

Sinergen (Bula do profissional de saúde)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento da hipertensão arterial2.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
O estudo EMBATES (Estudo Multicêntrico Brasileiro de Avaliação de Tolerabilidade e Eficácia de Sinergen) foi um estudo aberto, multicêntrico, realizado em 17 centros de pesquisa brasileiros com a combinação fixa de besilato de anlodipino e maleato de enalapril, em única formulação galênica, empregada no tratamento de pacientes hipertensos estágio 1 e 2. O estudo foi constituído de oito subestudos que tiveram o objetivo de avaliar a eficácia anti-hipertensiva, a tolerabilidade, os efeitos no metabolismo3 da glicose4 e perfil lipídico5, os efeitos em parâmetros da estrutura cardíaca de pacientes com HVE e os efeitos sobre a excreção urinária de albumina6 e controle glicêmico de pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2 tratados com esta combinação fixa de antihipertensivos. A eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade da combinação fixa foram avaliadas de forma comparativa ao atenolol e a clortalidona em hipertensos primários e ao besilato de anlodipino e maleato de enalapril isolados em hipertensos diabéticos.
Em estudo aberto, multicêntrico de avaliação em médio prazo da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 (estudo EMBATES), foram avaliados 220 pacientes. A duração total do estudo foi de 18 a 20 semanas e, a dose inicial da combinação fixa de anlodipino e enalapril era de 2,5 mg e 10 mg, respectivamente administrada em tomada diária única e caso a pressão arterial diastólica7 registrada na visita clínica mostrasse valores ≥ 90 mmHg a dosagem da combinação fixa era reajustada progressivamente para 5+10 mg/ ao dia e 5+20 mg ao dia, sendo respeitado um período mínimo de quatro semanas entre cada reajuste de dose. Ao final do período de tratamento dos 220 pacientes tratados com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, 76 (34,5%) estavam recebendo a menor dose da combinação (2,5 +10 mg), 87 pacientes (39,6%) a dose intermediária (5 +10 mg) e os restantes 57 pacientes (25,9%) a dose mais elevada (5 + 20 mg), resultando na média das doses de 4,1 + 12,6 mg de anlodipino e enalapril diários, respectivamente.
A pressão arterial8 no período basal (semana 0) era 161 ± 13,9 x 100,8 ± 4,1 mmHg, reduziu-se nas primeiras quatro semanas para 142,7 ± 17,7 x 90,5 ± 9,5 mmHg (p < 0,05 versus basal), atingindo ao final das 16 semanas de tratamento valores de 134,7 ± 14,5 x 85,8 ± 8 mmHg (p <0,05 versus basal). Resultados semelhantes foram observados com a medida da pressão arterial8 na posição ortostática: no período basal a pressão arterial8 era de 159,2 ± 14,7 x 101,3 ± 4,5 mmHg e reduziu-se para 133,2 ± 14,4 x 86,8 ± 8,7 mmHg após 16 semanas de tratamento (p < 0,05 versus basal).
Ao se considerar o limite superior da normalidade da pressão arterial diastólica7 em 90 mmHg, observou-se ao final da 16a semana de tratamento, com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, que 173 dos 220 pacientes (78,7%) tiveram a pressão arterial8 normalizada. Outros 11 pacientes (5%) que não atingiram os níveis de normalidade foram considerados respondedores, uma vez que apresentaram redução da PAD superior a 10 mmHg, perfazendo desse modo a taxa de eficácia anti-hipertensiva de 83,7%.
Os valores da pressão arterial sistólica9 e diastólica obtidas durante a MAPA demonstraram que as pressões arteriais sistólica e diastólica reduziram-se significativamente, tanto no período de vigília, quanto durante o período de sono, com relação vale/pico de 91,3%.
Estudo aberto não-comparativo de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica no tratamento da hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2 em pacientes idosos – subestudo do estudo EMBATES, foram avaliados 29 pacientes com idade superior a 60 anos, de ambos os sexos, apresentando pressão arterial diastólica7 > 95 mmHg. Os pacientes receberam a combinação fixa de anlodipino e enalapril, na dose de 2,5 x 10 mg, administrados em uma única tomada diária. Pacientes com níveis de pressão arterial diastólica7 igual ou inferior a 90 mmHg eram mantidos nesta dose ao longo do estudo ou tinham suas doses de anlodipino e enalapril em combinação aumentadas para 5 x 10 mg ao dia ou 5 x 20 mg ao dia, a cada quatro semanas sempre que fosse detectado um valor para a pressão arterial diastólica7 acima de 90 mmHg. A duração total do tratamento ativo foi de 16 semanas. Os pacientes foram submetidos à avaliação adicional, através da monitorização residencial de pressão arterial8 (MRPA).
