em animais, deferasirox foi demonstrado ser rápido e extensivamente transferido para o leite materno. Não foram observados efeitos na prole com doses não tóxicas de deferasirox para as mães. A lactação37 não é recomendada durante o tratamento com Exjade.

Dados em animais

O potencial de toxicidade33 para a reprodução77 foi avaliado em ratos e coelhos.

Estes estudos mostraram que deferasirox não foi teratogênico78 em ratos ou coelhos, mas causou aumento da frequência de variações esqueléticas e de ratos nascidos mortos com altas doses que foram altamente tóxicas para a mãe não sobrecarregada com ferro.

O deferasirox não causou outros efeitos na fertilidade ou reprodução77.

Mulheres e homens com potencial reprodutivo

Contracepção79Deve-se ter precaução quando deferasirox for combinado com agentes contraceptivos hormonais que são metabolizados pela CYP3A4 devido a uma possível diminuição na eficácia dos agentes contraceptivos (vide “Interações medicamentosas”).

Infertilidade80Exjade não afetou a fertilidade ou reprodução77 em estudos com ratos mesmo em doses tóxicas.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Não foram realizados estudos para avaliação dos efeitos de Exjade sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas. Pacientes que apresentaram tontura81, uma reação adversa incomum, devem ter cuidado ao dirigir veículos ou operar máquinas.

Incompatibilidade

A dispersão em bebidas gaseificadas ou leite não é recomendada devido à formação de espuma e lenta dispersão, respectivamente.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Agentes que podem diminuir a exposição sistêmica ao Exjade

Em estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Exjade (dose única de 30 mg/kg, comprimidos para suspensão) e rifampicina, potente indutor de UDP-glucorosiltransferase (UGT) (dose repetida de 600 mg/dia) resultou em diminuição da exposição de deferasirox de 44% (IC de 90%: 37% - 51%). Desta forma, o uso concomitante de Exjade com indutores potentes de UGT (ex.: rifampicina, fenitoína, fenobarbital, ritonavir) pode resultar na diminuição da eficácia de Exjade. Se Exjade e um indutor potente de UGT forem usados concomitantemente, aumentos na dose de Exjade devem ser considerados baseando-se na resposta clínica à terapia.

Interação com alimentos

A biodisponibilidade do deferasirox comprimidos para suspensão foi aumentada para uma extensão variável quando tomada ao longo da refeição. Embora a biodisponibilidade tenha sido quase dobrada quando Exjade foi ingerido com refeições contendo alto teor de gordura23, este aumento também variou de forma importante com outros teores de gordura23 e horários de ingestão de Exjade com relação às refeições (vide “Farmacocinética: Absorção”). Como nos estudos pivotais, Exjade foi administrado em pacientes com estômago82 vazio, recomenda-se que Exjade deva ser tomado com o estômago82 vazio, pelo menos 30 minutos antes da refeição, e de preferência no mesmo horário todos os dias (vide “Posologia e modo de usar”).

Interação com midazolam e outros agentes metabolizados pelo CYP3A4

Em um estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Exjade comprimidos para suspensão e midazolam (um substrato do CYP3A4) resultou na diminuição da exposição de midazolam em 17% (IC de 90%: 8% - 26%). Na prática clínica, este efeito pode ser mais pronunciado. Portanto, devido à possível diminuição na eficácia, deve-se ter cautela quando deferasirox for combinado com substâncias metabolizadas pelo CYP3A4 (como ciclosporina, sinvastatina, contraceptivos hormonais).

Interação com repaglinida e outros agentes metabolizados pelo CYP2C8

Em estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Exjade (dose repetida de 30 mg/kg/dia, comprimidos para suspensão) com repaglinida, um substrato da CYP2C8 (dose única de 0,5 mg), resultou em aumento na AUC22 e Cmáx de repaglinida de 131% (IC de 90%: 103% - 164%) e 62% (IC de 90%: 42% - 84%), respectivamente. Quando Exjade e repaglinida são usados concomitantemente, deve ser feito monitoramento cuidadoso dos níveis de glicose73. A interação entre Exjade e outros substratos da CYP2C8, como paclitaxel, não pode ser excluída.

