

Evoterin
FARMARIN INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Evoterin®
Nome genérico: cloridrato de irinotecano tri-hidratado
APRESENTAÇÕES
EVOTERIN® 40 mg: solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de vidro âmbar com 2 mL de solução.
EVOTERIN® 100 mg: solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de vidro âmbar com 5 mL de solução.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO1
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável de EVOTERIN® contém 20 mg de cloridrato de irinotecano tri- hidratado equivalente a 17,33 mg de irinotecano.
Excipientes: sorbitol2, ácido láctico, água para injetáveis e hidróxido de sódio ou ácido clorídrico.
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado.
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
EVOTERIN® (cloridrato de irinotecano tri-hidratado) é indicado como agente único ou combinado no tratamento de pacientes com:
- Carcinoma3 metastático do cólon4 ou reto5 não tratado previamente;
- Carcinoma3 metastático do cólon4 ou reto5 que tenha recorrido (voltado) ou progredido (piorado) após terapia anterior com 5-fluoruracila;
- Neoplasia6 pulmonar de células7 pequenas e não pequenas;
- Neoplasia6 de colo8 de útero9;
- Neoplasia6 de ovário10;
- Neoplasia6 gástrica recorrente ou inoperável.
EVOTERIN® está indicado para tratamento como agente único de pacientes com:
- Neoplasia6 de mama11 inoperável ou recorrente;
- Carcinoma3 de células7 escamosas da pele12;
- Linfomas.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
EVOTERIN® é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de neoplasia6) que age interagindo com a enzima13 topoisomerase I, uma enzima13 importante no processo de multiplicação das células7. O bloqueio desta enzima13 causa um erro no funcionamento das células7 tumorais, levando-as a morte. As concentrações máximas do metabólito14 ativo (da substância ativa) de EVOTERIN® são atingidas, geralmente, dentro de 1 hora após o término de uma infusão (administração por uma veia) de 90 minutos do produto.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
EVOTERIN® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia15) conhecida ao fármaco16 ou a qualquer componente da fórmula.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Administração: EVOTERIN® deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico com experiência no uso de agentes quimioterápicos (medicamentos) para neoplasia6.
O uso de EVOTERIN® nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos benefícios e riscos esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos:
- em pacientes que apresentam um fator de risco17 (particularmente os com performance status = 2 OMS) (índice que reflete o estado geral do paciente).
- em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos adversos (necessidade de tratamento imediato e prolongado contra diarreia18 combinado a alto consumo de líquido no início da diarreia18 tardia). Recomenda-se supervisão hospitalar a tais pacientes.
Sintomas19 colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas19 colinérgicos (sintomas19 desencadeados devido à liberação de substâncias chamadas neurotransmissores que controlam várias funções do organismo) como rinite20, salivação aumentada, miose21 (fechamento da pupila), lacrimejamento, diaforese22 (aumento da produção de suor), rubor (vasodilatação), bradicardia23 (diminuição na frequência cardíaca) e aumento do peristaltismo24 (movimento) intestinal que pode causar cólicas25 abdominais e diarreia18 em fase inicial da administração (por ex.: diarreia18 ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de irinotecano). Esses sintomas19 podem ser observados durante, ou logo após, a infusão de irinotecano, devendo ocorrer mais frequentemente com doses mais altas. Em pacientes com sintomas19 colinérgicos a administração terapêutica26 (uso que visa o tratamento), ou profilática (uso que visa a prevenção), de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa (pela veia) ou subcutânea27 (abaixo da pele12) deve ser considerada (a não ser que contraindicada clinicamente). A definição do uso dessa medicação cabe ao médico que está acompanhando o paciente.
Extravasamento: embora o irinotecano não seja, sabidamente, vesicante (irritante da veia onde o produto está sendo administrado), deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento (administração da medicação fora da veia) e observar o local da infusão (administração da medicação por veia) quanto a sinais28 inflamatórios (aumento de calor local, avermelhamento, dor). Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para “lavar” o local de acesso e aplicação de gelo.