24 pacientes (82,8%) atingiram a meta de normalidade da pressão arterial8 pelo critério (PAD ≤ 90 mmHg) e 16 (55,2%) pelo critério (PAD ≤ 85 mmHg). As reduções pressóricas observadas foram de 168,7 ± 17,3 x 98,9 ± 3,1 mmHg (final do washout) para 138,5 ± 17,0 x 84,9 ± 7,6 mmHg (16 semanas de tratamento ativo), p < 0,00001. À MRPA, tanto a PAS, quanto a PAD sofreram reduções estatisticamente significativas (p < 0,0005).
Estudo aberto, randomizado10, comparativo da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica versus anlodipino e enalapril isoladamente em pacientes hipertensos primários estágio 1 e 2 e diabéticos do tipo 2 – subestudo do estudo EMBATES, foram avaliados 58 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 a 70 anos, portadores de diabetes melito11 do tipo 2, tratados com dieta restrita em açúcar12 de absorção rápida, hipoglicemiante13 oral ou insulinoterapia e hipertensão arterial2 essencial estagios 1 e 2 (95 mmHg < pressão arterial diastólica7 < 115 mmHg). Outros critérios de inclusão no estudo foram: presença de microalbuminúria14 ou proteinúria15, nível de creatinina16 plasmática até 2 mg/dl17. Destes 58 pacientes, 19 foram alocados no grupo anlodipino (A), 19 no grupo enalapril (E) e 20 no grupo de combinação galênica de anlodipino e enalapril (AE). O tempo de observação dos pacientes, neste estudo, foi de 28 semanas, sendo as quatro primeiras utilizadas como período de retirada (washout) da terapia anti-hipertensiva prévia. Os medicamentos usados, neste estudo, foram como se segue: combinação fixa de anlodipino e enalapril em formulação galênica, administrado uma vez ao dia nas doses de 2,5 e 10mg; 5 e 10 mg; e 5 e 20 mg; anlodipino nas doses de 2,5 mg, 5 mg e 10 mg; enalapril nas doses de 10 mg, 20 mg e 40 mg, e clortalidona 12,5 e 25 mg. Todas as drogas foram administradas em uma única tomada diária.
Foram incluídos 19 pacientes no grupo AE, 19 pacientes no grupo E e 18 pacientes no grupo A. Os grupos mostraram uma distribuição homogênea para todas as variáveis demográficas. A dose média de cada um dos medicamentos usados no estudo para o grupo AE foi 5 mg ao dia para a anlodipino e 17,9 mg ao dia para o enalapril, no grupo E a média foi de 37,9 mg ao dia e no grupo A 9,6mg ao dia.
A PAD supina foi mantida em níveis ≤ 85 mmHg em 10 (52,6%), 9 (47,4%) e 9 (61,1%) dos pacientes dos grupos AE, E e A, respectivamente. A média das reduções para a PAS e PAD na posição supina, estratificado para PAD ≤ 85 mmHg foi de -31,1 x - 21,1 mmHg para o AE, -26,3 x -18,6 mmHg para o grupo E, e -36,7 x -16,4 mmHg para o grupo A.
Na análise da MAPA, verificou-se que a média da PAS nas 24 horas, vigília e sono, apresentou o mesmo comportamento nos três grupos e houve redução significativa na 12a semana em todos os grupos. Já a PAD não apresentou homogeneidade e o emprego de testes não-paramétricos mostrou diferença do grupo AE e grupo A comparado ao grupo E, que apresentou níveis mais elevados da PAD na semana 12. De modo geral, todos os grupos reduziram a PAD de forma significativa. No grupo AE, as cargas pressóricas para a sistólica no período da vigília foram reduzidas de 86% para 36,8% (p < 0,0001) e no período de sono de 100 a 71,4% (p < 0,005).
Para os valores da PAD, no grupo AE as cargas na vigília foram reduzidas de 50,4% para 16,8% e no período do sono de 56,6% para 26,7%, p < 0,005 para ambos os períodos.
A análise da EUA (Excreção Urinária de Albumina6) no grupo AE mostrou tendência de melhora deste parâmetro, pois a EUA expressa em ln variou de 4,52 ±1,18 no final da fase de washout para 4,01 ± 1,73 (p = 0,052). No grupo E, os valores no basal foram de 4,50 ± 1,21 para 4,12 ± 1,91 (p < 0,03), e para o grupo A, os valores foram de 4,24 ± 1,23 no final do washout para 4,54 ± 1,60 (ns).
Estudo aberto, randomizado10 de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica comparado a clortalidona e atenolol, no tratamento da hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2 – subestudo do estudo EMBATES: o objetivo deste estudo aberto, comparativo, multicêntrico, de 20 semanas foi avaliar a eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica, uma vez ao dia, comparada ao atenolol e clortalidona, em pacientes com hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2. A eficácia anti-hipertensiva da combinação fixa foi avaliada considerando-se dois critérios diferentes de normalidade da pressão arterial8: PAD ≤ 90 mmHg (critério clássico) e PAD ≤ 85 mmHg (novo critério). Trinta e seis pacientes foram avaliados no grupo anlodipino + enalapril (Grupo AE), 18 pacientes no grupo clortalidona (Grupo C) e 19 no grupo atenolol (Grupo A). Após quatro semanas de washout, os pacientes receberam a combinação fixa de AE, A ou C em doses iniciais de 2,5 e 10 mg, 50 mg e 12,5 mg, respectivamente, administrados em uma única tomada diária. Pacientes com níveis de pressão arterial diastólica7 igual ou inferior a 90 mmHg eram mantidos nesta dose ao longo do estudo ou tinham as doses dos medicamentos do estudo aumentadas para 5 e 10 mg ao dia. ou 5 e 20 mg ao dia, 100 mg ao dia, e 25 mg ao dia, a cada quatro semanas, quando fosse detectado valor para a pressão arterial diastólica7 acima de 90 mmHg. A duração total do tratamento ativo foi de 16 semanas.