Interação com teofilina e outros agentes metabolizados pelo CYP1A2

Em um estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Exjade (dose repetida de 30 mg/kg/dia, comprimidos para suspensão) com teofilina, um substrato do CYP1A2 (dose única de 120 mg), resultou em aumento da AUC22 da teofilina em 84% (IC de 90%: 73% a 95%). A Cmáx da dose única não foi afetada, mas um aumento da Cmáx de teofilina deverá ocorrer com administração crônica. Quando Exjade e teofilina são utilizados concomitantemente, o monitoramento da concentração de teofilina e uma possível redução da dose de teofilina devem ser considerados. Uma interação entre Exjade e outros substratos de CYP1A2 pode ser possível.

Interação com bussulfano

Com base nos relatórios da Literatura, a administração concomitante de deferasirox e bussulfano resultou em um aumento da exposição ao bussulfano (AUC22). O aumento da AUC22 variou aproximadamente 40 a 150%. O mecanismo da interação permanece incerto. Deve-se precaução quando o deferasirox é combinado com bussulfano e as concentrações plasmáticas de bussulfano do paciente devem ser monitoradas.

Outras informações

Não foram observadas interações entre Exjade e digoxina em voluntários sadios.

A administração concomitante de Exjade e vitamina83 C não foi estudada formalmente. As doses de vitamina83 C até 200 mg por dia não foram associadas com reações adversas.

O perfil de segurança de Exjade em combinação com outros quelantes de ferro (deferoxamina, deferiprona) observado nos estudos clínicos, experiência pós-comercialização ou literatura publicada (conforme o caso) foi consistente com o caracterizado para monoterapia.

A administração concomitante de Exjade e preparações antiácidas contendo alumínio não foi estudada formalmente. Embora deferasirox tenha uma afinidade mais baixa por alumínio que por ferro, comprimidos de Exjade não devem ser tomados com preparações antiácidas contendo alumínio.

A administração concomitante de Exjade com drogas que são conhecidas como ulcerogênicas potenciais, tais como AINEs, corticosteroides, ou bisfosfonatos orais, e o uso de Exjade em pacientes recebendo anticoagulantes58 podem aumentar o risco de irritação gastrintestinal (vide “Advertências e precauções”).

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Conservar em temperatura ambiente (15–30°C).

O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

  • Comprimido de 125 mg: comprimido para suspensão, branco a amarelado, redondo, plano, sem revestimento, com bordas chanfradas e impressão (NVR em uma face84 e J125 em outra), sabor e odor característicos.
  • Comprimido de 250 mg: comprimido para suspensão, branco a amarelado, redondo, plano, sem revestimento, com bordas chanfradas e impressão (NVR em uma face84 e J250 em outra), sabor e odor característicos.
  • Comprimido de 500 mg: comprimido para suspensão, branco a amarelado, redondo, plano, sem revestimento, com bordas chanfradas e impressão (NVR em uma face84 e J500 em outra), sabor e odor característicos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

Exjade deve ser tomado uma vez por dia com o estômago82 vazio pelo menos 30 minutos antes da refeição e, de preferência, no mesmo horário todos os dias. Os comprimidos são dispersíveis por agitação em um copo de água ou suco de laranja ou maçã (100 - 200 mL) até que uma fina suspensão seja obtida. Após a ingestão da suspensão, qualquer resíduo deve ser novamente disperso em um pequeno volume de água ou suco de laranja ou maçã e ingerido. Os comprimidos não devem ser mastigados ou engolidos inteiros. A dispersão em bebidas gaseificadas ou leite não é recomendada devido à formação de espuma e à demora para dispersão, respectivamente.

Posologia

Recomenda-se que a terapia com Exjade seja iniciada após a transfusão17 de aproximadamente 20 unidades (aproximadamente 100 mL/kg) de bolsas de hemácias21 ou quando há evidência de sobrecarga crônica de ferro por avaliação clínica (p. ex. ferritina sérica > 1000 microgramas/L). As doses (em mg/kg) devem ser calculadas e arredondadas para um número mais próximo de comprimidos inteiros.

