Bula do paciente Bula do profissional

Veklury
(Bula do profissional de saúde)

GILEAD SCIENCES FARMACEUTICA DO BRASIL LTDA

Atualizado em 12/04/2022

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Veklury®
rendesivir
Infusão intravenosa 5 mg/mL

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

liofilizado1 para infusão intravenosa
Frasco com 100 mg

USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco de Veklury® contém:

rendesivir 100 mg
excipiente q.s.p. 1 frasco

Excipientes: éter sulfobutílico sódico betaciclodextrina, ácido clorídrico2, hidróxido de sódio. Cada frasco-ampola contém 3 g de éter sulfobutílico sódico betaciclodextrina.
Após reconstituição, cada frasco contém 5 mg/mL de solução de rendesivir.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE3

INDICAÇÕES

Veklury® é indicado para o tratamento da doença causada pelo coronavírus de 2019 (COVID-19) em adultos e adolescentes (com idade igual ou superior a 12 anos e com peso corporal de, pelo menos, 40 kg) com pneumonia4 que requerem administração suplementar de oxigênio (oxigênio de baixo ou alto fluxo, ou outra ventilação5 não invasiva no início do tratamento) (ver item 3. Características farmacológicas).

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos clínicos em pacientes com COVID-19

Estudo NIAID ACTT-1 (CO-US-540-5776)

Um estudo clínico randomizado6, duplo-cego e controlado por placebo7 avaliou a administração de 200 mg de rendesivir uma vez por dia, no primeiro dia do tratamento, seguido de 100 mg de rendesivir, uma vez por dia, durante um período de até 9 dias (um total de até 10 dias de tratamento administrado por via intravenosa) em pacientes adultos hospitalizados com COVID-19 com evidência de comprometimento do trato respiratório inferior. O estudo incluiu 1.062 pacientes hospitalizados: 159 (15%) pacientes com doença leve/moderada (15% em ambos os grupos de tratamento) e 903 (85%) pacientes com doença grave (85% em ambos os grupos de tratamento). A doença leve/moderada foi definida como SpO2 > 94% e taxa respiratória < 24 incursões/minuto sem administração suplementar de oxigênio; doença grave foi definida como SpO2 ≤ 94% em ar ambiente, uma taxa respiratória ≥ 24 incursões//minuto, e uma necessidade de oxigenação, ou a necessidade de ventilação5 mecânica. Um total de 285 pacientes (26,8%) (n=131 recebendo rendesivir) estavam em ventilação5 mecânica ou oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). Os pacientes foram randomizados numa proporção 1:1, estratificados por gravidade da doença no momento da inclusão, para receberem rendesivir (n=541) ou placebo7 (n=521), mais tratamento padrão.

A idade média no início do estudo era de 59 anos ( 36% dos pacientes com 65 anos ou mais); 64%. dos pacientes eram do sexo masculino; 53% eram de raça caucasiana; 21% eram de raça negra e 13% eram de raça asiática. As comorbidades8 mais frequentes foram hipertensão9 (51%), obesidade10 (45%), e diabetes mellitus11 tipo 2 (31%); a distribuição das comorbidades8 foi similar entre os dois grupos de tratamento.

Aproximadamente 38,4% (208/541) dos pacientes receberam um ciclo de tratamento de 10 dias com rendesivir.

O desfecho primário foi o tempo de recuperação até 29 dias após a randomização, definida como alta hospitalar (com ou sem limitações da atividade e com ou sem necessidade de oxigênio no domicílio) ou hospitalização, mas sem necessidade de administração suplementar de oxigênio e sem necessitar de assistência médica contínua. Numa análise realizada após todos os pacientes serem seguidos por 14 dias, o tempo de recuperação mediano na população geral foi de 10 dias no grupo de rendesivir comparativamente com 15 dias no grupo do placebo7 (razão de taxa de recuperação 1,29 [IC de 95%: 1,12–1,49]; p<0,001). Foram observadas diferenças relevantes nos resultados dos dois braços.

Entre os pacientes com doença leve/moderada na inclusão do estudo (n=105), a mediana do tempo de recuperação foi de 5 dias nos grupos de rendesivir e placebo7 (razão de taxa de recuperação 1,22 [IC de 95%: 0,82-1,81]); as chances de melhora na escala ordinal no grupo de rendesivir no dia 15, quando comparadas com o grupo placebo7, foram as seguintes: razão de probabilidade 1,46; [IC de 95%, 0,71-2,97].

Entre os pacientes com doença grave na inclusão do estudo (n=957), a mediana do tempo de recuperação foi de 11 dias no grupo de rendesivir e de 18 dias no grupo do placebo7 (razão de taxa de recuperação 1,31 [IC de 95%: 1,12–1,52]; p<0.001; Tabela 1); as chances de melhora na escala ordinal no grupo de rendesivir no Dia 15, quando comparadas com o grupo placebo7, foram as seguintes: razão de probabilidade 1,56; [IC de 95%, 1,24-1,95].

