Preço de Telzir Suspensão em Fairfield/SP: R$ 297,94

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Telzir Suspensão
(Bula do profissional de saúde)

GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA

Atualizado em 09/12/2021

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Telzir®
fosamprenavir cálcico
Suspensão 50 mg/mL

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Suspensão oral
Embalagem contendo um frasco de 225 mL e uma seringa1 dosadora

USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO (ACIMA DE 4 SEMANAS)

COMPOSIÇÃO:

Cada 1 mL de Telzir® contém:

fosamprenavir (equivalentes a 61,0 mg de fosamprenavir cálcico) 50 mg
veículo q.s.p. 1 mL

Veículo: propilenoglicol, hipromelose, sucralose, metilparabeno, propilparabeno, polissorbato 80, cloreto de cálcio di- hidratado, sabor artificial de uva, sabor natural de menta e água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2

INDICAÇÕES

Telzir®, em combinação com baixas doses de ritonavir, é indicado para o tratamento de pacientes vivendo com o vírus3 da imunodeficiência4 humana (HIV5) para uso combinado com outros agentes antirretrovirais.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

No estudo SOLO, o uso de Telzir® 1400 mg + ritonavir 200 mg uma vez ao dia, associado a abacavir 300 mg + lamivudina 150 mg duas vezes ao dia, por 48 semanas, em pacientes sem tratamento prévio para o HIV5, foi capaz de reduzir a carga viral de HIV5-1 RNA a < 400 cópias/mL em 69% e a < 50 cópias/mL em 55% dos pacientes. A contagem de células6 CD4+ teve aumento mediano de 203 células6/mL. Os resultados obtidos foram independentes da contagem basal de CD4+ e da carga viral basal. No mesmo estudo, o grupo comparativo fez uso de nelfinavir 1250 mg + abacavir 300 mg + lamivudina 150 mg duas vezes ao dia. A redução da carga viral de HIV5-1 RNA para < 400 cópias/mL ocorreu em 68% e para < 50 cópias/mL em 53% dos pacientes. A contagem de células6 CD4+ teve aumento mediano de 207 células6/mL.1

o estudo KLEAN, pacientes sem tratamento prévio para a infecção7 pelo HIV5 que fizeram uso de Telzir® 700 mg + ritonavir 100 mg duas vezes ao dia, por 48 semanas, associados a dois ITRNs, duas vezes ao dia, tiveram reduzida a carga viral de HIV5-1 RNA para < de 400 cópias/mL (73%) e para < 50 cópias/mL (66%). Telzir® demonstrou ser não inferior à combinação lopinavir 400 mg + ritonavir 100 mg também associada a dois ITRNs, que reduziu a carga viral de HIV5-1 RNA para < 400 cópias/mL em 71% e para < 50 cópias/mL em 65% dos pacientes.2

Em pacientes com tratamento prévio com inibidores de protease, Telzir® 700 mg + ritonavir 100 mg + abacavir 300 mg + lamivudina 150 mg duas vezes ao dia, por 24 semanas, reduziu a carga viral de HIV5-1 RNA para < 50 cópias/mL (1,7 log10) em 42% dos pacientes e se mostrou não inferior à combinação lopinavir 400 mg + ritonavir 100 mg + abacavir 300 mg + lamivudina 150 mg duas vezes ao dia, que reduziu a carga viral de HIV5-1 RNA para < 50 cópias/mL (1,7 log10) em 40% dos pacientes.3

  1. GATHE, J.C. et al. SOLO: 48-week efficacy and safety comparison of once-daily fosamprenavir/ritonavir versus twice-daily nelfinavir in naive HIV5-1-infected patients. AIDS, 18(11): 1529–1537, 2004.
  2. ERON, J. et al. The KLEAN study of fosamprenavir-ritonavir versus lopinavir-ritonavir, each in combination with abacavir-lamivudine, for initial treatment of HIV5 infection over 48 weeks: a randomised non-inferiority trial. Lancet. 368(9534): 476-82, 2006.
  3. ARVIEUX, C. et al. Amprenavir or Fosamprenavir plus Ritonavir in HIV5 Infection Pharmacology, Efficacy and Tolerability Profile. Drugs, 65(5): 633-659, 2005.

Pacientes Pediátricos

Avaliou-se a segurança, o perfil farmacocinético e a resposta virológica de Telzir® em pacientes pediátricos de 4 semanas a 18 anos de idade. O uso de Telzir® nesta população está corroborado pelas evidências de estudos bem controlados de Telzir® em adultos com dados adicionais de dois estudos abertos de Telzir® em pacientes pediátricos e dados de segurança de suporte de um terceiro estudo. Não há dados disponíveis para pacientes8 pediátricos com menos de 4 semanas de idade.

O estudo APV29005 avaliou esquemas de dosagem duas vezes ao dia de Telzir® associado a ritonavir, enquanto outro (APV20003) avaliou a dosagem de Telzir® associado a ritonavir uma vez ao dia. Os dois estudos incluíram outros agentes antirretrovirais. Foram determinadas as doses e as formulações (Telzir® em comprimidos ou suspensão oral, ritonavir em cápsulas ou solução oral) em função do peso e idade do paciente.

Os dois estudos principais, APV29005 (Telzir® com ou sem ritonavir) e APV20002 (Telzir® com ritonavir), avaliaram esquemas posológicos de duas vezes ao dia em combinação com outros agentes antirretrovirais. O terceiro estudo, APV20003, avaliou a administração uma vez ao dia de Telzir® com ritonavir e forneceu dados de segurança adicionais. Foram determinadas as doses e as formulações (Telzir® em comprimidos ou suspensão oral, ritonavir em cápsulas ou solução oral) em função do peso e idade do paciente.

De 109 pacientes no estudo APV29005, 20 pacientes não submetidos a tratamento anterior com inibidores de protease (18 dos quais não submetidos a tratamento anterior) receberam fosamprenavir sem ritonavir, e 49 pacientes não submetidos a tratamento anterior com inibidores de protease (23 dos quais não submetidos a tratamento anterior) e 40 pacientes submetidos a tratamento anterior com inibidores de protease receberam fosamprenavir com ritonavir. No estudo APV20002, 49 pacientes não haviam recebido tratamento anterior com inibidores de protease e 5 haviam sido tratados anteriormente com esses fármacos.

No estudo APV29005, 65% das crianças com 2 a < 6 anos de idade em tratamento com fosamprenavir sem ritonavir atingiram RNA de HIV5- 1 < 400 cópias/mL na semana 24 e 60% na semana 48.

No estudo APV29005, 71% dos pacientes não submetidos a tratamento anterior com inibidores de protease e 55% dos que haviam sido tratados anteriormente com inibidores de protease entre crianças de 2 a 18 anos em tratamento com fosamprenavir e ritonavir atingiram RNA de HIV5-1 de < 400 cópias/mL na semana 24 (total de 64%). Na semana 48, esses valores foram 73% e 48% (e globalmente 62%), respectivamente.

No estudo APV20002, 72% das crianças < 2 anos de idade, a maioria das quais não submetidas a tratamento anterior com inibidores de protease, atingiram RNA de HIV5-1 de < 400 cópias/mL na semana 24 e 65% na semana 48.

Na semana 24, no estudo APV29005, o aumento mediano na contagem de células6 CD4+ foi de 350 células6/mm³ em crianças não submetidas a tratamento anterior com inibidores de protease, com idades de 2 a < 6 anos, em tratamento com fosamprenavir sem ritonavir. Em crianças de 2 a 18 anos em tratamento com fosamprenavir com ritonavir, o aumento mediano na contagem de células6 CD4+ foi de 184 células6/mm³ no grupo não submetido a tratamento anterior com inibidores de protease, e de 150 células6/mm³ no grupo já tratado anteriormente com inibidores de protease. Na semana 48, esses valores foram 340, 217 e 180 células6/ mm³, respectivamente.

Na semana 24, no estudo APV20002, o aumento mediano na contagem de células6 CD4+ foi de 400 células6/mm³ em bebês9 de 4 semanas a < 6 meses de idade, e de 278 células6/mm³ em bebês9 de 6 meses a < 2 anos. Na semana 48, esses valores foram 210 e 348 células6/mm³, respectivamente.

Gravidez10

O fosamprenavir foi avaliado no Antiretroviral Pregnancy Registry em 162 mulheres durante a gravidez10 e no pós-parto. Houve 146 bebês9 nascidos com vida, 125 exposições durante o primeiro trimestre e 36 exposições durante o segundo/terceiro trimestre, sendo 4 deficiências congênitas11 reportadas em bebês9 nascidos com vida. No entanto, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas e o uso seguro de fosamprenavir na gravidez10 humana não foi estabelecido.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas:‌

O fosamprenavir é uma pró-droga de amprenavir. É o sal monocálcico do éster de fosfato de amprenavir, sendo hidrolisado para fosfato inorgânico e para o metabólito12 ativo, amprenavir, a medida que é absorvido pelo epitélio intestinal13. O amprenavir é um inibidor competitivo não-peptídeo da protease de HIV5. O fármaco14 bloqueia a capacidade da protease viral de clivar as poliproteínas precursoras necessárias para a replicação viral. O fosamprenavir demonstrou ter pouca ou nenhuma atividade antiviral ou propriedades de inibição de enzimas in vitro. Considera-se que qualquer inibição observada com fosamprenavir nesses estudos é causada por quantidades mínimas de amprenavir.

Mecanismo de ação

O fosamprenavir requer metabolismo15 in vivo para gerar o componente ativo, amprenavir. Na ausência de metabolismo15 in vivo, o fosamprenavir tem atividade insignificante em ensaios enzimáticos e antivirais in vitro. Portanto, esses ensaios são conduzidos usando-se amprenavir, um inibidor competitivo da protease de HIV5. Ele bloqueia a capacidade da protease viral de clivar as poliproteínas precursoras necessárias para a replicação viral.

O amprenavir é um inibidor potente e seletivo da replicação de HIV5-1 e HIV5-2 in vitro. Em cenários experimentais isolados, a sinergia foi demonstrada in vitro em combinação com análogos de nucleosídeos, incluindo didanosina, zidovudina, abacavir e o inibidor da protease16 saquinavir. O composto demonstrou ter efeito aditivo em combinação com indinavir, ritonavir e nelfinavir.

A coadministração de ritonavir com fosamprenavir (100 mg/700 mg duas vezes ao dia ou 200 mg/1400 mg uma vez ao dia) aumenta a AUC17 plasmática de amprenavir em aproximadamente duas vezes, e a Cτ,ss em quatro a seis vezes, em comparação com os valores obtidos quando o fosamprenavir (1400 mg duas vezes ao dia) é administrado sem o ritonavir. Ambos os esquemas de combinação de fosamprenavir/ritonavir (700 mg/100 mg duas vezes ao dia e 1400 mg/200 mg uma vez ao dia) mantêm as concentrações plasmáticas de amprenavir acima dos valores IC50 médios contra o HIV5, tanto para pacientes8 não previamente tratados (média da IC50 ajustada de ligação a proteínas18 = 0,146 µg/mL) quanto para pacientes8 já intensamente experimentados em inibidores de proteases (média da IC50 ajustada de ligação a proteínas18 = 0,90 µg /mL).

Resistência in vitro

Experimentos de passagem serial demonstraram que a mutação19 I50V da protease é fundamental para o desenvolvimento de resistência ao amprenavir in vitro, com a variante tríplice I50V+M46I/L+I47V resultando em aumento superior a 10 vezes da IC50 para o amprenavir. Esse perfil de resistência de mutação19 tríplice não foi observado com outros inibidores da protease20, seja em estudos in vitro, seja no ambiente clínico. As variantes resistentes in vitro a amprenavir permaneceram suscetíveis ao saquinavir, indinavir e nelfinavir, mas mostraram redução de 3 a 5 vezes na suscetibilidade ao ritonavir. O mutante tríplice I50V+M46I/L+I47V foi instável durante a passagem in vitro na presença do saquinavir, com perda da mutação19 I47V. O desenvolvimento de resistência ao saquinavir resultou em nova sensibilização ao amprenavir. A passagem do mutante tríplice pelo indinavir, nelfinavir ou ritonavir resultou na seleção de mutações adicionais de protease, levando a dupla resistência. A mutação19 I84V, observada transitoriamente in vitro, foi raramente selecionada durante o tratamento com o amprenavir. Dados recentes adicionais de experimentos de passagem in vitro também identificaram a seleção pelo amprenavir das mutações de protease I54M e V32I+I47V.

