Fenitoína Sódica (Injetável 50 mg/mL)
LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
fenitoína sódica
Injetável 50 mg/mL
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável
Embalagem contendo 72 ampolas com 5 mL
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
fenitoína sódica | 50 mg |
veículo q.s.p | 1 mL |
Excipientes: edetato dissódico, creatinina1, álcool etílico, propilenoglicol, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
A fenitoína é destinada ao tratamento de:
- crises convulsivas (contrações súbitas e sem controle dos músculos2 devido a alterações no cérebro3) durante ou após neurocirurgia;
- crises convulsivas, crises tônico-clônicas (convulsões motoras que podem se repetir) generalizadas e crise parcial complexa (estado parado seguido de movimentos mastigatórios e fora de controle) (lobo psicomotor4 e temporal);
- estado de mal epiléptico (ataques epilépticos prolongados e repetidos).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A fenitoína é um medicamento que pode ser utilizada no tratamento da epilepsia5 (transtorno caracterizado por episódios recorrentes de alteração na função do cérebro3 devido à súbita descarga dos neurônios6, excessiva e desordenada). O principal local de ação parece ser a região do cérebro3 que inibe a propagação das crises epilépticas.
Os níveis terapêuticos no estado de equilíbrio são alcançados em pelo menos 7 a 10 dias após o início do tratamento com doses recomendadas de 300mg/dia.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A fenitoína é contraindicada em pacientes que tenham apresentado reações intensas ao medicamento ou a outras hidantoínas.
A fenitoína solução injetável é contraindicada em pacientes que apresentam síndrome7 de Adams-Stokes (desmaio causado por bloqueio cardíaco8), bloqueio A-V de 2º e 3º graus (retardo ou bloqueio total na condução do impulso do coração9), bloqueio sinoatrial (tipo de bloqueio na propagação dos impulsos elétricos no coração9) e bradicardia10 (diminuição da frequência cardíaca) sinusal.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO? ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Os medicamentos que tratam a epilepsia5 não devem ter seu uso interrompido abruptamente devido ao possível aumento na frequência de crises, incluindo status epilepticus (quadro onde o paciente passa a ter crises convulsivas constantes).
Quando, a critério médico, houver necessidade de redução da dose, descontinuação do tratamento ou substituição por uma terapia alternativa, esta deve ser feita gradualmente. Entretanto, no evento de reação alérgica11 ou reação de hipersensibilidade (alergia12 ou intolerância), uma rápida substituição para uma terapia alternativa pode ser necessária. Neste caso, a terapia alternativa deve ser um medicamento antiepiléptico (que trata a epilepsia5) não pertencente à classe das hidantoínas.
Pode ocorrer hipotensão13 (pressão baixa), especialmente após a administração intravenosa de doses elevadas de fenitoína administradas em alta velocidade. Após a administração de fenitoína, reações cardiovasculares graves e fatalidades foram relatadas com depressão na condução atrial e ventricular e fibrilação ventricular, (alterações na transmissão elétrica para a manutenção do ritmo cardíaco e arritmia14 cardíaca potencialmente letal, caracterizada por disparos de impulsos elétricos rápidos descoordenados nos ventrículos do coração15). Complicações graves são principalmente relatadas em idosos e pacientes gravemente debilitados. Portanto, o seu médico deverá realizar um monitoramento cuidadoso da pressão sanguínea e do ECG (eletroencefalograma16), necessário durante a administração de altas doses de fenitoína por via intravenosa, podendo ser necessária a redução na velocidade de administração ou interrupção da administração.
Converse com seu médico caso você tenha tido pressão baixa, insuficiência cardíaca17 (condição em que o coração9 é incapaz de bombear sangue18 suficiente para satisfazer as necessidades do corpo) ou infarto do miocárdio19 (lesão20 de parte do músculo cardíaco21 por falta de oxigênio).
Reações na pele22 com risco para a vida (Síndrome de Stevens-Johnson23 e necrólise epidérmica tóxica24) tem sido reportada com o uso de fenitoína. Se os sinais25 da Síndrome de Stevens-Johnson23 ou da necrólise epidérmica tóxica24 (como por exemplo: rash26 (lesões27 avermelhadas) ou lesões27 de pele22 na forma de bolhas e que também podem acometer a mucosa28 com evolução progressiva e que podem determinar um quadro muito grave ao paciente, ou se houver suspeita de lúpus29 eritematoso30) surgirem, o tratamento com fenitoína deve ser interrompido. Se o rash26 for do tipo moderado (semelhante ao sarampo31 ou escarlatiniforme), o tratamento pode ser retomado após regressão completa do rash26. Caso o rash26 reapareça ao reiniciar o tratamento, este medicamento ou outra fenitoína estão contraindicados.
