Bula do paciente Bula do profissional

Attenze
(Bula do profissional de saúde)

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.

Atualizado em 19/07/2022

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Attenze
cloridrato de metilfenidato
Comprimidos 10 mg

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Comprimido simples
Embalagens com 30 comprimidos

USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Attenze contém:

cloridrato de metilfenidato 10 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: lactose1 monoidratada, celulose microcristalina, amido, estearilfumarato de sódio e talco.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2

INDICAÇÕES

Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)

O TDAH era anteriormente conhecido como distúrbio de déficit de atenção ou disfunção cerebral mínima. Outros termos utilizados para descrever essa síndrome3 comportamental incluem: distúrbio hipercinético, lesão4 cerebral mínima, disfunção cerebral mínima, disfunção cerebral menor e síndrome3 psicorgânica dos pacientes. O cloridrato de metilfenidato é indicado como parte de um programa de tratamento amplo que tipicamente inclui medidas psicológicas, educacionais e sociais, direcionadas a pacientes estáveis com uma síndrome3 comportamental caracterizada por distractibilidade moderada a grave, déficit de atenção, hiperatividade, labilidade emocional e impulsividade. O diagnóstico5 deve ser feito de acordo com o critério DSM-IV ou com as normas na CID-10. Os sinais6 neurológicos não localizáveis (fracos), a deficiência de aprendizado e EEG anormal podem ou não estar presentes e um diagnóstico5 de disfunção do sistema nervoso central7 pode ou não ser assegurado.

Considerações especiais sobre o diagnóstico5 de TDAH em crianças: A etiologia8 específica dessa síndrome3 é desconhecida e não há teste diagnóstico5 específico. O diagnóstico5 correto requer uma investigação médica, neuropsicológica, educacional e social. As características comumente relatadas incluem: história de déficit de atenção, distractibilidade, labilidade emocional, impulsividade, hiperatividade moderada a grave, sinais6 neurológicos menores e EEG anormal. O aprendizado pode ou não estar prejudicado. O diagnóstico5 deve ser baseado na história e avaliação completas da criança e não apenas na presença de uma ou mais dessas características. O tratamento medicamentoso não é indicado para todas as crianças com esta síndrome3. Os estimulantes não são indicados a crianças que apresentam sintomas9 secundários a fatores ambientais (em particular, crianças submetidas a maus tratos) e/ou distúrbios psiquiátricos primários, incluindo-se psicoses. Uma orientação educacional apropriada é essencial e a intervenção psicossocial é geralmente necessária. Nos locais em que medidas corretivas isoladas forem comprovadamente insuficientes, a decisão de se prescrever um estimulante deverá ser baseada na determinação rigorosa da gravidade dos sintomas9 da criança.

Considerações especiais sobre o diagnóstico5 de TDAH em adultos: A etiologia8 específica da síndrome3 é desconhecida, e não há teste de diagnóstico5 único. Adultos com TDAH têm padrões de sintomas9 caracterizados por mudança constante de atividades, tornando-se entediados facilmente, agitação, impaciência e desatenção. Sintomas9 como hiperatividade tendem a diminuir com o aumento da idade, possivelmente devido à adaptação, neurodesenvolvimento e automedicação10. Sintomas9 de desatenção são mais importantes e têm um impacto maior em adultos com TDAH. O diagnóstico5 em adultos deve incluir uma entrevista estruturada do paciente para determinar os sintomas9 atuais. A preexistência de TDAH na infância deve ser determinada retrospectivamente. O diagnóstico5 não deve ser feito apenas na presença de um ou mais sintomas9. A decisão de usar um estimulante em adultos deve ser baseada em uma avaliação completa da gravidade e cronicidade dos sintomas9 e seu impacto sobre a rotina do paciente.

Narcolepsia

Apenas o cloridrato de metilfenidato é indicado no tratamento da narcolepsia.

Os sintomas9 incluem sonolência durante o dia, episódios de sono inapropriados e ocorrência súbita de perda do tônus muscular11 voluntário.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

O cloridrato de metilfenidato tem sido usado há mais de 50 anos no tratamento de TDAH. A sua eficácia no tratamento do TDAH está bem estabelecida. Além de melhorar os sintomas9 principais do TDAH, o metilfenidato também melhora os comportamentos associados com TDAH, tais como desempenho escolar prejudicado e função social [1-5].

Estudos publicados mostram que o cloridrato de metilfenidato melhora significativamente a sonolência diurna e cataplexia12 [6-10].

Crianças com TDAH

O cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada foi avaliado em um estudo clínico randomizado13, duplo-cego, controlado por placebo14, grupo paralelo no qual 134 crianças, com idades entre 6 a 12 anos, com diagnóstico5 DSM-IV de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) receberam uma dose única de manhã de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada no intervalo de 10 a 40 mg/dia, ou placebo14, por até 2 semanas. As doses ideais estabelecidas para cada paciente foram determinadas em fase de titulação anterior à randomização [11].

A variável primária de eficácia foi a mudança da linha de base para a classificação final na escala para professores TDAH/DSM-IV (CADS-T). O CADS-T avalia sintomas9 de hiperatividade e desatenção. A análise da variável de eficácia primária mostrou uma diferença de tratamento significativa em favor do tratamento do cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada (p<0,0001). Um efeito estatisticamente significativo no tratamento para o cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada em relação ao placebo14 também foi encontrado em todas as análises dos CADS das variáveis de eficácia secundária, bem como em duas análises posthoc para os subtipos de diagnóstico5 de TDAH (tipo combinado, tipo desatento). Os resultados das análises de eficácia primária e secundária encontram-se resumidos na Tabela a seguir.

Tabela 1: Escala para professores e pais TDAH/DSM-IV, alteração da linha de base (população ITT, análises LOCF)

Cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada

Placebo14

 

n

Mudança principal 1 (SD2)

n

Mudança principal 1 (SD2)

Valor -p

Subescala CADS-T

Total

623

10,7 (15,7)

703

-2,8 (10,6)

< 0,0001

desatento

62

5,3 (8,25)

70

-1,5 (5,67)

< 0,0001

Hiperativa-impulsiva

62

5,4 (7,95)

70

-1,3 (5,93)

< 0,0001

Subescala CADS-T

Total

63

6,3 (13,5)

70

0,5 (13,55)

0,0043

desatento

63

2,8 (7,28)

70

0,2 (6,4)

0,0213

Hiperativa-impulsiva

63

3,5 (6,87)

70

0,3 (7,66)

0,0015

  1. pontuação no final do período placebo14-washout menos pontuação final
  2. desvio padrão
  3. dois pacientes (um em cada grupo de tratamento) não tiveram valores basais CADS-T, mas tiveram valores após a randomização. Eles não foram, portanto, incluídos nas descrições estatísticas.

Adultos com TDAH

O cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada foi avaliado em um estudo (RIT124D2302) randomizado13, duplo-cego, placebo14-controlado, multicêntrico, no tratamento de 725 pacientes adultos (395 homens e 330 mulheres) com diagnóstico5 de TDAH de acordo com critérios de TDAH do DSM-IV. O estudo foi projetado para [13-14]:

Confirmar o intervalo clinicamente eficaz e seguro de dose de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada para adultos (18 a 60 anos de idade) em um período de grupos paralelos de 9 semanas, duplo-cego, randomizado13, controlado por placebo14, (Período 1), constituído por uma fase de titulação de 3 semanas seguida por uma fase de dose fixa de 6 semanas (40, 60, 80 mg/dia ou placebo14). Subsequentemente, os pacientes foram reajustados para sua dose ótima de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada (40, 60 ou 80 mg /dia) durante um período de 5 semanas (Período 2).

Avaliar a manutenção do efeito de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada em adultos com TDAH em um estudo de retirada de 6 meses, duplo-cego, randomizado13 (Período 3).

A eficácia foi avaliada usando a escala de avaliação DSM-IV de TDAH (DSM-IV TDAH RS) para o controle sintomático15 e Escala de Deficiência de Sheehan (SDS) para melhoria funcional como a mudança nas pontuações totais do início até o final do primeiro período, respectivamente. Todas as doses de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada mostraram significativamente maior controle dos sintomas9 (p<0,0001 para todas as doses) em relação ao placebo14, medido por uma redução na pontuação total no DSM-IV TDAH RS. Todas as doses de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada mostraram significativa melhoria funcional (p = 0,0003 a 40 mg, p = 0,0176 a 60 mg, p<0,0001 a 80 mg), em comparação com placebo14, conforme medido pela redução na pontuação total SDS (vide tabelas abaixo).

