Crispred (Bula do profissional de saúde)
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Crispred
prednisona
Comprimidos
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
APRESENTAÇÕES
Comprimido de 5 mg em embalagem com 200 comprimidos.
Comprimido de 20 mg em embalagem com 200 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de CRISPRED 5 mg contém:
prednisona | 5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1, celulose microcristalina, estearato de magnésio, copovidona e amido.
Cada comprimido de CRISPRED 20 mg contém:
prednisona | 20 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1, celulose microcristalina, estearato de magnésio, copovidona e amido.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
CRISPRED é indicado para o tratamento de várias doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno3, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas4 e outras que respondam ao tratamento com corticosteroides. O tratamento corticosteroide hormonal é complementar à terapia convencional5.
Distúrbios endócrinos - Insuficiência6 adrenocortical primária ou secundária (em conjunto com mineralocorticoides, se necessário); hiperplasia7 adrenal congênita8, tireoidite não supurativa; hipercalcemia associada a câncer9.
Distúrbios osteomusculares - Como tratamento complementar para administração por curto período na artrite reumatoide10 (para ajudar o paciente durante um episódio agudo11 ou exacerbação); osteoartrite12 (pós-traumática ou sinovite13); artrite14 psoriática; espondilite anquilosante; artrite14 gotosa aguda; bursite15 aguda e subaguda16; fibrosite; epicondilite; tenossinovite; miosite.
Doenças do colágeno3 - Durante exacerbação ou como tratamento de manutenção em casos selecionados de lúpus17 eritematoso18 sistêmico19; cardite reumática aguda; polimiosite e dermatomiosite.
Doenças dermatológicas - Pênfigo; dermatite20 bolhosa herpetiforme; eritema multiforme21 grave (síndrome22 de Stevens- Johnson); dermatite20 esfoliativa; micose23 fungoide; psoríase24 grave; dermatite seborreica25 grave.
Distúrbios alérgicos - Controle de condições alérgicas graves ou incapacitantes não tratáveis com terapia convencional5, como: rinite26 alérgica sazonal ou perene; pólipo27 nasal; asma28 brônquica (incluindo estado de mal asmático); dermatite20 de contato; dermatite20 atópica (neurodermatite); reações medicamentosas ou por soro29.
Doenças oftálmicas - Processos inflamatórios e alérgicos, agudos e crônicos, envolvendo os olhos30 e anexos31, como conjuntivite32 alérgica; ceratite; úlcera33 alérgica marginal da córnea34; herpes-zoster35 oftálmico; irite36 e iridociclite; coriorretinite; inflamação37 do segmento anterior; uveíte38 posterior difusa e coroidite; neurite39 óptica; oftalmia do simpático40.
Doenças respiratórias - Sarcoidose41 sintomática42; síndrome22 de Loeffler, sem resposta aos tratamentos convencionais; beriliose43; tuberculose44 pulmonar disseminada ou fulminante, quando acompanhada por quimioterapia45 antituberculosa apropriada.
Distúrbios hematológicos - Trombocitopenia46 idiopática47 e secundária em adultos; anemia hemolítica48 adquirida (autoimune49); eritroblastopenia; anemia50 hipoplástica congênita8 (eritroide).
Distúrbios neoplásicos51 - Como medicação paliativa no tratamento de leucemias e linfomas em adultos e leucemia52 aguda em crianças.
Estados edematosos - Para induzir diurese53 ou remissão de proteinúria54 na síndrome nefrótica55 sem uremia56, do tipo idiopático57 ou devido a lúpus17 eritematoso18.
Outros distúrbios - Meningite58 tuberculosa com bloqueio ou iminência de bloqueio subaracnoide, quando acompanhada concomitantemente por quimioterapia45 antituberculosa apropriada.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Os dados da ampla literatura disponível sobre o emprego terapêutico de CRISPRED comprimidos (prednisona) mostram que esse corticosteroide de uso consagrado apresenta índices de eficácia elevados nas diferentes indicações e usos terapêuticos. Assim, na literatura, estão documentados resultados favoráveis com o emprego da prednisona no tratamento de doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno3, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas4 e outras que respondam ao tratamento com corticosteroides.