Hepático: em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) foram observadas, em menos de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas29 (testes que avaliam a função do fígado30). Esses eventos ocorrem tipicamente em pacientes com metástases31 (tumores à distância) hepáticas32 conhecidas e não estão claramente relacionados ao irinotecano.
Hematológico: o irinotecano frequentemente causa diminuição do número de células7 do sistema de defesa do organismo e anemia33, inclusive graves, devendo ser evitado em pacientes com insuficiência34 aguda (mau funcionamento agudo35) grave da medula óssea36 (órgão responsável pela produção das células sanguíneas37). A trombocitopenia38 (queda na contagem de plaquetas39-células sanguíneas37 responsáveis pela coagulação40) grave é incomum. Nos estudos clínicos, a frequência de neutropenia41 (diminuição de um tipo de células7 de defesa no sangue42: neutrófilos43) foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido previamente irradiação (radioterapia44) pélvica45/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal irradiação.
Neutropenia41 febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos43, que evoluíram com febre46) ocorreu em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse47 (infecção48 generalizada) após neutropenia41 grave foram relatadas em pacientes tratados com irinotecano. A terapia com irinotecano deve ser temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia41 febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos43 cair abaixo de 1000/mm3. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia41 não febril clinicamente significativa.
Pacientes com atividade de UGT1A1 reduzida: dados de uma revisão de estudos indicaram que indivíduos com síndrome49 Crigler-Najjar (tipos 1 e 2) ou aqueles considerados homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para o par de genes UGT1A1*28 (síndrome49 de Gilbert) correm um risco elevado de toxicidade50 no sangue42 após a administração de doses moderada a altas de irinotecano. A relação entre o genótipo51 (o que está definido nos genes de cada pessoa) UGT1A1 e a indução de diarreia18 pelo irinotecano não foi estabelecida.
Em pacientes homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para UGT1A1*28 deve ser administrada a dose inicial normal indicada para irinotecano. Entretanto, estes pacientes devem ser monitorados quanto à toxicidade50 no sangue42. Uma dose inicial reduzida de irinotecano deve ser considerada em pacientes que já tenham sofrido toxicidade50 no sangue42 com tratamento anterior. A redução exata da dose inicial nesses pacientes não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente, devem ser baseadas na tolerância individual do paciente ao tratamento.
Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia15), inclusive reações anafilática/anafilactoide52 graves (reação alérgica53 grave).
Efeitos imunossupressores/Aumento da suscetibilidade a infecções54: a administração de vacinas com microrganismos vivos ou atenuados (mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo irinotecano, pode resultar em infecções54 graves ou fatais. A vacinação com vacinas contendo microrganismos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo irinotecano. As vacinas com microrganismos mortos ou inativados podem ser administradas, no entanto, a resposta a esta vacina55 pode ser diminuída.
Diarreia18 tardia: a diarreia18 tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser prolongada e pode levar à desidratação56, desequilíbrio eletrolítico (dos eletrólitos57 – substâncias como sódio e potássio – presentes no sangue42) ou sepse47 (infecção48 generalizada), constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema posológico a cada 3 semanas, a diarreia18 tardia surgiu, em média, após 5 dias da infusão de irinotecano. Nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio foi de 11 dias. Nos pacientes que começaram o tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer Grau de diarreia18 tardia foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram diarreia18 mais intensa, o tempo médio de duração de todo o episódio de diarreia18 foi de 7 dias. Resultados de um estudo de um esquema semanal de tratamento não demonstraram diferença na taxa de diarreia18 tardia em pacientes com 65 anos ou mais em relação a pacientes com menos de 65 anos. Entretanto, pacientes com 65 anos ou mais, devem ser monitorados de perto devido ao risco aumentado de diarreia18 precoce observada nesta população. Ulceração58 (formação de feridas) do cólon4 (do intestino grosso59), algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarreia18 induzida pelo irinotecano.