Foi demonstrada eficácia clínica significativa em todas as doses de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada utilizando escalas médicas de classificação [Clinical Impression-Improvement (CGI-I) e Clinical Global Improvement- Severity (CGI-S) (CGI-S)], escalas de autoavaliação [Adult Self-Rating Scale (ASRS)] e escalas de classificação de observação [Conners 'Adult ADHD Rating Scale Observer Short version (CAARS O: S)]. Os resultados foram consistentemente a favor do cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada em relação ao placebo14 em todas as avaliações no Período 1.

Tabela 2: Análise de melhoria a partir do basal 1 até o fim do Período 1 na pontuação total DSM IV ADHD RS e pontuação total por tratamento / (LOCF *) SDS para o Período 1

   

cloridrato de matilfenidato cápsula de liberação modificada 40 mg

cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada 60 mg

cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada 80 mg

Placebo14

Mudança no DSM-IV TDAH RS a partir do basal

n

160

155

156

161

LS médio**

15,45

14,71

16,36

9,35

Valor p

<0,0001

<0,0001

<0,0001

 

Nível de significância

0,0167

0,0208

0,0313

 

Mudança na pontuação total SDS a partir do basal

n

151

146

148

152

LS médio

5,89

4,9

6,47

3,03

Valor p

0,0003

0,0176

<0,0001

 

Nível de significância***

0,0167

0,0208

0,0313

 

* LOCF - última observação realizada na visita final para cada paciente com dados do estudo de 6 semanas de dose fixa do Período 1,
** LS médio - Mínimos Quadrados de alterações médias no modelo de Análise de Covariância (ANCOVA) com o grupo de tratamento e centro como fatores e início pontuação total DSM-IV ADHD RS e pontuação total SDS como covariável,*** nível de significância = o nível final de dois lados de significância (alfa) para o teste seguindo o procedimento gatekeeping estendido.

A manutenção de efeito de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada foi avaliada pela medição da porcentagem de falha do tratamento com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada em comparação com o grupo do placebo14 ao fim de um período de manutenção de 6 meses (vide Tabela abaixo). Uma vez que a dose de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada foi otimizada no Período 2, cerca de 79% dos pacientes continuaram a manter o controle da doença por um período de pelo menos 6 meses (p<0,0001 vs placebo14). Uma razão de probabilidade de 0,3 sugere que pacientes tratados com placebo14 tiveram uma chance três vezes maior de apresentar uma falha no tratamento em comparação com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada.

Tabela 3: Porcentagem de falhas do tratamento durante o Período 3 

     

cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada vs placebo14

 

cloridrato de metil fenidato cápsula de liberação modificada
n=352
n (%)

Placebo14
n=115
n (%)

Razão de probabilidade
(95% IC)

Valor p*
(nível de significância**)

Falha no tratamento

75 (21,3)

57 (49,6)

0,3 (0,2; 0,4)

<0,0001 (0,0500)

Sucesso do tratamento

277 (78,7)

58 (50,4)

   

* Valor-p de dois lados baseado na comparação entre cada grupo cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada e placebo14 utilizando o modelo de regressão logística.
** Nível de significância = o nível final de dois lados de significância (alfa) para o teste seguindo o procedimento gatekeeping estendido.

Pacientes que entraram no Período 3 completaram um total de 5 a 14 semanas de tratamento com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada nos Períodos 1 e 2. Os pacientes do grupo placebo14 no Período 3 não apresentaram aumento nos sinais6 de abstinência e rebote em comparação com pacientes que continuaram o tratamento com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada.

O estudo realizado em adultos não sugere diferença na eficácia ou segurança entre os subgrupos de gênero (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

A eficácia e segurança de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada a longo prazo em pacientes adultos foi avaliada em um estudo de extensão aberto, de 26 semanas, com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada em 298 pacientes adultos com TDAH (RIT124D2302E1). Somando todos os pacientes em ambos os estudos, um total de 354 pacientes receberam cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada continuamente por mais de 6 meses e 136 pacientes, por mais de 12 meses.

O perfil de segurança de cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada não se alterou com a maior duração do tratamento em pacientes adultos com TDAH. O perfil de segurança observado no estudo RIT124D2302E1 foi similar ao observado no estudo RIT124D2302.

Nenhuma reação adversa séria inesperada ou reações adversas foram observadas nesta extensão do estudo, e as reações adversas comumente observadas eram esperadas e impulsionadas pela atividade farmacológica.

Além disso, o tratamento com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada consistentemente demonstrou eficácia clínica durante o estudo, quando utilizado escalas de autoavaliação e escalas de avaliação pelo médico (ou seja, DSM-IV TDAH RS, CGI-I e CGI-S). Os resultados foram consistentemente em favor do tratamento com cloridrato de metilfenidato em todas as avaliações. Os pacientes continuaram a apresentar melhora sintomática16 e redução no prejuízo funcional ao longo do estudo, demonstradas pela alteração média na pontuação total DSM-IV TDAH de -7,2 pontos e a variação média na pontuação total SDS, de -4,8 pontos, quando avaliado em relação à extensão do basal. [15].

Referências Bibliográficas

  1. Wilens TE & Biederman J (1992). The stimulants. Pediatric Psychopharmacol;15(1):191-222
  2. Spencer T, Biderman J, Wilens T et al. (1996). Pharmacotherapy of attention-deficit hyperactivity disorder across the life cycle. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry;35(4):409-432
  3. Swanson JM, McBurnett K, Christian DL et al. (1995). Stimulant medications and the treatment of children with ADHD. Advance in Clinical Child Psychology;17:265-322
  4. Swanson JM, McBurnett K, Wigal T et al. (1993) Effect of stimulant medication on children with attention deficit disorder: A ”Review of reviews”. Exceptional Children;60(2):154-162
  5. Greenhill LI, Halperin JM and Abikofe H (1999). Stimulant medications. Am J Acad Child Adolesc Psychiatry;38(5):503-512
  6. Wang R, Qin J, Liu X et al. (2003). Clinical and sleep EEG monitoring characteristics and long-term follow-up study on narcolepsy. Chin J Pediatr;41(1):11-13
  7. Francisco GE and Ivanhoe CB (1996). Successful treatment of post-traumatic narcolepsy with methylphenidate. A case report. Am J Phys Med Rehabil;75:63-65
  8. Mitler MM, Shafor R, Hajdukovich R et al. (1986) Treatment of narcolepsy: objective studies on methylphenidate, pemoline and protriptyline. Sleep;9(1):260-264
  9. Honda Y, Hishikawa Y and Takahashi Y (1979). Long-term treatment of narcolepsy with methyphenidate (Ritalin®).
  10. Current Ther Res;26(2):288-298
  11. Daly DD and Yoss RE (1956). The treatment of narcolepsy with methyl phenylpiperidylacetate: a preliminary report. Staff Meetings of the Mayo Clinic;31(23):620-626
  12. Yoss RE and Daly D (1959).Treatment of narcolepsy with Ritalin. Neurology 171-17312. Protocol 07 (2000) A multicenter, double-blind, randomized, placebo14-controlled, parallel-group, evaluation of the safety and efficacy of a modified-release oral dosage form of methylphenidate-HCl (Ritalin-QD) in children with ADHD. Novartis Pharmaceuticals Corp., East Hanover, USA. 08 Nov 00. (dados em arquivo)
  13. Ritalin LA. Clinical Overview for adult ADHD patients. Novartis. 29-Nov-2012 (dados em arquivo)
  14. Ritalin LA. Summary of Clinical Efficacy for adult ADHD patients. Novartis. 26-Nov 2012 (dados em arquivo)
  15. Ritalin LA. Clinical Overview of long term safety and efficacy in attention-deficit/hyperactivity disorder in adults. Novartis. 20-Aug-2013 (dados em arquivo)

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo farmacoterapêutico: psicoestimulante. Código ATC: NO6B AO4.

Mecanismo de ação/ farmacodinâmica

O cloridrato de metilfenidato é um composto racêmico17 que consiste de uma mistura 1:1 de d-metilfenidato e l-metilfenidato. O cloridrato de metilfenidato é um fraco estimulante do sistema nervoso central7, com efeitos mais evidentes sobre as atividades mentais do que nas ações motoras. Seu mecanismo de ação no homem ainda não foi completamente elucidado, mas acredita-se que seu efeito estimulante seja devido a uma inibição da recaptação de dopamina18 no estriado, sem disparar a liberação de dopamina18.