Irritação dos tecidos e inflamação32 podem ocorrer no local da injeção33 de fenitoína. Edema34 (inchaço35), descoloração e dor no local da injeção33 (descrito como “Síndrome da luva púrpura”) tem sido reportados após injeção33 na veia periférica de fenitoína. Irritação dos tecidos pode variar de leve irritação a extensa necrose36 (grandes extensões da pele22 ficam vermelhas e morrem) e descamação37. A síndrome7 pode não se desenvolver por vários dias após a injeção33. Embora o desaparecimento dos sintomas38 possa ser espontâneo, necrose36 da pele22 e isquemia39 do membro (falta de circulação40 adequada de sangue18) tem ocorrido e requerem intervenções tais como fasciotomia (cirurgia para abertura da musculatura a fim de facilitar a circulação40 do sangue18, enxerto41 de pele22 e em raros casos amputação42) (vide “6. Como devo usar este medicamento?” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Converse com seu médico caso você apresente efeitos tóxicos no fígado43 com o uso deste medicamento e insuficiência hepática44 aguda (diminuição súbita da função do fígado43). Estes incidentes45 foram associados com uma síndrome7 de hipersensibilidade caracterizada por febre46, erupções na pele22 e linfadenopatia (aparecimento de íngua), e normalmente ocorrem dentro dos 2 primeiros meses de tratamento. Outras manifestações comuns incluem icterícia47 (cor amarelada da pele22 e olhos48), hepatomegalia49 (aumento de volume do fígado43), níveis elevados de transaminase sérica (um marcador da função das células50 do fígado43), leucocitose51 (aumento transitório no número de glóbulos brancos que são as células50 de defesa do sangue18) e eosinofilia52 (aumento do número de eosinófilos53, células50 específicas dentro do grupo de células50 brancas presentes no sangue18). A evolução clínica de hepatotoxicidade54 aguda de fenitoína varia de recuperação imediata á óbito55 (morte). Nestes pacientes com hepatotoxicidade54 aguda, o tratamento com fenitoína deve ser imediatamente descontinuado e não deve ser administrado novamente. Complicações hematopoiéticas, (alterações na quantidade e/ou qualidade das células50 do sangue18) algumas fatais, foram ocasionalmente relatadas como associadas à administração de fenitoína. Informe imediatamente seu médico se ocorrer trombocitopenia56 (diminuição no número de plaquetas57 sanguíneas), granuloma58 (lesão20 inflamatória) da medula óssea59 reversível, leucopenia60 (redução dos glóbulos brancos no sangue18), granulocitopenia (diminuição na contagem de granulócitos61 – células50 específicas dentro do grupo de células50 brancas (basófilos, eosinófilos53 e neutrófilos62), agranulocitose63 (ausência de granulócitos61) e pancitopenia64 (diminuição global das células50 do sangue18 (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas57) com ou sem supressão da medula óssea59 (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Um número de relatos sugeriu a existência de uma relação entre a administração de fenitoína e o desenvolvimento de linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo hiperplasia65 (aumento na quantidade de células50 em um tecido66 ou órgão, sem formação de tumor67) de nódulo68 linfático69 benigno, pseudolinfoma (infiltração benigna das células50 linfoides70), linfoma71 (doença neoplásica72 do tecido linfoide73) e doença de Hodgkin74 (doença maligna caracterizada por aumento progressivo de linfonodos75, baço76, e geralmente tecido linfoide73). Embora uma relação causa-efeito não tenha sido estabelecida, a ocorrência de linfadenopatia indica a necessidade em diferenciar esta doença de outros tipos de doença de nódulo68 linfático69. O comprometimento dos nódulos linfáticos pode ocorrer com ou sem sinais25 e sintomas38 semelhantes à doença do soro77 (reação alérgica11 que apresenta vários sintomas38), como por exemplo, febre46, rash26 (erupção78 da pele22) e comprometimento hepático (do fígado43).
Em todos os casos de linfadenopatia recomenda-se acompanhamento médico por período prolongado e todo esforço deve ser empregado para se alcançar o controle das crises utilizando-se medicamentos antiepilépticos alternativos.
O fígado43 é o principal órgão de transformação da fenitoína; portanto converse com o seu médico caso você tenha insuficiência hepática44, seja idoso, ou esteja gravemente doente, pois poderá apresentar sinais25 precoces de toxicidade79.
Uma pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína demonstrou ter metabolização lenta do medicamento. O lento metabolismo80 pode ser justificado pela disponibilidade enzimática limitada e falta de indução. Isto parece ser geneticamente determinado.
A fenitoína e outras hidantoínas são contraindicadas em pacientes que apresentaram hipersensibilidade à fenitoína (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”). Além disso, deve-se ter cautela ao utilizar medicamentos com estruturas similares (ex. barbitúricos, succinimidas, oxazolidinedionas e outros componentes relacionados) nestes mesmos pacientes.
A fenitoína deve ser administrada com cautela em casos de discrasias sanguíneas (qualquer alteração envolvendo os elementos celulares do sangue18, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas57), doença cardiovascular, diabetes mellitus81, função hepática82, renal83 ou tireoideana prejudicadas.