Referências bibliográficas:
- Martindale The Complete Drug Reference. 35th Edition. 2007. Sean C. Sweetman Eds. pp 1342-1366; 1389-1392
- Goodman & Gilman’s. The Pharmacological Basis of Therapeutics. 10th Edition. International Edition. Joel G. Hardman and Lee E. Limbird, Alfred Goodman Gilman Eds. The McGraw Hill Companies Inc. 2001. pp 533; 631; 644; 912; 1187; 1244; 1433-1457.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
CRISPRED contém prednisona, um esteroide adrenocortical sintético com propriedades predominantemente glicocorticoides. Os glicocorticoides, tais como a prednisona, produzem intensos e diversos efeitos metabólicos e modificam a resposta imunológica do organismo a diferentes estímulos.
CRISPRED proporciona potente efeito anti-inflamatório, antirreumático e antialérgico no tratamento de doenças que respondem a corticosteroides.
A prednisona possui leve atividade mineralocorticoide59.
Farmacodinâmica
Embora os efeitos fisiológicos, farmacológicos e clínicos dos corticosteroides sejam bem conhecidos, os mecanismos de ação exatos são incertos. As ações predominantes dos corticosteroides, naturais e sintéticos, determinam sua classificação em glicocorticoides e/ou mineralocorticoides. Em doses farmacológicas, os glicocorticoides naturais (cortisona e hidrocortisona) e seus análogos sintéticos, como a prednisona, são usados principalmente devido aos seus efeitos anti- inflamatórios e/ou imunossupressores.
A prednisona não possui atividade mineralocorticoide59 clinicamente significativa; é, portanto, inadequada como agente isolado no tratamento de condições nas quais pode haver insuficiência6 adrenal.
Análogos adrenocorticais sintéticos, incluindo a prednisona, são eficazes quando administrados por via oral. A prednisona administrada oralmente é rapidamente convertida em prednisolona biologicamente ativa.
Farmacocinética
A prednisona é convertida em prednisolona no fígado60. Essa reação é catalisada pela enzima61 tipo 1 da desidrogenase 11- betahidroxiesteroide, que funciona de modo redutor. Os níveis de prednisolona são mensuráveis meia hora após a administração oral de prednisona em humanos. Os picos de concentração plasmática são alcançados dentro de 1 a 3 horas, e a meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 horas. O metabolismo62 da prednisona em prednisolona ocorre principalmente no fígado60. Após a administração oral de prednisona em pacientes com doença hepática63 aguda ou crônica, os níveis de prednisolona no soro29 foram significativamente menores do que aqueles observados em indivíduos normais. Aparentemente, o nível de corticosteroide biologicamente efetivo é mais relacionado ao corticosteroide livre do que à concentração de corticosteroide total no plasma64.
Nenhuma relação específica foi demonstrada entre o nível de corticoide no sangue65 (total ou livre) e os efeitos terapêuticos, visto que os efeitos farmacodinâmicos dos corticoides geralmente persistem além do período dos seus níveis plasmáticos mensuráveis. Quando a meia-vida plasmática da prednisona é de aproximadamente 3 horas, a meia-vida biológica é de 12 a 36 horas. Com exceção da terapia de substituição, as doses efetivas e seguras dos corticoides foram determinadas por estudos essencialmente empíricos.
A teoria de que a supressão adrenal-pituitária-hipotalâmica pode ser minimizada se a dosagem de corticosteroide evitar a fase noturna sensitiva fornece uma base para administração de uma única dose matutina de prednisona em oposição a um quarto da dose diária total a cada 6 horas. Adicionalmente, uma vez que os efeitos da prednisona administrada oralmente pela manhã deixam de ser evidentes após 36 horas, esse corticosteroide pode ser recomendado para dosagens em dias alternados em pacientes que necessitam de doses de corticosteroide de manutenção por períodos prolongados.