Se ocorrer diarreia18, o médico responsável deve ser avisado e ele tomará as medidas necessárias. A diarreia18 tardia deve ser tratada com loperamida (medicamento que trata os sintomas19 diarreicos) imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes amolecidas, ou sem consistência, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada. Em caso de desidratação56, devem ser realizadas reposições hídrica (de água) e eletrolítica (de eletrólitos57, substâncias como sódio e potássio), através de soro60 caseiro ou preparações semelhantes. Se os pacientes apresentarem íleo paralítico61 (parada dos movimentos intestinais), febre46 ou neutropenia41 (diminuição de um tipo de células7 de defesa no sangue42: neutrófilos43) grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarreia18, nos seguintes casos:
- diarreia18 com febre46;
- diarreia18 grave (requerendo hidratação intravenosa);
- pacientes com vômito62 associado à diarreia18 tardia;
- diarreia18 persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida.
Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser iniciados quando a função intestinal (número e quantidade de evacuações) do paciente retornar ao padrão pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarreica. Se ocorrer diarreia18 grave a administração de irinotecano deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim que o paciente se recuperar.
Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não devem ser tratados com irinotecano.
Náuseas63 e vômitos64: irinotecano é emetogênico65 (provoca vômito62), como os quadros de náuseas63 e vômitos64 podem ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do irinotecano, recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos66 (medicamentos que combatem náusea67 e vômitos64) pelo menos 30 minutos antes da infusão de irinotecano. O médico também deve considerar a utilização subsequente de esquema de tratamento antiemético68 se necessário. Pacientes com vômito62 associado à diarreia18 tardia devem ser hospitalizados assim que possível para tratamento.
Neurológico: tontura69 foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática70 de hipotensão71 ortostática (queda da pressão arterial72 relacionada a posição em pé) em pacientes com desidratação56.
Renal73: elevações dos níveis séricos (no sangue42) de creatinina74 ou ureia75 (substâncias que indicam a função renal73) foram observadas. Ocorreram casos de insuficiência renal76 aguda (prejuízo na função dos rins77). Esses eventos foram atribuídos a complicações infecciosas ou à desidratação56, relacionada à náusea67, vômitos64 ou diarreia18. Há raros relatos de disfunção renal73 (mau funcionamento dos rins77) decorrente de síndrome49 de lise78 tumoral (série de alterações do organismo decorrentes da destruição das células7 tumorais).
Respiratório: observou-se um tipo de dispneia79 (falta de ar); mas é desconhecido o quanto doenças pré-existentes e/ou envolvimento pulmonar maligno (presença de tumor80 no pulmão81) contribuem para o quadro. Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome49 pulmonar, com potencial de morte, que se apresenta através de dispneia79, febre46 e de um padrão reticulonodular na radiografia de tórax82 (padrão de radiografia de tórax82). Porém, o quanto irinotecano contribuiu para estes eventos é desconhecido, pois os pacientes também apresentavam tumores pulmonares e, alguns, doença pulmonar não maligna preexistente.
Doença pulmonar intersticial83 (tipo de comprometimento pulmonar), manifestada através de infiltrado pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecano. São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação: doenças pulmonares pré-existentes, uso de medicamentos pneumotóxicos (tóxicos para os pulmões84), radioterapia44 (tratamento com radiação) e uso de fatores de estimulação de colônias (substâncias que agem na medula óssea36 estimulando a produção de células sanguíneas37). Na presença de um ou mais destes fatores o paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas19 respiratórios antes e durante a terapia com irinotecano.
Outros: uma vez que este produto contém sorbitol2, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância hereditária à frutose85.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar86, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes87.
Uso em Populações Especiais
Pediátrico: a eficácia de irinotecano em pacientes pediátricos não foi estabelecida.