Considerando os relatos isolados associando a fenitoína à exacerbação da porfiria84 (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele22 e/ou com complicações neurológicas), deve-se ter cautela quando fenitoína for utilizada em pacientes com esta doença.
Relatou-se hiperglicemia85 (aumento na taxa de açúcar86 no sangue18) resultante de efeito inibitório da fenitoína na liberação de insulina87. A fenitoína pode também aumentar as concentrações séricas de glicose88 em pacientes diabéticos.
A osteomalácia89 (amolecimento e enfraquecimento do osso) foi associada ao tratamento com fenitoína devido à interferência da fenitoína no metabolismo80 da vitamina90 D.
A fenitoína não está indicada para crises devido à hipoglicemia91 (diminuição da taxa de açúcar86 no sangue18) ou a outras causas metabólicas. Procedimentos adequados de diagnóstico92 devem ser realizados nestes casos.
As concentrações plasmáticas de fenitoína acima do intervalo considerado ideal podem produzir estado de confusão mental como delírio93, psicose94 (alterações do comportamento) ou encefalopatia95 (comprometimento da função do cérebro3), ou raramente, disfunção cerebelar irreversível. Portanto, recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos aos primeiros sinais25 de toxicidade79 aguda. A redução da dose de fenitoína está indicada se a concentração de fenitoína for excessiva; caso os sintomas38 persistam, o tratamento com fenitoína deve ser descontinuado.
Foram relatados comportamentos ou intenções suicidas em pacientes tratados com medicamentos antiepilépticos em várias indicações. O mecanismo deste efeito não é conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um efeito aumentado para a fenitoína. Portanto, os pacientes devem ser monitorados quanto aos sinais25 de comportamento ou intenções suicidas e um tratamento adequado deve ser considerado. Informe ao médico caso surjam sinais25 de comportamento ou intenções suicidas.
Faça uma boa higiene dentária durante o tratamento com fenitoína, a fim de minimizar o desenvolvimento de hiperplasia65 gengival (aumento não inflamatório das gengivas produzido por fatores outros que a irritação local) e suas complicações.
Gravidez96 e amamentação97
Diversos relatos sugerem que o uso de medicamentos antiepilépticos por mulheres epilépticas pode levar a efeitos teratogênicos98 (que causa malformação99 durante a gestação) em crianças nascidas destas mulheres. A maioria dos casos está relacionada à fenitoína e ao fenobarbital, que são os medicamentos para tratar a convulsão100 mais comumente indicados pelos médicos.
Relatos informais ou menos sistemáticos sugerem uma possível associação similar com o uso de todos os medicamentos anticonvulsivantes conhecidos. Uma relação causa-efeito definitiva não foi estabelecida uma vez que fatores genéticos ou a própria epilepsia5 podem ter papel importante na causa de anomalias (malformação99) congênitas101 (ao nascimento).
A grande maioria das gestantes epilépticas tratadas com medicamento antiepiléptico tem bebês102 normais. Deve-se estar atento ao fato de que o tratamento antiepiléptico não deve ser interrompido em pacientes nas quais o medicamento previne a ocorrência de crises epilépticas de grande mal (que acometem todo o corpo), devido à alta possibilidade de antecipação do estado de mal epiléptico acompanhado de hipóxia103 falta de oxigênio em um ou mais tecidos) e de risco de morte. Em casos particulares, nos quais a gravidade e frequência das crises são tais que a retirada do medicamento não representa ameaça séria ao paciente, deve-se considerar a interrupção do tratamento antes ou durante a gravidez96, embora não exista segurança que mesmo crises epilépticas menores não representem algum perigo ao desenvolvimento do feto104.
Riscos à gestante: durante a gravidez96 pode ocorrer um aumento na frequência das crises epilépticas em uma grande proporção de pacientes, devido a alterações farmacocinéticas da fenitoína. Por isso, recomenda-se um monitoramento frequente dos níveis plasmáticos de fenitoína em mulheres grávidas como guia para um ajuste posológico adequado.
Contudo, após o parto, o paciente deverá verificar com seu médico a posologia a ser administrada.
Há um risco potencial de carcinogenicidade após a exposição in útero105 à fenitoína. Casos de neoplasia106 em crianças foram reportados na literatura.
Converse com seu médico, caso tenha epilepsia5 e tenha suspeita de gravidez96. O médico deve aconselhar você durante a gravidez96 e avaliar a relação risco/benefício.
Pode ocorrer um distúrbio de sangramento grave (que implica em risco de morte) relacionado a níveis reduzidos de fatores de coagulação107 que dependem da vitamina90 K em recém-nascidos cujas mães usaram fenitoína durante a gravidez96. Esta condição pode ser prevenida através do uso de vitamina90 K pela mãe antes do parto, e pelo recém-nascido após o parto.
Embora a fenitoína seja excretada no leite materno, há baixo risco aos recém-nascidos, desde que os níveis de fenitoína na mãe sejam mantidos dentro da faixa terapêutica108 (dose indicada para o tratamento).