Dados de estudos não clínicos
Toxicologia: doses orais elevadas de prednisona (≥ 5 g/kg) em ratos não causaram óbito66.
Mutagenicidade e alterações da fertilidade: embora não tenham sido relatados estudos sobre efeitos mutagênicos induzidos pela prednisona, foram relatados resultados negativos em tais estudos realizados com a prednisolona. Os estudos sobre reprodução67 e fertilidade não foram realizados com a prednisona. Entretanto, um estudo de um ano realizado em cães, mostrou que doses orais elevadas de prednisolona impedem o estro cíclico.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com infecções68 sistêmicas por fungos, hipersensibilidade à prednisona ou a outros corticosteroides ou a quaisquer componentes de sua fórmula.
Categoria B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais69 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez70.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Advertências
Poderão ser necessários ajustes posológicos durante remissões ou exacerbações da doença em tratamento, resposta individual ao tratamento e exposição do paciente a situações de estresse emocional ou físico, tais como infecção71 grave, cirurgia ou traumatismo72. Poderá ser necessário monitoramento por um período de até um ano após o término de tratamento prolongado ou com doses altas de corticosteroides.
Os corticosteroides podem mascarar alguns sinais73 de infecção71, e novas infecções68 podem surgir durante sua administração. Quando os corticosteroides forem usados, poderá ocorrer baixa na resistência ou dificuldade em localizar a infecção71.
O uso prolongado de corticosteroides pode produzir catarata74 subcapsular posterior (especialmente em crianças), glaucoma75 com risco de lesão76 do nervo óptico, aumento do risco de infecções68 oculares secundárias por fungos ou vírus77.
Altas doses de corticosteroides, bem como doses habituais, podem causar elevação da pressão arterial78, retenção de sal e água, e aumento da excreção de potássio. Esses efeitos são menos prováveis com os derivados sintéticos, exceto quando utilizados em altas doses. Deve-se considerar a possibilidade de dieta com restrição de sal e suplementação79 de potássio. Todos os corticosteroides aumentam a excreção de cálcio.
Os pacientes não deverão ser vacinados contra varíola durante o tratamento com corticosteroides. Outras imunizações também deverão ser evitadas, principalmente em pacientes que estejam recebendo altas doses de corticosteroides, pelos possíveis riscos de complicações neurológicas e ausência de resposta de anticorpos80. Entretanto, processos de imunização81 podem ser realizados em pacientes que estejam fazendo uso de corticosteroides como terapia substitutiva, por exemplo, para a doença de Addison.
Pacientes que estejam fazendo uso de doses imunossupressoras de corticosteroides devem ser orientados a evitar exposição à varicela82 ou ao sarampo83 e, se expostos, devem receber atendimento médico, principalmente no caso de crianças.
O tratamento com corticosteroides na tuberculose44 ativa deve ser restrito aos casos de tuberculose44 fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteroide é usado em associação com o esquema antituberculoso adequado.
Caso haja indicação de corticosteroide em tuberculose44 latente ou reatividade à tuberculina, torna-se necessária a observação rigorosa, uma vez que pode ocorrer reativação da doença. Durante o tratamento prolongado com corticosteroide, esses pacientes devem receber quimioprofilaxia. Se a rifampicina for utilizada em um programa quimioprofilático, seu efeito intensificador do metabolismo62 hepático dos corticosteroides deverá ser considerado; o ajuste da dose do corticosteroide poderá ser requerido.
A menor dose possível de corticosteroides deve ser usada no controle da condição sob tratamento. Quando possível, a redução da dose deverá ser feita gradualmente.
Insuficiência6 secundária do córtex suprarrenal, induzida por medicamento, pode ser resultante da retirada muito rápida do corticosteroide, podendo ser minimizada mediante redução gradativa da dose. Tal insuficiência6 relativa pode persistir por meses após a descontinuação do tratamento; por essa razão, se ocorrer estresse durante esse período, a corticoterapia deverá ser reinstituída. Se o paciente já estiver fazendo uso de corticosteroide, a dose poderá ser aumentada. Uma vez que a secreção mineralocorticoide59 pode estar diminuída, deverão ser administrados concomitantemente sal e/ou mineralocorticoides.
