TeroQuatro (Bula do profissional de saúde)
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
TeroQuatro
trometamol cetorolaco
Solução oftálmica 0,4%
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução oftálmica estéril
Frasco plástico gotejador contendo 5 mL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO OFTÁLMICA
USO ADULTO E PEDIÁTRIO ACIMA DE 3 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO:
Cada mL (27 gotas) de TeroQuatro contém:
trometamol cetorolaco | 4 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de benzalcônio, cloreto de sódio, edetato dissódico di-hidratado, octoxinol, ácido clorídrico1/hidróxido de sódio para ajuste de pH e água para injetáveis.
Cada mL corresponde a 27 gotas. Cada gota2 contém 0,148 mg de trometamol cetorolaco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE3
INDICAÇÕES
Este medicamento é indicado para redução da dor, sensação de corpo estranho nos olhos4, fotofobia5, ardência e lacrimejamento dos olhos4 após cirurgia refrativa da córnea6.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em dois estudos multicêntricos, randomizados, duplamente mascarados, veículo controlado, de grupos paralelos, envolvendo 313 pacientes, trometamol cetorolaco solução oftálmica foi efetivo no tratamento da dor ocular e sintomas7 oculares de sensação de corpo estranho nos olhos4, fotofobia5, ardência e lacrimejamento quando utilizado 4 vezes ao dia, por até quatro dias após cirurgia de ceratectomia fotorefrativa.
Diferenças significativas favoreceram trometamol cetorolaco solução oftálmica para a redução da dor ocular e ardência após cirurgia de ceratectomia fotorrefrativa. Os resultados dos estudos clínicos indicam que o trometamol cetorolaco não apresenta efeito significativo sobre a pressão intra-ocular.
Nenhuma diferença clínica ou estatisticamente significativa foi encontrada entre a solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,4% e placebo8 na frequência, tipo, intensidade ou causalidade de eventos adversos.
Em estudos de tolerância e de segurança, nas quais voluntários saudáveis receberam uma única gota2 de solução oftálmica trometamol cetorolaco em um olho9 e solução salina no outro, 5 de 10 indivíduos relataram irritação leve e transitória no olho9 tratado com cetorolaco. Exames em 1 hora e uma semana após a administração não revelaram eventos adversos significativos.1,2
Referências bibliográficas
- Allergan Inc. Final Report of Study 191578-002. A multi-center, randomized, double-masked, vehicle-controlled, parallel-group study evaluating the safety and analgesic efficacy of ketorolac tromethamine ophthalmic solution 0.4% in postphtorefractive keratectomy patients. 2002. Ref Type: Data File
- Allergan Inc. Final Report of Study 191578-003. A multi-center, randomized, double-masked, vehicle-controlled, parallel-group study evaluating the safety and analgesic efficacy of ketorolac tromethamine ophthalmic solution 0.4% in postphtorefractive keratectomy patients. 2002. Ref Type: Data File
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O trometamol cetorolaco é uma droga anti-inflamatória não-esteroide que, quando administrada por via sistêmica, tem demonstrado atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética.
Farmacodinâmica
Acredita-se que seu mecanismo de ação está relacionado à sua capacidade de inibir a biossíntese das prostaglandinas10. O trometamol cetorolaco administrado por via sistêmica não causa constrição11 da pupila.
Em diversos modelos animais, as prostaglandinas10 demonstraram ser mediadoras de determinados tipos de inflamação12 intra-ocular. Estudos experimentais demonstraram que as prostaglandinas10 produzem ruptura da barreira humor aquoso13-sangue14, vasodilatação, aumento da permeabilidade15 vascular16, leucocitose17 e aumento da pressão intra- ocular. As prostaglandinas10 também parecem atuar na resposta miótica produzida durante a cirurgia ocular pela constrição11 do esfíncter18 da íris19 independentemente dos mecanismos colinérgicos.
Farmacocinética
Absorção: Em estudos humanos, a penetração do fármaco20 é rápida logo após a aplicação nos olhos4. A relação entre as concentrações da solução administrada e da quantidade de fármaco20 que penetra na córnea6 é praticamente linear. Duas gotas de solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5% foram instiladas nos olhos4 dos indivíduos, 12 horas e 1 hora antes da extração de catarata21 atingir concentrações mensuráveis em 8 dos 9 olhos4 dos indivíduos (concentração média de 95 ng/mL no humor aquoso13, na faixa de 40 a 170 ng/mL).
A administração ocular do trometamol cetorolaco reduz os níveis de prostaglandina22 E2 (PGE2) no humor aquoso13. A concentração média de PGE2 foi 80 pg/mL no humor aquoso13 dos olhos4 que recebiam veículo, e 28 pg/mL nos olhos4 que receberam solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5%. Uma gota2 de solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5% foi instilada em um olho9 e uma gota2 do veículo no outro, três vezes ao dia, em 26 indivíduos normais. Apenas 5 dos 26 indivíduos apresentaram quantidade detectável de cetorolaco no plasma23 (faixa de 10,7 a 22,5 ng/mL) no décimo dia, durante tratamento ocular tópico24. Quando o trometamol cetorolaco 10 mg é administrado por via sistêmica a cada 6 horas, os níveis plasmáticos máximos ficaram em torno de 960 ng/mL.