A terapia com agentes quelantes de ferro tem o objetivo de remover a quantidade de ferro administrada nas transfusões e, quando necessário, reduzir a carga de ferro existente. A decisão de remover o acúmulo de ferro deve ser individualizada com base no benefício clínico já comprovado e nos riscos da terapia de quelação.

Dose inicial

A dose diária inicial de Exjade é de 20 mg/kg de peso corpóreo.

Uma dose diária inicial de 30 mg/kg pode ser considerada para pacientes10 recebendo mais que 14 mL/kg/mês de hemácias21 (aproximadamente mais de 4 unidades/mês para um adulto) e para aqueles cujo objetivo é reduzir a sobrecarga de ferro.

Uma dose inicial de 10 mg/kg pode ser considerada para pacientes10 recebendo menos que 7 mL/kg/mês de hemácias21 (aproximadamente menos de 2 unidades/mês para um adulto) e para aqueles cujo objetivo é a manutenção do nível de ferro no organismo.

Para pacientes10 que já estão bem controlados com o tratamento com desferroxamina, uma dose inicial de Exjade equivale numericamente à metade da dose de desferroxamina administrada [por ex.: um paciente recebendo 40 mg/kg/dia de desferroxamina, por 5 dias na semana (ou equivalente), pode ser transferido para o tratamento com Exjade utilizando uma dose inicial de 20 mg/kg/dia].

Ajuste de dose

Recomenda-se que a ferritina sérica seja monitorada todo mês e que a dose de Exjade seja ajustada, se necessário, a cada 3 a 6 meses, baseando-se na tendência da ferritina sérica. Ajustes de dose podem ser feitos por etapas de 5 a 10 mg/kg e de acordo com as respostas individuais dos pacientes e seus objetivos terapêuticos (manutenção ou redução da sobrecarga de ferro). Em pacientes não controlados adequadamente com doses de 30 mg/kg (por exemplo, níveis de ferritina sérica persistentemente acima de 2.500 microgramas/L, e não mostrando uma tendência decrescente ao longo do tempo) doses de até 40 mg/kg podem ser consideradas. As doses acima de 40 mg/kg não são recomendadas porque há somente experiências limitadas com doses acima deste nível.

Em pacientes nos quais o nível de ferritina sérica atinge o valor desejado (geralmente entre 500 e 1.000 microgramas/L), reduções de doses em etapas de 5 a 10 mg/kg devem ser consideradas até a manutenção do nível de ferritina sérico dentro do intervalo desejado e minimizar o risco de superquelação (vide “Advertências e Precauções”). Se a ferritina sérica cair consistentemente abaixo de 500 microgramas/L, deve ser considerada a interrupção do tratamento. Como ocorre com outros quelantes de ferro, o risco de toxicidade33 de Exjade pode ser aumentado quando pacientes com baixa carga de ferro ou com níveis de ferritina sérica ligeiramente elevados recebem doses mais altas inapropriadamente (vide “Advertências e precauções”).

As doses recomendadas estão apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5. Sobrecarga de ferro transfusional: Doses recomendadas

 

Exjade

Transfusões

Ferritina Sérica

Dose inicial

20 mg/kg/dia

Após 20 unidades (cerca de 100 mL/kg) de bolsas de hemácias21

ou

> 1,000 μg/L

Dose inicial alternativa

30 mg/kg/dia

>14 mL/kg/mês de bolsa de hemácisas (aprox. >4 unidades/mês para um adulto)

 

 

10 mg/kg/dia

<7 mL/kg/mês de bolsa de hemácisas (aprox. <2 unidades/mês para um adulto)

 

 

Para pacientes10 bem
administrados com
deferoxamina*

Metade da dose de
deferoxamina

 

 

 

Etapas de ajuste
(cada 3 a 6 meses)

Aumento
5 a 10 mg/kg/dia
Até 40 mg/kg/dia

 

 

>2,500 µg/L

Redução
5 a10 mg/kg/dia
Quando o objetivo é
atingido

 

 

500 a 1,000 µg/L

Dose máxima

40 mg/kg/dia

 

 

 

Considerar a
interrupção da dose

 

 

 

<500 µg/L

*Conversão de dose (explicação mais detelhada na Tabela 6)

As informações sobre a conversão de dose entre comprimidos para suspensão com a deferoxamina, são mostradas na Tabela 6 abaixo.