O mecanismo pelo qual o cloridrato de metilfenidato exerce seus efeitos psíquicos e comportamentais em crianças não está claramente estabelecido, nem há evidência conclusiva que demonstre como esses efeitos se relacionam com a condição do sistema nervoso central7.

O l-enantiômero parece ser farmacologicamente inativo.

O efeito do tratamento com 40 mg de cloridrato de dexmetilfenidato, o d-enantiômero farmacologicamente ativo de cloridrato de metilfenidato no intervalo QT/QTc foi avaliado em um estudo com 75 voluntários sadios. O prolongamento máximo significativo dos intervalos QTcF foi < 5 ms, e o limite superior no intervalo de confiança de 90% foi inferior a 10 ms para todas as comparações de tempo versus o placebo14. Este é inferior ao limiar de preocupação clínica e nenhuma relação de resposta à exposição foi evidente.

Farmacocinética

Absorção

Comprimidos: após administração oral, a substância ativa (cloridrato de metilfenidato) é rápida e quase completamente absorvida. Pelo extenso metabolismo19 de primeira passagem, sua biodisponibilidade absoluta foi de 22±8% para o d- enantiômero e 5±3% para o l-enantiômero. A ingestão junto com alimentos não tem efeitos relevantes na absorção. Concentrações plasmáticas máximas de aproximadamente 40 nmol/L (11 ng/mL) são obtidas em média 1 a 2 horas após a administração. As concentrações plasmáticas máximas variam acentuadamente entre os pacientes. A área sob a curva de concentração plasmática (ASC) e a concentração plasmática máxima (Cmáx) são proporcionais à dose.

Distribuição

No sangue20, o metilfenidato e seus metabólitos21 são distribuídos entre o plasma22 (57%) e os eritrócitos23 (43%). A ligação com as proteínas24 plasmáticas é baixa (10 a 33%). O volume de distribuição foi 2,65±1,11 L/kg para d-metilfenidato e 1,80±0,91 L/kg para l-metilfenidato.
A excreção de metilfenidato no leite materno foi observada em dois casos relatados onde a dose relativa infantil calculada foi ≤ 0,2% do peso ajustado à dose materna. Eventos adversos não foram observados em crianças (de 6 meses a 11 meses de idade).

Biotransformação/metabolismo19

A biotransformação do metilfenidato pela carboxilesterase CES1A1 é rápida e extensiva. As concentrações plasmáticas máximas do principal metabólito25 diesterificado, o ácido alfa-fenil-2-piperidino acético (ácido ritalínico), são atingidas aproximadamente 2 horas após a administração e são 30 a 50 vezes mais altas do que as da substância inalterada. A meia- vida do ácido alfa-fenil-2-piperidino acético é cerca de duas vezes a do metilfenidato e seu clearance (depuração) sistêmico26 médio é de 0,17 L/h/kg. Apenas pequenas quantidades dos metabólitos21 hidroxilados (ex.: hidroximetilfenidato e ácido hidroxirritalínico) são detectáveis. A atividade terapêutica27 parece ser exercida principalmente pelo composto precursor.

Eliminação

O metilfenidato é eliminado do plasma22 com meia-vida média de 2 horas. O clearance (depuração) sistêmico26 é 0,40±0,12 L/h/kg para d-metilfenidato e 0,73±0,28 L/h/kg para l-metilfenidato. Após a administração oral, 78 a 97% da dose administrada é excretada pela urina28 e 1 a 3% pelas fezes sob a forma de metabólitos21, em 48 a 96 horas. Apenas pequenas quantidades (<1%) de metilfenidato inalterado aparecem na urina28. A maior parte da dose é excretada na urina28 como ácido alfa-fenil-2-piperidino acético (60-86%).

Populações especiais

Efeito da idade: não há diferenças aparentes na farmacocinética do metilfenidato entre crianças hiperativas e voluntários adultos sadios.

Pacientes com insuficiência renal29: dados de eliminação de pacientes com função renal30 normal sugerem que a excreção renal30 do metilfenidato inalterado dificilmente seria diminuída na presença de redução da função renal30. Entretanto, a excreção renal30 do metabólito25 ácido alfa-fenil-2-piperidino acético pode ser reduzida.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade31 reprodutiva: Fertilidade: O metilfenidato não alterou a fertilidade de camundongos machos ou fêmeas que foram alimentados com dietas contendo o medicamento em um estudo de 18 semanas contínuas de reprodução32. O estudo foi conduzido em duas gerações de camundongos que receberam doses de até 160 mg/kg/dia de metilfenidato de forma contínua (cerca de 90 vezes maior do que a MRHD em mg/kg).

Carcinogenicidade: Em um estudo de carcinogenicidade ao longo da vida realizado em camundongos B6C3F1, o metilfenidato causou um aumento de adenomas hepatocelulares (tumor33 benigno) e, somente em machos, levou a um aumento de hepatoblastomas (tumor33 maligno) em doses diárias de aproximadamente 60 mg/kg/dia, cerca de 35 vezes maior do que a dose máxima recomendada a humanos (MRHD) em mg/kg. Hepatoblastoma é um tipo de tumor33 maligno relativamente raro em roedor. Não houve um aumento generalizado no número de tumores hepáticos malignos. A cepa34 de camundongo utilizada é particularmente sensível ao desenvolvimento de tumores hepáticos. Pensa-se que os hepatoblastomas podem ser devido a mecanismos não genotóxicos, tais como aumento na proliferação de células35 hepáticas36. Isto é consistente com o aumento do peso do fígado37 observado neste estudo de carcinogenicidade em ratos.
O metilfenidato não causou qualquer aumento de tumores durante o estudo F344 de carcinogenicidade realizado em ratos; a dose mais elevada utilizada foi de aproximadamente 45 mg/kg/dia (cerca de 26 vezes maior do que a MRHD em mg/kg).

Genotoxicidade: Em um estudo com metilfenidato in vitro com uma cultura de células35 ovarianas de hamsters chineses observou-se um aumento nas aberrações cromossômicas e na troca das cromátides-irmãs. No entanto, não se observou efeito de genotoxicidade em vários outros estudos, incluindo efeitos mutagênicos em três testes in vitro (teste de mutação38 reversa de Ames, teste de mutação38 progressiva de linfomas de camundongos, teste de aberração cromossômica de linfócitos humanos) e não houve evidência de efeitos clastogênicos ou aneugênicos em dois estudos in vivo de micronúcleo da medula óssea39 de camundongo, com doses superiores a 250 mg/kg. Foram usados em um destes estudos ratos B6C3F1 da mesma cepa34 que apresentou tumores hepáticos no bioensaio de câncer40. Além disso, não houve potencial genotóxico como avaliado pela medição de mutações cII no fígado37 e nos micronúcleos em reticulócitos periféricos em ratos Big Blue, de micronúcleos em reticulócitos sanguíneo periférico, mutações HPRT e aberrações cromossômicas em linfócitos sanguíneos periféricos de macacos rhesus, mutações no locus pig-A em ratos adolescentes, frequência de reticulócitos de micronúcleos no sangue20 e danos no DNA nas células35 do sangue20, cérebro41 e fígado37 de ratos machos adultos tratados durante 28 dias consecutivos, e através da medição de micronúcleos em eritrócitos23 sanguíneos periféricos de ratos.

Toxicidade31 juvenil: Em um estudo convencional conduzido em ratos jovens, o metilfenidato foi administrado por via oral em doses de até 100 mg/kg/dia durante 9 semanas, começando no início do período pós-natal (dia 7 após o nascimento) e continuando até a maturidade sexual (semana 10 pós-natal). Quando os animais foram testados quando adultos (13-14 semanas pós-natal), foi observada uma diminuição da atividade locomotora espontânea em machos e fêmeas tratados previamente com 50 mg/kg/dia ou mais, e um déficit na aquisição de uma tarefa de aprendizagem especifica foi observado em fêmeas expostas a uma dose mais elevada de 100 mg/kg/dia (cerca de 58 vezes maior que a MRHD em mg/kg). A relevância clínica destas descobertas é desconhecida.