Resistência in vivo: adultos não expostos anteriormente a inibidores da protease20

O perfil de resistência observado com o amprenavir na prática clínica é diferente daquele observado com outros inibidores da protease20. De maneira consistente com os primeiros experimentos in vitro, o desenvolvimento de resistência ao amprenavir durante o tratamento, em muitos casos, está associado à mutação19 I50V. No entanto, constatou-se que os três mecanismos alternativos observados durante experimentos de passagem in vitro também resultaram no desenvolvimento de resistência durante o uso do amprenavir na clínica. O desenvolvimento de resistência ao amprenavir durante o tratamento pode envolver as mutações I50V ou I54L/M ou V32I+I47V ou, raramente, I84V. Cada um dos quatro padrões genéticos pode ser acompanhado por mutações secundárias adicionais, principalmente M46I/L, e produzir vírus3 com suscetibilidade reduzida ao amprenavir e certa resistência cruzada ao ritonavir. Mas a suscetibilidade aos fármacos indinavir, nelfinavir e saquinavir é mantida.

A tabela a seguir resume as mutações associadas com o desenvolvimento de redução de suscetibilidade fenotípica21 ao amprenavir em indivíduos tratados com este fármaco14.

Mutações de protease adquiridas com o tratamento contendo amprenavir relacionadas à redução da suscetibilidade fenotípica21 ao amprenavir:

I50 V

ou

I54L/M

ou

I84V

ou

V32I com I47V

Em indivíduos não submetidos a tratamento anterior, foram observadas diferenças significativas entre os que receberam a combinação fosamprenavir/ritonavir, os que receberam fosamprenavir sem ritonavir e aqueles que receberam nelfinavir, com relação ao aparecimento de resistência aos fármacos inibidores de protease (IP) e inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN).

Não houve evidências (0%) de seleção por fosamprenavir/ritonavir das mutações de proteases (PRO) primárias ou secundárias associadas ao desenvolvimento de resistência a amprenavir ou ritonavir, no estudo APV30002 em indivíduos não submetidos a tratamento anterior com antirretrovirais, durante 48 semanas.

Por outro lado, na população viral do estudo APV30002, que adquiriu as mutações PRO primárias D30N ou L90M, a proporção de resistência ao nelfinavir entre os indivíduos tratados com este fármaco14 foi de 31% (17/54). Houve diferença significativa entre os grupos de tratamento com relação à seleção de mutações PRO primárias ou secundárias (p<0,001).

A resistência a ITRN resultante do tratamento foi significativamente menos frequente entre indivíduos tratados com fosamprenavir/ritonavir (4/32, 13%) em comparação com os participantes tratados com nelfinavir (31/54, 57%) (p<0,001).

A incidência22 de mutações de PRO resultantes do tratamento associadas à resistência ao amprenavir foi significativamente mais baixa em indivíduos que receberam fosamprenavir/ritonavir uma vez ao dia (0%), em comparação com fosamprenavir duas vezes ao dia sem ritonavir (17%).

O aparecimento de resistência a ITRN resultante do tratamento também foi significativamente menos frequente em indivíduos tratados com fosamprenavir/ritonavir em comparação com fosamprenavir como monoterapia (4/32, 13% vs. 16/29, 55%).

Embora a seleção de mutações de protease não tenha sido observada em indivíduos não submetidos a tratamento anterior com terapia antirretroviral (TARV) no estudo APV30002 e que receberam fosamprenavir reforçado com ritonavir em dose baixa durante 48 semanas, presume-se, caso o fosamprenavir resulte na seleção de mutações, que estas sejam as mesmas selecionadas pelo amprenavir (I50V, I54L/M, V32I+/-I47V ou I84V).

No estudo APV30001, em indivíduos não submetidos a tratamento antirretroviral (TARV), as seguintes mutações foram observadas com fosamprenavir sem o reforço de ritonavir em dose baixa: I54L/M, V32I+I47V e M46I.

Resistência in vivo: indivíduos expostos a inibidores da protease20

Muitas variantes de IP-resistentes in vitro, assim como 322 de 433 (74%) variantes clínicas de IP-resistentes a múltiplos inibidores de protease, foram suscetíveis ao amprenavir. A principal mutação19 de protease associada com resistência cruzada ao amprenavir após tratamento ineficiente com outros inibidores de protease foi I84V, em particular quando as mutações L10I/V/F estavam presentes.

Em uma população exposta a IP, não se pode afirmar que as mutações que surjam durante a terapia sejam sempre atribuíveis ao esquema do estudo. Existe a possibilidade de as mutações estarem presentes ou armazenadas como uma minoria de espécies após um esquema prévio de IP e que o início de esquemas subsequentes resultem no seu reaparecimento, em particular nas semanas iniciais após a introdução do esquema. Entretanto, mutações que surgiram após a oitava semana com fosamprenavir/ritonavir em indivíduos expostos previamente a IP no estudo APV30003 foram, de modo geral, substituições associadas ao aparecimento de resistência ao amprenavir.

Em termos de suscetibilidade fenotípica21, no estudo APV30003, a comparação do valor basal indicou que a incidência22 de resistência cruzada fenotípica21 (≥ 2,5 vezes a resistência - VR) conferida em consequência de exposição prévia a IP, foi menor com amprenavir (amprenavir 15%, lopinavir 22%, saquinavir 25%, indinavir 30%, ritonavir 35% e nelfinavir 55%).

Análises conduzidas a fim de determinar limiares fenotípicos23 revelaram que as proporções em indivíduos tratados com fosamprenavir/ritonavir (com ≥ 5 vezes a resistência [VR] ao amprenavir em valores basais) que alcançaram ≥ 0,7 log10 cópias/mL e ≥ 1,0 log10 cópias/mL de redução do HIV5-1 RNA no plasma24 na Semana 24 foram de 50% e 40% respectivamente, comparados com 25% e 17% para indivíduos tratados com lopinavir/ritonavir (com valor basal ≥ 5 vezes a resistência (VR) ao lopinavir). Fosamprenavir/ritonavir pode, consequentemente, oferecer resposta melhorada em comparação a lopinavir /ritonavir nos indivíduos com a resistência fenotípica21 aumentada. É improvável que ocorra resistência cruzada entre o amprenavir e inibidores de transcriptase reversa devido a alvos enzimáticos diferentes.

O fosamprenavir não é recomendado para uso como monoterapia, devido ao rápido aparecimento de vírus3 resistentes.

Pacientes pediátricos

Os estudos pediátricos APV20002 e APV29005 recrutaram 163 pacientes. Trinta e quatro pacientes tiveram insucesso virológico confirmado durante as 48 semanas de tratamento. Foram obtidos dados pareados dos vírus3 para determinar a resistência decorrente do tratamento de 22/34 dos pacientes. Nove desses vinte e dois pacientes com insucesso virológico confirmado tiveram vírus3 selecionados dos dados pareados dos vírus3 e obtiveram reduções na suscetibilidade ao fármaco14 decorrentes do tratamento.

Seis de nove pacientes receberam Telzir® /ritonavir e cinco foram experientes a tratamento, enquanto 3 de 9 eram virgens de tratamento com antirretrovirais e recebiam Telzir® sem reforço de ritonavir. A suscetibilidade a amprenavir foi selecionada em vírus3 de 5/9 pacientes, enquanto 6/9 adquiriram suscetibilidade reduzida a ITRNs. Mutações maiores associadas à resistência a protease surgiram em vírus3 de quatro pacientes com insucesso virológico inicial.

Propriedades Farmacocinéticas

Após administração oral, o fosamprenavir é rapidamente e quase completamente hidrolisado a amprenavir e fosfato inorgânico antes da circulação25 sistêmica. A conversão de fosamprenavir para amprenavir parece ocorrer principalmente no epitélio26 dos intestinos27.

O metabolismo15 do amprenavir é inibido pelo ritonavir, por meio da inibição do CYP3A4, resultando em aumento das concentrações plasmáticas do amprenavir.

As propriedades farmacocinéticas do amprenavir após a coadministração de fosamprenavir e ritonavir têm sido avaliadas em adultos sadios e pacientes vivendo com HIV5 e nenhuma diferença relevante foi observada entre os dois grupos.

Para aumentar a palatabilidade e melhorar a adesão, no caso de crianças e adolescentes, recomenda-se administrar as doses de Telzir® suspensão oral junto com alimentos. As recomendações de dose para esta população foram baseadas em estudos pediátricos em que o Telzir® em suspensão oral foi administrado juntamente com alimentos e, portanto, levam em consideração os efeitos observados dos alimentos (ver Posologia e Modo de Usar).

Absorção

Após administração de doses orais múltiplas de fosamprenavir 1400 mg uma vez ao dia e ritonavir 200 mg uma vez ao dia, o amprenavir foi rapidamente absorvido, com média geométrica (IC 95%) da concentração plasmática máxima (Cmáx) de amprenavir, no estado de equilíbrio, de 7,24 (6,32-8,28) µg/mL, ocorrendo aproximadamente duas (0,8-5,0) horas após a administração (Tmáx). A concentração plasmática geométrica (Cmín) de amprenavir no estado de equilíbrio foi de 1,45 (1,16-1,81) µg/mL e a AUC1724,ss foi de 69,4 (59,7-80,8) h*µg/mL.

Após administração de doses orais múltiplas de fosamprenavir 700 mg duas vezes ao dia e ritonavir 100 mg duas vezes ao dia, o amprenavir foi rapidamente absorvido, com uma média geométrica (IC 95%) de concentração plasmática máxima (Cmáx) no estado de equilíbrio de 6,08 (5,38-6,86) µg/mL, ocorrendo aproximadamente 1,5 (0,75-5,0) hora após a administração (Tmáx). A média geométrica da concentração plasmática de amprenavir no estado de equilíbrio (Cmín) foi de 2,12 (1,77-2,54) µg/mL, e a AUC1724,ss, de 79,2 (69,0-90,6) h*µg/mL.

Telzir® comprimidos ou suspensão oral, administrados em jejum, apresentaram valores equivalentes de AUC17 plasmática de amprenavir. A suspensão oral apresentou Cmáx plasmática de amprenavir 14% maior quando comparada com os comprimidos.

A biodisponibilidade absoluta de fosamprenavir em seres humanos não foi estabelecida.

A administração de Telzir® suspensão oral com uma refeição rica em gorduras reduziu a AUC17 do amprenavir no plasma24 em, aproximadamente, 28%, e a Cmáx, em, aproximadamente, 46%, em comparação com a administração dessa formulação em jejum. Para pacientes8 adultos, a suspensão oral de Telzir® deve ser tomada sem alimentos e com o estômago28 vazio. Para bebês9, crianças e adolescentes, a suspensão oral de Telzir® deve ser tomada juntamente com alimentos. As recomendações de dose para este grupo levam em consideração os efeitos observados dos alimentos (ver Posologia e Modo de Usar).

Distribuição

O volume de distribuição aparente de amprenavir após a administração de fosamprenavir é de aproximadamente 430 litros (6 litros/kg, assumindo-se um peso corporal de 70 kg), sugerindo um grande volume de distribuição, com o amprenavir penetrando livremente os tecidos além da circulação25 sistêmica. Esse valor diminui em aproximadamente 40% quando o fosamprenavir é coadministrado com o ritonavir, mais provavelmente devido ao aumento na biodisponibilidade de amprenavir.

O amprenavir exibe ligação a proteínas18 de aproximadamente 90%. O fármaco14 liga-se a glicoproteínas ácidas alfa1 (AAG) e albumina29, mas possui afinidade mais alta com AAG.

Metabolismo15

Após administração oral, o fosamprenavir é rapidamente e quase completamente hidrolisado para amprenavir e fosfato inorgânico, já que é absorvido através do epitélio intestinal13. O amprenavir é metabolizado principalmente pelo fígado30, com menos de 1% excretados inalterados na urina31. A principal via de metabolismo15 é através da enzima32 CYP3A4 do citocromo P450. O metabolismo15 de amprenavir é inibido pelo ritonavir, via inibição de CYP3A4, resultando num aumento das concentrações plasmáticas de amprenavir. O amprenavir é um inibidor de CYP3A4 menos potente. Portanto, fármacos que são indutores, inibidores ou substratos de CYP3A4 têm de ser usados com cautela quando administrados concomitantemente com fosamprenavir e ritonavir (ver Contraindicações e Interações Medicamentosas).

Eliminação

Após a administração de fosamprenavir, a meia-vida de amprenavir é de 7,7 horas. A meia-vida plasmática de amprenavir é aumentada quando fosamprenavir é coadministrado com ritonavir. A principal via de eliminação de amprenavir é por meio de metabolismo15 hepático, com menos de 1% excretado inalterado na urina31. Os metabólitos33 contribuem para, aproximadamente, 14% da dose administrada de amprenavir na urina31, e, aproximadamente, 75% nas fezes.