No geral, as chances de melhora na escala ordinal foram maiores no grupo rendesivir no dia 15, quando comparadas com o grupo do placebo7 (razão de probabilidade, 1,54; [IC de 95%, 1,25-1,91], p <0,001).

No geral, a mortalidade12 no dia 29 foi de 11% para o grupo de rendesivir e 15% para o grupo placebo7 (razão de risco, 0,73; [IC de 95% 0,52- 1,02; p = 0,068). Uma análise post-hoc da mortalidade12 no dia 29 pela escala ordinal é relatada na Tabela 1.

Tabela 1. Resultados de mortalidade12 no Dia 29 pela escala ordinala no início do estudo do NIAID ACTT-1

 

Escala Ordinal no início do estudo

4

5

6

7

Sem oxigenação

Requer oxigenação de baixo fluxo

Requer oxigenação de alto fluxo ou ventilação5 mecânica não invasiva

Requer ventilação5 mecânica ou ECMO

rendesivir (N=75)

Placebo7 (N=63)

rendesivir (N=232)

Placebo7 (N=203)

rendesivir
(N=95)

Placebo7
(N=98)

rendesivir
(N=131)

Placebo7
(N=154)

Mortalidade12
Dia 29

4,1

4,8

4,0

12,7

21,2

20,4

21,9

19,3

Razão de riscob (IC de 95%)

0.82 (0.17, 4.07)

0,30 (0,14, 0,64)

1,02 (0,54, 1,91)

1,13 (0,67, 1,89)

ECMO – oxigenação por membrana extracorpórea
a Não é uma análise pré-especificada
b As taxas de risco para subgrupos de pontuação ordinal da linha de base são de modelos de risco proporcionais de Cox não estratificados.

QT

Os atuais dados clínicos e não clínicos não sugerem um risco de prolongamento do intervalo QT, contudo este não foi totalmente estudado nos seres humanos.

População pediátrica

Ver itens 3. Características farmacológicas e 8. Posologia e modo de usar, para informação sobre uso pela população pediátrica.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Antivirais para uso sistémico, antivirais de ação direta, outros antivirais, código ATC: ainda não atribuído.

Mecanismo de ação: O rendesivir é um pró-fármaco13 nucleotídeo que é metabolizado nas células14 hospedeiras para formar o metabólito15 nucleosídeo trifosfato farmacologicamente ativo. O trifosfato de rendesivir atua como análogo da adenosina trifosfato (ATP16) e compete com o substrato natural de ATP16 pela incorporação nas cadeias de RNA nascentes pela RNA polimerase dependente do RNA do SARS-CoV-2, o que resulta na terminação prematura da cadeia durante a replicação do RNA viral.

Atividade antiviral: O rendesivir exibiu atividade in vitro contra um isolado clínico de SARS-CoV-2 em células14 epiteliais primárias das vias respiratórias humanas com uma concentração eficaz de 50% (EC50) de 9,9 nM após 48 horas de tratamento. Os valores de EC50 de rendesivir contra o SARS-CoV-2 em células14 Vero foi de 137 nM às 24 horas e de 750 nM às 48 horas pós-tratamento. A atividade antiviral de rendesivir foi antagonizada por fosfato de cloroquina de forma dose-dependente quando os dois medicamentos foram co-incubados em concentrações clinicamente relevantes em células14 HEp-2 infetadas com o vírus17 sincicial respiratório (respiratory syncytial virus17, VSR). Foram observados valores de EC50 de rendesivir mais elevados com o aumento das concentrações de fosfato de cloroquina. O aumento das concentrações de fosfato de cloroquina diminuiu a formação de trifosfato de rendesivir nas células14 epiteliais brônquicas humanas normais.

Resistência: A determinação do perfil de resistência a rendesivir em culturas celulares utilizando o vírus17 responsável pela hepatite18 murina CoV de roedores identificou 2 substituições (F476L e V553L) na RNA polimerase dependente de RNA viral em resíduos conservados em todos os CoVs que conferiram uma suscetibilidade 5,6 vezes menor ao rendesivir. A introdução das substituições correspondentes (F480L e V557L) no SARS-CoV resultou numa suscetibilidade 6 vezes menor ao rendesivir em culturas celulares e atenuou a patogênese19 do SARS-CoV num modelo de camundongo.
O desenvolvimento de resistência do SARS-CoV-2 ao rendesivir em culturas celulares não foi avaliado até o momento. Não estão disponíveis dados clínicos sobre o desenvolvimento de resistência do SARS-CoV-2 ao rendesivir.

Propriedades farmacocinéticas

As propriedades farmacocinéticas de rendesivir foram estudadas em voluntários saudáveis. Não há dados farmacocinéticos disponíveis de pacientes com COVID-19.

Absorção: As propriedades farmacocinéticas de rendesivir e do metabólito15 circulante predominante GS-441524 foram avaliadas em indivíduos adultos saudáveis. Após a administração intravenosa do regime posológico de rendesivir para adultos, foi observada uma concentração plasmática máxima no final da infusão intravenosa, independentemente do nível da dose, que diminuiu de maneira rápida posteriormente com uma meia-vida aproximada de 1 hora. Foram observadas concentrações plasmáticas máximas de GS-441524 entre 1,5 e 2,0 horas após o início de uma infusão intravenosa de 30 minutos.