Distribuição: Uma solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5% marcado com 14C foi estudada e descobriu-se que é amplamente distribuída nos tecidos oculares com maior retenção na córnea6 e na esclera25. As concentrações máximas no tecido26 foram encontradas em 0,5 a 1,0 hora após a administração, exceto no corpo ciliar27 - íris19, o qual levou 4,0 horas até o Tmáx. O pico de concentração do fármaco20 (Cmáx) na córnea6 foi de 6,06 μg Eq/g e na esclera25 1,73 μg Eq/g. O pico de concentração no humor aquoso13 foi de 0,22 μg Eq/mL.
Metabolismo28: Embora não foram conduzidos estudos em relação aos locais de metabolismo28 do trometamol cetorolaco de uso oftálmico, estudos da administração sistêmica mostraram que o fármaco20 é metabolizado no fígado29. Os metabólitos30 de trometamol cetorolaco são para-hidróxi-cetorolaco, metabólitos30 polares, possivelmente o conjugado glicurônico de cetorolaco, e outros componentes desconhecidos. O para-hidróxi-cetorolaco é considerado o mais fraco dos compostos relacionados tanto na atividade antiinflamatória (20% de atividade relativa ao cetorolaco) e atividade analgésica (1% de atividade relativa ao cetorolaco). O para-hidróxi-cetorolaco é considerado biologicamente inativo visto que sua concentração plasmática é de aproximadamente 100 vezes inferior a de cetorolaco após administração sistêmica.
Eliminação: Os resultados dos estudos em coelhos e macacos Cynomolgus sugerem que a maior via de eliminação do fármaco20 a partir dos olhos4 é provavelmente através do fluxo sanguíneo intra-ocular após a distribuição desde o humor aquoso13 até o corpo ciliar27 – íris19.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade anteriormente demonstrada a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 anos de idade.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gravidez31 e Lactação32
Categoria de risco na gravidez31: C.
Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Este medicamento deve ser usado durante a gravidez31 somente se o benefício potencial para a mãe justificar o risco potencial para o feto33.
Muitas drogas são excretadas pelo leite humano, portanto, deve-se ter cautela ao administrar este medicamento a mulheres que estejam amamentando.
Efeitos não-teratogênicos34: Em virtude dos reconhecidos efeitos dos fármacos inibidores de prostaglandina22 sobre o sistema cardiovascular35 fetal em ratos (fechamento do canal arterial36), o uso deste medicamento deve ser evitado durante a gravidez31 avançada.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Populações especiais
Pacientes pediátricos: A segurança e a eficácia deste medicamento não foram estabelecidas em crianças menores de 3 anos de idade.
Pacientes idosos: Não foram observadas diferenças de eficácia e segurança entre pacientes idosos e mais jovens.
Pacientes com insuficiência renal37: Não há dados de estudo específicos para esta população e portanto, não podem ser feitas recomendações específicas de dosagem.
Pacientes com insuficiência hepática38: Não há dados de estudo suficientes para essa população e portanto, não podem ser feitas recomendações específicas de dosagem.
Pacientes que utilizam lentes de contato: Este medicamento não deve ser utilizado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio39 e aguardar pelo menos 15 minutos para recolocá-las após a administração deste medicamento.
Pacientes que utilizam mais de um medicamento oftálmico: Quando mais de um colírio39 estiver sendo utilizado pelo paciente, deve ser respeitado o intervalo de pelo menos cinco minutos entre a administração dos medicamentos.
Efeitos sobre a córnea6
O uso de anti-inflamatórios não esteroidais tópicos (AINEs) pode resultar em ceratite. Em alguns pacientes suscetíveis, o uso continuado de AINEs tópicos pode resultar no rompimento do epitélio40, estreitamento da córnea6, erosão da córnea6, ulceração41 da córnea6 ou perfuração da córnea6. Estes eventos podem comprometer a visão42. Os pacientes com evidência de rompimento de epitélio40 da córnea6 devem imediatamente interromper o uso dos AINEs e devem ser cuidadosamente monitorados quanto à integridade da córnea6.
AINEs tópicos devem ser usados com cautela em pacientes que passaram por cirurgias nos olhos4 complicadas ou repetidas em um curto intervalo de tempo, que possuem denervação43 da córnea6, defeitos do epitélio40 da córnea6, diabetes mellitus44, doenças da superfície ocular (por exemplo, síndrome45 do olho9 seco) ou artrite reumatóide46.
Pacientes com esses quadros podem ter risco maior para apresentar eventos adversos na córnea6 que podem comprometer a visão42.
Experiências pós-comercialização com AINEs tópicos também sugerem que o uso por mais de 24 horas antes da cirurgia ou por mais de 14 dias após a cirurgia podem aumentar o risco do paciente para a ocorrência e severidade de eventos adversos na córnea6.
Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade
O trometamol cetorolaco não foi carcinogênico em ratos tratados com até 5 mg/kg/dia por via oral durante 24 meses (151 vezes a dose oftálmica tópica humana máxima recomendada, com base em mg/kg, assumindo-se 100% de absorção em homens e animais), nem em camundongos tratados com 2 mg/kg/dia por via oral durante 18 meses (60 vezes a dose oftálmica tópica humana recomendada, com base em mg/kg, assumindo-se 100% de absorção no homem e em animais).
O trometamol cetorolaco não foi mutagênico in vitro no teste de Ames ou nos testes de mutação47 anterógrada. Do mesmo modo, não resultou em aumento in vitro da síntese de DNA não programada ou no aumento in vivo da quebra de cromossomos48 em camundongos. Entretanto, o trometamol cetorolaco resultou em aumento de incidência49 de aberrações cromossômicas nas células50 de ovário51 do hamster chinês.
O trometamol cetorolaco não prejudicou a fertilidade quando administrado por via oral a coelhos e ratos em doses de até 109 e 303 vezes a dose oftálmica tópica humana máxima recomendada, respectivamente, com base em mg/kg, assumindo-se 100% de absorção no homem e nos animais. Quando administrado, via oral após o 17º dia de gestação, em doses até 45 vezes a dose oftálmica humana máxima recomendada, respectivamente, em mg/kg, assumindo 100% de absorção em humanos e animais, trometamol cetorolaco resulta em distocia e aumento de mortalidade52 do filhote.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não foram relatados interações de trometamol cetorolaco 0,5% com drogas tópicas ou injetáveis utilizadas em oftalmologia para pré, intra ou pós operatórios, incluindo antibióticos (por exemplo, gentamicina, tobramicina, neomicina, polimixina), sedativos (por exemplo, diazepam, hidroxizina, lorazepam, cloridrato de prometazina), mióticos, midriáticos, cicloplégicos (por exemplo, acetilcolina53, atropina, epinefrina, fisostigmina, fenilefrina, maleato de timolol), hialuronidase, anestésicos locais (por exemplo, cloridrato de bupivacaína, cloridrato de ciclopentolato, cloridrato de lidocaína, tetracaína) ou corticosteróides.
Sensibilidade cruzada
Há um potencial para sensibilidade cruzada com o ácido acetilsalicílico, derivados do ácido fenilacético e outros agentes anti-inflamatórios não esteroides. Portanto, recomenda-se cautela no uso deste medicamento em pacientes que apresentaram sensibilidade anterior a estas drogas.
Foram relatados casos de broncoespasmo54 ou exarcebação da asma55 em pacientes que possuem conhecida hipersensibilidade à anti-inflamatórios não esteroidais/aspirina ou histórico de asma55 associado ao uso deste medicamento. Recomenda-se cautela no uso deste medicamento nestes pacientes.
Sangramento
Com algumas drogas anti-inflamatórias não esteroidais, há o potencial para aumento do tempo de sangramento devido à interferência com a agregação de trombócitos56. Existem relatos que AINEs aplicados nos olhos4 podem causar aumento no sangramento de tecidos oculares (incluindo hifemas) em conjunto com cirurgias.
É recomendável que este medicamento seja usado com cautela em pacientes com conhecida tendência de sangramento ou que estão recebendo outros medicamentos que prolongam o tempo de sangramento.
Cicatrização
Todos os AINEs tópicos podem deixar mais lenta ou retardar a cicatrização (restauração de integridade do tecido26 lesado). O uso simultâneo dos AINEs tópicos e dos esteróides tópicos pode aumentar o potencial para os problemas de cicatrização.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de Conservação
Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz. O prazo de validade é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, válido por 30 dias.
Características físicas e organolépticas do produto
Este medicamento é uma solução límpida, incolor ou levemente amarelada, praticamente inodora e isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A solução já vem pronta para uso. Este medicamento é de uso oftálmico. Os pacientes devem ser orientados a não encostar a ponta do frasco nos olhos4, nos dedos e nem em outra superfície qualquer, para evitar a contaminação do frasco e do colírio39.
A dose usual é de 1 gota2 aplicada no(s) olho9(s) afetado(s), quatro vezes ao dia por até quatro dias, ou a critério médico.
REAÇÕES ADVERSAS
Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação deste medicamento. Reação comum (> 1/100 e < 1/10): hiperemia57 conjuntival, infiltrados corneanos, edema58 ocular, dor ocular.
Outras reações foram observadas durante a pós comercialização deste medicamento e podem potencialmente ocorrer: ceratite ulcerativa, secreção ocular, edema58 ocular, edema58 palpebral e hiperemia57 ocular.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Em geral, superdoses não provocam problemas agudos. Se, acidentalmente, for ingerido, oriente o paciente a beber bastante líquido para diluir e procurar orientação médica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS nº – 1.0298.0557
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP Nº 10.446
Registrado por:
CRISTÁLIA Prod. Quím. Farm. Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira - SP
CNPJ nº 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
Fabricado por:
CRISTÁLIA Prod. Quím. Farm. Ltda.
R. Dr. Tomás Sepe, 489 - Cotia - SP
CNPJ 44.734.671/0023-67
Indústria Brasileira
SAC 0800 7011918