Pyridium (200 mg) (Bula do profissional de saúde)
ZODIAC PRODUTOS FARMACÊUTICOS S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Pyridium®
Cloridrato de fenazopiridina
Drágeas1 200 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Drágeas1
Embalagem com 18 drágeas1
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada drágea2 de Pyridium® 200 mg contém:
cloridrato de fenazopiridina | 200 mg |
excipiente q.s.p. | 1 drágea2 |
Excipientes: lactose3 monoidratada, amido de milho, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, óleo vegetal hidrogenado, acácia, gelatina, sacarose, açúcar4 de confeiteiro, talco, cera branca de abelha, cera de carnaúba, dióxido de titânio, corante vermelho nº 40 com laca de alumínio, corante azul nº 2 com laca de alumínio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE5
INDICAÇÕES
Pyridium® é indicado para o alívio da disúria6, da dor, ardor7, desconforto para urinar e outros sintomas8 decorrentes da irritação da mucosa9 do trato urinário10 inferior causado por infecção11, trauma, cirurgia, procedimentos endoscópicos ou passagens de sondas ou cateteres. O uso da fenazopiridina não deve retardar o diagnóstico12 definitivo e o tratamento das condições causais, nem ser usado como um substituto para cirurgia específica ou tratamento antimicrobiano.
A fenazopiridina é compatível com a terapêutica13 antimicrobiana e pode auxiliar no alívio dos sintomas8 até que a terapêutica13 antimicrobiana comece a controlar a infecção11. O tratamento de infecção11 do trato urinário10 com fenazopiridina não deve exceder dois dias.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Noventa e oito voluntários de um serviço de saúde5 universitário foram selecionados para um estudo comparativo entre os efeitos do cloridrato de fenazopiridina e o azul de metileno durante 3 dias, ambos em combinação com antibióticos, no tratamento sintomático14 de infecção11 urinária aguda (disúria6, queimação, urgência15 urinária). A resposta clínica foi descrita como uma redução da gravidade dos sintomas8 de noctúria, ardor7 e urgência15. No grupo tratado com fenazopiridina, 57% dos pacientes demonstraram uma excelente melhora enquanto apenas 6% dos pacientes desse grupo não responderam ao tratamento. A eficácia do tratamento com fenazopiridina mostrou-se significativamente melhor que o azul de metileno, no qual apenas 3% dos pacientes tratados demonstraram resposta excelente.
- Tricket, PC. Ancillary use of Phenazopyridine (Pyridium®) in urinary tract infections. Cur Ther Research.1970; 12(7):441-45.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Pyridium® é um analgésico16 do trato urinário10, de uso oral. É um corante azo, designado quimicamente como monocloridrato de 2,6-diamino-3- (fenilazo)-piridina. É frequentemente utilizado como adjuvante na terapia antibacteriana e ajuda aliviar o desconforto antes do antibiótico controlar a infecção11.
Farmacodinâmica
A fenazopiridina é excretada na urina17 e exerce um efeito analgésico16 tópico18 sobre a mucosa9 do trato urinário10. Sua ação auxilia no alívio da dor, queimação, urgência15 e frequência das micções19. O mecanismo de ação preciso ainda é desconhecido.
Farmacocinética
A excreção renal20 da fenazopiridina é rápida e até 65% da dose é excretada como fenazopiridina inalterada. Os metabólitos21 N-acetil-P-aminofenol, P-aminofenol e anilina também foram identificados na urina17.
Após a administração de fenazopiridina 200 mg três vezes ao dia para 6 indivíduos sadios, aproximadamente 90% da dose foi excretada dentro de 24 horas.
CONTRAINDICAÇÕES
Pyridium® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade à fenazopiridina ou aos excipientes da fórmula e a pacientes com insuficiência renal22 ou disfunção hepática23 grave.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O paciente deve ser avisado que a fenazopiridina produz uma coloração vermelho-alaranjada na urina17 e nas fezes podendo manchar as roupas. A fenazopiridina pode causar alteração de coloração de fluidos e tecidos corpóreos como unhas24, lábios, esperma25, entre outros, e já foram reportadas manchas em lentes de contato. Houve relatos de alteração de coloração de dentes quando o produto foi mastigado ou mantido na boca26 antes da deglutição27.
Uma coloração amarelada da pele28 ou da esclerótica29 pode indicar acúmulo de fenazopiridina decorrente de função renal20 comprometida, e o tratamento com o fármaco30 deve ser descontinuado.
Os pacientes com deficiência da enzima31 glicose32-6-fosfato-desidrogenase devem ser aconselhados a utilizarem o medicamento com cautela, uma vez que estes são susceptíveis a hemólise33 oxidativa e podem ter um maior potencial para desenvolver anemia hemolítica34.
Populações especiais
Uso em idosos: Deve-se levar em consideração que o declínio da função renal20 é comum em pacientes idosos, podendo ser necessário ajuste de dose.
Uso em crianças: Ainda não foram realizados estudos adequados e bem controlados na população pediátrica. Problemas pediátricos específicos ainda não foram documentados.
Gravidez35 e Lactação36
Categoria de risco na gravidez35: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Não deve ser utilizado durante a amamentação37, exceto sob orientação médica.
Informe ao seu médico se ocorrer gravidez35 ou iniciar amamentação37 durante o uso deste medicamento.
Estudos reprodutivos com fenazopiridina (em associação com sulfacitina) em ratos que receberam até 110 mg/kg/dia, e em coelhos que receberam até 39 mg/kg/dia durante a organogênese não revelaram evidências de danos aos descendentes. Um estudo prospectivo38 em humanos demonstrou que a fenazopiridina atravessa a barreira placentária. Não há estudos adequados e bem controlados em gestantes. Portanto, a fenazopiridina somente deve ser administrada a gestantes se o benefício obtido superar claramente o risco.