CONTRA-INDICAÇÕES

O cloridrato de metilfenidato é contraindicado para pacientes42 com:

  • Hipersensibilidade ao metilfenidato ou a qualquer excipiente;
  • Ansiedade, tensão;
  • Agitação;
  • Hipertireoidismo43;
  • Distúrbios cardiovasculares preexistentes incluindo hipertensão44 grave, angina45, doença arterial oclusiva, insuficiência cardíaca46, doença cardíaca congênita47 hemodinamicamente significativa, cardiomiopatias, infarto do miocárdio48, arritmias49 que potencialmente ameaçam a vida e canalopatias (distúrbios causados por disfunção dos canais iônicos);
  • Durante tratamento com inibidores de monoamino oxidase (MAO50), ou dentro de no mínimo 2 semanas de descontinuação do tratamento, devido ao risco de crises hipertensivas (vide item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);
  • Glaucoma51;
  • Feocromocitoma52;
  • Diagnóstico5 ou história familiar de síndrome3 de Tourette.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Geral

O tratamento com cloridrato de metilfenidato não é indicado em todos os casos de TDAH e deve ser considerado somente

após levantamento detalhado da história e avaliação do paciente. A decisão de prescrever cloridrato de metilfenidato deve depender da determinação da gravidade dos sintomas9 e, em pacientes pediátricos, de sua adequação à idade da criança, não considerando somente a presença de uma ou mais características anormais de comportamento. Onde estes sintomas9 estiverem associados a reações de estresse agudo53, o tratamento com cloridrato de metilfenidato usualmente não é indicado.

Cardiovascular

Anormalidades cardíacas estruturais preexistentes ou outros problemas cardíacos graves: morte súbita foi relatada associada ao uso de estimulantes do sistema nervoso central7 em doses usuais em pacientes com anormalidades estruturais cardíacas ou outros problemas graves. Uma relação causal com medicamentos estimulantes não foi estabelecida, uma vez que algumas dessas condições por si só podem levar a um maior risco de morte súbita.
Estimulantes, incluindo o cloridrato de metilfenidato geralmente não devem ser usados em pacientes com anormalidades estruturais cardíacas conhecidas ou outros distúrbios cardíacos graves que possam elevar o risco de morte súbita devido aos efeitos simpatomiméticos de um fármaco54 estimulante. Antes de iniciar o tratamento com o cloridrato de metilfenidato os pacientes devem ser avaliados quanto aos distúrbios cardiovasculares pré-existentes e ao histórico familiar de morte súbita e arritmias49 ventriculares (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Condições cardiovasculares: o cloridrato de metilfenidato é contraindicado em pacientes com hipertensão44 grave. O cloridrato de metilfenidato aumenta o batimento cardíaco e a pressão sanguínea sistólica e diastólica. Portanto, requer-se cautela no tratamento de pacientes cujas condições médicas submetidas possam estar conciliadas com o aumento da pressão sanguínea ou batimento cardíaco, por exemplo, àqueles com hipertensão44 preexistente. Distúrbios cardiovasculares graves são contraindicados (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES). A pressão sanguínea deve ser monitorada em intervalos apropriados em todos os pacientes que recebem o cloridrato de metilfenidato, especialmente aqueles com hipertensão44. Pacientes que desenvolverem sintomas9 sugestivos de doença cardíaca durante o tratamento com o cloridrato de metilfenidato devem ser submetidos a uma avaliação cardíaca imediata.

Abuso e eventos cardiovasculares: o abuso de estimulantes do sistema nervoso central7, incluindo o cloridrato de metilfenidato, pode estar associado com morte súbita e outros eventos adversos cardiovasculares sérios.

Cerebrovascular

Condições cerebrovasculares: pacientes com anormalidades no sistema nervoso central7 (SNC55) pré-existentes, por exemplo, aneurisma56 cerebral e/ou outras anormalidades vasculares57 como vasculite58 ou acidente vascular cerebral59 pré- existente, não devem ser tratados com o cloridrato de metilfenidato. Pacientes com fatores de risco adicionais (histórico de doença cardiovascular, uso concomitante de medicamentos que elevam a pressão sanguínea) devem ser avaliados regularmente em relação aos sinais6 e sintomas9 neurológicos/psiquiátricos após o início do tratamento com o cloridrato de metilfenidato (vide acima, parágrafo sobre “Condições cardiovasculares”, e o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Psiquiátrico

Comorbidade60 de distúrbios psiquiátricos em TDAH é comum e deve ser considerada na prescrição de estimulantes.

Antes de iniciar o tratamento com o cloridrato de metilfenidato, os pacientes devem ser avaliados quanto aos distúrbios psiquiátricos preexistentes e ao histórico familiar de distúrbios psiquiátricos (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).

O tratamento do TDAH com estimulantes, incluindo o cloridrato de metilfenidato, não deve ser iniciado em pacientes com psicoses agudas, mania aguda ou tendência suicida aguda. Estas condições agudas devem ser tratadas e controladas antes de se considerar o tratamento para TDAH.

Em casos de sintomas9 psiquiátricos emergentes ou exacerbação dos sintomas9 psiquiátricos preexistentes, o cloridrato de metilfenidato não deve ser administrado ao paciente a menos que o benefício supere o potencial de risco.

Sintomas9 psicóticos: sintomas9 psicóticos, incluindo alucinações61 visuais e táteis ou mania foram relatados em pacientes que receberam doses usuais prescritas de estimulantes, incluindo o cloridrato de metilfenidato (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Os médicos devem considerar a descontinuação do tratamento.

Comportamento agressivo: agressividade emergente ou uma exacerbação da agressividade normal foram relatadas durante a terapia com estimulantes, incluindo o cloridrato de metilfenidato. Os médicos devem avaliar a necessidade do ajuste da posologia de tratamento em pacientes que apresentam estas mudanças comportamentais, tendo em mente que titulações de dose para cima ou para baixo podem ser apropriadas. A interrupção do tratamento pode ser considerada.

Tendência suicida: pacientes e cuidadores devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar o agravamento clínico, comportamento ou pensamentos suicidas ou alterações incomuns no comportamento e procurar aconselhamento médico imediatamente se esses sintomas9 aparecerem. O médico deve iniciar o tratamento apropriado da condição psiquiátrica básica e considerar a possibilidade da mudança do esquema de tratamento de TDAH.

Tiques: o cloridrato de metilfenidato está associado ao aparecimento ou exacerbação de tiques motores ou verbais. A piora da síndrome3 de Tourette também foi relatada (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Antes do uso de metilfenidato para tratamento da TDAH, deve-se observar o histórico familiar e realizar uma avaliação clínica dos tiques ou síndrome3 de Tourette em pacientes. O cloridrato de metilfenidato é contraindicado em caso de diagnóstico5 ou história familiar de síndrome3 de Tourette (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES). Os pacientes devem ser regularmente monitorados em caso de emergência62 ou piora dos tiques durante o tratamento com o cloridrato de metilfenidato.

Síndrome Serotoninérgica63: foi relatada síndrome serotoninérgica63 quando o metilfenidato foi coadministrado com fármacos serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina (IRSNs). O uso concomitante de metilfenidato e fármacos serotoninérgicos não é recomendado, uma vez que pode levar ao desenvolvimento de síndrome serotoninérgica63. Os sintomas9 da síndrome serotoninérgica63 podem incluir alterações do estado mental (por exemplo, agitação, alucinações61, delirium64 e coma65), instabilidade autonômica (por exemplo, taquicardia66, pressão sanguínea lábil, tontura67, diaforese68, rubor, hipertermia), sintomas9 neuromusculares (por exemplo, tremores, rigidez, mioclonia69, hiperreflexia70, incoordenação), convulsões e/ou sintomas9 gastrintestinais (por exemplo, náuseas71, vômitos72 e diarreias). O reconhecimento imediato destes sintomas9 é importante para que o tratamento com metilfenidato e fármacos serotoninérgicos possa ser imediatamente descontinuado e instituído um tratamento adequado (vide item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Priapismo73

Foram notificadas ereções prolongadas e dolorosas, que por vezes requerem intervenções cirúrgicas, com medicamentos contendo metilfenidato tanto em pacientes adultos como pediátricos. O priapismo73 se desenvolveu geralmente após algum tempo sob a droga, geralmente subsequentes a um aumento de dose. O priapismo73 também foi relatado durante um período de retirada de dose (férias medicamentosas ou durante descontinuação). Pacientes que desenvolvem ereções anormais ou frequentes e dolorosas, devem procurar atendimento médico imediato.

Retardo do crescimento

Tem sido relatada uma moderada redução no ganho de peso e um leve retardo no crescimento com o uso prolongado de estimulantes, incluindo o cloridrato de metilfenidato, em crianças (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). O crescimento deve ser monitorado de acordo com a necessidade clínica durante o tratamento com o cloridrato de metilfenidato e pacientes que não estão crescendo, ganhando altura ou peso como o esperado, podem ter a necessidade de interrupção do tratamento.

Convulsões

O cloridrato de metilfenidato deve ser usado com cautela em pacientes com epilepsia74, já que a experiência clínica tem demonstrado que o medicamento pode causar um leve aumento na frequência das crises, em alguns destes pacientes. Se a frequência das crises aumentar, o cloridrato de metilfenidato deve ser descontinuado.