Populações especiais de pacientes

Pacientes pediátricos: A farmacocinética de amprenavir após a administração de fosamprenavir suspensão oral e comprimidos, com ou sem ritonavir, foi caracterizada em um modelo de farmacocinética da população incluindo 212 pacientes pediátricos vivendo com HIV5 recrutados em três estudos. O fosamprenavir sem ritonavir foi administrado nas doses de 30 a 40 mg/kg duas vezes ao dia a crianças de 2 a 5 anos. A combinação de fosamprenavir com ritonavir foi administrada como fosamprenavir 30 mg/kg com ritonavir 6 mg/kg uma vez ao dia a crianças de 2 a 18 anos, e como fosamprenavir 18 a 60 mg/kg com ritonavir 3 a 10 mg/kg a crianças de 2 meses a 18 anos. Os pesos corporais variaram de 3,2 a 103 kg na linha de base. O clearance aparente de amprenavir diminuiu a medida que o peso e a idade aumentaram. O clearance aparente ajustado para o peso foi mais alto em crianças menores de 4 anos, indicando que crianças menores requerem doses maiores em mg/kg de fosamprenavir. Com base no modelo, prevê-se que os esquemas posológicos recomendados de fosamprenavir para pacientes8 pediátricos manterão as exposições plasmáticas a amprenavir similares às de adultos. Na tabela abaixo são apresentadas as médias geométricas (intervalo de confiança de 95%) dos parâmetros farmacocinéticos de amprenavir no estado de equilíbrio nesta população são apresentadas por esquema de dosagem e grupo etário.

Tabela 1. Parâmetros farmacocinéticos para amprenavir no estado de equilíbrio em pacientes pediátricos tratados com Telzir® e ritonavir duas vezes ao dia:

Idade

Dose
(duas vezes ao dia)

Cmáx

AUC12

Cmín

n

(μg/mL)

n

(μg*h/mL)

n

(μg/mL)

4 semanas

a <2 anos

Telzir® 45 mg/kg + ritonavir 7 mg/kg

13

6,18
(3,93; 9,74)

13

28,6
(17,0; 48,1)

30

2,07
(1,60; 2,68)

2 a <3 anos

Telzir® 30 mg/kg + ritonavir 3 mg/kg

Não estudadoa

3 a 5 anos

Telzir® 23 mg/kg +

11

9,80

11

59,7

15

3,36

ritonavir 3 mg/kg

(6,51; 14,7)

(37,1; 96,2)

(2,44; 4,63)

6 a 11 anos

Telzir® 18 mg/kg +

12

6,40

12

48,4

22

2,42

ritonavir 3 mg/kg

(5,02; 8,15)

(38,1; 61,4)

(1,90; 3,07)

12 a 18 anos

Telzir® 700 mg +

13

4,93

13

35,3

40

2,01

ritonavir 100 mg/kg

(3,83; 6,34)

(28,2; 44,1)

(1,74; 2,32)

Idosos: A farmacocinética de fosamprenavir quando administrado em combinação com ritonavir não foi estudada em pacientes acima de 65 anos de idade. Ao tratar pacientes idosos, deve-se considerar as disfunções hepática34, renal35 ou cardíaca potenciais, doenças concomitantes ou outros tratamentos medicamentosos.

Insuficiência renal36: Pacientes com insuficiência renal36 não foram especificamente estudados. A eliminação renal35 não é a principal via de eliminação de amprenavir ou ritonavir. O impacto da insuficiência renal36 sobre a eliminação de amprenavir e ritonavir deve ser mínimo. Portanto, nenhum ajuste da dose da combinação fosamprenavir/ritonavir é considerado necessário.

Insuficiência hepática37: O fosamprenavir é convertido para amprenavir em seres humanos. A principal via de eliminação de amprenavir e ritonavir é o metabolismo15 hepático. Foram avaliados os parâmetros farmacocinéticos do amprenavir plasmático em um estudo de doses repetidas em indivíduos adultos vivendo com HIV5-1 com insuficiência hepática37 tratados com Telzir® associado a ritonavir em comparação com indivíduos controle pareados com função hepática34 normal.

Para indivíduos com insuficiência hepática37 leve (pontuação de Child-Pugh de 5-6), recomenda-se um esquema de dosagem de 700 mg de Telzir® duas vezes ao dia com frequência de dosagem reduzida de 100 mg de ritonavir uma vez ao dia (ver Posologia e Modo de Usar) com base numa Cmáx do amprenavir plasmático ligeiramente mais alta (17%), AUC17(0-τ) do amprenavir plasmático ligeiramente mais alta (22 %) e valores de Cτ semelhantes em comparação com indivíduos com função hepática34 normal tratados com o esquema padrão de 700 mg/100 mg de Telzir®/ritonavir duas vezes ao dia.

Para indivíduos com insuficiência hepática37 moderada (pontuação de Child-Pugh de 7-9), recomenda-se um esquema de dosagem de 450 mg de Telzir® duas vezes ao dia com frequência de dosagem reduzida de 100 mg de ritonavir uma vez ao dia (ver Posologia e Modo de Usar). Embora a previsão seja de que o esquema de dosagem de 450 mg de Telzir® duas vezes ao dia + 100 mg de ritonavir uma vez ao dia resulte em valores de Cτ do amprenavir total no plasma24 aproximadamente 35 % mais baixos, os valores de Cτ do amprenavir plasmático livre serão aproximadamente 67 % mais altos do que os observados em indivíduos com função hepática34 normal tratados com o esquema de dosagem de 700 mg/100 mg de amprenavir associado a ritonavir duas vezes ao dia.

Para indivíduos com insuficiência hepática37 moderada, o esquema de dosagem de 700 mg de Telzir® uma vez ao dia + 100 mg de ritonavir uma vez ao dia resultou em Cméd do amprenavir plasmático 24 % mais baixa, Cτ 65% mais baixa e Cτ do amprenavir livre, aproximadamente, 42 % mais baixa em comparação com indivíduos com função hepática34 normal tratados com o esquema de dosagem de 700 mg/100 mg de amprenavir associado a ritonavir duas vezes ao dia. Portanto, com um esquema de dosagem com comprimidos de Telzir® em indivíduos com insuficiência hepática37 moderada não seria possível obter parâmetros farmacocinéticos para o amprenavir plasmático comparáveis aos do esquema de dosagem de 700 mg/100 mg de Telzir®/ritonavir duas vezes ao dia em indivíduos com função hepática34 normal.

Para indivíduos com insuficiência hepática37 grave (pontuação de Child-Pugh de 10-13), uma redução da dosagem para 300 mg de Telzir®, duas vezes ao dia, com uma redução da frequência de dosagem de ritonavir 100 mg uma vez ao dia resultou em uma Cmáx do amprenavir plasmático 19% mais baixa, AUC17(0-τ) 23% mais baixa e valores de Cτ 38% mais baixos. No entanto, os valores de Cτ do amprenavir plasmático livre foram similares aos alcançados em indivíduos com função hepática34 normal recebetndo o esquema de dosagem padrão de Telzir®/ritonavir 700 mg/100 mg duas vezes ao dia. Apesar da frequência de dosagem reduzida de ritonavir, indivíduos com insuficiência hepática37 grave tiveram Cmáx de ritonavir 64% mais alta, Cméd de ritonavir 40% mais alta e Cτ de ritonavir 38% maior do que o alcançado em indivíduos com função hepática34 normal recebendo o esquema de dosagem padrão de ritonavir 700 mg/100 mg de Telzir®/ritonavir duas vezes ao dia.

Gravidez10

A farmacocinética do amprenavir (APV) foi estudada em mulheres grávidas recebendo fosamprenavir/ritonavir 700/100 mg duas vezes ao dia durante o segundo trimestre (n=6) ou terceiro trimestre (n=9) e pós-parto. Exposição ao APV foi 25-35% menor durante a gravidez10. Os valores da média geométrica (IC 95%) e de Ctau de amprenavir foram 1,31 (0,97; 1,77), 1,34 (0,95; 1,89) e 2,03 (1,46; 2,83) µg/mL para o segundo trimestre, terceiro trimestre e pós-parto, respectivamente, e dentro da faixa dos valores em pacientes não grávidas em vários regimes contendo fosamprenavir/ritonavir. Transferência placentária de baixa a moderada da concentração do cordão umbilical38 para o plasma24 periférico materno de 0,27 (0,24, 0,30) foi observada com base na razão geométrica do mínimo quadrado (IC 95%).

CONTRAINDICAÇÕES

Telzir® não é indicado em casos de hipersensibilidade conhecida a fosamprenavir, amprenavir e ritonavir ou a qualquer um dos excipientes incluídos nas formulações.

Telzir® em combinação com ritonavir não pode ser administrado concomitantemente com produtos medicinais com janela terapêutica39 estreita que sejam substratos do citocromo P450 (CYP3A4). A coadministração pode resultar em inibição competitiva do metabolismo15 desses produtos e em potenciais eventos adversos graves ou que ameacem a vida, como arritmia40 cardíaca (por exemplo, com o uso de astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida), hipotensão41 (por exemplo, o alfa bloqueador alfuzosina), sedação42 prolongada ou depressão respiratória (com a administração concomitante de triazolam, midazolam, quetiapina), vasoespasmo periférico ou isquemia43 (com uso combinado com ergotamina, di-hidroergotamina, ergonovina e metilergonovina) (ver Interações Medicamentosas).

Telzir® em combinação com ritonavir não pode ser administrado concomitantemente com o medicamento antipsicótico lurasidona. Favor verificar a bula do ritonavir para outras interações medicamentosas potenciais (ver Interações Medicamentosas).

Telzir®/ritonavir não deve ser administrado concomitantemente a sildenafila quando utilizado no tratamento de hipertensão arterial44 pulmonar (para uso do sildenafila em pacientes com disfunção erétil, ver Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas). Há um aumento no risco de eventos adversos potenciais graves associados à sildenafila.

O ritonavir também inibe a CYP2D6 in vitro e in vivo, mas em menor extensão que a CYP3A4. Telzir® em combinação com ritonavir não deve ser coadministrado com drogas altamente dependentes do metabolismo15 da CYP2D6 e que, em elevadas concentrações plasmáticas, estejam associados com eventos adversos graves ou que representem risco à vida. Estas drogas incluem flecainida e propafenona (para outros detalhes, consulte a bula de ritonavir) (ver Interações Medicamentosas).

Telzir® em combinação com ritonavir não pode ser administrado simultaneamente com rifampicina, devido a prováveis reduções acentuadas nas concentrações plasmáticas de amprenavir (ver Interações Medicamentosas).

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Os pacientes devem ser informados de que Telzir® em combinação com ritonavir ou qualquer outro tratamento antirretroviral existente não cura a infecção7 por HIV5. Eles ainda podem apresentar infecções45 oportunistas e outras complicações decorrentes da infecção7 por HIV5. Não há provas que os tratamentos antirretrovirais existentes, incluindo a combinação de Telzir®/ritonavir, previnam o risco de transmissão do HIV5 a outras pessoas através do contato sexual ou contaminação por sangue46. As precauções apropriadas devem continuar a ser tomadas.

Telzir® contém um componente de sulfonamida. O potencial para sensibilidade cruzada entre fármacos da classe das sulfonamidas e fosamprenavir é desconhecido. Nos estudos pivotais com fosamprenavir, não se evidenciou maior risco de erupções cutâneas47 em pacientes com histórico de alergia48 a sulfonamidas que receberam fosamprenavir em comparação com aqueles que receberam fosamprenavir e não tinham alergia48 a sulfonamidas. Ainda assim, a combinação Telzir®/ritonavir deve ser usada com cautela em pacientes com alergia48 conhecida a sulfonamidas.

Ainda não foram totalmente determinados os parâmetros farmacocinéticos, a segurança e a eficácia de Telzir® em crianças com menos de 4 semanas de idade.

O uso de Telzir® com ritonavir em doses maiores que a usual resulta em aumento nos níveis de transaminases em alguns pacientes, e seu uso em doses maiores não é recomendado.

Disfunção hepática34/renal35

O amprenavir e o ritonavir são metabolizados principalmente pelo fígado30. A combinação Telzir®/ritonavir deve ser usada com cautela e em doses reduzidas em adultos com insuficiência hepática37 leve, moderada ou grave (ver Posologia e Modo de Usar). Os pacientes com hepatite49 B ou C ou elevações marcantes nas transaminases antes do tratamento podem correr maior risco de apresentar aumento das transaminases. Exames laboratoriais apropriados devem ser conduzidos previamente e em intervalos regulares, durante o tratamento.

Uma vez que o clearance renal35 de amprenavir e ritonavir é insignificante, não são esperadas concentrações plasmáticas aumentadas em pacientes com insuficiência renal36. Como o amprenavir e o ritonavir exibem alta ligação a proteínas18 plasmáticas, é improvável que a hemodiálise50 ou a diálise peritoneal51 eliminem os fármacos de maneira significativa.