Informe o seu médico se você está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez96.
Pacientes idosos
Pacientes idosos podem requerer doses menores. Converse com o seu médico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A fenitoína é extensivamente ligada às proteínas109 plasmáticas séricas e metabolizada pelas enzimas hepáticas110 CYP2C9 CYP2C19 do citocromo P450 e enzimas. Inibição do metabolismo80 pode produzir significante aumento nas concentrações circulantes de fenitoína e elevar o risco de toxicidade79 do fármaco111. A fenitoína é um potente indutor das enzimas hepáticas110 metabolizadoras de fármacos, incluindo CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP3A e UGT1A1. É recomendado que a concentração plasmática de fenitoína seja monitorada quando utilizada com terapia combinada112 e a dose deve ser ajustada, quando apropriado.
A fenitoína pode levar a redução da exposição a contraceptivos, albendazol, mebemdazol, ivabradina, tiagabina, lamotrigina, eslicarbazepina, topiramato e ciclosporina.
A fenitoína pode levar a redução da exposição a drogas antineoplásicas que são metabolizadas via CYP3A, CYP2B6, CYP2C9, UGT1A1 e/ou UGT1A4.
Eslicarbazepina, topiramato, cimetidina, omeprazol, estiripentol e fluoxetina podem levar a uma exposição elevada de fenitoína.
Ácido valpróico: quando coadministrado com a fenitoína, o ácido valpróico reduz a concentração plasmática total de fenitoína. Além disso, o ácido valpróico aumenta a forma livre da fenitoína com possíveis sintomas38 de superdose (o ácido valpróico desloca a fenitoína de seus sítios de ligação às proteínas109 plasmáticas e reduz seu catabolismo113 hepático (do fígado43)). Os níveis de metabólitos114 do ácido valpróico podem ser aumentados no caso de uso concomitante com a fenitoína. Portanto, se você estiver sendo tratado com estes dois fármacos você deve ser cuidadosamente monitorado para sinais25 de hiperamonemia (excesso de amônia no organismo).
Azapropazona: a azapropazona aumenta o risco de toxicidade79 uma vez que o uso concomitante aumenta a quantidade da fenitoína no sangue18. Informe ao seu médico, caso você também faça uso do medicamento azapropazona. O uso da azapropazona deve ser evitada nos pacientes que recebem tratamento com a fenitoína.
Barbituratos: informe ao seu médico, caso você faça uso de barbiturato, visto que os pacientes tratados com fenitoína e um barbiturato devem ser observados quanto aos sinais25 de intoxicação com fenitoína caso o barbiturato seja retirado.
Beclamida: casos individuais de leucopenia60 reversível foram associados com altas doses de beclamida (1,5 a 5g por dia) em associação com outros anticonvulsivantes (medicamentos que tratam a convulsão100) como barbitúricos e fenitoína.
Informe ao seu médico se está fazendo uso de beclamida.
Ciprofloxacino: quando coadministrado com a fenitoína, pode levar a uma diminuição da concentração dos níveis de fenitoína no sangue18.
Cloranfenicol: informe ao seu médico, caso você faça uso do medicamento cloranfenicol. Os pacientes recebendo simultaneamente fenitoína e cloranfenicol devem ser rigorosamente observados quanto aos sinais25 de intoxicação com a fenitoína, uma vez que o cloranfenicol reduz o metabolismo80 da fenitoína. A dose de anticonvulsivante deve ser reduzida, se necessário. A possibilidade de se usar um antibiótico alternativo deve ser considerada. Corticosteroides: a fenitoína aumenta o clearance (eliminação) do corticosteroide reduzindo sua eficácia. A eficácia terapêutica108 do agente corticosteroide deve ser monitorada; pode ser necessário um aumento na dose do corticosteroide da ordem de 2 vezes ou mais durante tratamento combinado com a fenitoína. Recomenda-se monitoramento periódico dos níveis de fenitoína uma vez que doses maiores de fenitoína também podem ser necessárias, considerando que o corticosteroide pode aumentar ou reduzir os níveis de fenitoína.
Delavirdina: o uso em associação de delavirdina e fenitoína não é recomendado devido à redução da quantidade no sangue18 da delavirdina observados nesta situação, em decorrência da indução do metabolismo80 da delavirdina.
Diltiazem: quando coadministrado com a fenitoína este medicamento pode aumentar a concentração de fenitoína no sangue18. Recomenda-se que a concentração plasmática de fenitoína seja monitorada.
Dissulfiram: este fármaco111 inibe o metabolismo80 hepático (no fígado43) da fenitoína. Caso você faça uso de dissulfiram e fenitoína, converse com seu médico, pois ele deverá monitorá-lo. A redução da dose de fenitoína pode ser necessária em alguns pacientes.