Tabela 6. Conversão de dose

Dose de deferoxamina**

Dose diária de Exjade Comprimidos para suspensão

10 mg/kg

5 mg/kg

20 mg/kg

10 mg/kg

30 mg/kg

15 mg/kg

40 mg/kg

20 mg/kg

50 mg/kg

25 mg/kg

60 mg/kg

30 mg/kg

Não aplicável*

35 mg/kg

Não aplicável*

40 mg/kg

* Não recomendado na bula de deferoxamina
** Para pacientes10 já bem administrado em tratamento com deferoxamina

Populações especiais

Pacientes com insuficiência renal30O tratamento com Exjade deve ser usado com cautela em pacientes com níveis de creatinina38 sérica acima do limite para a idade. Deve-se ter cautela especialmente ao ser usado em pacientes com clearance (depuração) de creatinina38 entre 40 e 60 mL/min, particularmente nos casos em que há fatores de risco adicionais que podem comprometer a função renal29, tais como medicações concomitantes, desidratação40, ou infecções41 graves. As recomendações de dosagem inicial para pacientes10 com insuficiência renal30 são as mesmas descritas acima. A creatinina38 sérica deve ser monitorada mensalmente em todos os pacientes e, se necessário, doses diárias podem ser reduzidas em 10 mg/kg (vide “Advertências e precauções”).

Pacientes com insuficiência hepática31Exjade foi estudado em um ensaio clínico em pacientes com insuficiência hepática31. Para pacientes10 com insuficiência hepática31 moderada (Child-Pugh B), a dose inicial deve ser reduzida em aproximadamente 50%. Exjade não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência hepática31 grave (Child-Pugh C) (vide “Advertências e precauções” e “Farmacocinética - Populações Especiais”).
A função hepática9 em todos os pacientes deve ser monitorada antes de iniciar o tratamento, a cada 2 semanas durante o primeiro mês e depois mensalmente (vide “Advertências e precauções”)

Pacientes pediátricos: As recomendações de dosagem para pacientes10 pediátricos são as mesmas para pacientes10 adultos. Recomenda-se que a ferritina sérica seja monitorada mensalmente para avaliar a resposta do paciente à terapia e minimizar o risco de superquelação (vide “Advertências e Precauções”). Mudanças no peso de pacientes pediátricos ao longo do tempo devem ser consideradas no cálculo85 da dose.

Pacientes idosos: ???????As recomendações de dosagem para pacientes10 idosos são as mesmas descritas acima.
Em estudos clínicos, pacientes idosos tiveram uma frequência maior de reações adversas do que pacientes mais jovens e devem ser monitorados cautelosamente para reações adversas que podem requerer o ajuste de dose.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS

As reações mais frequentes reportadas durante o tratamento crônico86 com Exjade comprimidos para suspensão em pacientes adultos e pediátricos incluem distúrbios gastrintestinais em aproximadamente 26% dos pacientes (principalmente náusea87, vômito44, diarreia43 ou dor abdominal), e erupção70 cutânea88 (rash69) em aproximadamente 7% dos pacientes. Estas reações são dose-dependentes, na maioria das vezes leves a moderadas, geralmente transitórias e, na sua maior parte, se resolvem até mesmo se o tratamento for continuado. Aumentos leves, não progressivos, da creatinina38 sérica, na maioria das vezes dentro dos limites normais, ocorrem em aproximadamente 36% dos pacientes. Estes são dose-dependentes, que frequentemente se resolvem espontaneamente e, algumas vezes, podem ser aliviados pela redução de dose (vide “Advertências”).

Em estudos clínicos com pacientes com sobrecarga de ferro devido a transfusões de sangue3, foram reportadas elevações de transaminases hepáticas32 em aproximadamente 2% dos pacientes. Não houve dependência na dose e a maioria destes pacientes tinha níveis elevados antes de receber Exjade. Elevações de transaminases maiores do que 10 vezes o limite superior da normalidade, sugerindo hepatite45, foram incomuns (0,3%). Houve relatos pós-comercialização de falência hepática9 em pacientes tratados com Exjade. A maioria dos relatos de falência hepática9 envolveram pacientes com comorbidades46 significativas, incluindo cirrose47 hepática9 e falência múltipla de órgãos; casos fatais foram relatados em alguns destes pacientes.