O efeito dos corticosteroides é aumentado em pacientes com hipotireoidismo84 ou com cirrose85.
Recomenda-se uso cauteloso em pacientes com herpes simples oftálmico pelo risco de perfuração da córnea34.
Podem ocorrer transtornos psíquicos com o tratamento com corticosteroides. Os corticosteroides podem agravar condições preexistentes de instabilidade emocional ou tendências psicóticas.
Os corticosteroides devem ser usados com precaução em: colite86 ulcerativa inespecífica, quando houver possibilidade de perfuração, abscesso87 ou outra infecção71 piogênica; diverticulite88; anastomoses89 intestinais recentes; úlcera péptica90 ativa ou latente; insuficiência renal91; hipertensão92; osteoporose93; e miastenia94 gravis.
Como as complicações provenientes do tratamento com corticosteroides estão relacionadas à dose e duração do tratamento, deve-se fazer uma avaliação de risco/benefício para cada paciente.
Considerando que a administração de corticosteroides pode alterar os índices de crescimento e inibir a produção espontânea de corticosteroides em lactentes95 e crianças, o crescimento e desenvolvimento desses pacientes devem ser acompanhados cuidadosamente se eles forem submetidos a tratamento prolongado.
A corticoterapia pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides96 em alguns pacientes.
Distúrbios visuais podem ser relatados com o uso de corticosteroides sistêmicos97 ou tópicos (incluindo intranasais, inalatórios e intraoculares). Se o paciente apresentar sintomas98 como visão99 turva ou outros distúrbios visuais, o paciente deve ser encaminhado a um oftalmologista100 para avaliar as possíveis causas desses distúrbios visuais, os quais podem incluir: catarata74, glaucoma75 ou doenças raras como a corioretinopatia central serosa (CCS), reportada após o uso de corticosteroides sistêmicos97 ou tópicos.
Uso pediátrico
O crescimento e desenvolvimento de lactentes95 e crianças sob corticoterapia prolongada devem ser cuidadosamente acompanhados, uma vez que esses medicamentos podem alterar o crescimento e inibir a produção endógena de corticosteroides.
Uso durante a gravidez70 e lactação101
Categoria B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais69 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez70.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uma vez que não existem estudos adequados sobre a reprodução67 humana e corticosteroides, o uso de CRISPRED em gestantes, mulheres no período de amamentação102 ou em idade fértil requer que os possíveis benefícios sejam avaliados em relação aos riscos potenciais para a mãe e para o feto103 ou o lactente104. Recém-nascidos de mães que receberam doses substanciais de corticosteroides durante a gravidez70 devem ser observados quanto aos sinais73 de hipoadrenalismo.
Os corticosteroides atravessam a barreira placentária e também passam para o leite materno.
Foram relatados efeitos teratogênicos105 em ratos devidos à prednisona. Foi demonstrado que a prednisolona é teratogênica106 em camundongos, coelhos e hamsters. A malformação107 relatada predominantemente nos estudos sobre a prednisona e prednisolona foi a fenda palatina.
Devido ao fato dos corticosteroides atravessarem a barreira placentária, os filhos de pacientes que utilizaram corticosteroides na gravidez70 devem ser examinados com cuidado pela possibilidade da ocorrência rara de catarata74 congênita8.
As mulheres que utilizaram corticosteroides durante a gestação devem ser observadas diante da possibilidade de ocorrer insuficiência6 adrenal por estresse do parto.
Este medicamento pode causar doping.
Este medicamento contém LACTOSE1.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Corticosteroides (incluindo prednisona) são metabolizados pela CYP3A4.
O uso concomitante de fenobarbital, fenitoína, rifampicina ou efedrina pode aumentar o metabolismo62 dos corticosteroides, reduzindo seus efeitos terapêuticos.