Distribuição: O rendesivir liga-se aproximadamente em 88% às proteínas20 plasmáticas humanas. A ligação às proteínas20 de GS-441524 foi baixa (2% ligado) em plasma21 humano. Após uma dose única de 150 mg de [14C]-rendesivir em indivíduos saudáveis, a razão da radioatividade de 14C entre o sangue22 e o plasma21 foi de aproximadamente 0,68 aos 15 minutos após o início da infusão intravenosa, tendo aumentado ao longo do tempo alcançando uma razão de 1,0 após 5 horas, indicando uma distribuição diferencial de rendesivir e dos respetivos metabólitos23 no plasma21 ou para componentes celulares do sangue22.

Biotransformação: O rendesivir é extensivamente metabolizado gerando o análogo nucleosídeo trifosfato farmacologicamente ativo GS-443902 (formado no interior das células14). A via de ativação metabólica envolve hidrólise por esterases, que originam a formação do metabólito15 intermediário GS-704277. A clivagem do fosforamidato seguida de fosforilação forma o trifosfato ativo GS-443902. A desfosforilação de todos os metabólitos23 fosforilados pode resultar na formação do metabolito15 nucleosídeo GS-441524 que não é refosforilado de modo eficiente. O estudo do balanço de massa em seres humanos também indica a presença de um metabólito15 principal atualmente não identificado (M27) no plasma21.

Eliminação: Após uma dose única IV de 150 mg de [14C] -rendesivir, a recuperação total média da dose foi de 92%, composta por aproximadamente 74% e 18% recuperada na urina24 e nas fezes, respetivamente. A maior parte da dose de rendesivir recuperada na urina24 foi na forma de GS-441524 (49%), enquanto 10% foi recuperado na forma de rendesivir. Estes dados indicam que a depuração renal25 é a principal via de eliminação de GS-441524. As meias- vidas terminais medianas de rendesivir e GS-441524 foram de aproximadamente 1 e 27 horas, respetivamente.

Farmacocinética em populações especiais

Sexo, raça e idade:

As diferenças farmacocinéticas em termos de sexo, raça e idade não foram avaliadas.

Pacientes pediátricos: A farmacocinética em pacientes pediátricos não foi avaliada.

Comprometimento renal25: A farmacocinética de rendesivir e GS-441524 em pacientes com comprometimento renal25 não foi avaliada. O rendesivir não é eliminado de forma inalterada na urina24 de maneira substancial, mas o seu principal metabólito15 GS-441524 é eliminado por via renal25 e os níveis de metabólito15 no plasma21 podem teoricamente aumentar em pacientes com função renal25 diminuída. O excipiente éter sulfobutílico sódico betaciclodextrinaé eliminado por via renal25 e acumula-se em pacientes com função renal25 diminuída. Veklury® não deve ser utilizado em pacientes com Taxa de Filtração Glomerular TFGe < 30 mL/min.

Comprometimento hepático: A farmacocinética de rendesivir e GS-441524 em pacientes com comprometimento hepático não foi avaliada. Desconhece-se a função do fígado26 no metabolismo27 de rendesivir.

Interações

O potencial de interação de rendesivir como objeto da ação não foi estudado em relação à inibição da via hidrolítica (esterase). O risco de interação clinicamente relevante é desconhecido.

O rendesivir inibiu CYP3A4 in vitro (ver item 6. Interações medicamentosas). Em concentrações fisiologicamente relevantes (estado estacionário), rendesivir ou os seus metabólitos23 GS-441524 e GS-704277 não inibiram CYP1A2, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19 e 2D6 in vitro. Contudo, rendesivir pode inibir transitoriamente o CYP2B6, 2C8, 2C9 e 2D6 no primeiro dia de administração. A relevância clínica desta inibição não foi estudada. O potencial de inibição tempo-dependente das enzimas CYP450 pelo rendesivir não foi estudado.

O rendesivir induziu o CYP1A2 e potencialmente o CYP3A4, mas não o CYP2B6 in vitro (ver item 6. Interações medicamentosas).

Os dados in vitro não indicam qualquer inibição clinicamente relevante de UGT1A1, 1A3, 1A4, 1A6, 1A9 ou 2B7 pelo rendesivir ou os seus metabolitos23 GS-441524 e GS-704277.

O rendesivir inibiu OATP1B1 e OATP1B3 in vitro (ver item 6. Interações medicamentosas). Não há dados disponíveis sobre a inibição de OAT1, OAT3 ou OCT2 pelo rendesivir.

Em concentrações fisiologicamente relevantes, rendesivir e os seus metabólitos23 não inibiram a gpP nem BCRP in vitro.