Outras drogas – interações potenciais

Tanto o amprenavir, metabólito12 ativo de Telzir®, quanto o ritonavir são inibidores da enzima32 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4). Consequentemente, a combinação de Telzir®/ritonavir não deve ser administrada simultaneamente com medicações que tenham janela terapêutica39 estreita e que sejam substratos da CYP3A4, pois pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos destas substâncias. Também há outros agentes que são indutores, inibidores ou substratos da CYP3A4 e podem resultar em interações medicamentosas graves ou que ameacem a vida. Portanto, aconselha-se cautela sempre que a combinação Telzir®/ritonavir for coadministrada com esses agentes (ver Contraindicações e Interações Medicamentosas).

A coadministração de fosamprenavir/ritonavir com outros antineoplásicos metabolizados pela CYP3A (por exemplo, dasatinibe, nilotinibe, ibrutinibe, vimblastina e everolimo) pode aumentar as concentrações plasmáticas destes medicamentos, potenciamente aumentando risco de eventos adversos normalmente associados a esses agentes. Favor consultar a bula destes medicamentos (ver Interações Medicamentosas).

A coadministração de Telzir® e ritonavir com halofantrina não é recomendada. As concentrações de halofantrina podem ser elevadas, aumentando potencialmente o risco de eventos adversos graves como arritmia40 cardíaca (ver Interações Medicamentosas).

Antivirais com ação direta sobre o vírus3 da Hepatite49 C

Quando fármacos antivirais com ação direta sobre o vírus3 da hepatite49 C (DDA), que são metabolizados pela CYP3A4 ou são indutores/inibidores da CYP3A4, são coadministrados com fosamprenavir com/sem ritonavir, espera-se que tenha alteração da concentração plasmática dos medicamentos devido à inibição ou indução da atividade enzimática da CYP3A4. Essas interações podem levar a:

  • Reações adversas clinicamente significantes devido a maiores exposições de fosamprenavir/ritonavir ou medicamentos concomitantes;
  • Perda de efeito terapêutico de fosamprenavir/ritonavir ou medicamentos concomitantes e possível desenvolvimento de resistência.

Portanto, a coadministração de fosamprenavir com/sem ritonavir não é recomendada com fármacos HCV DAA que são metabolizados pela CYP3A4 ou indutores/inibidores da CYP3A4, devido ao potencial para uma interação (por exemplo telaprevir, boceprevir, simeprevir, paritaprevir). Em caso de tratamento concomitante para hepatite49 C com fármacos HCV DDA, consultar a bula do produto.

Os inibidores de HMG-CoA redutase lovastatina e sinvastatina são altamente dependentes da CYP3A4 para o metabolismo15. Assim, o uso concomitante de Telzir® e ritonavir com sinvastatina ou lovastatina não é recomendado, devido a aumento no risco de miopatia52, incluindo rabdomiólise53. Também é necessário ter cautela se Telzir® e ritonavir forem usados concomitantemente com atorvastatina, que é metabolizada em menor proporção pela CYP3A4. Nesse caso, uma dose reduzida de atorvastatina deve ser considerada. Se o tratamento com um inibidor de HMG-CoA redutase for indicado, recomenda-se pravastatina ou fluvastatina (ver Interações Medicamentosas).

O uso concomitante de Telzir® com ritonavir e propionato de fluticasona, ou quaisquer outros glicocorticoides que sejam metabolizados pela CYP3A4, não é recomendado, a menos que o benefício potencial do tratamento justifique o risco de efeitos corticosteroides sistêmicos54, incluindo Síndrome de Cushing55 e supressão adrenal (ver Interações Medicamentosas).

Embora as isoenzimas responsáveis pelo metabolismo15 de bepridil não tenham sido elucidadas, as vias metabólicas principais responsáveis pelo metabolismo15 de bepridil são mediadas pelo sistema de enzimas CYP450. Como amprenavir e ritonavir são inibidores da isoenzima CYP3A4, a isoenzima do CYP450 é frequentemente responsável pelo metabolismo15 de drogas, e porque a exposição plasmática aumentada a bepridil pode aumentar o risco de arritmia40, ameaçando a vida, aconselha-se cautela quando fosamprenavir e bepridil forem coadministrados.

Interações medicamentosas graves ou que representam risco à vida podem ocorrer entre amprenavir e amiodarona, lidocaína (sistêmica), antidepressivos tricíclicos, quinidina e varfarina. O monitoramento das concentrações (com a varfarina, monitorar o Índice Internacional de Normalização – INR) desses agentes é recomendado, porque isso pode minimizar o risco de problemas potenciais de segurança com o uso concomitante.

O uso concomitante de inibidores PDE5 (por exemplo, sildenafila) para o tratamento de disfunção erétil, em pacientes sob tratamento com a combinação de Telzir®/ritonavir não é recomendado. É esperado um substancial aumento das concentrações de inibidores de PDE5 quando coadministrados com Telzir® e ritonavir, o que pode resultar em eventos adversos associados aos inibidores de PDE5, incluindo hipotensão41, síncope56, alterações visuais e priapismo57 (ver Interações Medicamentosas).

A coadministração de amprenavir com rifabutina resulta em aumento de 200% nas concentrações plasmáticas (AUC17) de rifabutina. Quando ritonavir é coadministrado, espera-se um grande aumento nas concentrações de rifabutina. A redução da dose de rifabutina em pelo menos 75% da dose usual é recomendada quando administrado com Telzir® e ritonavir. Os pacientes devem ser clinicamente monitorados (ver Interações Medicamentosas).

O uso concomitante da combinação de Telzir®/ritonavir e de produtos contendo Hypericum perforatum (também conhecido como Erva de São João) não é recomendado. Estudo farmacocinético com indinavir indica que o Hypericum perforatum pode reduzir as concentrações séricas de amprenavir ou ritonavir quando administrado concomitantemente (ver Interações Medicamentosas).

Como pode haver um risco maior de elevações da transaminase hepática34 e alterações nos níveis hormonais a partir do uso concomitante de Telzir®/ritonavir e contraceptivos orais, é recomendado o uso de métodos de contracepção58 não-hormonais, para mulheres em idade fértil (ver Interações Medicamentosas).

Não existem dados disponíveis sobre a coadministração de Telzir®/ ritonavir com estrógenos e progestogênios utilizados em terapias de reposição hormonal. A eficácia e segurança dessas terapias com o uso concomitante de Telzir® e ritonavir não foram estabelecidas.

O ritonavir, além de ser um potente inibidor da CYP3A4, é também inibidor da CYP2D6 e indutor da CYP1A2, CYP2C9 e glicuronosil transferase. Telzir® em combinação com ritonavir não deve ser coadministrado com outras drogas que sejam altamente dependentes do metabolismo15 da CYP2D6 e que em elevadas concentrações plasmáticas estejam associados com resultados graves ou que representem risco à vida. Estes fármacos incluem flecainida e propafenona (ver Contraindicações). A bula de ritonavir deve ser consultada antes de se iniciar o tratamento com Telzir® e ritonavir.

Rash59/reações cutâneas47

A maioria dos pacientes com rash59 leve ou moderado pode continuar o tratamento com Telzir®. Anti-histamínicos apropriados (ex: dicloridrato de cetirizina) podem reduzir o prurido60 e acelerar o desaparecimento do rash59. Reações cutâneas47 graves e representando risco à vida, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson61, foram relatadas em menos de 1% dos participantes recrutados no programa de desenvolvimento clínico. Telzir® deve ser permanentemente descontinuado em caso de rash59 grave ou em caso de rash59 de intensidade moderada associado a sintomas62 sistêmicos54 ou mucosos (ver Reações Adversas).

Pacientes hemofílicos

Houve relatos de sangramento aumentado, incluindo hematomas63 cutâneos espontâneos e hemartroses em pacientes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores da protease20. Em alguns pacientes, o fator VIII adicional foi administrado. Em mais da metade dos casos relatados, o tratamento com inibidores da protease20 continuou ou foi reiniciado (caso houvesse sido descontinuado). Uma relação causal foi suscitada, embora o mecanismo de ação não tenha sido elucidado. Portanto, pacientes hemofílicos devem estar cientes da possibilidade de sangramento aumentado.

Hiperglicemia64

O aparecimento de diabetes65 mellitus, hiperglicemia64 ou exacerbação de diabetes65 mellitus pré-existente foi relatado em pacientes recebendo tratamento antirretroviral, incluindo inibidores da protease20. Alguns pacientes necessitaram de introdução ou ajuste da dose de insulina66 ou de agentes hipoglicemiantes orais67 para o tratamento desses eventos. Em alguns casos, ocorreu cetoacidose diabética68. Uma relação causal entre o tratamento com inibidores da protease20 e esses eventos não foi estabelecida.

Aumento da gordura69 corporal

O tratamento antirretroviral combinado, incluindo esquemas contendo um inibidor da protease16, pode estar associado com o aumento da gordura69 corporal em alguns pacientes. Uma relação causal não foi estabelecida.

Elevação de lipídios

O tratamento com Telzir® /ritonavir resultou no aumento da concentração de triglicerídeos e colesterol70. Exames laboratoriais para triglicerídeos e colesterol70 devem ser realizados antes do inicio da terapia com Telzir® e em intervalos periódicos após o inicio do tratamento. Transtornos lipídicos devem receber tratamento clínico apropriado.

Síndrome71 de Reconstituição Imune

Em pacientes vivendo com HIV5 e deficiência imune grave na ocasião do início da terapia antirretroviral (TARV), podem surgir reação inflamatória e infecções45 oportunistas assintomáticas ou residuais, causando transtornos clínicos graves ou o agravamento dos sintomas62. Tipicamente, essas reações foram observadas nas primeiras semanas ou meses após o início do TARV. Exemplos relevantes são a retinite por citomegalovírus72, infecções45 micobacterianas generalizadas ou focais e pneumonia73 por Pneumocystis jiroveci (P. carinii). Quaisquer sintomas62 inflamatórios têm de ser avaliados sem demora, e o tratamento deve ser iniciado, quando necessário. Distúrbios autoimunes74 (como Doença de Graves, polimiosite e Síndrome71 de Guillain-Barre) também foram relatados por ocorrerem na reconstituição imune. Contudo, o tempo de início é mais variável, e pode ocorrer vários meses após o início do tratamento e, algumas vezes, podem ter uma apresentação atípica.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Nenhum estudo dos efeitos de Telzir® /ritonavir sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas foi realizado.

Carcinogenicidade, mutagenicidade

Em estudos de carcinogenicidade a longo prazo, fosamprenavir foi administrado por via oral por até 104 semanas em doses de 250, 400 ou 600 mg/kg/dia em camundongos e em doses de 300, 825 ou 2250 mg/kg/dia em ratos. A exposição nessas doses foi de 0,2 a 0,3 vezes (em camundongos) e 0,3 a 0,7 vezes (em ratos) a exposição observada em humanos fazendo uso de Telzir® /ritonavir 1400mg /200 mg uma vez ao dia. A exposição em estudos de carcinogenicidade foi de 0,1 a 0,3 vezes (camundongos) e 0,3 a 0,6 vezes (ratos) a exposição observada em humanos fazendo uso de Telzir® /ritonavir 700 mg/100 mg duas vezes ao dia.

Houve um aumento de adenoma75 e carcinoma76 hepatocelulares em todas as doses em camundongos machos, um aumento de adenoma75 hepatocelular e adenoma75 celular em tireoide77 folicular em todas as doses em ratos machos e em ratas fêmeas nas doses de 835 mg/kg/dia e 2250 mg/kg/dia. A relevância dos achados hepatocelulares em roedores para humanos é incerta e não há evidências de estudos clínicos ou dados pós-comercialização que sugerem que esses dados têm relevância clínica;

O estudo de doses repetidas de fosamprenavir em ratos produziu efeitos consistentes com indução enzimática, em ratos pré-dispostos, mas não em humanos com relação a neoplasmas78 tireoidianos. Além disso, em ratos, somente teve um aumento na hiperplasia79 celular intersticial80 nas doses de 825 e 2250 mg/kg/dia e um aumento no adenocarcinoma81 endometrial na dose de 2250 mg/kg/dia. A incidência22 de achados endometriais foi levemente maior que o controle, mas dentro da média basal para ratas. A relevância dos achados de adenocarcinomas endometriais em roedores para humanos é incerta e não há evidências de estudos clínicos ou dados pós-comercialização que sugerem que esses dados têm relevância clínica;

O fosamprenavir não foi mutagênico ou genotóxico em uma série de estudos in vivo e in vitro. Esses estudos incluíram mutação19 reversa bacteriana (Ames), aberrações micronuclear e cromossômica e linfomas de roedores, em linfócitos humanos.

Toxicidade82 reprodutiva

Ver Gravidez10.