80,6% dos pacientes no grupo AE, 52,6% no grupo A e 72,2% no grupo C atingiram a meta de normalidade da pressão arterial8 pelo critério clássico (PAD ≤ 90 mmHg) e 44,5%, 26,3% e 38,9%, respectivamente, AE, A e C pelo novo critério (PAD ≤ 85mmHg). As reduções pressóricas foram de 23,2 x 15,2 mmHg no grupo AE (p < 0,000001), 13,3 x 10,1 no grupo A (p < 0,001), e 15,1 x 11,4 mmHg no grupo C (p <0,00001). As reduções na PAS foram estatisticamente diferentes no grupo A versus C e AE.
Na avaliação da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade em longo prazo da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes com hipertensão18 primária estágios 1 e 2,: dos 220 pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 que completaram as 16 semanas de tratamento, com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, 111 entraram na fase de extensão do estudo, com seguimento adicional de32 semanas, perfazendo o total de 48 semanas de tratamento. A dose da combinação fixa de anlodipino e enalapril, que os pacientes estavam recebendo no final da primeira fase do estudo, foi mantida no período de extensão, sendo que para os pacientes que não estavam utilizando a dose máxima da combinação era permitido o reajuste da dose, se necessário, para a obtenção e ou manutenção do controle pressórico.
O tratamento em longo prazo com esta combinação fixa, não só manteve a pressão arterial8 reduzida, como se acompanhou de reduções adicionais tanto da PA sistólica, quanto da diastólica. Assim, os valores da pressão arterial8 na posição supina eram no período basal 163,6± 13,0 x 100,9 ± 3,8 mmHg, reduziram-se para 134,7 ± 13,5x 85,3 ± 7,8 mmHg após 16 semanas de tratamento, atingindo níveis de 131,8 ± 13,6 x 84,2 ± 7,0 mmHg, na 48a semana do estudo. Comportamento semelhante foi observado na posição ortostática, sendo os valores da pressão arterial8 no período basal, 16ª e 48ª semanas de tratamento, respectivamente, 162,0 ± 14,0 x 101,6 ± 4,2 mmHg, 133,8 ± 13,8 x 86,6 ± 8,6 mmHg e 131,1 ± 13,5 x 85,1 ± 8,2 mmHg.
Além disso, ao final da 48a semana um maior número de pacientes havia atingido a meta de redução da pressão arterial diastólica7 para valores ≤ 85 mmHg: 60,4% versus 54,4% na 16ª semana.
Estudo aberto, não comparativo de avaliação dos efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre metabolismos da glicose4 e lípides e parâmetros ecocardiográficos de pacientes com hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2. Subestudos do Estudo EMBATES: um estudo aberto, não comparativo, foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre o metabolismo3 da glicose4 e dos lípides. Esse estudo foi realizado com 20 pacientes, tratados com a combinação fixa de anti-hipertensivos por 16 semanas consecutivas. Já outro subestudo, avaliou em 16 pacientes hipertensos, com hipertrofia19 de ventrículo esquerdo (HVE), os efeitos do tratamento com a combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre parâmetros morfométricos e funcionais cardíacos, através de ecocardiografia bidimensional com Doppler.
Observou-se que o tratamento de combinação fixa de anlodipino e enalapril não induziu alterações significativas dos parâmetros do metabolismo3 da glicose4 avaliados. Assim, os valores da glicemia20, insulinemia de jejum e durante a sobrecarga oral de glicose4 não houve alterações significativas com o tratamento anti-hipertensivo empregado. Do mesmo modo, as áreas sob a curva de glicose4 e insulina21 e o índice de sensibilidade à insulina21 não se modificaram de forma significativa com o uso da combinação fixa de anlodipino e enalapril.
Os valores séricos de todos os parâmetros avaliados, isto é, colesterol22 total, LDL23-colesterol22, HDL24-colesterol22 e triglicérides25 eram respectivamente de 223,2 ± 53,3 mg/dl17, 144,5 ± 46,2 mg/dl17, 53,2 ± 12,1mg/dl e 129,6 ± 87,9 mg/dl17, no período basal e não se modificaram significativamente. O tratamento com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, durante seis meses consecutivos, propiciou relação E/A (relação entre as velocidades máximas das ondas de fluxo mitral), do tempo de relaxamento interventricular e diminuição do tempo de desaceleração atrial que, apesar disso, não atingiram significância estatística.