Estatinas metabolizadas pelo CYP3A4, como em particular atorvastatina, sinvastatina, lovastatina, fluvastatina e cerivastatina: a fenitoína pode diminuir a eficácia destes medicamentos. Portanto, informe ao seu médico, caso faça uso destes medicamentos.
Fenilbutazona: este fármaco111 aumenta o risco de toxicidade79 com a fenitoína, uma vez que reduz o metabolismo80 hepático da fenitoína e altera a fixação às proteínas109 plasmáticas. Converse com seu médico, caso você faça uso de fenilbutazona e fenitoína, o médico irá monitorá-lo quanto á sinais25 de intoxicação da fenitoína.
Fluconazol: a coadministração com fluconazol pode levar a uma maior exposição à fenitoina, o que pode levar a superdose do fármaco111.
Fluoracila e/ou prodrogas (como tegafur, gimeracila e oteracila): quando coadministrados com a fenitoína podem aumentar a concentração plasmática da fenitoína.
Folatos: os folatos reduzem a eficácia da fenitoína. O uso concomitante do ácido fólico com a fenitoína resultou num aumento da frequência de crises convulsivas e na redução dos níveis de fenitoína em alguns pacientes. A fenitoína tem potencial de diminuir os níveis plasmáticos de folato e, portanto, deve ser evitada durante a gravidez96.
Hidróxido de alumínio: a administração simultânea da fenitoína com hidróxido de alumínio pode acarretar na diminuição da concentração sérica (quantidade no sangue18) da fenitoína.
Imatinibe: o uso concomitante de imatinibe e fenitoína reduz as concentrações plasmáticas do imatinibe devido à indução do seu metabolismo80. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Irinotecano: o uso concomitante de irinotecano e fenitoína reduz a exposição ao irinotecano e ao seu metabólito115 ativo.
Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Isoniazida: informe ao seu médico, caso faça uso de isoniazida e fenitoína. Os pacientes recebendo ambos os fármacos devem ser rigorosamente observados quanto aos sinais25 de toxicidade79 da fenitoína.
Lidocaína: a lidocaína e a fenitoína pertencem à classe dos antiarrítmicos IB (medicamentos usados para arritmia14 (descompasso dos batimentos do coração9)). O uso concomitante pode resultar em depressão cardíaca aditiva. Além disso, existem evidências de que a fenitoína possa estimular o metabolismo80 no fígado43 da lidocaína resultando em uma redução da concentração sérica da lidocaína. O uso combinado deve ser administrado com cautela. O status cardíaco do paciente deve ser monitorado. Se possível, o tratamento concomitante deve ser evitado em pacientes com doença cardíaca conhecida.
Lopinavir: o uso concomitante de fenitoína e lopinavir pode resultar numa redução da concentração plasmática do lopinavir e pode causar redução na concentração da fenitoína. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Metotrexato: a administração concomitante de metotrexato e fenitoína reduz a eficácia da fenitoína devido à redução da sua absorção gástrica (no estômago116). Além disso, há um aumento no risco de toxicidade79 do metotrexato. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Posaconazol: a coadministração com a fenitoína, pode resultar na redução da concentração de posaconazol e no aumento da concentração de fenitoína. O uso concomitante de fenitoína e posaconazol deve ser evitado a menos que o potencial benefício justifique claramente o potencial risco. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Quetiapina: a coadministração de quetiapina e fenitoína reduz a eficácia da quetiapina pode ser necessário aumentar as doses de quetiapina para manter o controle dos sintomas38 psicóticos nos pacientes recebendo tratamento combinado.
Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Salicilatos: altas doses de salicilatos podem aumentar a concentração da fenitoína livre (ativa) no plasma117. Altas doses de salicilatos devem ser administradas com cautela a pacientes em tratamento com fenitoína, especialmente se os pacientes parecem propensos à intoxicação. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Sulfonamidas: podem aumentar os riscos de toxicidade79 da fenitoína. Pode ser necessária uma redução na dose de fenitoína durante tratamento concomitante. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Tacrolimo: quando estes fármacos são utilizados concomitantemente, os pacientes devem ser monitorados quanto à redução das concentrações plasmáticas do tacrolimo e consequente redução de sua eficácia. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Tipranavir: recomenda-se cautela quando a fenitoína for prescrita a pacientes que estejam recebendo tipranavir. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Voriconazol: a fenitoína, quando administrada concomitantemente com o voriconazol, induz o metabolismo80 do voriconazol reduzindo o metabolismo80 da fenitoína. Recomenda-se um monitoramento frequente das concentrações de fenitoína e dos eventos adversos relacionados a fenitoína durante a coadministração.