Dados de segurança pré-clínica

Toxicologia: Após a administração intravenosa (in bolus28 lento) de rendesivir em macacos-rhesus e ratos, ocorreu toxicidade29 renal25 grave após curtas durações de tratamento. Em macacos-rhesus macho, a administração em níveis posológicos de 5, 10 e 20 mg/kg/dia durante 7 dias resultou, em todos os níveis de dose, no aumento médio do nitrogênio ureico (uréia30) e no aumento médio da creatinina31, atrofia32 tubular renal25, basofilia e cilindros, bem como uma morte não planejada de um animal ao nível de dose 20 mg/kg/dia. Em ratos, a administração a níveis posológicos >3 mg/kg/dia durante períodos até 4 semanas resultou em evidências indicativas de lesão33 e/ou disfunção renal25. As exposições sistémicas (AUC34) ao metabolito15 de rendesivir circulante predominante (GS- 441524) foram 0,1 vezes (macacos a 5 mg/kg/dia) e 0,3 vezes (rato a 3 mg/kg/dia) a exposição em seres humanos com a dose humana recomendada (DHR). Foi demonstrada a presença de um metabólito15 principal não identificado (M27) no plasma21 humano ((ver item 3. Características farmacológicas). A exposição de M27 em macacos-rhesus e ratos não é conhecida. Portanto, é possível que os estudos em animais não forneçam informações sobre os potenciais riscos associados a este metabólito15.

Carcinogênese: Não foram realizados estudos em animais a longo prazo para avaliar o potencial carcinogênico de rendesivir.

Mutagênese: O rendesivir não foi genotóxico numa bateria de ensaios, incluindo ensaios de mutagenicidade bacteriana, ensaios de aberração cromossômica utilizando linfócitos de sangue22 periférico humano e ensaios de micronúcleos em ratos in vivo.

Toxicidade29 reprodutiva: Foram observadas diminuições nos corpos-lúteos, nos números de locais de implantação e nos embriões viáveis, quando o rendesivir foi administrado diariamente por via intravenosa a uma dose tóxica sistemicamente (10 mg/kg/dia) em ratos fêmea 14 dias antes do acasalamento e durante a concepção35; as exposições ao metabólito15 circulante predominante (GS-441524) foram 1,3 vezes a exposição em seres humanos com a DHR. Não houve quaisquer efeitos sobre o desempenho reprodutor feminino (acasalamento, fertilidade e concepção35) com este nível de dose.
Em ratos e coelhos fêmea, rendesivir não demonstrou efeitos adversos no desenvolvimento embrionário ou fetal quando administrado em animais durante a gravidez36 em exposições sistémicas (AUC34) ao metabolito15 de rendesivir circulante predominante (GS-441524) que foram até 4 vezes a exposição em seres humanos com a dose humana recomendada (DHR).
Em ratos fêmea, não ocorreram efeitos adversos no desenvolvimento pré e pós-natal em exposições sistêmicas (AUC34) ao metabólito15 de rendesivir circulante predominante (GS-441524) que foram semelhantes à exposição em seres humanos com a dose humana recomendada (DHR).
Desconhece-se se o análogo nucleosídeo trifosfato ativo GS-443902 e o metabólito15 principal humano não identificado M27 se formam em ratos e coelhos. Portanto, é possível que os estudos de toxicidade29 reprodutiva não forneçam informações sobre os potenciais riscos associados a estes metabólitos23.

CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes listados no item Composição.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Hipersensibilidade, incluindo reações relacionadas à infusão e reações anafiláticas37

Foram observadas reações de hipersensibilidade, incluindo reações relacionadas à infusão e reações anafiláticas37, durante e após a administração de rendesivir. Os sinais38 e sintomas39 podem incluir hipotensão40, hipertensão9, taquicardia41, bradicardia42, hipoxia43, febre44, dispneia45, chiado no peito46, angioedema47, erupção48 cutânea49, náuseas50, vômitos51, sudorese52 e calafrios53. Taxas de infusão mais lentas, mantendo um tempo máximo de infusão de até 120 minutos, podem ser consideradas para prevenir potencialmente esses sinais38 e sintomas39. Caso ocorram sinais38 e sintomas39 de uma reação de hipersensibilidade clinicamente significativa, descontinue imediatamente a administração de rendesivir e inicie o tratamento apropriado.

Elevação das transaminases

Foram observadas elevações das transaminases nos ensaios clínicos54 com rendesivir, incluindo em voluntários saudáveis e pacientes com COVID-19. A função hepática55 deve ser determinada em todos os pacientes antes de iniciar o tratamento com Veklury®, devendo também ser monitorada durante a administração conforme clinicamente apropriado. Não foram realizados estudos clínicos com rendesivir em pacientes com insuficiência hepática56. Veklury®apenas deve ser utilizado em pacientes com insuficiência hepática56 se o potencial benefício superar o potencial risco.

  • Veklury® não deve ser iniciado em pacientes com alanina aminotransferase (ALT) inicial ≥ 5 vezes o limite superior do valor da normalidade.
  • Veklury® deve ser descontinuado em pacientes que desenvolvam:
    • ALT ≥ 5 vezes o limite superior do valor da normalidade durante o tratamento com rendesivir. Veklury® poderá ser reiniciado quando a ALT for < 5 vezes o limite superior do valor da normalidade.
      OU
    • Elevação da ALT acompanhada por sinais38 ou sintomas39 de inflamação57 hepática55 ou aumento da bilirrubina58 conjugada, da fosfatase alcalina59 ou da relação normalizada internacional (international normalised ratio, INR) (ver itens 3. Características farmacológicas e 9. Reações adversas).