Concluiu-se então, que a combinação fixa de anlodipino e enalapril apresenta perfil metabólico neutro, podendo ser utilizada com segurança em pacientes com síndrome metabólica26, dislipidemia e diabetes27 melitus. Além de proporcionar regressão da hipertrofia19 de VE, diminuindo assim o risco cardiovascular do paciente hipertenso.
Combinação de anlodipino e enalapril em pacientes hipertensos com doença coronariana28: com o objetivo de avaliar a eficácia e a tolerabilidade da combinação fixa anlodipino + enalaprila, comparada a anlodipino na normalização da PA diastólica (PAD) (≤ 85 mmHg), em pacientes com Doença Arterial Coronariana (DAC) e Hipertensão Arterial2, foi conduzido um estudo duplo-cego29, randomizado10, com dois grupos de pacientes com PAD ≥ 90 e <110 mmHg e DAC. Foram excluídos os com FEVE < 40%; sintomas30 de insuficiência cardíaca31 ou angina32 classe III e IV; doenças graves e PAD ≥ 110 mmHg durante o wash-out de quatro semanas, em uso só de atenolol. Após wash-out os pacientes foram randomizamos para combinação (A) ou anlodipino (B) e seguidos de quatro em quatro semanas até 98 dias. As doses (mg) iniciais foram, respectivamente: A-2,5/10 e B-2,5, sendo incrementadas se PAD> 85mmHg, nas visitas.
De 110 pacientes selecionados, foram randomizados 72 (A= 32, B= 40). As reduções da PAD e da PA sistólica (PAS) foram intensas (p< 0,01), mas sem diferenças entre os grupos em mmHg: PAS, A (127,7 ± 13,4) e B (125,3 ± 12,6) (p= 0,45) e PAD, A (74,5 ± 6,7 mmHg) e B (75,5 ± 6,7 mmHg) (p= 0,32). Houve menos edema33 de membros inferiores no A (7,1% vs 30,6%, p=0,02) no 98º dia.
A combinação fixa de enalaprila com anlodipino, tal qual anlodipino isolado, em pacientes com DAC e HAS estágios I e II foi eficaz na normalização da pressão, adicionando bloqueio ao sistema renina-angiotensina.
- Gomes, M.A.M., et al. Estudo aberto, multicêntrico de avaliação em médio prazo da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 – o estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S7-S15.
- Miranda R.D, et al. Estudo aberto, não comparativo de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica no tratamento da hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2 em pacientes idosos – subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S23-S31.
- Milagres R., et al. Estudo aberto, randomizado10, comparativo da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica versus anlodipino e enalapril isoladamente em pacientes hipertensos primários estágio 1 e 2 e diabéticos do tipo 2 – Subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S32-S41.
- Franco R.J.S, et al. Estudo aberto, randomizado10 de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica comparado à clortalidona e atenolol, no tratamento da hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2 – subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S42-S50.
- Filho N.S., et al. Avaliação da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade em longo prazo da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes com hipertensão18 primária estágios 1 e 2. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S51-S55.
- Oigman W., et al. Estudo aberto, não comparativo de avaliação dos efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre metabolismos da glicose4 e lípides e parâmetros ecocardiográficos de pacientes com hipertensão arterial2 primária estágios 1 e 2 – subestudos do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S16-S22.
- Rienzo, Marcos et al. Combinação de anlodipino e enalaprila em pacientes hipertensos com doença coronariana28. Arq. Bras. Cardiol.vol.92, n.3 pp. 183-189, 2009
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Este medicamento tem como princípios ativos a combinação de dois agentes: maleato de enalapril e besilato de anlodipino.
Farmacodinâmica
O maleato de enalapril é um inibidor da enzima34 de conversão da angiotensina I, que impede a produção de angiotensina II (potente vasoconstritor). O complexo formado, enzima34-inibidor, apresenta um baixo índice de dissociação e, portanto, alta potência e prolongado tempo de ação. Promove uma diminuição da resistência vascular35 sistêmica com consequente redução da pressão sanguínea, da pré e pós-carga, sem alteração da frequência cardíaca. Além disso, ocorre inibição da via de degradação da bradicinina36 com consequente vasodilatação.
O besilato de anlodipino é um antagonista37 dos canais de cálcio, quimicamente diferente de sua classe (diidropiridínicos), caracterizado por sua capacidade de associação e dissociação com o sítio de ligação do receptor e consequente início gradual de ação. Atua diretamente na musculatura lisa vascular35, causando redução da resistência vascular35 periférica e diminuição da pressão arterial8. Como outros antagonistas dos canais de cálcio, em pacientes com função ventricular normal ocorrem um discreto aumento na frequência cardíaca, sem influência significativa na pressão diastólica38 final de ventrículo esquerdo. Estudos demonstraram que o anlodipino não está associado a um efeito inotrópico negativo quando administrado na dose terapêutica39, mesmo coadministrado com betabloqueadores. Não produz alteração na função nodal sinoatrial ou atrioventricular.