Diminuição da acuidade auditiva (principalmente sons de alta frequência) e opacidade do cristalino34 (catarata35 prematura) foram incomumente observados em pacientes tratados com Exjade, assim como ocorre com outros quelantes de ferro (vide “Advertências e precauções”).

As seguintes reações adversas, listadas na Tabela 4, foram relatadas em estudos clínicos após tratamento com Exjade.

As reações adversas foram classificadas abaixo usando a seguinte convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); raro (≥ 1/10.000, < 1/1.000); muito raro (< 1/10.000). Dentro de cada grupo de frequência, reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Tabela resumida de reações adversas de estudos clínicos

Tabela 7. Reações adversas relatadas nos estudos clínicos

Distúrbios psiquiátricos

  • incomum: ansiedade, distúrbios do sono

Distúrbios do sistema nervoso89

  • comum: cefaleia90
  • incomum: tontura81

Distúrbios visuais

  • incomum: catarata35, maculopatia rara: neurite91 óptica

Distúrbios auditivos e do labirinto92

  • incomum: surdez

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

  • incomum: dor na laringe93

Distúrbios gastrintestinais

  • comum: diarreia43, constipação94, vômito44, náusea87, dor abdominal, distensão abdominal, dispepsia95
  • incomum: hemorragia52 gastrintestinal, úlcera gástrica96 (incluindo úlceras55 múltiplas), úlcera duodenal97, gastrite98, pancreatite99 aguda
  • rara: esofagite100

Distúrbios hepatobiliares101

  • comum: aumento de transaminases
  • incomum: hepatite45, colelitíase102

Distúrbios da pele62 e de tecidos subcutâneos

  • comum: erupção70 cutânea88 (rash69), prurido103 incomum: distúrbios de pigmentação
  • rara: eritema multiforme68, reação medicamentosa com eosinofilia66 e sintomas57 sistêmicos67 (DRESS)

Distúrbios renais e urinários

  • muito comum: aumento de creatinina38 sérica comum: proteinúria42
  • incomum: disfunção tubular renal29 (síndrome12 de Fanconi)

Distúrbios gerais e condições do local de administração

  • incomum: pirexia104, edema105, fadiga106

Lista de reações adversas de relatos espontâneos pós-comercialização

Reações adversas relatadas espontaneamente foram reportadas voluntariamente e nem sempre é possível estabelecer uma frequência confiável ou uma relação causal com a exposição à droga.

Reações adversas derivadas de relatos espontâneos (frequência não conhecida)

  • Distúrbios do sistema imunológico107: Reações de hipersensibilidade (incluindo reações anafiláticas108 e angioedema60).
  • Distúrbios gastrintestinais: Perfuração gastrintestinal
  • Distúrbios hepatobiliares101: Falência hepática9
  • Distúrbios da pele62 e de tecidos subcutâneos: Síndrome de Stevens-Johnson64, vasculite109 de hipersensibilidade, urticária110, alopecia111, necrólise epidérmica tóxica65 (NET).
  • Distúrbios renais e urinários: Necrose112 tubular renal29, falência renal29 aguda (na maioria, aumentos de creatinina38 sérica ≥ 2 vezes o limite superior da normalidade e, geralmente, reversível após interrupção do tratamento); nefrite113 tubulointersticial.

Descrição das reações adversas selecionadas

Citopenias: Após a comercialização, ocorreram relatos (ambos espontâneos e de estudos clínicos) de citopenias, incluindo neutropenia114, trombocitopenia115, e anemia19 agravada em pacientes tratados com Exjade. A maioria destes pacientes tinham distúrbios hematológicos pré-existentes, que são frequentemente associados à falência medular (vide “Advertências e precauções”). A relação destes episódios com o tratamento com Exjade é incerta.

Pancreatite99Casos de pancreatite99 aguda grave foram observados com e sem condições biliares subjacentes documentadas.