Toxicologia ou farmacologia83 animal

O fosamprenavir provocou intolerância gastrointestinal e toxicidade82 hepática34 em animais nos estudos pré-clínicos. Em cachorros, salivação, vômito84 e alterações fecais (fezes pastosas a líquidas) ocorreram em todos os estudos de dose repetida com fosamprenavir e levaram a desidratação85 e perda eletrolítica em alguns animais. Toxicidade82 hepática34 foi observada em ratos e cachorros e consistiram em aumento de enzimas hepáticas86, peso do fígado30 e de achados microscópicos87, como necrose88 hepática34.

Essa toxicidade82 hepática34 pode ser monitorada e detectada em pacientes através de exames para detecção de AST, ALT e atividade de fosfatase alcalina89. No entanto, em humanos, as evidências de efeitos hepáticos foram geralmente limitadas a pacientes coinfectados com Hepatite49 B e/ou C.

Gravidez10 e Lactação90

Em fêmeas de ratos e coelhos grávidas, não houve efeitos significativos sobre o desenvolvimento embriofetal. A exposição plasmática sistêmica (AUC17) ao amprenavir nesses estudos foi similar (ratos) ou mais baixa (coelhos) do que a exposição em pacientes em estudos clínicos com fosamprenavir. Em vista da baixa exposição em coelhos, a toxicidade82 potencial de fosamprenavir para o desenvolvimento embriofetal não foi inteiramente determinada.

Transferência placentária de amprenavir de baixa à moderada tem sido observada após a administração de fosamprenavir/ritonavir 700/100 mg duas vezes ao dia a mulheres grávidas (ver Características Farmacológicas). Dados clínicos limitados do uso de fosamprenavir em combinação com outros antirretrovirais na gravidez10 humana estão disponíveis. Dados clínicos limitados do uso de fosamprenavir durante a gravidez10 a partir do Antiretroviral Pregnancy Registry (APR) e relatos de casos não são suficientes para informar um risco associado ao fármaco14 de deficiências congênitas11 e de aborto (ver Resultados de Eficácia).

Telzir® somente deverá ser utilizado durante a gravidez10 se os seus benefícios justificarem o risco potencial para o feto91.

Categoria de risco na gravidez10: C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais92 no feto91, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez10.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Especialistas em saúde2 recomendam que, sempre que possível, mulheres vivendo com HIV5 não amamentem seus filhos para evitar a transmissão do vírus3. Em situações em que o uso de fórmulas infantis não é viável e o aleitamento materno93 durante o tratamento antirretroviral for considerado, devem ser seguidos os guias locais para amamentação94 e tratamento.

Com base em dados animais, espera-se que o amprenavir seja secretado no leite materno humano. Não há informação da transferência ou de efeitos de amprenavir na amamentação94 infantil ou de efeitos do medicamento na produção de leite.

Telzir® suspensão oral contém propil e metilparabeno. Esses produtos podem causar reação alérgica95 em alguns indivíduos. Essa reação pode ser tardia.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Quando Telzir® e ritonavir são coadministrados, o perfil metabólico da interação de ritonavir pode predominar, já que o ritonavir é um inibidor CYP3A4 mais potente. A bula de ritonavir deve ser consultada antes de se iniciar o tratamento com Telzir® e ritonavir.

Estudos de interação foram realizados apenas em adultos.

O ritonavir é um potente inibidor da isoforma CYP3A do citocromo P450, inibindo também a CYP2D6 e induzindo a CYP3A4, a CYP1A2, a CYP2C9 e a glicuronosil transferase. O fosamprenavir é um inibidor de CYP3A4 menos potente do que o ritonavir.

Estudos farmacocinéticos específicos de interações medicamentosas foram conduzidos entre fosamprenavir/ritonavir e outros produtos medicinais. Além disso, longos estudos de interação foram conduzidos entre amprenavir, o metabólito12 ativo de fosamprenavir, e outros produtos medicinais. Uma vez que o fosamprenavir é rapidamente convertido para amprenavir no epitélio intestinal13, e porque o fosamprenavir produz exposições plasmáticas de amprenavir comparáveis às formulações de amprenavir e expõe uma farmacocinética de amprenavir comparável quando coadministrado com ritonavir, como em formulações de amprenavir, os estudos de interações medicamentosas conduzidos com este último podem ser extrapolados para o fosamprenavir.

Interações envolvendo CYP3A4

O amprenavir, metabólito12 ativo de fosamprenavir, e o ritonavir são metabolizados principalmente no fígado30 pela CYP3A4. Portanto, fármacos que partilham essa via metabólica ou modificam a atividade da CYP3A4 podem modificar a farmacocinética de amprenavir e ritonavir. De maneira similar, a administração de fosamprenavir em combinação com ritonavir pode modificar a farmacocinética de outros fármacos que partilham essa via metabólica (ver Contraindicações e Advertências e Precauções).

Os fármacos listados abaixo são exemplos de substratos, inibidores ou indutores da CYP3A4, que podem interagir com o fosamprenavir quando usados concomitantemente. Essa lista não está completa e, em alguns casos, o significado clínico dessas interações potenciais interações é desconhecido e não foi estudado. Portanto, os pacientes devem ser monitorados para toxicidades associadas a esses fármacos, quando forem usados em combinação com fosamprenavir e ritonavir.

Interações envolvendo CYP2D6

O ritonavir é um inibidor da CYP2D6. Portanto, Telzir® em combinação com ritonavir pode resultar em aumento das concentrações plasmáticas de produtos medicinais que são primariamente metabolizados pela CYP2D6 (ver Contraindicações e Advertências e Precauções).

Associações contraindicadas (ver Contraindicações)

Telzir® em combinação com ritonavir não pode ser administrado simultaneamente com outros fármacos com janela terapêutica39 estreita, que sejam substratos da isoenzima 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4). A coadministração pode resultar em inibição competitiva do metabolismo15 desses produtos medicinais e criar o potencial para eventos adversos graves ou que representem risco à vida, tais como arritmia40 cardíaca (com uso concomitante, por exemplo, com astemizol, terfenadina, cisaprida, pimozida), hipotensão41 (por exemplo, o alfa bloqueador alfuzosina), sedação42 prolongada ou depressão respiratória (uso concomitante com triazolam, midazolam, quetiapina, por exemplo) ou vasoespasmo periférico ou isquemia43 (coadministração com ergotamina, diidroergotamina, ergonovina e metilergonovina) (ver Contraindicações).

Telzir®/ritonavir não deve ser administrado concomitantemente a sildenafila quando utilizado no tratamento de hipertensão arterial44 pulmonar. Há um aumento no risco de eventos adversos potenciais graves associados à sildenafila (ver Contraindicações).

O ritonavir é um inibidor da CYP2D6. Telzir® em combinação com ritonavir não deve ser coadministrado com produtos medicinais que sejam altamente dependentes do metabolismo15 da CYP2D6 e que em elevadas concentrações plasmáticas estão associados a resultados graves ou que representem risco à vida. Estes produtos medicinais incluem flecainida e propafenona (ver Contraindicações).

A rifampicina reduz a AUC17 plasmática de amprenavir em aproximadamente 82%. Telzir® e ritonavir não podem ser administrados concomitantemente com rifampicina, devido às grandes reduções previstas nas concentrações plasmáticas de amprenavir (ver Contraindicações).

Associações adicionais, precauções para uso

Agentes antirretrovirais

Inibidores da transcriptase reversa não-nucleosídeos

  • efavirenz: A administração concomitante de efavirenz (600 mg uma vez ao dia) com o esquema de fosamprenavir e ritonavir uma vez ao dia (fosamprenavir 1400 mg e ritonavir 200 mg) reduziu a AUC17 plasmática de amprenavir em 13% e a Cmín em 36%. Um aumento na dose de ritonavir para 300 mg uma vez ao dia manteve as concentrações plasmáticas de amprenavir. Quando efavirenz (600 mg uma vez ao dia) foi coadministrado com o esquema de fosamprenavir e ritonavir duas vezes ao dia (fosamprenavir 700 mg e ritonavir 100 mg) as concentrações plasmáticas de amprenavir não foram significativamente alteradas.
  • nevirapina: A AUC17 e a Cmín de amprenavir diminuíram em 11% e 19%, respectivamente, e a Cmáx manteve-se inalterada, quando fosamprenavir (700 mg duas vezes ao dia) + ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) foram administrados concomitantemente com nevirapina (200 mg duas vezes ao dia). A AUC17, a Cmáx e a Cmín de nevirapina aumentaram em 14%, 13% e 22%, respectivamente. Nenhuma recomendação de dose pode ser feita para a coadministração de nevirapina e fosamprenavir (700 mg duas vezes ao dia) + ritonavir (100 mg duas vezes ao dia). O regime de uma vez ao dia de fosamprenavir com ritonavir não foi estudado.
  • delavirdina: Nenhuma recomendação de dose pode ser feita para a coadministração da combinação de fosamprenavir/ritonavir e delavirdina.
  • Inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos / nucleotídeos: Nenhum ajuste da dose é considerado necessário quando os seguintes agentes antirretrovirais são coadministrados com fosamprenavir: zidovudina, didanosina, estavudina, lamivudina, abacavir e tenofovir.
  • Inibidores da protease20: Nenhuma recomendação de dose pode ser feita para o uso de fosamprenavir e ritonavir em combinação com outros inibidores da protease20. Os dados de interação disponíveis são apresentados nas seções a seguir.
  • lopinavir/ritonavir: A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de lopinavir aumentaram em 30%, 37% e 52%, respectivamente quando a combinação de lopinavir/ritonavir (400 mg /100 mg duas vezes ao dia por duas semanas) foi administrada com fosamprenavir/ritonavir (700 mg /100 mg duas vezes ao dia por duas semanas). A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de amprenavir diminuíram em 58%, 63% e 65% respectivamente.
    A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de lopinavir permaneceram inalteradas (em comparação com os valores observados quando a combinação de lopinavir/ritonavir 400 mg /100 mg foi administrada duas vezes ao dia por duas semanas) quando a combinação lopinavir/ritonavir (533 mg /133 mg duas vezes ao dia por duas semanas) foi administrada com fosamprenavir (1400 mg duas vezes ao dia por duas semanas). A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de amprenavir diminuíram em 13%, 26% e 42%, respectivamente, em comparação com os valores obtidos com fosamprenavir / ritonavir, 700 mg /100 mg duas vezes ao dia por duas semanas.
    Doses apropriadas da combinação, com relação à segurança e eficácia, ainda não foram estabelecidas.
  • indinavir: O amprenavir (750 mg ou 800 mg três vezes ao dia) foi administrado por duas semanas a pacientes recebendo tratamento concomitante com indinavir (800 mg três vezes ao dia, em jejum). A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de amprenavir no estado de equilíbrio aumentaram em 18%, 33% e 25%, respectivamente. Em comparação com dados históricos, a Cmáx, a AUC17 e a Cmín de indinavir no estado de equilíbrio diminuíram em 22%, 38% e 27%, respectivamente.
  • saquinavir: O amprenavir (750 mg ou 800 mg três vezes ao dia) foi administrado por duas semanas a pacientes recebendo tratamento concomitante com saquinavir (800 mg três vezes ao dia, estado pós-prandial). A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de amprenavir no estado de equilíbrio diminuíram em 37%, 32% e 14%, respectivamente. Em comparação com dados históricos, os valores para a Cmáx, a AUC17 e a Cmín de saquinavir no estado de equilíbrio aumentaram em 21% e diminuíram em 19% e 48%, respectivamente.
  • nelfinavir: O amprenavir (750 ou 800 mg três vezes ao dia) foi administrado por duas semanas a pacientes recebendo tratamento concomitante com nelfinavir (750 mg três vezes ao dia, estado pós-prandial). Os valores para Cmáx e Cmín de amprenavir no estado de equilíbrio diminuíram em 14% e aumentaram em 189%, respectivamente. Em comparação com dados históricos, os valores da Cmáx, AUC17 e Cmín de nelfinavir no estado de equilíbrio aumentaram em 12%, 15% e 14%, respectivamente.
  • atazanavir: A coadministração de Telzir® (700 mg duas vezes ao dia) com ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) mais atazanavir (300 mg uma vez ao dia) durante 10 dias não teve efeito na farmacocinética plasmática do amprenavir no estado de equilíbrio. A AUC17(0-τ)  plasmática de atazanavir foi reduzida em 22%, a Cmáx em 24% e a Cτ permaneceu inalterado quando comparado aos valores obtidos com a administração de atazanavir (300 mg uma vez ao dia) com ritonavir (100 mg uma vez ao dia).