Insuficiência renal60

Em estudos em animais com ratos e macacos, foi observada toxicidade29 renal25 grave (ver item 3. Características farmacológicas). O mecanismo desta toxicidade29 renal25 não é totalmente compreendido. A relevância para os seres humanos não pode ser excluída.

A TFGe deve ser determinada em todos os pacientes antes de se iniciar o tratamento com Veklury® e enquanto estiverem utilizando o rendesivir, conforme clinicamente apropriado. Veklury® não deve ser administrado em pacientes com TFGe < 30 ml/min.

Excipientes

Veklury® contém éter sulfobutílico sódico betaciclodextrina, que é eliminado por via renal25 e se acumula em pacientes com função renal25 diminuída, o que poderá potencialmente afetar de forma adversa a função renal25. Portanto, Veklury® não deve ser administrado em pacientes com TFGe < 30 mL/min (ver itens 3. Características farmacológicas e 8. Posologia e modo de usar).

Risco de redução da atividade antiviral quando coadministrado com cloroquina ou hidroxicloroquina

Não é recomendada a coadministração de rendesivir e fosfato de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina com base em dados in vitro que demonstram um efeito antagonista61 da cloroquina na ativação metabólica intracelular e na atividade antiviral de rendesivir (ver itens 3. Características farmacológicas e 6. Interações medicamentosas).

Fertilidade, Gravidez36 e Lactação62

Não existem dados ou os dados existentes sobre a utilização de rendesivir em mulheres grávidas são limitados. Os estudos com animais são insuficientes em relação à toxicidade29 reprodutiva (ver item 3. Características farmacológicas). Veklury® não deve ser utilizado durante a gravidez36 a não ser que o estado clínico da mulher justifique o tratamento com rendesivir.

As mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento.

Categoria B de risco na gravidez36: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Desconhece-se se rendesivir é excretado no leite humano, ou quais os efeitos no lactente63, ou os efeitos na produção de leite.

Em estudos com animais, o metabólito15 análogo de nucleosídeo GS-441524 foi detectado no sangue22 de filhotes de ratos amamentados por mães às quais se administrou rendesivir. Portanto, pode presumir-se a excreção de rendesivir e/ou metabolitos23 no leite de animais lactantes64.

Devido ao potencial de transmissão viral a lactentes65 negativos para SARS-CoV-2 e às reações adversas do medicamento em lactentes65, deve-se tomar uma decisão sobre interromper a amamentação66 ou descontinuar a terapia com rendesivir, considerando o benefício da amamentação66 para a criança e o benefício da terapia para a mulher.

Não estão disponíveis dados em seres humanos sobre o efeito de rendesivir na fertilidade. Em ratos macho, não se observou qualquer efeito do tratamento com rendesivir no acasalamento ou na fertilidade. Contudo, em ratos fêmea observou-se um comprometimento na fertilidade (ver item 3. Características farmacológicas). Desconhece-se a relevância para os seres humanos.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Os efeitos de Veklury®sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezáveis.

Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento

Veklury® contém uma CICLODEXTRINA

Este medicamento contém 3 g de éter sulfobutílico sódico betaciclodextrinaem cada dose de 100 mg de Veklury® (6 g na dose inicial). Este componente é uma ciclodextrina emulsionante que ajuda o medicamento a dispersar-se pelo corpo.

Atenção diabéticos, contém AÇÚCAR67.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram realizados estudos clínicos de interação com rendesivir. O potencial global de interações é atualmente desconhecido; os pacientes devem permanecer sob observação atenta durante os dias de administração de rendesivir. Devido ao antagonismo observado in vitro, a utilização concomitante de rendesivir com fosfato de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina não é recomendada.

Efeitos de outros medicamentos no rendesivir

In vitro, rendesivir é um substrato de esterases em plasma21 e tecido68, enzimas metabolizadoras de fármacos CYP2C8, CYP2D6 e CYP3A4, sendo também substrato dos transportadores polipeptídios de ânions orgânicos 1B1 (organic anion transporting polypeptides 1B1, OATP1B1) e dos transportadores da glicoproteína P (gpP).

O potencial de interação de rendesivir com inibidores/indutores da via hidrolítica (esterase) ou de CYP2C8, 2D6 ou 3A4 não foi estudado. Desconhece-se o risco de interação clinicamente relevante. Os inibidores potentes podem resultar numa maior exposição a rendesivir. A utilização de indutores potentes (p. ex. rifampicina) pode diminuir a concentração plasmática de rendesivir e não é recomendada.

A dexametasona está descrita como um indutor moderado de CYP3A e gpP. A indução depende da dose e ocorre após várias doses. Não é provável que a dexametasona tenha um efeito clinicamente significativo no rendesivir na medida em que rendesivir tem uma razão de extração hepática55 moderada-alta e é utilizado por um curto período no tratamento da COVID-19.