Não se sabe ainda se a fenazopiridina ou seus metabólitos21 são excretados no leite materno. Uma vez que muitos fármacos são excretados no leite materno, uma decisão deve ser tomada por interromper a amamentação37 ou o tratamento, levando-se em consideração a importância da terapia com Pyridium® para a mãe.
Carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade
A administração em longo prazo de fenazopiridina foi associada com tumores intestinais em ratos e tumores hepáticos em camundongos. Os dados epidemiológicos disponíveis são insuficientes para avaliar a carcinogenicidade da fenazopiridina em humanos. Os estudos in vitro indicam que a fenazopiridina, sob ativação metabólica, é mutagênica em bactérias, e mutagênica e clastogênica em células39 de mamíferos.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Atenção: este medicamento contém AÇÚCAR4, portanto, deve ser usado com cautela por portadores de Diabetes40.
Atenção: este medicamento contém CORANTES que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Quando usado concomitantemente a um agente antibacteriano no tratamento de infecções41 urinárias, a administração de Pyridium® não deve exceder 2 dias para que o medicamento não mascare uma possível infecção11 não controlada.
Alterações nos exames laboratoriais
A fenazopiridina pode interferir nos resultados de testes laboratoriais que usam métodos de análise colorimétrico, fotométrico ou fluorimétrico. Alterações nos resultados de exames laboratoriais de urina17 podem incluir cetona (nitroprussiato de sódio), bilirrubina42 (teste de espuma, teste de
Fouchet para mácula43 em disco de talco, comprimido de Franklin - teste de Fouchet, reagente de p-nitrobenzeno diazônio tolueno sulfonato), ácido diacético (teste de cloreto férrico de Gerhardt), ácido clorídrico44 livre, glicose32 (testes de glicose32 oxidase), ácido vanililmandélico (interferência no teste de espectrofotometria), 17-hidroxicorticosteroides (Glenn-Nelson modificado), 17-cetosteroides (modificação Holtorff Koch de Zimmerman), porfirinas, albumina45 (teste da descoloração de tiras do reagente azul de bromofenol, teste do anel de ácido nítrico), fenolsulfonaftaleína , urobilinogênio (interferência da cor com reagente de Ehrlich) e urinálise (testes espectrofotométricos ou baseados em coloração). A fenazopiridina também confere uma coloração vermelho alaranjada às fezes, podendo interferir nos testes de coloração.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Pyridium® deve ser conservado em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz e da umidade. Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Pyridium® apresenta drágeas1 lisas, arredondadas, revestidas e de cor castanha.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Pyridium® deve ser administrado por via oral, após as refeições ou ainda após um pequeno lanche, para reduzir o desconforto estomacal.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se for esquecida uma dose, o paciente deve tomar a dose o mais rápido possível; entretanto, se estiver quase na hora da próxima dose, deverá pular a dose esquecida e seguir o tratamento. Não tomar duas doses no mesmo horário.
Posologia
A dose recomendada de Pyridium® é de 200 mg a cada 8 horas.
Pyridium® 200 mg – tomar 1 drágea2.
REAÇÕES ADVERSAS
Os seguintes eventos adversos foram relatados:
Eventos dermatológicos: rash46, prurido47, coloração anormal de tecidos e fluidos corpóreos.
Eventos gastrointestinais: náusea48, vômito49, diarreia50.
Eventos hematológicos: metemoglobinemia, anemia hemolítica34, agente hemolítico potencial na deficiência da enzima31 glicose32-6-fosfato-desidrogenase, neutropenia51, sulfemoglobinemia, trombocitopenia52.
Eventos hepáticos: hepatite53, testes anormais da função hepática23, icterícia54, toxicidade55 hepática23.
Eventos imunológicos: reações de hipersensibilidade, reação anafilactóide.
Eventos neurológicos: meningite asséptica56, cefaleia57.
Eventos oftálmicos: distúrbios visuais.
Eventos renais: alteração da coloração da urina17, cálculo58 renal20, insuficiência renal22 aguda, nefrotoxicidade59.
Em caso de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Excedendo-se a dose recomendada em pacientes com função renal20 normal, ou administrando-se a dose usual a pacientes com disfunção renal20 (comum em pacientes idosos), pode ocorrer elevação do nível sérico de fenazopiridina e reações tóxicas. A metemoglobinemia geralmente ocorre após uma superdose grave e aguda.
Neste caso, a administração de uma solução de azul de metileno a 1%, 1 a 2 mg/kg de peso intravenosamente, ou de 100 a 200 mg de ácido ascórbico por via oral devem causar uma rápida redução da metemoglobinemia e desaparecimento da cianose60, o que auxilia no diagnóstico12. Numa situação de superdose crônica pode ocorrer anemia hemolítica34 com corpos oxidativos de Heinz e “células em forma de foice” (degmácitos) podem estar presentes. A deficiência da enzima31 glicose32-6-fosfato-desidrogenase nas hemácias61 pode predispor à hemólise33, embora a hemólise33 possa ocorrer com doses normais em pacientes com glicose32-6-fosfato-desidrogenase mediterrânea. Podem ocorrer também toxicidade55 e insuficiência renal22 ocasional e disfunção hepática23. O tratamento é sintomático14 e de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas8 procure orientação médica.
Reg MS - 1.2214.0075
Resp Téc.: Marcia da Costa Pereira CRF-SP nº 32.700
Fabricado por:
Mariol Industrial Ltda
Avenida Mário de Oliveira, n° 605
Barretos – SP
Registrado por:
ZODIAC PRODUTOS FARMACÊUTICOS S/A.,
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3.400
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