Abuso do medicamento e dependência

O abuso crônico75 de cloridrato de metilfenidato pode conduzir à tolerância acentuada e dependência psicológica em graus variados de comportamentos anormais. Episódios de psicose76 franca podem ocorrer, especialmente com o abuso por via parenteral. Os dados clínicos indicam que as crianças que receberam o cloridrato de metilfenidato não possuem maior probabilidade de dependência de medicamentos em relação aos adolescentes ou adultos.

Recomenda-se cautela em pacientes emocionalmente instáveis, tais como aqueles com história de dependência à drogas ou alcoolismo, pois eles podem aumentar a dose por iniciativa própria.

Descontinuação

É necessária supervisão cuidadosa durante a retirada do fármaco54, uma vez que isso pode precipitar depressão, assim como consequências de hiperatividade crônica. O acompanhamento a longo prazo pode ser necessário em alguns pacientes.

Efeitos hematológicos

Os dados de segurança e eficácia a longo prazo do cloridrato de metilfenidato não são completamente conhecidos. Consequentemente, os pacientes que necessitam de terapia a longo prazo devem ser cuidadosamente monitorados e submetidos, periodicamente, à contagem completa e diferencial de células sanguíneas77 e de plaquetas78. No caso de distúrbios hematológicos, deve-se considerar uma intervenção médica apropriada (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS).

Populações especiais

Pacientes pediátricos (abaixo de 6 anos): O cloridrato de metilfenidato não deve ser utilizada em crianças com menos de 6 anos de idade, uma vez que a segurança e a eficácia nessa faixa etária não foram estabelecidas.

Gravidez79, lactação80, homens e mulheres com potencial reprodutivo

Gravidez79

Sumário de risco: Não existe experiência suficiente com o uso de metilfenidato em mulheres grávidas. O cloridrato de metilfenidato não deve ser administrado a gestantes, a menos que o benefício potencial supere o risco ao feto81. O metilfenidato é potencialmente teratogênico82 em coelhos.

Este medicamento pertence à categoria C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais83 no feto81, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez79.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Dados em animais: O metilfenidato é considerado possivelmente teratogênico82 em coelhos. Espinha bífida84 com má rotação nos membros posteriores foi observada em duas diferentes ninhadas em que foi administrada dose de 200 mg/kg/dia. A exposição (ASC) nesta dose foi aproximadamente 5,1 vezes maior do que a exposição extrapolada da dose máxima recomendada humana (MRHD). Em exposição a uma dose inferior seguinte, de 0,7 vezes a exposição extrapolada da MRHD, não foi encontrada espinha bífida84. Um segundo estudo foi conduzido com uma dose alta de 300 mg/kg, o qual foi considerado maternalmente tóxico. Nenhuma espinha bífida84 foi verificada em 12 ninhadas (92 fetos) sobreviventes. A exposição (ASC) a 300 mg/kg foi de 7,5 vezes a exposição extrapolada na MRHD.

O metilfenidato não é teratogênico82 em ratos. Toxicidade31 no desenvolvimento fetal foi observada em uma dose alta de 75 mg/kg [20,9 vezes maior que a exposição (ASC) na MRHD] e consistiu de um aumento em instância de fetos com ossificação retardada do crânio85 e do hioide tão bem quanto de fetos com a costela supernumerária curta.

Quando o metilfenidato foi administrado em ratos durante a gravidez79 e lactação80, em doses de até 45 mg/kg/dia (cerca de 26 vezes maior do que a MRHD em mg/kg), o ganho de peso corporal da prole foi diminuído com a dose mais elevada, mas não foram observados outros efeitos sobre o desenvolvimento pós-natal.

Lactação80

Sumário de risco: Relatos de casos demonstraram que o metilfenidato foi distribuído no leite materno atingindo uma razão leite/plasma22 de aproximadamente 2,5 (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Uma decisão deve ser tomada a respeito da interrupção da amamentação86 ou do tratamento com o cloridrato de metilfenidato levando em conta o benefício da amamentação86 para a criança e o benefício da terapia para a mulher.

Homens e mulheres com potencial reprodutivo

Não existem dados para apoiar as recomendações especiais para mulheres com potencial para engravidar.

Infertilidade87

Não existem dados disponíveis sobre o efeito do metilfenidato na fertilidade em humanos. O metilfenidato não alterou a fertilidade em camundongos machos ou fêmeas (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Dados de segurança pré-clínicos).

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

O cloridrato de metilfenidato pode causar tontura67, sonolência, visão88 embaçada, alucinações61 ou outros efeitos adversos do SNC55 (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). Os pacientes que apresentarem esses efeitos devem evitar dirigir, operar máquinas ou envolver-se em outras atividades de risco.

Este medicamento pode causar doping.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações farmacodinâmicas

Medicamentos anti-hipertensivos: O cloridrato de metilfenidato pode diminuir a efetividade do medicamento utilizado para o tratamento da hipertensão44.

Uso com medicamentos que elevam a pressão sanguínea: O cloridrato de metilfenidato deve ser utilizado com cautela em pacientes tratados com medicamentos que aumentam a pressão sanguínea (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Condições cerebrovasculares).
Devido à possibilidade de crises hipertensivas, o cloridrato de metilfenidato é contraindicado em pacientes tratados (atualmente ou que já fazem uso há 2 semanas) com inibidores da MAO50 (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES).

Uso com álcool: O álcool pode exacerbar os efeitos adversos de fármacos psicoativos no SNC55, inclusive de cloridrato de metilfenidato. É, portanto, recomendável que os pacientes se abstenham de álcool durante o tratamento.

Uso com anestésicos: Há o risco de aumento repentino na pressão sanguínea e frequência cardíaca durante cirurgias. Se uma cirurgia está planejada, o cloridrato de metilfenidato não deve ser tomado no dia da cirurgia.

Uso com agonistas alfa-2 de ação central (ex.: clonidina): Eventos adversos sérios incluindo morte súbita foram relatados no uso concomitante com clonidina, apesar de não haver relações causais estabelecidas com a combinação.

Uso com medicamentos dopaminérgicos: Como um inibidor da recaptação da dopamina18, o cloridrato de metilfenidato pode estar associado com interações farmacodinâmicas quando coadministrado com agonistas dopaminérgicos diretos e indiretos (incluindo DOPA e antidepressivos tricíclicos) assim como os antagonistas dopaminérgicos (antipsicóticos, por ex.: haloperidol). A coadministração de cloridrato de metilfenidato com antipsicóticos não é recomendada devido ao mecanismo de ação contrário.

Uso de fármacos serotoninérgicos: O uso concomitante de metilfenidato e fármacos serotoninérgicos não é recomendado, uma vez que pode levar ao desenvolvimento da síndrome serotoninérgica63 (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Foi demonstrado que metilfenidato aumenta a serotonina e norepinefrina extracelular e aparenta ter um fraco potencial de ligação em transportadores de serotonina.

Interações farmacocinéticas

O cloridrato de metilfenidato não é metabolizado pelo citocromo P450 em extensão clinicamente relevante. Não se espera que indutores ou inibidores do citocromo P450 tenham qualquer impacto importante na farmacocinética do cloridrato de metilfenidato. Inversamente, o d- e l-enantiômeros do metilfenidato no cloridrato de metilfenidato não inibem de forma relevante o citocromo P450 1A2, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 ou 3A.

A coadministração de cloridrato de metilfenidato não aumenta a concentração plasmática do substrato da desipramina CYP2D6.

Estudos de caso sugerem um potencial de interação de cloridrato de metilfenidato com anticoagulantes89 cumarínicos, alguns anticonvulsivantes (ex.: fenobarbital, fenitoína, primidona), fenilbutazona e antidepressivos tricíclicos, mas as interações farmacocinéticas não foram confirmadas quando maiores quantidades de amostras foram analisadas. Pode ser necessária a redução da dose desses medicamentos.

Uma interação com o anticoagulante90 etilbiscoumacetato em 4 pacientes não foi confirmada em um estudo subsequente com uma amostra maior (n=12).

Não foram realizados outros estudos de interações específicas medicamento-medicamento com o cloridrato de metilfenidato in vivo.

Testes laboratoriais/fármacos

O metilfenidato pode induzir a resultados falso-positivos de testes laboratoriais para anfetaminas, particularmente com testes de imunoensaio por triagem.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da umidade. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

Comprimido branco a quase branco, circular, com vinco em uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

Recomendações gerais: Os comprimidos podem ser tomados com ou sem alimentos (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Posologia

A dose de cloridrato de metilfenidato deve ser individualizada de acordo com as necessidades e respostas clínicas dos pacientes.