Efeitos de rendesivir em outros medicamentos

In vitro, rendesivir é um inibidor de CYP3A4, OATP1B1 e OATP1B3. A relevância clínica destas interações medicamentosas in vitro não foi estabelecida. O rendesivir poderá aumentar transitoriamente a concentração plasmática de medicamentos que são substratos de CYP3A ou OATP 1B1/1B3. Não há dados disponíveis. Contudo, pode sugerir-se que os medicamentos que são substratos de CYP3A4 ou substratos de OATP 1B1/1B3 devam ser administrados pelo menos 2 horas após rendesivir. O rendesivir induziu CYP1A2 e potencialmente CYP3A in vitro. A coadministração de rendesivir com substratos de CYP1A2 ou CYP3A4 com um índice terapêutico estreito pode levar à perda da sua eficácia.

A dexametasona é um substrato de CYP3A4 e, embora rendesivir iniba CYP3A4, devido à rápida depuração de rendesivir após a administração IV, não é provável que rendesivir tenha um efeito significativo na exposição a dexametasona.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Armazenar em temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C.

Solução reconstituída e diluída para infusão: Após preparo, conservar a solução diluída para infusão de rendesivir por até 24 horas em temperatura ambiente (20°C a 25°C) ou até 48 horas sob refrigeração (2°C a 8°C).

Prazo de validade: 36 meses após a data de fabricação impressa na embalagem. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

Veklury® é um pó branco esbranquiçado a amarelo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

A utilização de Veklury® é restrita à instituições de saúde3 nas quais os pacientes possam ser atentamente monitorados (ver item 5. Advertências e Precauções).

Posologia

A dose recomendada de Veklury® em pacientes com idade igual ou superior a 12 anos e que pesam, pelo menos, 40 kg é:

  • Dia 1 – uma dose única de 200 mg de rendesivir, administrada por infusão intravenosa
  • Dia 2 e seguintes – 100 mg, uma vez por dia, administrada por infusão intravenosa.

A duração total do tratamento deve ser de, pelo menos, 5 dias e não deve ser superior a 10 dias.

Dosagens especiais

Idosos: Não é necessário qualquer ajuste de dose de rendesivir em pacientes com mais de 65 anos (ver item 3. Características farmacológicas).

Comprometimento renal25: A farmacocinética de rendesivir não foi avaliada em pacientes com insuficiência renal60. Pacientes com taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) ≥ 30 mL/min receberam rendesivir para o tratamento da COVID-19 sem qualquer ajuste posológico. O rendesivir não deve ser usado em pacientes com TFGe < 30 mL/min (ver itens 3. Características farmacológicas e 5. Advertências e Precauções).

Comprometimento hepático: A farmacocinética de rendesivir não foi avaliada em pacientes com insuficiência hepática56. Desconhece-se se o ajuste posológico é apropriado em pacientes com comprometimento hepático (ver itens 3. Características farmacológicas e 5. Advertências e Precauções).

População pediátrica: A segurança e eficácia de rendesivir em crianças com menos de 12 anos de idade ou com peso <40 kg não foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis.

Modo de administração

Via intravenosa.

Veklury® destina-se a administração por infusão intravenosa após reconstituição e diluição adicional.

Este medicamento não pode ser misturado ou administrado em simultâneo com outros medicamentos na mesma linha dedicada, exceto os mencionados nesta seção.

Não pode ser administrado pela via intramuscular (IM).

Prepare a solução para infusão sob condições assépticas e no mesmo dia da administração. Veklury® deve ser inspecionado visualmente quanto à presença de partículas e descoloração antes da administração, sempre que a solução e o recipiente o permitirem. Caso se observe alguma destas situações, a solução deve ser descartada e uma solução nova deve ser preparada.

Veklury® deve ser reconstituído com 19 mL de água para injetáveis e diluído em solução injetável de cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%) antes de ser administrado através de infusão intravenosa ao longo de 30 a 120 minutos.

Preparação da solução para infusão de rendesivir

Reconstituição

Retire do refrigerador o número necessário de frascos para utilização única. Para cada frasco:

  • Reconstitua assepticamente rendesivir pó para infusão através da adição de 19 mL de água para injetáveis utilizando uma seringa69 e agulha de tamanho adequado, por cada frasco.
  • Elimine o frasco se o vácuo não puxar a água para injetáveis para dentro do frasco.
  • Agite imediatamente o frasco durante 30 segundos.
  • Deixe o conteúdo do frasco descansar durante 2 a 3 minutos. O resultado deve ser uma solução transparente.
  • Se o conteúdo do frasco não estiver completamente dissolvido, agite o frasco novamente durante 30 segundos e deixe o conteúdo descansar durante 2 a 3 minutos. Repita este procedimento conforme necessário até que o conteúdo do frasco esteja completamente dissolvido.
  • Inspecione o frasco para garantir que o lacre do recipiente não tenha defeitos e que a solução não tem partículas.
  • Dilua imediatamente após a reconstituição.