A fenitoína pode ser coadministrada com o voriconazol, se a dose de manutenção do voriconazol for aumentada de 4 mg/kg para 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, ou de 200 mg para 400 mg por via oral a cada 12 horas (100 mg para 200 mg oral a cada 12 horas em pacientes com menos de 40 kg). Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Erva de São João: o uso em associação com a fenitoína reduz a eficácia da fenitoína. O uso concomitante deve ser evitado. Caso o paciente continue o tratamento com Erva de São João durante terapia com a fenitoína, ele deve tomá-la de uma fonte confiável que assegure uma quantidade estável de ingrediente ativo. Além disso, os níveis de fenitoína devem ser monitorados e estabilizados e os sintomas38 de ausência de eficácia (aumento de crises epilépticas) devem ser cuidadosamente monitorados. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Etanol: a ingestão aguda de álcool pode aumentar as concentrações plasmáticas de fenitoína, enquanto que seu uso crônico118 pode diminuí-las. Os pacientes epilépticos que fazem uso crônico118 do álcool devem ser rigorosamente observados quanto ao decréscimo dos efeitos anticonvulsivantes. É necessário um acompanhamento rotineiro da concentração plasmática da fenitoína.
Interações entre Preparações Nutricionais/Alimentação Enteral: relatos da literatura sugerem que pacientes que receberam preparações nutricionais enteral e/ou equivalentes de suplementos nutricionais têm níveis plasmáticos de fenitoína menores que os esperados. Portanto, sugere-se que fenitoína não seja administrada concomitantemente com preparação nutricional enteral. Nestes pacientes, pode ser necessária a monitoração mais frequente dos níveis séricos de fenitoína.
Interações com Testes Laboratoriais
A fenitoína pode causar diminuição dos níveis séricos de T4. Também pode produzir valores menores que os normais para teste de metirapona ou dexametasona. A fenitoína pode causar níveis séricos aumentados de glicose88, fosfatase alcalina119 e gama glutamil transpeptidase.
Deve se ter cautela quando métodos imunoanalíticos forem utilizados para mensurar as concentrações plasmáticas de fenitoína.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde120.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°c). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Modo de usar
- Segure a ampola inclinada a um ângulo de aproximadamente 45°.
- Apoie a ponta dos polegares no estrangulamento da ampola.
- Com o dedo indicador envolva a parte superior da ampola, pressionando-a para trás até sua abertura.
Pacientes recebendo fenitoína devem ser alertados da importância de respeitarem estritamente o regime de dose prescrito.
Posologia
Quando for necessário efeito imediato, como nos controles de uma crise aguda e no estado de mal epiléptico, recomenda-se a forma injetável, preferencialmente pela via intravenosa. A interrupção do tratamento deve ser feita de forma gradual (Vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
As recomendações para administração devem ser seguidas e cada injeção33 ou infusão intravenosa de fenitoína deve ser precedida e seguida de uma injeção33 de solução salina estéril através da mesma agulha ou cateter para evitar irritação venosa local devido à alcalinidade da solução (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”). Instruções para administração de fenitoína injetável
Não é recomendada a adição da solução injetável de fenitoína a soluções para infusão intravenosa devido à sua baixa solubilidade e à consequente possibilidade de precipitação. Entretanto, alguns médicos sugerem que a infusão intravenosa seja razoável em diluição compatível, como forma de se evitar alguns efeitos adversos relacionados à aplicação intravenosa direta. A fenitoína é mais estável em soluções salinas, portanto, a soluções de cloreto de sódio 0,9% deve ser a escolha no caso da necessidade de diluição do medicamento. As diluições com soluções glicosadas normalmente precipitam o produto e não estão indicadas.
A infusão deve ser realizada por curtos períodos utilizando filtro de 0,22micras (utilizado entre o equipo e o paciente, para retirar os cristais que possivelmente tenham se formado em consequência de precipitação).
Segue abaixo a posologia de fenitoína por indicação terapêutica108:
Uso adulto
Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 100 - 200 mg IM a cada 4 horas durante a cirurgia com continuidade no período pós-operatório. Dose usual de manutenção de 300 a 400 mg/dia (dose máxima de 600 mg/dia).
Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor4 e temporal): 100mg três vezes ao dia, dose de manutenção usual de 300 – 400mg/dia (dose máxima de 600mg/dia).
Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 – 15mg/kg IV (não exceder 50 mg/min), seguido por dose de manutenção de 100mg por via oral ou intravenosa a cada 6 a 8 horas.
Uso em crianças
Crianças com mais de 6 anos e adolescentes podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
A administração intramuscular (IM) não está recomendada em crianças.
Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 5 mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300 mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8 mg/kg/dia; Crianças com mais de 6 anos podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor4 e temporal): 5 mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300 mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8 mg/kg/dia; Crianças com mais de 6 anos podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 – 15mg/kg por via intravenosa (não exceder 1 a 3mg/kg/dia).
Populações especiais
Pacientes idosos: inicialmente 3mg/kg/dia em doses divididas; a dose deve ser ajustada de acordo com as concentrações séricas de hidantoína e de acordo com a resposta do paciente. A eliminação da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes idosos podem requerer doses menores.