Idosos: recomendações específicas de dosagem podem se aplicar a essa população e dependem do esquema utilizado.
Insuficiência Hepática88: em pacientes com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina89 no sangue42), o clearance do irinotecano é diminuído e, portanto, o risco de hematotoxicidade (toxicidade50 das células sanguíneas37) é aumentado. O uso de irinotecano em pacientes com concentração de bilirrubina89 sérica total acima de 3,0 x o limite superior estabelecido pelo laboratório, administrado como agente único no esquema terapêutico de uma a cada 3 semanas ainda não foi estabelecida (vide questão 6. Como devo usar este medicamento?) A função hepática90 (do fígado30) basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado.
Radioterapia44: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica45/abdominal têm maior risco de mielossupressão (diminuição da função da medula óssea36, órgão responsável pela produção das células sanguíneas37) após a administração de irinotecano. Estes casos exigem cautela no tratamento de pacientes com extensa radiação prévia. Dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias.
Performance Status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de performance status (estado geral do paciente) possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para pacientes91 com ECOG performance status de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado. Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber irinotecano. Em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) que compararam pacientes recebendo irinotecano/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia41 febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos43, que evoluíram com febre46), tromboembolismo92 (formação de coágulo93 dentro de vaso sanguíneo), descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1.
Neoplasia6 gástrica: pacientes com neoplasia6 gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades quando o irinotecano é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses pacientes.
Uso durante a Gravidez94
Estudos mostram que o irinotecano é teratogênico95 (causa malformação96) em ratos e coelhos. O irinotecano pode causar danos ao feto97 quando administrado a mulheres grávidas. Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Caso o irinotecano seja utilizado durante a gravidez94 ou a paciente fique grávida enquanto estiver recebendo esse medicamento, ela deve ser informada dos riscos potenciais ao feto97. As mulheres em idade fértil devem ser orientadas a evitar a gravidez94 enquanto estiverem sendo tratadas com este produto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez94.
Uso durante a Lactação98
Cinco minutos após a administração IV de irinotecano marcado (medicamento marcado com radioatividade) em ratas, detectou-se radioatividade no leite, com concentrações plasmáticas (no sangue42) até 65 vezes maiores do que as obtidas no plasma99 (no sangue42) 4 horas após a administração.
Assim, devido a muitos medicamentos serem excretados no leite materno e o potencial para reações adversas graves em lactentes100 (crianças que mamam ao peito101), recomenda-se que a amamentação102 seja descontinuada durante o tratamento com o produto.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito do irinotecano sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura69 ou distúrbios visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas após a administração de irinotecano, e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas19 ocorrerem.
Interações Medicamentosas
A coadministração (ao mesmo tempo) de EVOTERIN® com inibidores de suas enzimas metabolizadoras (enzimas que transformam o medicamento) pode resultar em maior exposição ao EVOTERIN® e seu metabólito14 ativo SN-38 (substância ativa). Médicos devem levar isso em consideração ao administrar EVOTERIN® com estes medicamentos.
- cetoconazol: o clearance (eliminação) do irinotecano é reduzido significativamente em pacientes recebendo concomitantemente cetoconazol (tipo de antifúngico), aumentando assim a exposição ao SN-38. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o tratamento com EVOTERIN® e não deve ser administrado durante a terapia com o irinotecano.
- sulfato de atazanavir: tem o potencial de aumentar a exposição sistêmica ao SN-38 o metabólito14 ativo do irinotecano.
Médicos devem levar isso em consideração ao coadministrarem estes medicamentos. - anticonvulsivantes: a coadministração de anticonvulsivantes indutores enzimáticos do CYP3A (medicamentos que previnem a ocorrência de convulsões, e que são metabolizados pelo fígado30) (ex., carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) reduzem a exposição ao metabólito14 ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da terapia com EVOTERIN® em pacientes que requerem tratamento com anticonvulsivantes.