Diluição

Deve-se ter cuidado para prevenir a contaminação microbiana inadvertida. Uma vez que não há qualquer agente bacteriostático ou conservante presente neste medicamento, tem de ser utilizada técnica asséptica na preparação da solução parenteral final. É sempre recomendado administrar os medicamentos IV imediatamente após a sua preparação, quando possível.

Utilizando a Tabela 2, determine o volume de cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%) a ser retirado da bolsa de infusão.

Tabela 2. Instruções recomendadas para a diluição - rendesivir pó para solução para infusão reconstituído

Dose de rendesivir

Volume da bolsa de infusão de cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%) a ser utilizado

Volume a ser retirado e eliminado da bolsa de infusão de cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%)

Volume de rendesivir reconstituído necessário

200 mg
(2 frascos)

250 mL

40 mL

2 × 20 mL

100 mL

40 mL

2 × 20 mL

100 mg
(1 frasco)

250 mL

20 mL

20 mL

100 mL

20 mL

20 mL

NOTA: Devem ser reservados 100 mL para pacientes70 com restrição de líquidos grave, p. ex., síndrome71 do desconforto respiratório agudo72 (acute respiratory distress syndrome, SDRA) ou insuficiência renal60.

  • Retire e elimine o volume necessário de cloreto de sódio a 9 mg/mL da bolsa conforme a Tabela 2 utilizando uma seringa69 e agulha de tamanho apropriado.
  • Retire o volume necessário de rendesivir pó concentrado para solução para infusão do do frasco de rendesivir utilizando uma seringa69 de tamanho apropriado conforme a Tabela 2.
  • Elimine qualquer solução restante no frasco de rendesivir.
  • Transfira o volume necessário de rendesivir pó concentrado reconstituído para a bolsa de infusão selecionada.
  • Inverta suavemente a bolsa 20 vezes para misturar a solução na bolsa. Não agite.
  • A solução preparada é estável durante 24 horas à temperatura ambiente (20°C a 25°C) ou 48 horas sob refrigeração entre 2°C a 8 °C (incluindo o eventual tempo antes da diluição nos fluidos de infusão intravenosa).

Depois da infusão estar concluída, lave com, pelo menos, 30 mL de solução de cloreto de sódio a 9 mg/mL.

Tabela 3. Taxa de infusão recomendada - para rendesivir pó para solução para infusão reconstituído e diluído

Volume da bolsa de infusão

Tempo de infusão

Taxa de infusão

250 mL

30 min

8,33 mL/min

60 min

4,17 mL/min

120 min

2,08 mL/min

100 mL

30 min

3,33 mL/min

60 min

1,67 mL/min

120 min

0,83 mL/min

Descarte

Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser descartados.

REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

A reação adversa mais frequente em voluntários saudáveis é o aumento das transaminases (14%). A reação adversa mais frequente em pacientes com COVID-19 é a ocorrência de náuseas50 (4%).

Resumo das reações adversas

As reações adversas na Tabela 4 estão listadas abaixo por classe de sistemas de órgãos e frequência. As frequências são definidas da seguinte forma: Muito frequentes (≥1/10); frequentes (≥1/100, <1/10); pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100); raros (≥1/10.000, <1/1.000).

Tabela 4. Lista de reações adversas

Frequência

Reação adversa

Distúrbios do sistema imunológico73

Raro

hipersensibilidade

Distúrbios do sistema nervoso74

Frequente

cefaleia75

Distúrbios gastrointestinais

Frequente

náuseas50

Distúrbios hepatobiliares76

Muito frequente

aumento das transaminases

Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Frequente

erupção48 cutânea49

Complicações de intervenções relacionadas a lesões77 e intoxicações

Raro

reação relacionada com a infusão

Descrição de reações adversas selecionadas

Aumento das transaminases: Em estudos com voluntários saudáveis, os aumentos na ALT, na aspartato aminotransferase (AST) ou ambas em indivíduos que receberam rendesivir foram de grau 1 (10%) ou grau 2 (4%). Num estudo clínico randomizado6, duplo-cego e controlado por placebo7 com pacientes com COVID-19 (NIAID ACTT-1), ocorreram alterações laboratoriais de qualquer grau (≥ 1,25 × LSN), de aumento da AST e aumento da ALT em 33% e 32% dos pacientes, respetivamente, que receberam rendesivir comparativamente a 44% e 43% dos pacientes, respetivamente, que receberam placebo7. Ocorreram alterações laboratoriais de grau ≥ 3 (≥ 5,0 × LSN), de aumento da AST e aumento da ALT em 6% e 3% dos pacientes, respetivamente, que receberam rendesivir comparativamente a 8% e 6% dos pacientes, respetivamente, que receberam placebo7. Num ensaio clínico randomizado6, em regime aberto e multicêntrico (estudo GS-US-540-5773) em pacientes hospitalizados com COVID-19 grave que receberam rendesivir durante 5 dias (n=200) ou 10 dias (n=197), ocorreram alterações laboratoriais, de qualquer grau, de aumento da AST e aumento da ALT em 40% e 42% dos pacientes, respetivamente, que receberam rendesivir. Ocorreram alterações laboratoriais, de grau ≥3, de aumento da AST e aumento da ALT, ambas em 7% dos pacientes que receberam rendesivir. Num ensaio clínico randomizado6, em regime aberto e multicêntrico (estudo GS-US-540-5774) em pacientes hospitalizados com COVID-19 moderada que receberam rendesivir durante 5 dias (n=191) ou 10 dias (n=193) em comparação com o tratamento padrão (n=200), ocorreram alterações laboratoriais, de qualquer grau, de aumento da AST e aumento da ALT em 32% e 33% dos pacientes, respetivamente, que receberam rendesivir e em 33% e 39% dos pacientes, respetivamente, que receberam o tratamento padrão. Ocorreram alterações laboratoriais, de grau ≥3, de aumento da AST e aumento da ALT em 2% e 3% dos pacientes, respetivamente, que receberam rendesivir e em 6% e 8%, respetivamente, dos pacientes que receberam o tratamento padrão.