Hipoalbuminemia121: pacientes hipoalbuminêmicos (estado, cujo nível de albumina122 sérica está abaixo do normal) concentração de fenitoína sérica normal em pacientes não hipoalbuminêmicos = concentração de fenitoína sérica observada em pacientes hipoalbuminêmicos, dividido por 0,25 vezes a concentração de albumina122 mais 0,1.
Pacientes com doença hepática82: pode haver um aumento da concentração de fenitoína livre em pacientes com insuficiência hepática44 (redução da função do fígado43); a análise das concentrações de fenitoína livre pode ser útil nestes pacientes.
Pacientes obesos: a dose de ataque intravenosa deve ser calculada com base no peso corpóreo ideal mais 1,33 vezes o excesso de peso com relação ao peso ideal, considerando que a fenitoína é preferencialmente distribuída em gordura123.
Gravidez96: as necessidades de fenitoína são maiores durante a gravidez96, requerendo um aumento na dose em algumas pacientes. Após o parto, a dose deve ser reduzida para evitar toxicidade79.
Pacientes com insuficiência renal124 (redução da função dos rins125): pode haver um aumento da concentração de fenitoína livre em pacientes com doença renal83; a análise das concentrações de fenitoína livre pode ser útil nestes pacientes.
Não há estudos dos efeitos de fenitoína sódica administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou intramuscular.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo (quando aplicável).
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Não interromper ou modificar o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Sistema Nervoso Central126: as manifestações mais comuns observadas com o uso de fenitoína estão relacionadas a este sistema e são normalmente relacionadas à dose. Estas incluem nistagmo127 (movimento não controlado, rápido e repetitivo do globo ocular128), ataxia129 (falta de coordenação dos movimentos e equilíbrio), dificuldade na fala, redução na coordenação e confusão mental. Foram também observadas vertigem130 (tontura131), insônia (dificuldade para dormir), nervosismo transitório, contração da musculatura e cefaleia132 (dor de cabeça133). Foram também relatados raros casos de discinesia (movimentos sem controle e anormais do corpo) induzida por fenitoína, incluindo coreia (movimentos de convulsão100), distonia134 (contrações sem controle dos músculos2), tremor e asterixe (movimentos anormais que afetam principalmente as extremidades, tronco ou mandíbula135), similares aqueles induzidos pela fenotiazina e outros fármacos neurolépticos136. Polineuropatia periférica (doença dos nervos periféricos múltiplos simultaneamente), predominantemente sensorial foi observada nos pacientes recebendo tratamento a longo prazo com a fenitoína.
Distúrbios cognitivos137 tais como comprometimento da memória, amnésia138, distúrbios de atenção e afasia139 (perturbação da formulação e compreensão da linguagem).
Sistema gastrintestinal: náusea140 (enjoo), vômitos141, constipação142 (prisão de ventre), hepatite143 tóxica (inflamação32 do fígado43) e dano hepático (do fígado43).
Sistema tegumentar144 (pele e tecido subcutâneo145): manifestações dermatológicas algumas vezes acompanhadas de febre46 incluíram rash26 (erupções cutâneas146) morbiliforme e escarlatiniforme. O rash26 morbiliforme (semelhante ao sarampo31) é o mais comum; outros tipos de dermatites são observados mais raramente. Outras formas mais graves que podem ser fatais incluíram dermatite147 bolhosa (manifestação com bolhas na pele22), esfoliativa (alteração da pele22 acompanhada de descamação37) ou purpúrica (extravasamento de sangue18 para fora dos capilares148 da pele22 ou mucosa28 formando manchas roxas), lúpus29 eritematoso30 (doença multissistêmica autoimune149), Síndrome7 de Stevens-Jonhson (forma grave de reação alérgica11 caracterizada por bolhas em mucosas150 e grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica tóxica24 (quadro grave com erupção78 generalizada na pele22, bolhas rasas extensas e áreas de necrose36) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Sistema hemopoiético (sangue18): complicações hemopoiéticas (das células50 do sangue18), algumas fatais, foram ocasionalmente relatadas em associação com o uso da fenitoína. Estas incluíram trombocitopenia56 (diminuição no número de plaquetas57 sanguíneas), leucopenia60, granulocitopenia, agranulocitose63 e pancitopenia64 com ou sem supressão da medula óssea59. Embora tenham ocorrido macrocitose (aumento na quantidade de macrócitos no sangue18) e anemia megaloblástica151 (com aumento na quantidade de megaloblastos), estas condições correspondem geralmente à terapia com ácido fólico.
Foram relatados casos de linfadenopatia incluindo hiperplasia65 de nódulo68 linfático69 benigna, pseudolinfoma, linfoma71 e doença de Hodgkin74.
Sistema do tecido conectivo152 e musculoesquelético: acentuação das características faciais, aumento dos lábios, hiperplasia65 gengival, hipertricose153 (crescimento excessivo de pelo em locais inadequados, como nas extremidades, cabeça133 e costas154) e doença de Peyronie (caracterizada por endurecimento do pênis155 que pode causar uma deformidade dolorosa). Edema34, descoloração e dor que ocorrem no local da injeção33 (descrito como “Síndrome da luva roxa”) (vide “6. Como devo usar este medicamento?” e “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Osteopenia (fraqueza dos ossos, mas não tão intensa quanto a osteoporose156), osteoporose156 (doença caracterizada por fragilidade dos ossos), fraturas e diminuição da densidade mineral óssea, em pacientes em tratamento de longo prazo com fenitoína.