- erva de São João (Hypericum perforatum): a exposição ao metabólito14 SN-38 é reduzida em pacientes recebendo a erva de São João concomitantemente. A erva de São João deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo de irinotecano, e não deve ser administrada durante a quimioterapia103 com o EVOTERIN®.
- bloqueadores neuromusculares: a interação entre irinotecano e bloqueadores neuromusculares (uma classe de medicamentos que bloqueia a interação entre nervos e músculos104) não pode ser descartada, uma vez que ele pode prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio (um tipo de bloqueador neuromuscular) e antagonizar (bloquear o efeito) de outros bloqueadores neuromusculares.
- agentes antineoplásicos: eventos de irinotecano, como a mielossupressão (diminuição da função da medula óssea36, órgão responsável pela produção das células sanguíneas37) e a diarreia18, podem ser exacerbados (aumentados) pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes.
- dexametasona: foi relatada linfocitopenia (redução do número de linfócitos, células sanguíneas37 de defesa) em pacientes em tratamento com irinotecano, sendo possível que a administração de dexametasona como profilaxia (ação preventiva) antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência de linfocitopenia. Contudo, não foram observadas infecções54 graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à linfocitopenia.
Foi também relatada hiperglicemia105 (concentração elevada de glicose106 no sangue42) em pacientes com um histórico de diabetes mellitus107 ou evidência de intolerância à glicose106 previamente à administração de irinotecano. É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia (prevenção) antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia105 em alguns pacientes. - laxantes108: é esperado que laxantes108 (que estimulam eliminação das fezes) usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência109 ou gravidade da diarreia18.
- diuréticos110: desidratação56 secundária a vômitos64 e/ou diarreia18 pode ser induzida pelo irinotecano. O médico pode considerar a suspensão do diurético111 (medicamento que atua no rim112) durante o tratamento com o irinotecano e durante períodos ativos de vômitos64 e diarreia18.
- bevacizumabe: resultados de um estudo específico de interação medicamentosa demonstraram nenhum efeito significativo do bevacizumabe (tipo de antineoplásico – anticorpo113 monoclonal) na farmacocinética de irinotecano e seu metabólito14 ativo SN-38.
- vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas (microrganismos mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos (imunidade114 diminuída) por agentes quimioterápicos, incluindo irinotecano, pode resultar em infecções54 graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo irinotecano. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde115.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
EVOTERIN® deve ser conservado em local fresco (25ºC), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a utilização.
O medicamento não deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não utilizada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: EVOTERIN® apresenta-se na forma de solução límpida, coloração amarelo-pálido a levemente amarelada, livre de partículas visíveis. O produto apresenta odor característico.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Precauções no Preparo e Administração
EVOTERIN® deve ser preparado exclusivamente por um profissional habilitado.
Posologia
Todas as doses de EVOTERIN® devem ser administradas em infusão intravenosa (dentro da veia) ao longo de 30 a 90 minutos.
EVOTERIN® é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento deverão ser determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo de neoplasia6 e a resposta ao tratamento. Para maiores informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico ou a bula específica para o profissional de saúde115.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia103 com esse medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião- dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As seguintes reações adversas foram observadas durante os estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) realizados com irinotecano, para as diversas indicações e posologias:
Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m² em esquema de dose semanal
Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI (National Cancer116 Institute - Instituto Nacional do Câncer116) Relacionados ao Fármaco16 Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Distúrbios Gastrintestinais |
diarreia18 tardia (que ocorre depois de mais de 8 horas |
Distúrbios do Sangue42 e Sistema Linfático122 |
leucopenia123 (redução de células7 de defesa no sangue42), |
Distúrbios Gerais e no Local da Administração |
astenia124 (fraqueza), febre46 |
Distúrbios Metabólico e Nutricional |
perda de peso, desidratação56 |
Distúrbios na Pele e Tecido Subcutâneo125 |
alopecia126 (perda de cabelo127) |
Disturbios Vasculares128 |
eventos tromboembólicos (formação de coágulos nos |
*Incluem angina130 pectoris (dor no peito101 por doença do coração131), trombose132 arterial (trombo133 ou coágulo93 nas artérias134), infarto135 cerebral (interrupção do fornecimento de sangue42 para alguma região do cérebro136), acidente vascular cerebral137 (derrame138), tromboflebite139 profunda (presença de coágulo93 com inflamação119 do vaso sanguíneo), embolia140 de extremidade inferior (trombo133 ou coágulo93 proveniente dos membros inferiores), parada cardíaca, infarto do miocárdio141 (interrupção do fornecimento de sangue42 para o coração131), isquemia142 miocárdica (infarto135), distúrbio vascular143 periférico (dos vasos sanguíneos129 dos membros), embolia140 pulmonar (presença de êmbolo144 –trombo, coágulo93 no pulmão81), morte súbita, tromboflebite139, trombose132 (presença de coágulo93 nos vasos sanguíneos129), distúrbio vascular143 (do vaso).
Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2 em esquema de dose a cada 3 semanas
Estão listados nas Tabelas a seguir, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos Graus 3 ou 4 NCI relatados nos estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (N=620).
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco16 Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Distúrbios Gastrintestinais |
diarreia18 tardia, náusea67, dor/cólicas25 abdominais |
Distúrbios do Sangue42 e Sistema Linfático122 |
leucopenia123, neutropenia41 |
Distúrbio na Pele e Tecido Subcutâneo125 |
alopecia126 |
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco16 Observados em 1% a 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Infecções54 e Infestações |
infecção48 |
Distúrbios Gastrintestinais |
vômitos64, diarreia18 precoce, constipação145 (prisão de ventre), |
Distúrbios do Sangue42 e Sistema Linfático122 |
anemia33, trombocitopenia38 |
Distúrbios Gerais e no Local da Administração |
astenia124, febre46, dor |
Distúrbios Metabólico e Nutricional |
desidratação56, hipovolemia149 (desidratação56) |
Distúrbios Hepatobiliares150 |
bilirrubinemia (aumento das bilirrubinas151 no sangue42) |
Distúrbio Respiratório, Torácico e Mediastinal |
dispneia79 (falta de ar) |
Distúrbios Laboratoriais (investigativo) |
aumento da creatinina74 |
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco16 Observados em Menos de 1% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Infecções54 e Infestações |
sepse47 (infecção48 generalizada) |
Distúrbios Gastrintestinais |
distúrbio retal, monilíase (infecção48 causada pelo fungo152 |
Distúrbios Gerais e no Local da Administração |
calafrios153, mal-estar, dor lombar |
Distúrbios Metabólico e Nutricional |
perda de peso, hipocalemia154 (diminuição de potássio no sangue42), |
Distúrbio na Pele e Tecido Subcutâneo125 |
eritema155 - rash156 (vermelhidão), sinais28 cutâneos |
Distúrbios do Sistema Nervoso157 |
marcha anormal (alteração do andar), confusão, cefaleia158 |
Distúrbios Cardiovasculares |
hipotensão71 (queda da pressão), síncope160 (desmaio), |
Distúrbio Renal73 e Urinário |
infecção48 do trato urinário161 |
Distúrbio do Sistema Reprodutivo e Mamas162 |
dor nas mamas162 |
Distúrbios Laboratoriais (investigativo) |
aumento da fosfatase alcalina163 (enzima13 do fígado30), aumento |
Os seguintes eventos adicionais relacionados ao medicamento foram relatados nos estudos clínicos com EVOTERIN®, mas não preencheram os critérios acima definidos, como ocorrência > 10% de eventos relacionados ao medicamento (NCI Graus 1 - 4 ou de NCI Graus 3 ou 4): rinite20, salivação aumentada, miose21 (pupila pequena), lacrimejamento, diaforese22 (suor excessivo), rubor facial (vermelhidão), bradicardia23 (diminuição dos batimentos cardíacos), tonturas164, extravasamento (escape acidental de medicamento para fora do vaso sanguíneo), síndrome49 da lise78 tumoral (sintomas19 provocados pela destruição das células7 do câncer116) e ulceração58 do cólon4 (formação de feridas no intestino grosso59).