Aumento do tempo de protrombina78: Em um estudo clínico (NIAID ACTT-1) de pacientes com COVID-19, a incidência79 de aumento do tempo de protrombina78 ou Taxa Padrão Internacional (International Normalized Ratio – INR) (predominantemente Grau 1-2) foi maior em indivíduos que receberam rendesivir em comparação com o placebo7, sem diferença observada na incidência79 de eventos hemorrágicos80 entre os dois grupos. O tempo de protrombina78 deve ser monitorado durante a administração de remdesivir conforme clinicamente apropriado.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

O tratamento da superdosagem com rendesivir deve consistir em medidas gerais de suporte incluindo monitoramento dos sinais vitais81 e observação do estado clínico do paciente. Não existe qualquer antídoto82 específico para a sobredosagem com rendesivir.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA OU
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – VENDA PROIBIDA AO COMÉRCIO.
USO RESTRITO A HOSPITAIS
 

Registro MS – 1.0929.0011
Farmacêutico responsável: Denise Sunagawa CRF-DF 7129

Fabricado por:
Jubilant HollisterStier, LLC, Spokane, EUA
Patheon Manufacturing Services LLC, Greenville, EUA Hospira, Inc., McPherson, EUA

Embalado por:
Gilead Sciences, Inc., La Verne, EUA AndersonBrecon Inc., Rockford, EUA

Importado por:
Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil Ltda
Av. Dr. Chucri Zaidan, 1240, 15º andar, Vila São Francisco
São Paulo - SP
CNPJ 15.670.288/0001-89


SAC 0800 7710744

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Liofilizado: Submetido à liofilização, que é a desidratação de substâncias realizada em baixas temperaturas, usada especialmente na conservação de alimentos, em medicamentos, etc.
2 Ácido clorídrico: Ácido clorídrico ou ácido muriático é uma solução aquosa, ácida e queimativa, normalmente utilizado como reagente químico. É um dos ácidos que se ioniza completamente em solução aquosa.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
5 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
6 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
7 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
8 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
9 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
10 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
11 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
12 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
13 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
14 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
15 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
16 ATP: Adenosina Trifosfato (ATP) é nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia. Ela é composta pela adenina (base azotada), uma ribose (açúcar com cinco carbonos) e três grupos de fosfato conectados em cadeia. A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos. O ATP armazena energia proveniente da respiração celular e da fotossíntese, para consumo imediato, não podendo ser estocada. A energia pode ser utilizada em diversos processos biológicos, tais como o transporte ativo de moléculas, síntese e secreção de substâncias, locomoção e divisão celular, dentre outros.
17 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
18 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
19 Patogênese: Modo de origem ou de evolução de qualquer processo mórbido; nosogenia, patogênese, patogenesia.
20 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
21 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
22 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
23 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
24 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
25 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
26 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
27 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
28 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
29 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
30 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
31 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
32 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
33 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
34 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
35 Concepção: O início da gravidez.
36 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
37 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
38 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
39 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
40 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
41 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
42 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
43 Hipóxia: Estado de baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos que pode ocorrer por diversos fatores, tais como mudança repentina para um ambiente com ar rarefeito (locais de grande altitude) ou por uma alteração em qualquer mecanismo de transporte de oxigênio, desde as vias respiratórias superiores até os tecidos orgânicos.
44 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
45 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
46 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
47 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
48 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
49 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
50 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
51 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
52 Sudorese: Suor excessivo
53 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
54 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
55 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
56 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
57 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
58 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
59 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
60 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
61 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
62 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
63 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
64 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
65 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
66 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
67 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
68 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
69 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
70 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
71 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
72 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
73 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
74 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
75 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
76 Hepatobiliares: Diz-se do que se refere ao fígado e às vias biliares.
77 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
78 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
79 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
80 Hemorrágicos: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
81 Sinais vitais: Conjunto de variáveis fisiológicas que são pressão arterial, freqüência cardíaca, freqüência respiratória e temperatura corporal.
82 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.

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