População pediátrica: Tubulopatia renal29 foi relatada em pacientes tratados com Exjade. A maioria destes pacientes eram crianças e adolescentes com beta-talassemia6 e níveis de ferritina sérica < 1.500 micrograma/L.

Em um estudo observacional de 5 anos no qual 267 crianças com idade de 2 a < 6 anos (no momento da inscrição) com hemossiderose4 transfusional receberam Exjade, não foram encontrados dados inesperados de segurança em relação à eventos adversos (EAs) ou alterações laboratoriais. Aumento da creatinina38 sérica em > 33% e acima do limite superior do normal (LSN) em ≥ 2 ocasiões consecutivas foi observado em 3,1% das crianças e elevação de alanina aminotransferase (ALT) maior do que 5 vezes o LSN foi relatada em 4,3% das crianças. As reações adversas mais frequentemente observadas relatadas com suspeita de relação com o medicamento estudado foram o aumento da ALT (21,1%), aumento da aspartato aminotransferase (AST, 11,9%), vômitos116 (5,4%), erupção70 cutânea88 (5,0%), aumento da creatinina38 no sangue3 (3,8 %), dor abdominal (3,1%) e diarreia43 (1,9%). O crescimento e desenvolvimento globais não foram afetados nesta população pediátrica.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Casos de superdose (de 2 a 3 vezes a dose prescrita por várias semanas) foram relatados. Um dos casos, resultou em hepatite45 subclínica que foi resolvida sem consequências a longo prazo após a interrupção da dose. Doses únicas de 80 mg/kg em pacientes talassêmicos com sobrecarga de ferro foram toleradas, sendo observados somente náusea87 leve e diarreia43. Doses únicas até 40 mg/kg em indivíduos normais foram bem toleradas.

Os primeiros sinais56 de overdose aguda são os efeitos digestivos, como dor abdominal, diarreia43, náusea87 e vômito44. Foram notificados distúrbios hepáticos e renais, incluindo casos de enzimas hepáticas117 e aumento da creatinina38 com a recuperação após a descontinuação do tratamento. Uma dose única administrada erroneamente de 90 mg/kg levou à síndrome12 de Fanconi, a qual foi resolvida após o tratamento.

Não há antídoto118 específico para o deferasirox. Podem ser indicados procedimentos padrões para o tratamento de superdose (por exemplo, indução de êmese119 ou lavagem gástrica120), bem como tratamento sintomático121, conforme clinicamente apropriado.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
 