Sistema Cardiovascular157: parada cardíaca (do coração9) e periarterite nodosa (inflamação32 que leva à morte celular e ocorre principalmente nas artérias158 onde podem ocorrer dilatação e rompimentos das mesmas) foram relatados com o tratamento oral de fenitoína. A rápida administração intravenosa de fenitoína pode resultar em hipotensão13, bradicardia10 (diminuição da frequência cardíaca) e outras disritmias.
Sistema Imunológico159: síndrome7 de hipersensibilidade (alergia12 ou intolerância) (no qual se pode incluir, mas não se limitar aos sintomas38 tais como artralgia160 (dor nas articulações161), febre46, disfunção hepática82, linfadenopatia ou rash26), lúpus29 eritematoso30 sistêmico162 (doença multissistêmica autoimune149), anormalidades de imunoglobulinas163 (proteínas109 que atuam na proteção do organismo).
A incidência164 dos eventos adversos tendem a aumentar tanto em função do aumento da dose quanto do aumento da velocidade de infusão.
Os eventos clínicos adversos mais importantes causados pela administração intravenosa de fenitoína são colapso165 cardiovascular e/ ou depressão do sistema nervoso central126. Hipotensão13 pode ocorrer se o fármaco111 for administrado rapidamente pela via intravenosa. Os eventos adversos clínicos mais comumente observados com o uso de fenitoína em estudos clínicos foram: nistagmo127 (movimento involuntários dos olhos48), vertigem130 (tontura131), prurido166 (coceira), parestesia167 (sensações como ardor168, formigamento e coceira, percebidos na pele22), cefaleia132, sonolência e ataxia129 (falta de coordenação dos movimentos). Com duas exceções, estes eventos são comumente associados à administração intravenosa da fenitoína. Parestesia167 e prurido166, entretanto, foram muito mais frequentemente associados à administração intravenosa do que com a administração intramuscular de fenitoína. Estas sensações, geralmente descritas como prurido166, queimaduras ou formigamento não foram normalmente observadas no local da infusão. O local do desconforto variou, sendo a virilha mencionada mais frequentemente como o local envolvido.
Parestesia167 e prurido166 foram eventos transitórios que ocorreram dentro de alguns minutos após o início da infusão e que geralmente desapareceram 10 minutos após a infusão de fenitoína solução injetável. Alguns pacientes apresentaram sintomas38 durante horas. Estes eventos não aumentaram em gravidade com a administração repetida.
Eventos adversos ou alterações clínicas laboratoriais concomitantes sugerindo processo alérgico não foram observados.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
A dose letal em pacientes pediátricos, ainda não é conhecida.
A dose letal em adultos é estimada em 2 a 5g. Os sintomas38 iniciais são: nistagmo127, ataxia129 e disartria169 (dificuldade de articular as palavras). Outros sinais25 são: tremor, hiper-reflexia (síndrome7 associada com danos à medula espinal170), letargia171 (estado geral de lentidão, desatenção ou desinteresse), fala arrastada, náuseas172, vômitos141. O paciente pode tornar-se comatoso (em estado de coma173) e hipotensivo (pressão baixa). A morte ocorre em decorrência da depressão respiratória e circulatória.
Existem variações acentuadas entre os indivíduos em relação aos níveis séricos de fenitoína em que pode ocorrer toxicidade79. Diversas manifestações clínicas podem acontecer dependendo das concentrações de fenitoína no sangue18. Entre elas temos o nistagmo127, a ataxia129 a disartria169 (dificuldade em falar) e letargia171 (lentidão). Caso qualquer manifestação dessa apareçam, o médico deverá ser comunicado.
O tratamento não é específico já que não existe um antídoto174 conhecido.
O funcionamento adequado dos sistemas respiratório e circulatório deve ser cuidadosamente monitorado e, se necessário, deverão ser instituídas medidas de suporte adequadas.
Se o reflexo de vômito175 estiver ausente, as vias aéreas devem ser mantidas desobstruídas. Pode ser necessário o uso de oxigênio, vasopressores e ventilação176 assistida para depressões do SNC177, respiratória e cardiovascular.
Finalmente, pode-se considerar o uso da hemodiálise178 uma vez que a fenitoína não é completamente ligada às proteínas109 plasmáticas (do sangue18).
Transfusões sanguíneas totais têm sido utilizadas no tratamento de intoxicações severas em pacientes pediátricos.
Na superdosagem aguda, deve-se considerar a possibilidade da presença de outros depressores do SNC177, incluindo o álcool.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
M.S. no 1.0370.0507
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