Inibidores de integrase

  • raltegravir: Uma redução de amprenavir C min de 19-33% e raltegravir C min de 36-54% foi observada após a coadministração de Telzir®/ritonavir 700mg/100mg duas vezes ao dia e raltegravir 400 mg duas vezes ao dia. Uma redução de amprenavir C min de 17-50% e raltegravir Cmin de 25-41% foi observada após a coadministração de Telzir®/ritonavir 1400 mg/100 mg uma vez ao dia e raltegravir 400 mg duas vezes ao dia. O significado clínico dessas reduções é desconhecido.
  • dolutegravir: A farmacocinética de amprenavir não foi alterada após a coadministração de Telzir®/ritonavir 700 mg/100 mg duas vezes ao dia com dolutegravir 50 mg uma vez ao dia. AUC17(0-τ), Cmáx, e Cτ de dolutegravir foram reduzidos em 35%, 24%, e 49%, respectivamente, quando combinados com Telzir®/ritonavir. Nenhum ajuste da dose de Telzir® ou dolutegravir é recomendado, baseando-se nas relações de exposição-resposta observadas a partir de dados clínicos. É necessário ter precaução e recomenda-se monitorização clínica, quando essas combinações são administradas em pacientes resistentes a inibidores de integrase.

Antagonista96 do receptor CCR5

  • maraviroque: Uma redução na C12h de amprenavir de 36% foi observada após a coadministração de fosamprenavir/ritonavir 700 mg/100 mg duas vezes ao dia com maraviroque 300 mg duas vezes ao dia. Uma redução na C24h de amprenavir de 15% foi observada após a coadministração de fosamprenavir/ritonavir 1400 mg/100 mg uma vez ao dia com maraviroque 300 mg uma vez ao dia. Estudos clínicos mostraram a comparação de eficácia entre fosamprenavir/ritonavir com maraviroque 150 mg duas vezes ao dia e outro reforçado com inibidor de protease com maraviroque 150 mg duas vezes ao dia. Quando se administra maraviroque com fosamprenavir/ritonavir, sua exposição aumenta aproximadamente 2 vezes. Se fosamprenavir/ritonavir é coadministrado com maraviroque, a dose recomendada é de 150 mg duas vezes ao dia. Nenhum ajuste de doses é necessário para fosamprenavir com ritonavir.

Produtos Medicinais anti-hepatite49 C

  • telaprevir: A administração concomitante de Telzir® com ritonavir e telaprevir resulta numa redução estável na exposição de amprenavir e telaprevir. O mecanismo da interação é desconhecido. A administração concomitante de Telzir® com ritonavir e telaprevir não é recomendada.

Antibióticos/antifúngicos

  • claritromicina: O ritonavir aumenta as concentrações plasmáticas de claritromicina. A redução da dose de claritromicina deve ser considerada quando esta é coadministrada com fosamprenavir e ritonavir em pacientes com insuficiência renal36.
  • eritromicina: Nenhum estudo farmacocinético foi conduzido com Telzir® em combinação com eritromicina. No entanto, os níveis plasmáticos dos dois produtos medicinais podem ser aumentados com a coadministração.
  • cetoconazol/itraconazol: O amprenavir e o ritonavir aumentam as concentrações plasmáticas de cetoconazol e prevê-se que aumentem as concentrações de itraconazol. Doses altas de cetoconazol e itraconazol (acima de 200 mg/dia) não são recomendadas para coadministração com fosamprenavir e ritonavir sem que se avalie a relação risco/benefício e o aumento do monitoramento dos eventos adversos devido ao cetoconazol e itraconazol.
  • rifampicina: A rifampicina é um potente indutor da CYP3A4. A administração concomitante com amprenavir resultou em redução da Cmín e da AUC17 de amprenavir em 92% e 82%, respectivamente. A rifampicina não pode ser usada concomitantemente com a combinação de fosamprenavir/ritonavir (ver Contraindicações).
  • rifabutina: A coadministração de amprenavir com rifabutina resulta em aumento de 200% nas concentrações plasmáticas (AUC17) de rifabutina e em um aumento na incidência22 de eventos adversos relacionados à rifabutina. Quando o ritonavir é coadministrado, pode ocorrer grande aumento nas concentrações de rifabutina. Uma redução na dose deste último fármaco14 de pelo menos 75% da dose recomendada é aconselhável quando coadministrado com fosamprenavir e ritonavir. Pode ser necessário reduzir ainda mais a dose (ver Advertências e Precauções).

Outros produtos medicinais

  • Antiácidos97: A AUC17 e a Cmáx de amprenavir foram reduzidas em 18% e 35%, respectivamente, enquanto a Cmín (C12) aumentou em 14%, quando uma dose única de 1400 mg de fosamprenavir foi coadministrada com uma dose única de 30 mL de suspensão de antiácido98 (equivalentes a 2,75 g de hidróxido de alumínio e 1,8 g de hidróxido de magnésio). Nenhum ajuste da dose para os respectivos fármacos é necessário quando são administrados concomitantemente.
  • Antagonista96 dos receptores H2 de histamina99: Os níveis séricos de amprenavir podem ser reduzidos pelo uso concomitante de antagonistas dos receptores H2 de histamina99 (por exemplo, ranitidina e cimetidina). A administração concomitante de ranitidina (dose única de 300 mg) com fosamprenavir (dose única de 1400 mg) diminuiu a AUC17 plasmática de amprenavir em 30% e a Cmáx em 51%, enquanto a Cmín (C12) de amprenavir permaneceu inalterada. Nenhum ajuste da dose para os respectivos produtos medicinais é necessário quando administrados concomitantemente.
  • Inibidores de bombas de prótons: A coadministração de esomeprazol (20 mg uma vez ao dia) com fosamprenavir (700 mg duas vezes ao dia) em combinação com ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) por 14 dias não altera a AUC17 plasmática, a Cmáx ou a Cmín do amprenavir, assim como não altera a AUC17 plasmática ou a Cmáx do esomeprazol, com retardo de uma hora no Tmáx. Nenhum ajuste na dose para os respectivos fármacos é necessário quando administrados concomitantemente.
    Para algumas substâncias que podem causar reações adversas graves ou que representem risco à vida, tais como amiodarona, quinidina, lidocaína (por via sistêmica), antidepressivos tricíclicos e varfarina (monitorar INR), o monitoramento das concentrações plasmáticas está disponível. Para esses produtos medicinais, o monitoramento das concentrações pode reduzir o potencial para problemas de segurança com o uso concomitante de fosamprenavir e ritonavir

Agentes anticonvulsivantes:

  • fenitoína: A AUC17 e a Cmín de amprenavir tiveram aumento de 20% e 19%, respectivamente, sem alteração da Cmáx quando Telzir® (700 mg duas vezes ao dia) mais ritonavir (100 mg duas vezes ao dia) foram administrados concomitantemente com fenitoína (300 mg uma vez ao dia). A AUC17, Cmáx e Cmín da fenitoína apresentaram diminuições de 22%, 20% e 29%, respectivamente. Dessa forma, se Telzir® mais ritonavir forem administrados em combinação com fenitoína, não se faz necessária nenhuma alteração no esquema de dosagem de Telzir®/ritonavir. Entretanto, recomenda-se o monitoramento das concentrações plasmáticas da fenitoína e o respectivo aumento de dose, conforme o caso. O esquema Telzir®/ritonavir uma vez ao dia não foi estudado.

Outros anticonvulsivantes: A administração concomitante de outros agentes anticonvulsivantes conhecidos como indutores enzimáticos (fenobarbital, carbamazepina) não foi estudada, porém pode levar a uma redução nas concentrações plasmáticas de amprenavir.

  • Benzodiazepínicos: alprazolam, clorazepato, diazepam e flurazepam – as concentrações séricas podem ser aumentadas, o que pode aumentar sua atividade (ver Contraindicações).
  • Bloqueadores dos canais de cálcio: anlodipino, diltiazem, felodipino, isradipino, nicardipino, nifedipino, nimodipino, nisoldipino e verapamil – as concentrações séricas desses medicamentos podem ser aumentadas, o que pode aumentar sua atividade e toxicidade82.
  • dexametasona: Pode induzir a CYP3A4 e reduzir as concentrações plasmáticas de amprenavir.
  • Inibidores de PDE 5: Com base nos dados para ritonavir e outros inibidores da protease20, prevê-se que as concentrações plasmáticas de inibidores de PDE5 (por exemplo, sildenafila) aumentem substancialmente com a coadministração com fosamprenavir e ritonavir. Isso pode resultar em aumento na incidência22 de eventos adversos associados com inibidores de PDE5. O uso concomitante de inibidores de PDE 5 para o tratamento da disfunção erétil ou hipertensão arterial44 pulmonar não é recomendado (ver Advertências e Precauções). O uso de Telzir® é contraindicado em pacientes sob tratamento com sildenafila para hipertensão arterial44 pulmonar (ver Contraindicações).
  • Propionato de fluticasona (interação com ritonavir): Em estudos clínicos nos quais ritonavir cápsulas de 100 mg foi coadministrado, duas vezes ao dia, com 200 microgramas de propionato de fluticasona intranasal (uma vez ao dia) por sete dias em indivíduos saudáveis, os níveis plasmáticos de propionato de fluticasona aumentaram significativamente, enquanto os níveis intrínsecos de cortisol apresentaram decréscimo de aproximadamente 86%. Riscos maiores de efeitos sistêmicos54 são esperados quando o propionato de fluticasona é administrado por via inalatória oral.
    Efeitos corticosteroides sistêmicos54, incluindo Síndrome de Cushing55 e supressão adrenal, têm sido relatados em pacientes fazendo uso de ritonavir e propionato de fluticasona inalatório ou intranasal. Essa interação também é esperada com outros corticosteroides metabolizados via P450 3A (ver Advertências e Precauções).
    Portanto, o uso concomitante de propionato de fluticasona e ritonavir deve ser evitado, a menos que o benefício potencial para o paciente justifique o risco de efeitos corticosteroides sistêmicos54.
  • halofantrina: As concentrações plasmáticas da halofantrina podem ser aumentadas quando coadministrada com fosamprenavir e ritonavir, o que pode resultar em eventos adversos associados com a halofantrina, como arritmia40 cardíaca. O uso concomitante não é recomendado (ver Advertências e Precauções).
  • Inibidores de redutase HMG-CoA: Prevê-se que os inibidores de redutase HMG-CoA altamente dependentes da CYP3A4 para o metabolismo15, tais como lovastatina e sinvastatina, tenham concentrações plasmáticas significativamente aumentadas com a coadministração com fosamprenavir e ritonavir. Como as concentrações aumentadas dos inibidores de redutase HMG-CoA podem causar miopatia52, incluindo rabdomiólise53, a combinação desses fármacos com fosamprenavir e ritonavir não é recomendada. A Cmáx, a AUC17 e a Cmín da atorvastatina aumentaram em 184%, 153% e 73% respectivamente quando a atorvastatina (10 mg uma vez ao dia por quatro dias) foi administrada com fosamprenavir/ritonavir (700 mg/100 mg duas vezes ao dia, por duas semanas). A Cmáx, a AUC17 e a Cmín de amprenavir permaneceram inalteradas.
    Quando utilizada com fosamprenavir e ritonavir, atorvastatina em doses não superiores que 20 mg/dia deve ser administrada com monitoração cuidadosa para sua toxicidade82. O metabolismo15 de pravastatina e fluvastatina não é dependente da CYP3A4 e não são previstas interações com inibidores da protease20. Se o tratamento com um inibidor de redutase HMG-CoA for indicado, a pravastatina ou a fluvastatina são recomendadas (ver Advertências e Precauções).
  • Imunossupressores: As concentrações plasmáticas de ciclosporina, rapamicina e tacrolimo podem ser aumentadas quando coadministrados com fosamprenavir e ritonavir. Portanto, um monitoramento frequente da concentração terapêutica39 é recomendado até que os níveis estejam estabilizados.
  • metadona: A coadministração de Telzir® 700 mg e ritonavir 100 mg duas vezes ao dia com metadona uma vez ao dia (≤ 200 mg) durante 14 dias reduziu a AUC17(0-τ) e a Cmáx do enantiômero ativo da R-metadona em 18% e 21%, respectivamente. A fração livre da R-metadona aumentou com duas horas (12,4% vs. 8,5%) e com seis horas (11,5% vs. 9,3%), porém as concentrações plasmáticas da R-metadona (ativa) livre com duas e seis horas não foram alteradas de forma significativa. Com base na comparação histórica, a metadona não parece alterar os parâmetros farmacocinéticos de amprenavir no plasma24. Com base nesses dados, não se faz necessário nenhum ajuste de dose quando Telzir® mais ritonavir são coadministrados com metadona.
  • paroxetina: A coadministração com fosamprenavir e ritonavir pode diminuir, significativamente, a concentração plasmática de paroxetina. Qualquer ajuste na dose de paroxetina deve ser direcionado pelo efeito clínico (tolerância e eficácia).
  • Esteroides: A coadministração de Telzir®/ritonavir (700 mg/100 mg, duas vezes ao dia), com etinilestradiol (EE) 0,035 mg/noretisterona (NE) 0,5 mg uma vez ao dia provoca diminuição da AUC17(0-τ) plasmática e da Cmáx de EE em 37% e 28%, respectivamente. Da mesma forma, também leva ao decréscimo da AUC17(0-τ) plasmática, Cmáx e Cτ de NE em 34%, 38% e 26%, respectivamente. Os parâmetros farmacocinéticos de amprenavir plasmáticos no estado de equilíbrio não foram significativamente afetados pela administração concomitante com esta associação. Entretanto, os valores da AUC17(0-τ) e da Cmáx para o ritonavir foram 45% e 63% maiores, respectivamente, quando comparados a estudos anteriores realizados com mulheres usando Telzir®/ritonavir somente. Além da exposição diminuída a contraceptivos hormonais, o uso concomitante de Telzir®/ritonavir e etinilestradiol + noretisterona resultou em aumento significativo da transaminase hepática34 em alguns indivíduos saudáveis. Desse modo, métodos de contracepção58 não-hormonais são recomendados para mulheres em idade fértil (ver Advertências e Precauções).
  • Erva de São João: Os níveis séricos de amprenavir podem ser reduzidos pelo uso concomitante da preparação de erva de São João (Hypericum perforatum) (ver Advertências e Precauções).
  • Agentes antineoplásicos: Quando agentes antineoplásicos metabolizados pela CYP3A (por exemplo, dasatinibe, nilotinibe, ibrutinibe, vimblastina e everolimo) são coadministrados com fosamprenavir com/sem ritonavir, as concentrações plasmáticas destes medicamentos antineoplásicos e o risco de eventos adversos associados a esses agentes antineoplásicos podem aumentar. Em caso de administração concomitante com agentes antineoplásicos metabolizados pela CYP3A, consultar a bula desses medicamentos.