Farmacocinética
O maleato de enalapril é bem absorvido por via oral, com uma biodisponibilidade de 53 a 73%. Não é alterado com a alimentação. Picos séricos de enalapril ocorrem após 30 minutos a 1,5 hora de sua administração, sendo que a sua forma ativa (enalaprilato) apresenta pico sérico em 3 a 4 horas. Sua meia-vida plasmática pode durar até 35 horas. A principal via de eliminação é renal40 (61%) e fecal (33%).
O besilato de anlodipino é bem absorvido por via oral, atingindo picos plasmáticos entre 6 e 9 horas. Liga-se cerca de 93% às proteínas41 plasmáticas. Sua biodisponibilidade absoluta é estimada entre 64 e 90%, não sendo alterada pela alimentação. Aproximadamente 90% do anlodipino é convertido em metabólitos42 inativos, via metabolismo3 hepático. Sua eliminação do plasma43 é bifásica, apresentando meia-vida de eliminação de 35 a 50 horas. Os níveis plasmáticos estabilizados são atingidos após o sétimo ou oitavo dia de tratamento. Com administração oral diária crônica, a efetividade anti-hipertensiva é mantida por pelo menos 24 horas.
Sinergen é a combinação dos dois anti-hipertensivos, os quais apresentam ações complementares e sinérgicas. Assim, se obtém o mesmo efeito anti-hipertensivo com doses menores, quando comparados com os componentes isolados, e com menor incidência44 de efeitos adversos (dose-dependentes).
CONTRAINDICAÇÕES
O uso de Sinergen é contraindicado para pacientes45 com história de angioedema46, hereditário ou idiopático47; com história de angioedema46 prévio relacionado a tratamento com Inibidores de enzima34 de conversão (IECAs) e para pacientes45 que apresentam hipersensibilidade ao anlodipino ou outros antagonistas dos canais de cálcio, enalapril ou outros anti-hipertensivos inibidores da enzima34 conversora da angiotensina, ou aos demais componentes da formulação.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
No infarto do miocárdio48 ou na intensificação da angina32: raramente pacientes com coronariopatia obstrutiva severa desenvolveram (de forma documentada) piora da angina32 ou infarto49 agudo50 do miocárdio51, quando iniciaram o uso de antagonistas dos canais de cálcio (anlodipino) ou quando tiveram sua dose aumentada.
Na insuficiência cardíaca congestiva52: estudos clínicos com anlodipino em pacientes com classe funcional II/III (NYHA) não demonstraram piora da insuficiência cardíaca31, baseados no tempo de exercício, sintomas30 ou fração de ejeção. Também foi demonstrado que o uso de anlodipino em associação com diuréticos53, digitálicos e inibidores da ECA não aumentou a mortalidade54 e morbidade55 em pacientes com classe funcional III/IV. Nestes pacientes, a função renal40 é dependente do sistema renina-angiotensina, sendo que o uso de inibidores da ECA pode estar associado com oligúria56, insuficiência renal57 ou morte.
Estenose58 aórtica/ Cardiomiopatia Hipertrófica: se ocorrer hipotensão59, em tais casos pode ocorrer diminuição da oferta de oxigênio ao miocárdio51 por constituir uma barreira ao fluxo de sangue60 para a aorta61.
Hipotensão59: pode ocorrer na fase inicial do tratamento, devendo a dose ser ajustada. Este efeito pode ocorrer principalmente em pacientes idosos, com disfunção de ventrículo esquerdo ou naqueles com depleção62 de volume (uso de diuréticos53, diálise63).
Acidente vascular cerebral64 isquêmico65 ou portadores de doença isquêmica cerebral: Em caso de ocorrência de hipotensão59 podem ocorrer efeitos deletérios sobre a circulação66 cerebral.
Cirurgia/anestesia67: pode ocorrer uma depleção62 de volume que, associado ao efeito hipotensor do medicamento, pode levar à hipotensão59.
Uso concomitante com indutores conhecidos da CYP3A4: A administração de anlodipino concomitante com indutores conhecidos da CYP3A4 pode acarretar na variação da concentração plasmática do anlodipino. Portanto, a pressão arterial8 deve ser monitorada e o ajuste da dose deve ser considerado durante e após a medicação concomitante, particularmente quando do uso de indutores potentes do CYP3A4 (por exemplo, rifampicina, Hypericum perforatum).
Gravidez68 e Lactação69
Categoria de risco: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez68.
Quando utilizados durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez68, os fármacos que atuam diretamente no sistema renina- angiotensina podem causar toxicidade70 e até a morte do feto71 em desenvolvimento.
Também pode ocorrer hipotensão59, anemia72 neonatal, hipercalemia73, insuficiência renal57 e oligohidrâmnio74. Quando houver intenção, suspeita ou confirmação de gravidez68, deve-se descontinuar o tratamento com Sinergen e deverá ser reavaliada a escolha da terapia anti-hipertensiva adequada.