A coadministração de CRISPRED com inibidores potentes da CYP3A4 (por exemplo, produtos que contenham cetoconazol, itraconazol, claritromicina, ritonavir e cobicistate) pode levar ao aumento da concentração plasmática dos corticosteroides e possibilitar o aumento do risco de efeitos colaterais69 sistêmicos97 dos corticosteroides. Deve-se considerar o benefício da coadministração versus esse risco potencial de efeitos sistêmicos97, sendo que nos casos de risco, os pacientes devem ser monitorados quanto aos efeitos colaterais69 sistêmicos97 dos corticosteroides. Pacientes em tratamento com corticosteroides e estrogênios devem ser observados em relação à exacerbação dos efeitos do corticosteroide.
O uso concomitante de corticosteroides com diuréticos108 depletores de potássio pode intensificar a hipopotassemia109. O uso de corticosteroides com glicosídeos cardíacos pode aumentar a possibilidade de arritmias110 ou de intoxicação digitálica associada à hipopotassemia109. Os corticosteroides podem potencializar a depleção111 de potássio causada pela anfotericina B. Deve-se acompanhar com exames laboratoriais (dosagem principalmente de potássio) todos os pacientes em tratamento com associação desses medicamentos.
O uso de corticosteroides com anticoagulantes112 cumarínicos pode aumentar ou diminuir os efeitos anticoagulantes112, podendo haver necessidade de reajustes posológicos.
Os efeitos dos anti-inflamatórios não-esteroides ou do álcool, somados aos dos glicocorticoides, podem resultar em aumento da incidência113 ou gravidade de úlceras114 gastrointestinais.
Os corticosteroides podem reduzir as concentrações plasmáticas de salicilato. Nas hipoprotrombinemias, o ácido acetilsalicílico deverá ser usado com precaução, quando associado aos corticosteroides.
Quando os corticosteroides forem indicados para diabéticos, poderão ser necessários reajustes nas doses dos hipoglicemiantes115.
O tratamento com glicocorticoides pode inibir a resposta à somatotropina.
Interação com exames laboratoriais
Os corticosteroides podem alterar o teste de nitroblue tetrazolium para infecções68 bacterianas e produzir resultados falsos negativos.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura entre 15 e 30ºC. Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade do medicamento é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
CRISPRED 5 mg são comprimidos biconvexos, liso, com 6,0 mm de diâmetro e de cor branca.
CRISPRED 20 mg são comprimidos planos, com sulco, com 10,5 mm de diâmetro e de cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
CRISPRED deve ser administrado por via oral, com um pouco de líquido, pela manhã.
Posologia
As necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas, baseadas na doença específica, sua gravidade e na resposta do paciente ao tratamento.
A dose inicial de prednisona para adultos pode variar de 5 mg a 60 mg diários, dependendo da doença em tratamento. Em situações de menor gravidade, doses mais baixas deverão ser suficientes, enquanto que determinados pacientes necessitam de doses iniciais mais elevadas. A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até que se observe resposta clínica favorável. Se, após um período razoável de tratamento, não ocorrer resposta clínica satisfatória, CRISPRED deverá ser descontinuado e outro tratamento apropriado deverá ser instituído.
A dose pediátrica inicial pode variar de 0,14 mg a 2 mg/kg de peso por dia, ou de 4 mg a 60 mg por metro quadrado de superfície corporal, por dia. Posologias para lactentes95 e crianças devem ser orientadas segundo as mesmas considerações feitas para adultos, em vez de se adotar rigidez estrita aos índices indicados para idade ou peso corporal.
Após observação de resposta favorável, deve-se determinar a dose adequada de manutenção mediante diminuição da dose inicial, realizada por pequenos decréscimos a intervalos de tempo apropriados, até que a menor dose para manter resposta clínica adequada seja obtida.
Caso ocorra um período de remissão espontânea em uma afecção116 crônica, o tratamento deverá ser descontinuado gradativamente.
Tratamento em dias alternados: CRISPRED pode ser administrado, em regime de dias alternados, em pacientes que necessitem de tratamento prolongado, de acordo com o julgamento médico.