Experiência Pós-Comercialização
Distúrbios Cardíacos: foram observados casos de isquemia142 miocárdica (infarto135) após terapia com EVOTERIN® predominantemente em pacientes com doença cardíaca de base (prévia), outros fatores de risco conhecidos para doença cardíaca ou quimioterapia103 citotóxica prévia (que destroi as células7 do câncer116).
Distúrbios Gastrintestinais: foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal (interrupção do trânsito intestinal), íleo paralítico61 (diminuição dos movimentos do intestino), megacólon165 (alargamento do intestino grosso59) ou hemorragia166 (sangramento) gastrintestinal, e raros casos de colite167 (inflamação119 do intestino grosso59, cólon4), incluindo tifilite (inflamação119 do ceco168, uma região do intestino grosso59) e colite167 isquêmica (inflamação119 do intestino grosso59 devido à falta de irrigação sanguínea) ou ulcerativa (com formação de feridas). Em alguns casos, a colite167 foi complicada por ulceração58 (formação de feridas), sangramento, íleo169 (parada da eliminação de gazes e fezes) ou infecção48. Casos de íleo169 sem colite167 anterior também foram relatados. Casos raros de perfuração intestinal foram relatados.
Foram observados raros casos de pancreatite170 (inflamação119 no pâncreas171) sintomática70 ou elevação assintomática das enzimas pancreáticas.
Hipovolemia149: foram relatados casos raros de distúrbio renal73 e insuficiência renal76 aguda (diminuição aguda da função dos rins77), geralmente em pacientes que contraíram infecções54 ou evoluíram com desidratação56 por toxicidade50 gastrintestinal grave (desidratação56 por diarreia18).
Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal76 (prejuízo na função dos rins77), hipotensão71 (queda de pressão) ou distúrbios circulatórios em pacientes que apresentaram episódios de desidratação56 associadas a diarreia18 e/ou vômito62, ou sepse47 (infecção48 generalizada).
Distúrbios do Sistema Imune172: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia15), inclusive reações graves anafiláticas ou anafilactoides (reações alérgicas graves).
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo173: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia174 (sensação de formigamento) foram relatados.
Distúrbios do Sistema Nervoso157: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados com EVOTERIN®. Em alguns casos, o evento foi atribuído à síndrome49 colinérgica175 (por excesso de estimulação) observada durante ou logo após a infusão de EVOTERIN®.
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: doença pulmonar intersticial83 (comprometimento pulmonar) presente como infiltrados pulmonares são incomuns durante terapia com EVOTERIN®. Efeitos precoce tais como dispneia79 (falta de ar) foram relatados. Soluços também foram relatados.
Investigações: foram relatados casos raros de hiponatremia176 (diminuição da quantidade de sódio no sangue42) geralmente relacionada com diarreia18 e vômito62. Foram muito raramente relatados aumentos dos níveis séricos das transaminases (por ex: TGO e TGP, enzimas hepáticas29 – que refletem a função do fígado30) na ausência de metástase177 progressiva do fígado30.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Foram administradas doses únicas de até 750 mg/m2 de irinotecano a pacientes com várias neoplasias178. Os eventos adversos observados nesses pacientes foram semelhantes aos relatados com as doses e esquemas terapêuticos recomendados. Não se conhece um antídoto179 para a superdose do produto. Deve-se adotar medidas de suporte máximas para evitar a desidratação56 devido à diarreia18 e para tratar qualquer complicação infecciosa.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS - 1.1688.0022
Farmacêutico Responsável: Victor Luiz Kari Quental
CRF-SP n° 26.638
Registrado e Importado por:
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