O anlodipino é excretado no leite humano. A proporção da dose materna recebida pelo bebê foi estimada com um intervalo interquartílico de 3 a 7%, com um máximo de 15%. O efeito do anlodipino em crianças é desconhecido.
Devido ao potencial de efeitos adversos no lactente75, a decisão de continuar/descontinuar a amamentação76 ou continuar/descontinuar a terapêutica39 com Sinergen deve ser tomada tendo em consideração o benefício da amamentação76 para a criança e o benefício da terapêutica39 com anlodipino para a mãe.
Para as pacientes que pretendem engravidar e que estejam na vigência do tratamento com Sinergen, a terapia anti-hipertensiva adequada deverá ser avaliada em função das características do caso e o paciente deverá ser cientificado dos riscos inerentes ao uso das medicações vigentes.
Populações especiais
Uso em crianças: A segurança e eficácia de Sinergen em crianças não foram estabelecidas.
Uso em idosos: deve ser iniciado o tratamento com Sinergen com a menor dose e reajustar se necessário.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Sinergen 2,5 mg + 10 mg e 5,0 mg + 10 mg contém o corante amarelo de tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma77 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Pacientes em uso de diuréticos53 podem apresentar uma redução excessiva da pressão arterial8 após início da terapia com Sinergen. Devido à Sinergen ser uma combinação de dois medicamentos, pode ocorrer interações de qualquer de seus componentes com diversos outros medicamentos. Na lista a seguir, são relacionadas as principais interações para cada um de seus componentes:
MALEATO DE ENALAPRIL
Interação medicamento-medicamento
Gravidade: Maior
- Efeito da interação: hipercalemia73, aumento de risco de comprometimento renal40, hipotensão59
Medicamento: alisquireno (uso contraindicado em conjunto). - Efeito da interação: aumento de risco de angioedema46.
Medicamento: alteplase. - Efeito da interação: reações de hipersensibilidade (síndrome78 de Steven-johnson, erupção79 cutânea80, espasmo81 coronariano anafilático).
Medicamento: alopurinol. - Efeito da interação: hipercalemia73.
Medicamento: amilorida, espironolactona, eplerenona, triantereno. - Efeito da interação: mielossupressão.
Medicamento: azatioprina. - Efeito da interação: anormalidades hematológicas (granulocitopenia, trombocitopenia82).
Medicamento: interferon alfa 2a.
Gravidade: Moderada
- Efeito da interação: diminui o efeito antihipertensivo e natriurético.
Medicamento: aceclofenaco, celecoxibe, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, etodolaco, etofenamato, fentiazaco, ibuprofeno, indometacina, indoprofeno, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam, naproxeno, nimesulida, piroxicam, rofecoxibe, sulindaco, valdecoxibe, zomepiraco. - Efeito da interação: hipercalemia73.
Medicamento: trimetropina. - Efeito da interação: diminui a efetividade do enalapril
Medicamento: aspirina, rifampicina - Efeito da interação: hipotensão59 postural (primeira dose)
Medicamento: bumetanida, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida, indapamida, piretanida - Efeito da interação: bradicardia83 e hipotensão59 com perda da consciência
Medicamento: bupivacaína - Efeito da interação: toxicidade70 da clomipramina (confusão, insônia, irritabilidade).
Medicamento: clomipramina. - Efeito da interação: disfunção renal40 aguda.
Medicamento: ciclosporina. - Efeito da interação: reações nitritoides (rubor facial, náusea84, vômito85 e hipotensão59).
Medicamento: aurotiomalato de sódio. - Efeito da interação: acidose86 hipercalêmica.
Medicamento: metformina87. - Efeito da interação: aumento na hipotensão59 sintomática88.
Medicamento: nesiritida. - Efeito da interação: toxicidade70 por lítio (fraqueza, tremor, sede excessiva, confusão) e/ou nefrotoxicidade89.
Substância Química: lítio.
Gravidade: Menor
- Efeito da interação: doses elevadas da manutenção de eritropoetina90 para manter os valores de referência do hematocrito91.
Medicamento: epoetina alfa, epoetina beta.
Interação medicamento-substância química
Gravidade: Maior
- Efeito da interação: hipercalemia73.
Substância Química: potássio.
Gravidade: Moderada
- Efeito da interação: diminui o efeito antihipertensivo e natriurético.
Mecanismo de ação provável: interferência com a produção de agentes vasodilatadores e prostaglandinas92 natriuréticas.
Substância Química: ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflúmico, ácido tiaprofênico. - Efeito da interação: hipotensão59 postural (primeira dose).
Substância Química: ácido etacrínico.
Interação medicamento-planta medicinal
Gravidade: Moderada
- Efeito da interação: reduz a efetividade dos inibidores da enzima34 conversora de angiotensina.
Planta Medicinal: ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china), yoimbina. - Efeito da interação: aumenta o risco de tosse.