A exposição do paciente a situações de estresse não relacionado à doença básica sob tratamento pode demandar aumento da dose de prednisona. Em caso de descontinuação do medicamento, após tratamento prolongado, deve-se reduzir a dose gradualmente.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas ao CRISPRED, que foram as mesmas relatadas para outros corticosteroides, são relativas tanto à dose quanto à duração do tratamento. Habitualmente, essas reações podem ser revertidas ou minimizadas pela redução da dose; esse procedimento é preferível à interrupção do tratamento com a droga.
Alterações hidroeletrolíticas: retenção de sódio, perda de potássio, alcalose117 hipocalêmica, retenção de fluidos, insuficiência cardíaca congestiva118 em pacientes suscetíveis, hipertensão92.
Alterações osteomusculares: fraqueza muscular, miopatia119 corticosteroide, perda de massa muscular; agravamento dos sintomas98 de miastenia94 gravis; osteoporose93; fraturas por compressão vertebral; necrose120 asséptica da cabeça121 do fêmur122 e do úmero123; fratura124 patológica de ossos longos125; ruptura de tendão126.
Alterações gastrintestinais: úlcera péptica90 com possível perfuração e hemorragia127; pancreatite128; distensão abdominal; esofagite129 ulcerativa.
Alterações dermatológicas: retardo na cicatrização, atrofia130 cutânea131, pele132 fina e frágil; petéquias133 e equimoses134; eritema135 facial; sudorese136 excessiva; supressão da reação a testes cutâneos; reações como dermatite20 alérgica, urticária137, edema angioneurótico138.
Alterações neurológicas: convulsões; aumento da pressão intracraniana com papiledema (pseudotumor cerebral) geralmente após tratamento; vertigem139; cefaleia140.
Alterações endócrinas: irregularidades menstruais; desenvolvimento de estado cushingoide; supressão do crescimento fetal ou infantil; insuficiência6 suprarrenal ou hipofisária secundária, principalmente em casos de estresse (cirurgias, trauma ou doença); redução da tolerância aos carboidratos; manifestação de diabetes mellitus141 latente; aumento da necessidade de insulina142 ou hipoglicemiantes orais143 em pacientes diabéticos.
Alterações oftálmicas: catarata74 subcapsular posterior, aumento da pressão intraocular144, glaucoma75, exoftalmia e visão99 turva.
Alterações metabólicas: balanço nitrogenado negativo devido ao catabolismo145 proteico.
Alterações psiquiátricas: euforia, alterações do humor; depressão grave com evidentes manifestações psicóticas; alterações da personalidade; hiperirritabilidade; insônia.
Outras: reações de hipersensibilidade ou anafilactoides e reações do tipo choque146 ou de hipotensão147.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas98
Superdose aguda com glicocorticoides, incluindo prednisona, não deve levar a situações de risco de morte. Exceto em doses extremas, é improvável que poucos dias de dose excessiva com glicocorticoides produzam resultados nocivos, na ausência de contraindicações específicas, tais como em pacientes com diabetes mellitus141, glaucoma75 ou úlcera péptica90 ativa, ou em pacientes que estejam fazendo uso de medicamentos como digitálicos, anticoagulantes112 cumarínicos ou diuréticos108 depletores de potássio.
Tratamento
Em caso de superdose, deve-se considerar a possibilidade de lavagem gástrica148. Por outro lado, complicações resultantes dos efeitos metabólicos dos corticosteroides, ou dos efeitos deletérios da doença básica ou concomitante, ou resultantes da interação medicamentosa, devem ser conduzidas apropriadamente.
Deve-se manter o adequado consumo de líquidos e monitorar os eletrólitos149 no soro29 e urina150, com atenção especial ao balanço de sódio e potássio. Deve-se tratar o desequilíbrio eletrolítico, se necessário.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS nº 1.0298.0151
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP nº 10.446
CRISTÁLIA Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira / SP
CNPJ 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
SAC 0800 7011918