Antipsicóticos

  • quetiapina: É esperado que a concentração de quetiapina aumente, devido à inibição da CYP3A pelo fosamprenavir. A administração concomitante de fosamprenavir e quetiapina é contraindicada, pois pode ocorrer aumento da toxicidade82 relacionada à quetiapina. O aumento da concentração plasmática da quetiapina pode levar ao coma100.
  • lurasidona: A coadministração de fosamprenavir/ritonavir com lurasidona é contraindicada devido ao potencial de reações graves e/ou de risco à vida.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Manter o medicamento em sua embalagem original e em temperatura ambiente (15–30°C). O prazo de validade de Telzir® suspensão oral é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.

Depois de aberto, este medicamento pode ser utilizado por até 28 dias.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, válido por até 28 dias.

Características físicas e organolépticas do produto

Suspensão branca ou quase branca com odor característico de chiclete.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

Um médico experiente no tratamento da infecção7 por HIV5 deve iniciar o tratamento.

Todos os esquemas devem ser administrados em combinação com outros agentes antirretrovirais.

A administração uma vez ao dia de Telzir® + ritonavir não é recomendada em pacientes já submetidos a tratamento anterior com inibidores da protease20.

Não é recomendada a combinação de Telzir® com ritonavir em doses maiores que as habituais (ver Advertências e Precauções). As doses recomendadas de Telzir® + ritonavir são descritas a seguir.

Modo de uso

Telzir® é administrado por via oral.

Instruções de uso da suspensão oral:

Agitar o frasco por 20 segundos antes do primeiro uso. Agitar o frasco antes dos usos subsequentes.

Deve-se usar a seringa1 de dosagem oral fornecida na embalagem para retirar a dose individual com precisão.

  1. Agitar com força o frasco antes de usar.
  2. Retirar a tampa do frasco.
  3. Empurrar o adaptador de plástico no interior do frasco, enquanto estiver segurando bem o frasco.
  4. Inserir firmemente a seringa1 no adaptador.
  5. Inverter o frasco.
  6. Puxar o êmbolo101 da seringa1 até retirar a quantidade correta de produto.
  7. Retornar o frasco para a posição normal e retirar a seringa1 do adaptador.
  8. Administrar a dose na boca102, colocando a ponta da seringa1 contra a parte interior da bochecha103. Pressionar o êmbolo101 vagarosamente, de forma a dar tempo de engolir. Um jato forçado da seringa1 no fundo da garganta104 pode provocar engasgamento.
  9. Repetir a dose conforme necessário.
  10. Recolocar a tampa no frasco e apertar.
  11. Após o uso, a seringa1 não deve ser deixada no frasco e deve ser lavada cuidadosamente em água limpa.

POSOLOGIA

Adultos (a partir de 18 anos de idade)

A suspensão oral em adultos deve ser administrada sem alimentos e com o estômago28 vazio. Agitar o frasco antes de usar.

Telzir® está também disponível como comprimidos revestidos de 700 mg.

Pacientes não submetidos a tratamento anterior:

  • Telzir® 28 mL (1400 mg) uma vez ao dia + ritonavir 100 mg uma vez ao dia, OU
  • Telzir® 14 mL (700 mg) duas vezes ao dia + ritonavir 100 mg duas vezes ao dia.

Pacientes já submetidos a tratamento com inibidores da protease20:

  • Telzir® 14 mL (700 mg) duas vezes ao dia + ritonavir 100 mg duas vezes ao dia.

Bebês9, crianças e adolescentes (de 4 semanas a 17 anos de idade)

Telzir® com ritonavir só devem ser administrados a bebês9 nascidos após 38 semanas ou mais de gestação e que tenham atingido idade pós- natal de 28 dias.

Telzir® em suspensão oral é a opção recomendada para uma dosagem mais precisa para crianças com base no peso corporal.

Para crianças e adolescentes, a suspensão oral deve ser tomada com alimentos. Se ocorrer vômito84 no período de 30 minutos após a administração, a dose deve ser repetida. Agitar o frasco antes de usar.

As doses recomendadas de Telzir® suspensão oral associado a ritonavir são as seguintes:

População de pacientes

Idade

Esquema de dosagem – duas vezes ao dia

Telzir®/ritonavir†

Virgem de tratamento antirretroviral ou experientes a tratamento antirretroviral

4 semanas* a < 2 anos de idade

Telzir® 45 mg/kg

ritonavir 7 mg/kg

2 a < 3 anos de idade

Telzir® 30 mg/kg

ritonavir 3 mg/kg

3 a < 6 anos de idade

Telzir® 23 mg/kg

ritonavir 3 mg/kg

≥ 6 anos de idade

Telzir® 18 mg/kg

ritonavir 3 mg/kg

* A combinação de Telzir® com ritonavir só deve ser administrada a bebês9 nascidos após 38 semanas ou mais de gestação e que tenham atingido idade pós-natal de 28 dias.

† A dose máxima não deve exceder a dose recomendada para adultos. O esquema de dosagem com comprimidos de Telzir® usado para adultos associado a ritonavir duas vezes ao dia pode ser receitado a crianças e adolescentes, desde que tenham peso mínimo de 39 kg e consigam engolir o comprimido inteiro. O ritonavir em cápsulas de 100 mg pode ser prescrito para crianças e adolescentes tratados com Telzir® suspensão oral se pesarem no mínimo 33 kg e conseguirem engolir a cápsula inteira.

Crianças (abaixo de 4 semanas de idade): Ainda não foi determinada a segurança e a eficácia do Telzir® associado a ritonavir nessa população de pacientes.

Idosos: A farmacocinética de Telzir® em combinação com ritonavir não foi estudada em pacientes com mais de 65 anos de idade (ver Características Farmacológicas).

Insuficiência renal36: Nenhum ajuste inicial da dose de Telzir® é necessário em pacientes com insuficiência renal36 (ver Características Farmacológicas).

Insuficiência hepática37: O fosamprenavir é convertido para amprenavir em seres humanos. A principal via de eliminação de amprenavir e ritonavir é o metabolismo15 hepático.
Para adultos com insuficiência hepática37 leve (pontuação de Child-Pugh: 5-6) Telzir® deve ser usado com cautela em um esquema de 700 mg de Telzir® duas vezes ao dia associado a 100 mg de ritonavir uma vez ao dia.
Para adultos com insuficiência hepática37 moderada (pontuação de Child-Pugh: 7-9) Telzir® deve ser usado com cautela em uma dose reduzida de 450 mg de Telzir® duas vezes ao dia associada a 100 mg de ritonavir uma vez ao dia. Considerando que não é possível conseguir esta dose de Telzir® usando comprimidos, esses pacientes devem ser tratados com Telzir® suspensão oral.
Para adultos com insuficiência hepática37 grave (Child-Pugh: 10-15): Telzir® deve ser usado com cautela e com dose reduzida de 300 mg duas vezes ao dia com 100 mg de ritonavir uma vez ao dia. Para se conseguir esta redução de dose, deve-se utilizar Telzir® suspensão oral.

Mesmo com esses ajustes de doses para adultos com insuficiência hepática37, alguns indivíduos podem apresentar concentrações plasmáticas maiores que as previstas de amprenavir e ritonavir, devido a variabilidade entre pacientes. Portanto, exames laboratoriais apropriados para a avaliar a função hepática34 devem ser realizados antes do início do tratamento e periodicamente durante o tratamento (ver Advertências e Precauções).

Não se pode fazer nenhuma recomendação de dose para crianças (de 4 semanas até 12 anos de idade) e adolescentes (de 12 a 17 anos de idade) com insuficiência hepática37.

REAÇÕES ADVERSAS

A segurança de Telzir® em combinação com ritonavir foi estudada em adultos em estudos clínicos controlados (n= 534), em combinação com vários outros agentes antirretrovirais. Os efeitos indesejáveis relatados com mais frequência (> 5% dos indivíduos adultos tratados) foram eventos gastrintestinais (náusea105, diarreia106, dor abdominal e vômito84) e dor de cabeça107. A maioria dos efeitos indesejáveis relacionados à associação Telzir®/ritonavir foi de intensidade leve a moderada, aparecendo no início da terapia e raramente limitando o tratamento. Para muitos desses eventos, não está claro se estão relacionados à combinação Telzir®/ritonavir, ao tratamento concomitante usado no controle da infecção7 por HIV5 ou à doença.

A maioria dos eventos adversos abaixo ocorreram em dois grandes estudos clínicos em adultos. Estão incluídos os eventos adversos clínicos mais frequentemente relatados em relação às medicações do estudo, de intensidade pelo menos moderada (Grau 2 ou acima) e que ocorreram em pelo menos 2% dos indivíduos tratados com a associação Telzir®/ritonavir.

Reações muito comuns (>1/10): hipercolesterolemia108.

Reações comuns (>/100 e <1/10):

  • hipertrigliceridemia (ver Advertências e Precauções);
  • cefaleia109;
  • parestesia110 oral;
  • diarreia106, náusea105, vômito84, dor abdominal, flatulência;
  • fadiga111;
  • rash59 - Durante o tratamento podem ocorrer erupções cutâneas47 eritematosas112 ou máculo-papulares, com ou sem prurido60. A maioria dos casos de rash59 geralmente se resolve espontaneamente, sem necessidade de descontinuação do tratamento com a associação de Telzir®/ritonavir. O tratamento com Telzir®/ritonavir associados deve ser suspenso definitivamente no caso de rash59 grave ou no caso de rash59 de intensidade leve ou moderada associado a sinais113 sistêmicos54 ou de mucosite114 (ver Advertências e Precauções).

Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): infarto do miocárdio115, cálculo116 renal35.

Reações raras (>/10.000 e <1/1.000): Síndrome71 de Stevens Johnson, angioedema117.

O perfil de eventos adversos foi similar tanto em estudos envolvendo pacientes não submetidos a antirretrovirais anteriormente (APV30002, n=322) quanto com pacientes já tratados com IP (uma ou duas vezes ao dia, APV30003 n=105 e n=107, respectivamente), com exceção de flatulência, que ocorreu numa frequência ≥ 2% no estudo APV30003 (indivíduos tratados com IP, fosamprenavir/ritonavir 700 mg/100 mg duas vezes ao dia).

Em pacientes não submetidos a antirretrovirais anteriormente (APV30002) recebendo Telzir®/ ritonavir em combinação com abacavir e lamivudina, foi comumente relatada hipersensibilidade ao tratamento. Todos os casos foram relatados como possivelmente relacionados ao abacavir. Nos casos de relatos de hipersensibilidade ao tratamento, o abacavir foi descontinuado e substituído por antirretrovirais alternativos. Apenas alguns pacientes deixaram o estudo devido a esses eventos.

Em alguns pacientes, um aumento da gordura69 corporal (lipohipertrofia118) foi relatado com esquemas de antirretrovirais contendo um inibidor da protease16. Anormalidades metabólicas, incluindo hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia108, resistência insulínica e hiperglicemia64, também foram relatadas com esquemas contendo inibidores da protease20.