No tratamento do TDAH, procura-se adaptar a administração do medicamento aos períodos de maiores dificuldades escolares, comportamentais ou sociais para o paciente.

O tratamento com cloridrato de metilfenidato deve ser iniciado com doses menores, com incrementos em intervalos semanais.

Doses diárias acima de 60 mg não são recomendadas para o tratamento da narcolepsia ou do TDAH em crianças. Doses diárias acima de 80 mg não são recomendadas para o tratamento de TDAH em adultos.

Se não for observada melhora dos sintomas9 posterior à titulação da dose após o período de um mês, o medicamento deve ser descontinuado.

Se os sintomas9 se agravarem ou ocorrerem outras reações adversas, a dose deverá ser reduzida ou, se necessário, pode-se descontinuar o medicamento.

Se o efeito do medicamento se dissipar muito cedo ao cair da noite, poderá ocorrer um retorno dos distúrbios comportamentais e/ou dificuldade para dormir. Uma pequena dose do comprimido de cloridrato de metilfenidato, ao anoitecer, poderá ajudar a resolver o problema.

Avaliação pré-tratamento: Antes de iniciar o tratamento com cloridrato de metilfenidato, os pacientes devem ser avaliados quanto aos distúrbios cardiovasculares e psiquiátricos preexistentes e ao histórico familiar de morte súbita, arritmias49 ventriculares e distúrbios psiquiátricos.

Peso e altura também devem ser medidos antes de iniciar o tratamento e documentados em um gráfico de crescimento (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES e item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Avaliação periódica do tratamento de TDAH: O tratamento medicamentoso não precisa ser indefinido. O médico deve periodicamente reavaliar o tratamento em períodos sem a medicação para avaliar o funcionamento do paciente sem a farmacoterapia. A melhora pode ser mantida, quando o fármaco54 é descontinuado temporária ou permanentemente.

Quando usado em crianças com TDAH, o tratamento pode, geralmente, ser descontinuado durante ou após a puberdade.

TDAH:

Crianças e adolescentes (6 anos de idade ou acima): Comprimidos: iniciar com 5 mg, 1 ou 2 vezes ao dia (por ex.: no café da manhã e no almoço), com incrementos semanais de 5 a 10 mg. A dose diária total deve ser administrada em doses divididas. Uma dose diária máxima de 60 mg não deve ser excedida.

Adultos: Uma dose diária máxima de 80 mg não deve ser excedida. Não é recomendada nenhuma diferença na dosagem entre pacientes adultos do sexo feminino e masculino (vide item 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA).

Narcolepsia:

Apenas cloridrato de metilfenidato comprimido é aprovado no tratamento da narcolepsia em adultos. A dose média diária é de 20 a 30 mg, administrada em 2 a 3 doses divididas.

Alguns pacientes podem necessitar de 40 a 60 mg diários, enquanto para outros, 10 a 15 mg diários serão adequados.

Em pacientes com dificuldade para dormir, se a medicação for administrada ao final do dia, devem tomar a última dose antes das 18 horas.

Uma dose diária máxima de 60 mg não deve ser excedida.

Populações especiais

Insuficiência renal29Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência renal29 (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Insuficiência hepática91Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência hepática91 (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Pacientes geriátricos (65 anos ou mais): Não foram realizados estudos em pacientes com mais de 60 anos de idade (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS

O nervosismo e a insônia são reações adversas muito comuns que ocorrem no início do tratamento com cloridrato de metilfenidato, mas podem usualmente ser controladas pela redução da dose e/ou pela omissão da dose da tarde ou da noite. A diminuição de apetite é também muito comum, mas geralmente transitória. Dor abdominal, náusea92 e vômito93 são comuns a muito comuns, ocorrendo usualmente no início do tratamento e podem ser aliviadas pela alimentação concomitante.

Tabulação das reações adversas

As reações adversas (Tabela 5) estão classificadas pelo sistema de classe de órgão MedDRA. Dentro de cada sistema de classe de órgão as reações adversas estão relacionadas pela frequência, iniciando-se pelas mais frequentes. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Adicionalmente, a categoria de frequência correspondente de cada reação adversa está baseada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comuns ≥ 1/10; comuns ≥ 1/100 a < 1/10; incomuns ≥ 1/1000 a < 1/100; raras ≥ 1/10000 a < 1/1000; muito raras < 1/10000.

Tabela 5: Reações adversas relatadas com o uso de cloridrato de metilfenidato em estudos clínicos, relatos espontâneos e na literatura 

Infecções94 e infestações

Muito comum

Nasofaringite*.

Distúrbios do sangue20 e sistema linfático95

Muito raras

Leucopenia96, trombocitopenia97, anemia98

Distúrbios do sistema imunológico99

Muito raras

Reações de hipersensibilidade, incluindo angioedema100 e anafilaxia101.

Distúrbios do metabolismo19 e nutrição102

Muito comum

Diminuição do apetite**.

Rara

Redução moderada do ganho de peso durante uso prolongado em crianças.

Distúrbios psiquiátricos

Muito comuns

Nervosismo, insônia.

Comuns

Ansiedade*, inquietação*, distúrbio do sono*, agitação*, depressão, agressão, bruxismo.

Muito raras

Hiperatividade, psicose76 (algumas vezes com alucinações61 visuais e táteis), humor depressivo transitório.

Distúrbios do sistema nervoso103

Comuns

Discinesia, tremor*, cefaleia104, sonolência, tontura67

Muito raras

Convulsões, movimentos coreoatetoides, tiques ou exacerbação de tiques preexistentes e síndrome3 de Tourette, distúrbios cerebrovasculares incluindo vasculite58, hemorragias105 cerebrais e acidentes cerebrovasculares.

Distúrbios visuais

Raras

Dificuldades de acomodação da visão88 e visão88 embaçada.

Distúrbios cardíacos

Comuns

Taquicardia66, palpitação106, arritmias49, alterações da pressão arterial107 e do ritmo cardíaco (geralmente aumentado).

Rara

Angina45 pectoris.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Comum

Tosse*.

Distúrbios gastrintestinais

Muito comuns

Náusea92**, boca108 seca**.

Comuns

Dor abdominal, vômito93, dispepsia109*, dor de dente110*.

Distúrbios hepatobiliares111

Muito raras

Função hepática112 anormal, estendendo-se desde um aumento de transaminase até um coma65 hepático.

Distúrbios da pele113 e tecidos subcutâneos

Comuns

Rash114 (erupção115 cutânea116), prurido117, urticária118, febre119, queda de cabelo120, hiperidrose121*.

Muito raras

Púrpura122 trombocitopênica, dermatite123 esfoliativa e eritema multiforme124.

Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e conjuntivo

Comum

Artralgia125

Incomum

Trismo*

Muito raras

Cãibras musculares.

Distúrbios gerais e reações no local da administração

Comum

Sentir-se nervoso*.

Rara

Leve retardamento do crescimento durante o uso prolongado em crianças.

Laboratorial

Comum

Diminuição do peso*.

Distúrbios vasculares57

Comuns

Fenômeno de Raynaud**, sensação de frio em extremidades do corpo**.

*Reações adversas relatadas em estudos clínicos realizados com cloridrato de metilfenidato cápsula de liberação modificada em pacientes adultos para o tratamento para TDAH.

**A frequência relatada das reações adversas foi baseada na frequência observada em estudos clínicos em pacientes adultos para o tratamento de TDAH que foi maior do que relatado anteriormente em crianças.

Há relatos muito raros de síndrome3 neuroléptica maligna (SNM) fracamente documentada. Na maioria destes relatos, os pacientes estavam também recebendo outros medicamentos. O papel do cloridrato de metilfenidato nestes casos é incerto.

Reações adversas a partir de relatos espontâneos e casos de literatura (frequência desconhecida)

As seguintes reações adversas foram derivadas da experiência pós-comercialização com cloridrato de metilfenidato através de relatos de casos espontâneos e casos publicados na literatura. Uma vez que estas reações são voluntariamente relatadas a partir de uma população de tamanho incerto, não é possível estimar de uma forma confiável a sua frequência, que é, portanto, classificada como desconhecida. As reações adversas ao medicamento são listadas de acordo com o sistema de classe de órgão no MedDRA. Dentro de cada sistema de classe de órgão, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade.