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Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Lactose: Tipo de glicídio que possui ligação glicosídica. É o açúcar encontrado no leite e seus derivados. A lactose é formada por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
4 Hemossiderose: Acúmulo de hemossiderina nos tecidos. A hemossiderina é um pigmento ferroso, amarelo-escuro, encontrado em fagócitos e excretado pela urina, especialmente na hemocromatose e na hemossiderose.
5 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
6 Talassemia: Anemia mediterrânea ou talassemia. Tipo de anemia hereditária, de transmissão recessiva, causada pela redução ou ausência da síntese da cadeia de hemoglobina, uma proteína situada no interior do glóbulos vermelhos e que tem a função de transportar o oxigênio. É classificada dentro das hemoglobinopatias. Afeta principalmente populações da Itália e da Grécia (e seus descendentes), banhadas pelo Mar Mediterrâneo.
7 Subcutâneo: Feito ou situado sob a pele. Hipodérmico.
8 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
9 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
10 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
11 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
12 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
13 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
14 Prospectivo: 1. Relativo ao futuro. 2. Suposto, possível; esperado. 3. Relativo à preparação e/ou à previsão do futuro quanto à economia, à tecnologia, ao plano social etc. 4. Em geologia, é relativo à prospecção.
15 Coorte: Grupo de indivíduos que têm algo em comum ao serem reunidos e que são observados por um determinado período de tempo para que se possa avaliar o que ocorre com eles. É importante que todos os indivíduos sejam observados por todo o período de seguimento, já que informações de uma coorte incompleta podem distorcer o verdadeiro estado das coisas. Por outro lado, o período de tempo em que os indivíduos serão observados deve ser significativo na história natural da doença em questão, para que haja tempo suficiente do risco se manifestar.
16 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
17 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
18 Anemia falciforme: Doença hereditária que causa a má formação das hemácias, que assumem forma semelhante a foices (de onde vem o nome da doença), com maior ou menor severidade de acordo com o caso, o que causa deficiência do transporte de gases nos indivíduos que possuem a doença. É comum na África, na Europa Mediterrânea, no Oriente Médio e em certas regiões da Índia.
19 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
20 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
21 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
22 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
23 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
24 Calorias: Dizemos que um alimento tem “x“ calorias, para nos referirmos à quantidade de energia que ele pode fornecer ao organismo, ou seja, à energia que será utilizada para o corpo realizar suas funções de respiração, digestão, prática de atividades físicas, etc.
25 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
26 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
27 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
28 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
29 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
30 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
31 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
32 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
33 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
34 Cristalino: 1. Lente gelatinosa, elástica e convergente que focaliza a luz que entra no olho, formando imagens na retina. A distância focal do cristalino é modificada pelo movimento dos músculos ciliares, permitindo ajustar a visão para objetos próximos ou distantes. Isso se chama de acomodação do olho à distância do objeto. 2. Diz-se do grupo de cristais cujos eixos cristalográficos são iguais nas suas relações angulares gerais constantes 3. Diz-se de rocha constituída quase que totalmente por cristais ou fragmentos de cristais 4. Diz-se do que permite que passem os raios de luz e em consequência que se veja através dele; transparente. 5. Límpido, claro como o cristal.
35 Catarata: Opacificação das lentes dos olhos (opacificação do cristalino).
36 Neonatos: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
37 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
38 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
39 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
40 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
41 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
42 Proteinúria: Presença de proteínas na urina, indicando que os rins não estão trabalhando apropriadamente.
43 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
44 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
45 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
46 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
47 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
48 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
49 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
50 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
51 Ulcerações: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
52 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
53 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
54 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
55 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
56 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
57 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
58 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
59 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
60 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
61 Choque anafilático: Reação alérgica grave, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação, acompanhado ou não de edema de glote. Necessita de tratamento urgente. Pode surgir por exposição aos mais diversos alérgenos.
62 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
63 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
64 Síndrome de Stevens-Johnson: Forma grave, às vezes fatal, de eritema bolhoso, que acomete a pele e as mucosas oral, genital, anal e ocular. O início é geralmente abrupto, com febre, mal-estar, dores musculares e artralgia. Pode evoluir para um quadro toxêmico com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração (arritmias e pericardite). O prognóstico torna-se grave principalmente em pessoas idosas e quando ocorre infecção secundária. Pode ser desencadeado por: sulfas, analgésicos, barbitúricos, hidantoínas, penicilinas, infecções virais e bacterianas.