O aparecimento de diabetes65 mellitus, hiperglicemia64 ou exacerbações de diabetes65 mellitus pré-existente foram relatados em pacientes recebendo antirretrovirais inibidores da protease20 (ver Advertências e Precauções).

Aumento de CPK, mialgia119, miosite e, raramente, rabdomiólise53 foram relatados com inibidores da protease20, mais especificamente em associação com análogos nucleosídeos.

Houve relatos de aumento do sangramento espontâneo em pacientes hemofílicos recebendo antirretrovirais inibidores da protease20 (ver Advertências e Precauções).

As anormalidades laboratoriais (Grau 3 ou 4) potencialmente relacionadas com Telzir® em combinação com ritonavir e relatadas em 2% ou mais dos indivíduos adultos incluem: aumento de ALT (8%, APV30002; 5%, APV30003); AST (6%, APV30002; 4%, APV30003); lipase sérica (6%, APV30002; 4%, APV30003) e triglicerídeos (6%, APV30002; 6%, APV30003).

Pacientes pediátricos: o perfil de segurança de Telzir® em associação a ritonavir em pacientes pediátricos baseia-se em dados de segurança integrados de dois estudos [APV29005 (dados de 24 semanas) e APV20003(dados de 168 semanas)] em que 158 indivíduos com idades de 2 a 18 anos de idade vivendo com HIV5-1 foram tratados com Telzir® associado a ritonavir com tratamento de base com inibidores nucleosídeos de transcriptase reversa e dados de segurança de um terceiro estudo [APV20002dados de 24 semanas], no qual 59 pacientes vivendo com HIV5-1, com idades de 4 semanas a < 2 anos de idade, receberam Telzir® com ritonavir e tratamento de base com inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRNs) (desses, 5 receberam apenas doses únicas de Telzir® com ou sem ritonavir) (ver Resultados de Eficácia). Dados de 48 semanas dos estudos APV29005 e APV29002 não mostraram impacto na segurança.

O perfil de segurança global de Telzir® associado a ritonavir em pacientes pediátricos foi comparável ao observado em estudos clínicos com adultos.

Vômitos120 ocorreram com maior frequência entre os pacientes pediátricos, particularmente naqueles que receberam Telzir® em monoterapia. A maioria dos casos foram leves, mas, em um pequeno número de pacientes, o vômito84 levou à interrupção do tratamento com fosamprenavir.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Não há antídoto121 conhecido para Telzir®. Não se sabe se a diálise peritoneal51 ou a hemodiálise50 podem eliminar o amprenavir (ver Advertências e Precauções). Se ocorrer superdosagem, os pacientes devem ser monitorados para verificação de evidências de toxicidade82 (ver Reações Adversas) e o tratamento de suporte padrão deve ser aplicado conforme necessário.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


MINISTÉRIO DA SAÚDE2
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. VENDA PROIBIDA AO COMÉRCIO
 

MS: 1.0107.0248
Farm. Resp.: Lydia Christina Calcanho Leite CRF-RJ N° 16435

Fabricado por:
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7333 Mississauga Road, Mississauga, Ontário L5N 6L4 - Canadá

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GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8.464 - Rio de Janeiro - RJ
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SAC 0800 701 22 33

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
4 Imunodeficiência: Distúrbio do sistema imunológico que se caracteriza por um defeito congênito ou adquirido em um ou vários mecanismos que interferem na defesa normal de um indivíduo perante infecções ou doenças tumorais.
5 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
6 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
7 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
9 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
10 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
11 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
12 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
13 Epitélio Intestinal: Revestimento dos INTESTINOS, consistindo em um EPITÉLIO interior, uma LÂMINA PRÓPRIA média, e uma MUSCULARIS MUCOSAE exterior. No INTESTINO DELGADO, a mucosa é caracterizada por várias dobras e muitas células absortivas (ENTERÓCITOS) com MICROVILOSIDADES.
14 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
15 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
16 Inibidor da protease: Alguns vírus como o HIV e o vírus da hepatite C dependem de proteases (enzimas que quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas) no seu ciclo reprodutivo, pois algumas proteínas virais são codificadas em uma longa cadeia peptídica, sendo libertadas por proteases para assumir sua conformação ideal e sua função. Os inibidores da protease são desenvolvidos como meios antivirais, pois impedem a correta estruturação do RNA viral.
17 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
18 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
19 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
20 Inibidores da protease: Alguns vírus como o HIV e o vírus da hepatite C dependem de proteases (enzimas que quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas) no seu ciclo reprodutivo, pois algumas proteínas virais são codificadas em uma longa cadeia peptídica, sendo libertadas por proteases para assumir sua conformação ideal e sua função. Os inibidores da protease são desenvolvidos como meios antivirais, pois impedem a correta estruturação do RNA viral.
21 Fenotípica: Referente a fenótipo, ou seja, à manifestação visível ou detectável de um genótipo. Características físicas, morfológicas e fisiológicas do organismo.
22 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
23 Fenotípicos: Referente a fenótipo, ou seja, à manifestação visível ou detectável de um genótipo. Características físicas, morfológicas e fisiológicas do organismo.
24 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
25 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
26 Epitélio: Uma ou mais camadas de CÉLULAS EPITELIAIS, sustentadas pela lâmina basal, que recobrem as superfícies internas e externas do corpo.
27 Intestinos: Seção do canal alimentar que vai do ESTÔMAGO até o CANAL ANAL. Inclui o INTESTINO GROSSO e o INTESTINO DELGADO.
28 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
29 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
30 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
31 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
32 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
33 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
34 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
35 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
36 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
37 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
38 Cordão Umbilical: Estrutura flexível semelhante a corda, que conecta um FETO em desenvolvimento à PLACENTA, em mamíferos. O cordão contém vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes da mãe ao feto e resíduos para longe do feto.
39 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
40 Arritmia: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
41 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
42 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
43 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
44 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
45 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
46 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
47 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
48 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
49 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
50 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
51 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
52 Miopatia: Qualquer afecção das fibras musculares, especialmente dos músculos esqueléticos.
53 Rabdomiólise: Síndrome caracterizada por destruição muscular, com liberação de conteúdo intracelular na circulação sanguínea. Atualmente, a rabdomiólise é considerada quando há dano secundário em algum órgão associado ao aumento das enzimas musculares. A gravidade da doença é variável, indo de casos de elevações assintomáticas de enzimas musculares até situações ameaçadoras à vida, com insuficiência renal aguda ou distúrbios hidroeletrolíticos. As causas da rabdomiólise podem ser classificadas em quatro grandes grupos: trauma ou lesão muscular direta, excesso de atividade muscular, defeitos enzimáticos hereditários ou outras condições clínicas.
54 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
55 Síndrome de Cushing: A síndrome de Cushing, hipercortisolismo ou hiperadrenocortisolismo, é um conjunto de sinais e sintomas que indicam excesso de cortisona (hormônio) no sangue. Esse hormônio é liberado pela glândula adrenal (também conhecida como suprarrenal) em resposta à liberação de ACTH pela hipófise no cérebro. Níveis elevados de cortisol (ou cortisona) também podem ocorrer devido à administração de certos medicamentos, como hormônios glicocorticoides. A síndrome de Cushing e a doença de Cushing são muito parecidas, já que o que a causa de ambas é o elevado nível de cortisol no sangue. O que difere é a origem dessa elevação. A doença de Cushing diz respeito, exclusivamente, a um tumor na hipófise que passa a secretar grande quantidade de ACTH e, consequentemente, há um aumento na liberação de cortisol pelas adrenais. Já a síndrome de Cushing pode ocorrer, por exemplo, devido a um tumor presente nas glândulas suprarrenais ou pela administração excessiva de corticoides.
56 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
57 Priapismo: Condição, associada ou não a um estímulo sexual, na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido habitual. Essa ereção é involuntária, duradora (cerca de 4 horas), geralmente dolorosa e potencialmente danosa, podendo levar à impotência sexual irreversível, constituindo-se numa emergência médica.
58 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
59 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
60 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
61 Síndrome de Stevens-Johnson: Forma grave, às vezes fatal, de eritema bolhoso, que acomete a pele e as mucosas oral, genital, anal e ocular. O início é geralmente abrupto, com febre, mal-estar, dores musculares e artralgia. Pode evoluir para um quadro toxêmico com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração (arritmias e pericardite). O prognóstico torna-se grave principalmente em pessoas idosas e quando ocorre infecção secundária. Pode ser desencadeado por: sulfas, analgésicos, barbitúricos, hidantoínas, penicilinas, infecções virais e bacterianas.
62 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
63 Hematomas: Acúmulo de sangue em um órgão ou tecido após uma hemorragia.
64 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
65 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
66 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
67 Hipoglicemiantes orais: Medicamentos usados por via oral em pessoas com diabetes tipo 2 para manter os níves de glicose próximos ao normal. As classes de hipoglicemiantes são: inibidores da alfaglicosidase, biguanidas, derivados da fenilalanina, meglitinides, sulfoniluréias e thiazolidinediones.
68 Cetoacidose diabética: Complicação aguda comum do diabetes melito, é caracterizada pela tríade de hiperglicemia, cetose e acidose. Laboratorialmente se caracteriza por pH arterial 250 mg/dl, com moderado grau de cetonemia e cetonúria. Esta condição pode ser precipitada principalmente por infecções, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, trauma e tratamento inadequado do diabetes. Os sinais clínicos da cetoacidose são náuseas, vômitos, dor epigástrica (no estômago), hálito cetônico e respiração rápida. O não-tratamento desta condição pode levar ao coma e à morte.
69 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
70 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
71 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
72 Citomegalovírus: Citomegalovírus (CMV) é um vírus pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes zóster.
73 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
74 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
75 Adenoma: Tumor do epitélio glandular de características benignas.
76 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
77 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
78 Neoplasmas: Tumor ou massa anormal de tecido decorrente do crescimento anormal ou divisão de células incontrolada e progressiva.
79 Hiperplasia: Aumento do número de células de um tecido. Pode ser conseqüência de um estímulo hormonal fisiológico ou não, anomalias genéticas no tecido de origem, etc.
80 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
81 Adenocarcinoma: É um câncer (neoplasia maligna) que se origina em tecido glandular. O termo adenocarcinoma é derivado de “adeno”, que significa “pertencente a uma glândula” e “carcinoma”, que descreve um câncer que se desenvolveu em células epiteliais.
82 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
83 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
84 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
85 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
86 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
87 Microscópicos: 1. Relativo à microscopia ou a microscópio. 2. Que se realiza com o auxílio do microscópio. 3. Visível somente por meio do microscópio. 4. Muito pequeno, minúsculo.
88 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
89 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
90 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
91 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
92 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
93 Aleitamento Materno: Compreende todas as formas do lactente receber leite humano ou materno e o movimento social para a promoção, proteção e apoio à esta cultura. Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
94 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
95 Reação alérgica: Sensibilidade a uma substância específica, chamada de alérgeno, com a qual se entra em contato por meio da pele, pulmões, deglutição ou injeções.
96 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
97 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
98 Antiácido: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
99 Histamina: Em fisiologia, é uma amina formada a partir do aminoácido histidina e liberada pelas células do sistema imunológico durante reações alérgicas, causando dilatação e maior permeabilidade de pequenos vasos sanguíneos. Ela é a substância responsável pelos sintomas de edema e irritação presentes em alergias.
100 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
101 Êmbolo: 1. Cilindro ou disco que se move em vaivém no interior de seringas, bombas, etc. 2. Na engenharia mecânica, é um cilindro metálico deslizante que recebe um movimento de vaivém no interior de um cilindro de motor de combustão interna. 3. Em artes gráficas, é uma haste de ferro com um cilindro, articulada para comprimir e lançar o chumbo ao molde. 4. Em patologia, é um coágulo ou outro tampão trazido pela corrente sanguínea a partir de um vaso distante, que obstrui a circulação ao ser forçado contra um vaso menor. 5. Na anatomia zoológica, nas aranhas, é um prolongamento delgado no ápice do aparelho copulador masculino.
102 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
103 Bochecha:
104 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
105 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
106 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
107 Cabeça:
108 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
109 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
110 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
111 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
112 Eritematosas: Relativas a ou próprias de eritema. Que apresentam eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
113 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
114 Mucosite: Inflamação de uma membrana mucosa, produzida por uma infecção ou lesão secundária à radioterapia, quimioterapia, carências nutricionais, etc.
115 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
116 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
117 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
118 Lipohipertrofia: Crescimento da gordura localizada abaixo da pele, causando elevações localizadas. Pode ser causada por injeções repetidas de insulina em um mesmo local.
119 Mialgia: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
120 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
121 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.

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