Tabela 6 – Reações adversas a partir de relatos espontâneos e literatura (frequência desconhecida)

Distúrbios do sistema reprodutor e mama126

Priapismo73

Distúrbios psiquiátricos

Disfemia, ideação ou tentativa suicida (incluindo suicídio completo)

Distúrbios renais e urinários

Enurese127

Reações adversas adicionais relatadas com outros produtos contendo metilfenidato

A lista abaixo mostra reações adversas não listadas para cloridrato de metilfenidato (vide Tabela 5) que foram relatadas com outros produtos contendo metilfenidato, baseado em dados de estudos clínicos e relatos espontâneos na pós-comercialização:

Distúrbios hematológicos e linfáticos: pancitopenia128.

Distúrbios do sistema imunológico99: reações de hipersensibilidade como edema129 auricular.

Distúrbios psiquiátricos: irritabilidade, agressividade, instabilidade emocional, comportamento ou pensamento anormais, raiva130, humor alterado, flutuações do humor, hipervigilância, mania, desorientação, distúrbios da libido131, apatia132, comportamentos repetitivos, perda de foco, estado de confusão, dependência, casos de abuso e dependência foram descritos, mais frequentemente com formulações de liberação imediata.

Distúrbios do sistema nervoso103: déficit neurológico isquêmico133 reversível, enxaqueca134.

Distúrbios visuais: diplopia135, midríase136, distúrbios visuais.

Distúrbios cardíacos: parada cardíaca, infarto do miocárdio48.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: dor faringolaríngea, dispneia137.

Distúrbios gastrintestinais: diarreia138, constipação139.

Distúrbios da pele113 e do tecido subcutâneo140: edema angioneurótico141, eritema142, eritema142 fixo.

Distúrbios musculoesqueléticos, do tecido conjuntivo143 e dos ossos: mialgia144, contração muscular esporádica, trismo.

Distúrbios renais e urinários: hematúria145.

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário: ginecomastia146.

Distúrbios gerais e condições do local de administração: dor no peito147, fadiga148, morte cardíaca súbita.

Laboratoriais: sopro cardíaco149.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Sinais6 e sintomas9

Os sinais6 e sintomas9 de superdose aguda, causada principalmente pela superestimulação do sistema nervoso central7 e simpático150, podem incluir: vômitos72, agitação, tremores, hiperreflexia70, espasmos151 musculares, convulsões (possivelmente seguidas por coma65), euforia, confusão, alucinações61, delírio152, sudorese153, rubor, cefaleia104, hipertermia, taquicardia66, palpitação106, arritmias49 cardíacas, hipertensão44, midríase136, secura das membranas mucosas154 e rabdomiólise155.

Procedimento

O procedimento no tratamento consiste na aplicação de medidas de suporte e o tratamento sintomático15 dos eventos de risco à vida, por ex.: crises hipertensivas, arritmias49 cardíacas, convulsões. Para a orientação mais atual do tratamento dos sintomas9 da superdose, o responsável deve consultar um Centro de Controle de Intoxicações certificado ou publicação toxicológica atualizada.

Medidas de suporte incluem prevenir o paciente contra a autoagressão e protegê-lo dos estímulos externos, que poderiam aumentar a hiperestimulação já presente. Se a superdose for oral e o paciente estiver consciente, o conteúdo gástrico156 deve ser esvaziado por indução de vômito93, seguido da administração de carvão ativado. Lavagem gástrica157 com proteção do canal de ventilação158 é necessária em pacientes hiperativos ou inconscientes, ou aqueles com a respiração debilitada. Deve ser ministrado cuidado intensivo para manter adequadas a circulação159 e as trocas respiratórias; procedimentos de resfriamento externo podem ser necessários para reduzir a hipertermia.

Não foi estabelecida a eficácia da diálise peritoneal160 ou da hemodiálise161 para se tratar a superdose de cloridrato de metilfenidato.

A experiência clínica com superdose aguda é limitada. Os pacientes que receberam doses mais elevadas do que as recomendadas devem ser cuidadosamente monitorados. Em caso de superdose levando à hipocalcemia162 clinicamente significativa, a reversão pode ser alcançada com a administração oral de suplementos de cálcio e/ou de uma infusão de gluconato de cálcio.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
ATENÇÃO: PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA.
 

M.S.: 1.0043.1324
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Complementos