65 Necrólise Epidérmica Tóxica: Sinônimo de Síndrome de Lyell. Caracterizada por necrólise da epiderme. Tem como características iniciais sintomas inespecíficos, influenza-símile, tais como febre, dor de garganta, tosse e queimação ocular, considerados manifestações prodrômicas que precedem o acometimento cutâneo-mucoso. Erupção eritematosa surge simetricamente na face e na parte superior do tronco, provocando sintomas de queimação ou dolorimento da pele. Progressivamente envolvem o tórax anterior e o dorso. O ápice do processo é constituído pela característica denudação da epiderme necrótica, a qual é destacada em verdadeiras lamelas ou retalhos, dentro das áreas acometidas pelo eritema de base. O paciente tem o aspecto de grande queimado, com a derme desnuda, sangrante, eritêmato-purpúrica e com contínua eliminação de serosidade, contribuindo para o desequilíbrio hidroeletrolítico e acentuada perda protéica. Graves seqüelas oculares e esofágicas têm sido relatadas.Constitui uma reação adversa a medicamentos rara. As drogas que mais comumente a causam são as sulfas, o fenobarbital, a carbamazepina, a dipirona, piroxicam, fenilbutazona, aminopenicilinas e o alopurinol.
66 Eosinofilia: Propriedade de se corar facilmente pela eosina. Em patologia, é o aumento anormal de eosinófilos no sangue, característico de alergias e infestações por parasitas. Em patologia, é o acúmulo de eosinófilos em um tecido ou exsudato.
67 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
68 Eritema multiforme: Condição aguda, auto-limitada, caracterizada pelo início abrupto de pápulas vermelhas fixas simétricas, algumas evoluindo em lesões em forma de “alvo”. A lesão alvo são zonas concêntricas de alterações de coloração com a área central púrpura ou escura e a externa vermelha. Elas irão desenvolver vesícula ou crosta na zona central após vários dias. Vinte porcento de todos os casos ocorrem na infância.O eritema multiforme geralmente é precipitado pelo vírus do herpes simples, Mycoplasma pneumoniae ou histoplasmose.
69 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
70 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
71 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
72 Galactose: 1. Produção de leite pela glândula mamária. 2. Monossacarídeo usualmente encontrado em oligossacarídeos de origem vegetal e animal e em polissacarídeos, usado em síntese orgânica e, em medicina, no auxílio ao diagnóstico da função hepática.
73 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
74 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
75 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
76 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
77 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
78 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
79 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
80 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
81 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
82 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
83 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
84 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
85 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
86 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
87 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
88 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
89 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
90 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
91 Neurite: Inflamação de um nervo. Pode manifestar-se por neuralgia, déficit sensitivo, formigamentos e/ou diminuição da força muscular, dependendo das características do nervo afetado (sensitivo ou motor). Esta inflamação pode ter causas infecciosas, traumáticas ou metabólicas.
92 Labirinto: 1. Vasta construção de passagens ou corredores que se entrecruzam de tal maneira que é difícil encontrar um meio ou um caminho de saída. 2. Anatomia: conjunto de canais e cavidades entre o tímpano e o canal auditivo, essencial para manter o equilíbrio físico do corpo. 3. Sentido figurado: coisa complicada, confusa, de difícil solução. Emaranhado, imbróglio.
93 Laringe: É um órgão fibromuscular, situado entre a traqueia e a base da língua que permite a passagem de ar para a traquéia. Consiste em uma série de cartilagens, como a tiroide, a cricóide e a epiglote e três pares de cartilagens: aritnoide, corniculada e cuneiforme, todas elas revestidas de membrana mucosa que são movidas pelos músculos da laringe. As dobras da membrana mucosa dão origem às pregas vocais.
94 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
95 Dispepsia: Dor ou mal-estar localizado no abdome superior. O mal-estar pode caracterizar-se por saciedade precoce, sensação de plenitude, distensão ou náuseas. A dispepsia pode ser intermitente ou contínua, podendo estar relacionada com os alimentos.
96 Úlcera gástrica: Lesão na mucosa do estômago. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100 % dos casos.
97 Úlcera duodenal: Lesão na mucosa do duodeno – parte inicial do intestino delgado.
98 Gastrite: Inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago. Manifesta-se por dor na região superior do abdome, acidez, ardor, náuseas, vômitos, etc. Pode ser produzida por infecções, consumo de medicamentos (aspirina), estresse, etc.
99 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
100 Esofagite: Inflamação da mucosa esofágica. Pode ser produzida pelo refluxo do conteúdo ácido estomacal (esofagite de refluxo), por ingestão acidental ou intencional de uma substância tóxica (esofagite cáustica), etc.
101 Hepatobiliares: Diz-se do que se refere ao fígado e às vias biliares.
102 Colelitíase: Formação de cálculos no interior da vesícula biliar.
103 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
104 Pirexia: Sinônimo de febre. É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
105 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
106 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
107 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
108 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
109 Vasculite: Inflamação da parede de um vaso sangüíneo. É produzida por doenças imunológicas e alérgicas. Seus sintomas dependem das áreas afetadas.
110 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
111 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
112 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
113 Nefrite: Termo que significa “inflamação do rim” e que agrupa doenças caracterizadas por lesões imunológicas ou infecciosas do tecido renal. Alguns exemplos são a nefrite intersticial por drogas, a glomerulonefrite pós-estreptocócica, etc. Podem manifestar-se por hipertensão arterial, hematúria e dor lombar.
114 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
115 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
116 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
117 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
118 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
119 Êmese: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Sinônimo de vômito. Pode ser classificada como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
120 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
121 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.

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