Planta medicinal: capsaicina93.
BESILATO DE ANLODIPINO
Interação medicamento-medicamento
Gravidade: Maior
- Efeito de interação: redução de efeito antiagregante plaquetário.
Medicamento: clopidogrel. - Efeito de interação: aumento da concentração plasmática de anlodipino.
Medicamento: telaprevir. - Efeito de interação: aumento de exposição ao anlodipino.
Medicamento: claritromicina, conivaptano. - Efeito da interação: Alteração na concentração plasmática de anlodipino.
Medicamento: Rifampicina e outros indutores conhecidos da CYP3A4. - Efeito de interação: aumernto de risco de toxicidade70 pelo fentanil.
Medicamento: fentanil. - Efeito de interação: aumento de risco de toxicidade70 e prolongamento de intervalo QT.
Medicamento: domperidona. - Efeito de interação: interação com substrato CYP3A4.
Medicamento: mitotano, carbamazepina, primidona, piperacina. - Efeito de interação: bradicardia83, bloqueio AV e/ou parada sinusal.
Medicamento: dantroleno. - Efeito de interação: hipercalemia73 e depressão cardíaca.
Medicamento: amiodarona, atazanavir. - Efeito de interação: aumenta o risco de cardiotoxicidade. (prolongamento QT, torsades de pointes, parada cardíaca).
Medicamento: droperidol.
Gravidade: Moderada
- Efeito de interação: hipotensão59 e/ou bradicardia83.
Mecanismo de ação provável: potencializa os efeitos cardiovasculares. - Medicamento: acebutolol, alprenolol, amprenavir, atenolol, betaxolol, bevantolol, bisoprolol, bucindolol, buflomedil, carvedilol, conivaptana, ciclosporina, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol, oxprenolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol.
Efeito de interação: aumenta o risco de toxicidade70 a ciclosporina (disfunção renal40, colestase94, parestesia95). - Medicamento: ciclosporina.
Efeito de interação: aumenta o risco de toxicidade70 do anlodipino (tontura96, hipotensão59, rubor, cefaleia97, edema33 periférico). - Medicamento: dalfopristina, quinupristina.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino e toxicidade70 (tontura96, hipotensão59, rubor, cefaleia97, edema33 periférico). - Medicamento: fluconazol, cetoconazol, itraconazol.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino. - Medicamento: indinavir, delavirdina, fosamprenavir.
Efeito de interação: reduz a eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio. - Medicamento: rifapentina.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino e toxicidade70 potencial (tontura96, cefaleia97, rubor, edema33 periférico, hipotensão59, arritmia98 cardíaca). - Medicamento: ritonavir.
Efeito de interação: aumenta o risco de toxicidade70 do anlodipino (tontura96, cefaleia97, rubor, edema33 periférico, hipotensão59, arritmia98 cardíaca) - Medicamento: saquinavir.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica dos bloqueadores dos canais de cálcio do diidropiridona. - Medicamento: voriconazol.
Gravidade: Menor
- Efeito da interação: aumenta o risco de insuficiência cardíaca31.
Medicamento: epirubicina. - Efeito de interação: aumenta o risco de hemorragia99 gastrointestinal e/ou efeito hipotensivo antagônico.
Medicamento: aceclofenaco, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, etodolaco, etofenamato, fenoprofen, fentiazac, ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxaprozin, oxifenbutazona, fenilbutazona, pirazolaco, piroxicam, propifenazona, sulindaco, tenoxicam,
Interação medicamento-substância química
Gravidade: Menor
- Efeito de interação: aumenta o risco de hemorragia99 gastrointestinal e/ou efeito hipotensivo antagônico.
Substância-Química: ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflumico, ácido tiaprofênico.
Interação medicamento-planta medicinal
Gravidade: Maior
- Efeito de interação: alteração na concentração plasmática de anlodipino e ou redução da biodisponibilidade dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal: Erva de São João (Hypericum perforatum)
Gravidade: Moderada
- Efeito de interação: reduz o efeito hipotensivo dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal: ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china). - Efeito de interação: reduz a eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal: óleo de menta, yoimbina.
Interação medicamento-alimento
Gravidade: Moderada
- Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino.
Alimento: suco de grapefruit (toranja).
Não se conhece a interferência de besilato de anlodipino ou maleato de enalapril em exames laboratoriais.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz e umidade. Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e úmidos (ex: banheiro, cozinha, carros, etc.)
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- As cápsula gelatinosa dura de Sinergen 2,5 mg + 10 mg possuem tampa de coloração laranja e corpo de coloração branca contendo pó branco e um comprimido revestido amarelo.
- As cápsula gelatinosa dura de Sinergen 5 mg + 10 mg possuem tampa de coloração azul e corpo de coloração branca contendo pó branco e um comprimido revestido amarelo.