1 Lactose: Tipo de glicídio que possui ligação glicosídica. É o açúcar encontrado no leite e seus derivados. A lactose é formada por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
4 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
5 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
6 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
7 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
8 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Automedicação: Automedicação é a prática de tomar remédios sem a prescrição, orientação e supervisão médicas.
11 Tônus muscular: Estado de tensão elástica (contração ligeira) que o músculo apresenta em repouso e que lhe permite iniciar a contração imediatamente depois de receber o impulso dos centros nervosos. Num estado de relaxamento completo (sem tônus), o músculo levaria mais tempo para iniciar a contração.
12 Cataplexia: Na medicina, é o mesmo que apoplexia ou perda repentina do tono muscular provocada por emoção forte, às vezes associada a um irresistível desejo de dormir. Prostração por súbito ataque de uma doença, sono hipnótico. Em veterinária, entre animais, é uma emoção forte que produz rigidez muscular. Em zoologia, aparência de morte simulada por certos animais como estratégia de defesa.
13 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
14 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
15 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
16 Sintomática: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
17 Racêmico: Que não desvia o plano da luz polarizada (diz-se de isômero óptico).
18 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
19 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
20 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
21 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
22 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
23 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
24 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
25 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
26 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
27 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
28 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
29 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
30 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
31 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
32 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
33 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
34 Cepa: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
35 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
36 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
37 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
38 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
39 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
40 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
41 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
42 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
43 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
44 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
45 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
46 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
47 Congênita: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
48 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
49 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
50 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
51 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
52 Feocromocitoma: São tumores originários das células cromafins do eixo simpático-adrenomedular, caracterizados pela autonomia na produção de catecolaminas, mais freqüentemente adrenalina e/ou noradrenalina. A hipertensão arterial é a manifestação clínica mais comum, acometendo mais de 90% dos pacientes, geralmente resistente ao tratamento anti-hipertensivo convencional, mas podendo responder a bloqueadores alfa-adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio e nitroprussiato de sódio. A tríade clássica do feocromocitoma, associado à hipertensão arterial, é composta por cefaléia, sudorese intensa e palpitações.
53 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
54 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
55 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
56 Aneurisma: Alargamento anormal da luz de um vaso sangüíneo. Pode ser produzida por uma alteração congênita na parede do mesmo ou por efeito de diferentes doenças (hipertensão, aterosclerose, traumatismo arterial, doença de Marfán, etc.).
57 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
58 Vasculite: Inflamação da parede de um vaso sangüíneo. É produzida por doenças imunológicas e alérgicas. Seus sintomas dependem das áreas afetadas.
59 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
60 Comorbidade: Coexistência de transtornos ou doenças.
61 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
62 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
63 Síndrome serotoninérgica: Síndrome serotoninérgica ou síndrome da serotonina é caracterizada por uma tríade de alterações do estado mental (ansiedade, agitação, confusão mental, hipomania, alucinações e coma), das funções motoras (englobando tremores, mioclonias, hipertonia, hiperreflexia e incoordenação) e do sistema nervoso autônomo (febre, sudorese, náuseas, vômitos, diarreia e hipertensão). Ela pode ter causas diversas, mas na maioria das vezes ocorre por uma má interação medicamentosa, quando dois ou mais medicamentos que elevam a neurotransmissão serotoninérgica por meio de distintos mecanismos são utilizados concomitantemente ou em overdose.
64 Delirium: Alteração aguda da consciência ou da lucidez mental, provocado por uma causa orgânica. O delirium tem causa orgânica e cessa se a causa orgânica cessar. Ele pode acontecer nos traumas cranianos, nas infecções etc. Os exemplos mais típicos são o delirium do alcoólatra crônico e o delirium febril.
65 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
66 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
67 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
68 Diaforese: Sudação, transpiração intensa.
69 Mioclonia: Contração muscular súbita e involuntária que se verifica especialmente nas mãos e nos pés, devido à descarga patológica de um grupo de células nervosas.
70 Hiperreflexia: Definida como reflexos muito ativos ou responsivos em excesso. Suas causas mais comuns são lesão na medula espinal e casos de hipocalcemia.
71 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
72 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
73 Priapismo: Condição, associada ou não a um estímulo sexual, na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido habitual. Essa ereção é involuntária, duradora (cerca de 4 horas), geralmente dolorosa e potencialmente danosa, podendo levar à impotência sexual irreversível, constituindo-se numa emergência médica.
74 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
75 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
76 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
77 Células Sanguíneas: Células encontradas no líquido corpóreo circulando por toda parte do SISTEMA CARDIOVASCULAR.
78 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
79 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
80 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
81 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
82 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
83 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
84 Espinha bífida: Também conhecida como mielomeningocele, a espinha bífida trata-se de um problema congênito. Ela é caracterizada pela má formação no tubo neural do feto, a qual ocorre nas três primeiras semanas de gravidez, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Esta malformação pode comprometer as funções de locomoção, controle urinário e intestinal, dentre outras.
85 Crânio: O ESQUELETO da CABEÇA; compreende também os OSSOS FACIAIS e os que recobrem o CÉREBRO. Sinônimos: Calvaria; Calota Craniana
86 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
87 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
88 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
89 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
90 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
91 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
92 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
93 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
94 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
95 Sistema Linfático: Um sistema de órgãos e tecidos que processa e transporta células imunes e LINFA.
96 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
97 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
98 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
99 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
100 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
101 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
102 Nutrição: Incorporação de vitaminas, minerais, proteínas, lipídios, carboidratos, oligoelementos, etc. indispensáveis para o desenvolvimento e manutenção de um indivíduo normal.
103 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
104 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
105 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
106 Palpitação: Designa a sensação de consciência do batimento do coração, que habitualmente não se sente. As palpitações são detectadas usualmente após um exercício violento, em situações de tensão ou depois de um grande susto, quando o coração bate com mais força e/ou mais rapidez que o normal.
107 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
108 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
109 Dispepsia: Dor ou mal-estar localizado no abdome superior. O mal-estar pode caracterizar-se por saciedade precoce, sensação de plenitude, distensão ou náuseas. A dispepsia pode ser intermitente ou contínua, podendo estar relacionada com os alimentos.
110 Dente: Uma das estruturas cônicas duras situadas nos alvéolos da maxila e mandíbula, utilizadas na mastigação e que auxiliam a articulação. O dente é uma estrutura dérmica composta de dentina e revestida por cemento na raiz anatômica e por esmalte na coroa anatômica. Consiste numa raiz mergulhada no alvéolo, um colo recoberto pela gengiva e uma coroa, a parte exposta. No centro encontra-se a cavidade bulbar preenchida com retículo de tecido conjuntivo contendo uma substância gelatinosa (polpa do dente) e vasos sangüíneos e nervos que penetram através de uma abertura ou aberturas no ápice da raiz. Os 20 dentes decíduos ou dentes primários surgem entre o sexto e o nono e o vigésimo quarto mês de vida; sofrem esfoliação e são substituídos pelos 32 dentes permanentes, que aparecem entre o quinto e sétimo e entre o décimo sétimo e vigésimo terceiro anos. Existem quatro tipos de dentes
111 Hepatobiliares: Diz-se do que se refere ao fígado e às vias biliares.
112 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
113 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
114 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
115 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
116 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
117 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
118 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
119 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
120 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
121 Hiperidrose: Excesso de suor, que costuma acometer axilas, palmas das mãos e plantas dos pés.
122 Púrpura: Lesão hemorrágica de cor vinhosa, que não desaparece à pressão, com diâmetro superior a um centímetro.
123 Dermatite: Inflamação das camadas superficiais da pele, que pode apresentar-se de formas variadas (dermatite seborreica, dermatite de contato...) e é produzida pela agressão direta de microorganismos, substância tóxica ou por uma resposta imunológica inadequada (alergias, doenças auto-imunes).
124 Eritema multiforme: Condição aguda, auto-limitada, caracterizada pelo início abrupto de pápulas vermelhas fixas simétricas, algumas evoluindo em lesões em forma de “alvo”. A lesão alvo são zonas concêntricas de alterações de coloração com a área central púrpura ou escura e a externa vermelha. Elas irão desenvolver vesícula ou crosta na zona central após vários dias. Vinte porcento de todos os casos ocorrem na infância.O eritema multiforme geralmente é precipitado pelo vírus do herpes simples, Mycoplasma pneumoniae ou histoplasmose.
125 Artralgia: Dor em uma articulação.
126 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
127 Enurese: Definida como a perda involuntária de urina. Ocorre quando a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da uretra, ou seja, há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da bexiga, isso ocorre durante a fase de enchimento do ciclo de micção. Pode também ser designada de “incontinência urinária“. E ocorre com certa frequência à noite, principalmente entre os idosos.
128 Pancitopenia: É a diminuição global de elementos celulares do sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas).
129 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
130 Raiva: 1. Doença infecciosa freqüentemente mortal, transmitida ao homem através da mordida de animais domésticos e selvagens infectados e que produz uma paralisia progressiva juntamente com um aumento de sensibilidade perante estímulos visuais ou sonoros mínimos. 2. Fúria, ódio.
131 Libido: Desejo. Procura instintiva do prazer sexual.
132 Apatia: 1. Em filosofia, para os céticos e os estoicos, é um estado de insensibilidade emocional ou esmaecimento de todos os sentimentos, alcançado mediante o alargamento da compreensão filosófica. 2. Estado de alma não suscetível de comoção ou interesse; insensibilidade, indiferença. 3. Em psicopatologia, é o estado caracterizado por indiferença, ausência de sentimentos, falta de atividade e de interesse. 4. Por extensão de sentido, é a falta de energia (física e moral), falta de ânimo; abatimento, indolência, moleza.
133 Isquêmico: Relativo à ou provocado pela isquemia, que é a diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição.
134 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
135 Diplopia: Visão dupla.
136 Midríase: Dilatação da pupila. Ela pode ser fisiológica, patológica ou terapêutica.
137 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
138 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
139 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
140 Tecido Subcutâneo: Tecido conectivo frouxo (localizado sob a DERME), que liga a PELE fracamente aos tecidos subjacentes. Pode conter uma camada (pad) de ADIPÓCITOS, que varia em número e tamanho, conforme a área do corpo e o estado nutricional, respectivamente.
141 Edema angioneurótico: Ataques recidivantes de edema transitório que aparecem subitamente em áreas da pele, membranas mucosas e ocasionalmente nas vísceras, geralmente associadas com dermatografismo, urticária, eritema e púrpura.
142 Eritema: Vermelhidão da pele, difusa ou salpicada, que desaparece à pressão.
143 Tecido conjuntivo: Tecido que sustenta e conecta outros tecidos. Consiste de CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO inseridas em uma grande quantidade de MATRIZ EXTRACELULAR.
144 Mialgia: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
145 Hematúria: Eliminação de sangue juntamente com a urina. Sempre é anormal e relaciona-se com infecção do trato urinário, litíase renal, tumores ou doença inflamatória dos rins.
146 Ginecomastia: Aumento anormal de uma ou ambas as glândulas mamárias no homem. Associa-se a diferentes enfermidades como cirrose, tumores testiculares, etc. Em certas ocasiões ocorrem de forma idiopática.
147 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
148 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
149 Sopro cardíaco: Som produzido pela alteração na turbulência dos fluxos cardíacos, devido a anormalidades nas válvulas e divisões cardíacas. Também pode ser auscultado em pessoas normais sem doença prévia (sopro benigno ou inocente).
150 Simpático: 1. Relativo à simpatia. 2. Que agrada aos sentidos; aprazível, atraente. 3. Em fisiologia, diz-se da parte do sistema nervoso vegetativo que põe o corpo em estado de alerta e o prepara para a ação.
151 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
152 Delírio: Delirio é uma crença sem evidência, acompanhada de uma excepcional convicção irrefutável pelo argumento lógico. Ele se dá com plena lucidez de consciência e não há fatores orgânicos.
153 Sudorese: Suor excessivo
154 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
155 Rabdomiólise: Síndrome caracterizada por destruição muscular, com liberação de conteúdo intracelular na circulação sanguínea. Atualmente, a rabdomiólise é considerada quando há dano secundário em algum órgão associado ao aumento das enzimas musculares. A gravidade da doença é variável, indo de casos de elevações assintomáticas de enzimas musculares até situações ameaçadoras à vida, com insuficiência renal aguda ou distúrbios hidroeletrolíticos. As causas da rabdomiólise podem ser classificadas em quatro grandes grupos: trauma ou lesão muscular direta, excesso de atividade muscular, defeitos enzimáticos hereditários ou outras condições clínicas.
156 Conteúdo Gástrico: Conteúdo compreendido em todo ou qualquer segmento do TRATO GASTROINTESTINAL
157 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
158 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
159 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
160 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
161 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
162 Hipocalcemia: É a existência de uma fraca concentração de cálcio no sangue. A manifestação clínica característica da hipocalcemia aguda é a crise de tetania.

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