- As cápsula gelatinosa dura de Sinergen 5,0 mg + 20 mg possuem tampa de coloração amarelo crepúsculo (caramelo) e corpo de coloração branca contendo pó branco e um comprimido revestido vermelho.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Como a absorção de Sinergen não é afetada pela ingestão de alimentos, pode ser administrado antes, durante ou após as refeições. Deve-se iniciar a terapêutica39 com Sinergen de preferência com a menor dose (2,5 mg + 10 mg) e reajustar, se necessário conforme os níveis tensionais observados, recomendando-se um intervalo mínimo de 20 dias para o aumento de dosagem. Dependendo da resposta e do objetivo terapêutico, a dose pode ser alterada para 1 cápsula/dia de Sinergen 5 mg + 10 mg ou 1 cápsula/dia de Sinergen 5 mg + 20 mg.
Pacientes com Insuficiência hepática100: recomenda-se cautela ao se administrar Sinergen nestes pacientes devido à meia-vida do anlodipino estar prolongada nestes casos.
Pacientes com Insuficiência renal57: Sinergen pode ser usado nas doses habituais nos pacientes com níveis de creatinina16 sérica de até 3 mg/dl17 (ou clearance de creatinina16 > 30 ml/min). Sinergen (besilato de anlodipino + maleato de enalapril) está contraindicado em pacientes com níveis de creatinina16 maiores que 3 mg/dl17 (ou clearance de creatinina16 < 30 ml/min).
Para pacientes45 em diálise63, a dose da medicação deve ser monitorada pelos níveis pressóricos101 durante o período interdialítico. O enalaprilato é removido pela hemodiálise102, sendo dialisável a uma taxa de 62 ml/min. O uso de poliacrilonitrila para a realização da diálise63 em pacientes em uso de inibidores da enzima34 conversora pode ocasionar reações anafilactoides graves. Neste caso é preferível trocar o anti-hipertensivo ou o método dialítico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
A incidência44 de eventos adversos com a combinação fixa de anlodipino e enalapril no estudo EMBATES foi baixa. Os mais frequentes foram a cefaleia97 (13,5%), a tosse (13,5%), o edema33 de membros inferiores (11,5%), tontura96 (3,3%), náuseas103 (2%) e taquicardia104/palpitação105 (2%), que em geral foram de intensidade leve à moderada, sendo dessa forma bem tolerados. Apenas 4,6% dos pacientes tiveram que interromper o tratamento anti-hipertensivo por eventos adversos. Os parâmetros bioquímicos de segurança farmacológica não sofreram alterações significativas durante todo o período de seguimento. Para os 101 pacientes que completaram a fase de extensão do estudo EMBATES, com exceção do evento adverso tosse, houve redução da incidência44 dos demais no tratamento em longo prazo com a combinação fixa de anlodipino e enalapril. Assim, a incidência44 de edema33 de tornozelo106 que era de 15,3% na 16a semana, reduziu-se para 10,8% ao final do estudo. Do mesmo modo, a incidência44 de cefaleia97 diminuiu de 10,8% para 2,7% na semana 48. A incidência44 de tosse foi de 9% e 10,8% nas semanas 16 e 48, respectivamente.
Efeitos cardiovasculares
- Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): palpitação105, hipotensão59, taquicardia104.
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): precordialgia, angina32 instável.
Efeitos dermatológicos
- Reação comum (> 1/100 e < 1/10): rubor facial.
- Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): rash107 cutâneo108.
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): eritema109 dos membros inferiores, edema33 facial.
Efeitos endócrinos/metabólicos
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): aumento da glicemia20.
Efeitos gastrintestinais
- Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): dor na boca110 do estômago111, vômito85.
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): dispepsia112, diarreia113, azia114, gastrite115.
Efeitos musculoesqueléticos
- Reação comum (> 1/100 e < 1/10): inchaço116 dos membros inferiores.
- Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): dor em membros inferiores, formigamento em membros inferiores, varizes117.
Efeitos neurológicos
- Reação comum (> 1/100 e < 1/10): cefaleia97.
- Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): tontura96, náusea84, cansaço.
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): sonolência, vertigem118, insônia, depressão e acidente vascular cerebral64.
Efeitos oftálmicos
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): turvação visual.
Efeitos no sistema reprodutor
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): disfunção erétil, retenção urinária119, diminuição da libido120.
Efeitos respiratórios
- Reação comum (> 1/100 e < 1/10): tosse.
Outros
- Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): mal estar geral.
- Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): fraqueza, boca110 seca, edema33 de Quincke.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - VigiMed, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Devido à vasodilatação, podem ocorrer hipotensão59 severa e taquicardia104. Em caso de superdosagem recente, recomenda-se lavagem gástrica121 e medidas gerais de suporte (monitorização cardíaca e respiratória, aferições frequentes da pressão arterial8), infusão de fluidos e substâncias vasopressoras.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS – 1.0573.0586
Farmacêutica Responsável: Gabriela Mallmann – CRF-SP nº 30.138
Registrado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 – 20º andar
São Paulo – SP
CNPJ 60.659.463/0029-92
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Ache Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. das Nações Unidas, 22.428 – São Paulo - SP
SAC 0800 701 6900
