Ondif (Bula do profissional de saúde)
COSMED INDUSTRIA DE COSMETICOS E MEDICAMENTOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Ondif®
ondansetrona
Filme 4 mg e 8 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Filme
Embalagens contendo 4 ou 10 filmes
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada filme de Ondif® 4 mg contém:
ondansetrona | 4 mg |
excipientes q.s.p | 1 filme |
Excipientes: hipromelose, macrogol, eritritol, óleo de hortelã-pimenta, carbonato de cálcio, sucralose, dióxido de silício, dióxido de titânio, bicarbonato de sódio, glicirrizinato de amônio, goma xantana, butil-hidroxitolueno e corante preto (óxido de ferro preto, álcool isopropílico, propilenoglicol e hipromelose).
Cada filme de Ondif® 8 mg contém:
ondansetrona | 8 mg |
excipientes q.s.p | 1 filme |
Excipientes: hipromelose, macrogol, eritritol, óleo de hortelã-pimenta, carbonato de cálcio, sucralose, dióxido de silício, dióxido de titânio, bicarbonato de sódio, glicirrizinato de amônio, goma xantana, butil-hidroxitolueno e corante preto (óxido de ferro preto, álcool isopropílico, propilenoglicol e hipromelose).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Ondif® é indicado na prevenção e tratamento de náuseas2 e vômitos3 em geral.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Náusea4 e vômito5 induzido por quimioterapia6:
Quimioterapia6 altamente emetogênica: em dois estudos de monoterapia, randomizados e duplo-cego, uma dose única de comprimido de ondansetrona de 24 mg foi superior ao controle de placebo7 histórico relevante na prevenção de náusea4 e vômito5 associado com quimioterapia6 de câncer8 altamente emetogênica, incluindo cisplatina (dose ?50 mg/m2). A administração de esteroides foi excluída desses estudos clínicos. Mais de 90% dos pacientes que receberam uma dose maior ou igual a 50 mg/m2 de cisplatina no grupo de comparação de placebo7 histórico tiveram vômito5 na ausência de terapia antiemética.
O primeiro estudo comparou doses orais de ondansetrona de 24 mg uma vez ao dia, 8 mg duas vezes ao dia e 32 mg uma vez ao dia em 357 pacientes adultos com câncer8 recebendo regime de quimioterapia6 contendo doses maiores ou iguais a 50 mg/m2. Um total de 66% dos pacientes no grupo de ondansetrona 24 mg uma vez ao dia, 55% no grupo de ondansetrona 8 mg duas vezes ao dia e 55% no grupo de ondansetrona 32 mg uma vez ao dia completou o período do estudo de 24 horas com nenhum episódio emético e nenhuma medicação antiemética de emergência9, o ponto final primário de eficácia. Cada um dos três grupos de tratamento tinha demonstrado ser estatisticamente significativamente superior ao controle de placebo7 histórico.
No mesmo estudo, 56% dos pacientes que receberam 24 mg de ondansetrona por via oral, uma vez ao dia, não tiveram náusea4 durante o período do estudo de 24 horas, em comparação com 36% dos pacientes no grupo de ondansetrona oral de 8 mg, duas vezes ao dia (p= 0,001), e 50% no grupo de ondansetrona oral de 32 mg, uma vez ao dia.
Em um segundo estudo, a eficácia de ondansetrona oral em regime de dose de 24 mg, uma vez ao dia, na prevenção de náusea4 e vômito5 associado com quimioterapia6 de câncer8 altamente emetogênico10, incluindo dose de cisplatina maior ou igual a 50 mg/m2, foi confirmada.
Náusea4 e vômito5 induzido por radiação:
Radioterapia11 por fração de alta dose única: a ondansetrona foi significativamente mais efetiva que a metoclopramida com relação ao controle completo da êmese12 (0 episódios eméticos) em um estudo duplo-cego13 em 105 pacientes submetidos a radioterapia11 de alta dose única (800 a 1000cGy) no abdome14 sobre um campo anterior e posterior de tamanho maior ou igual a 80cm2. Os pacientes receberam a primeira dose de comprimido de 8 mg de ondansetrona ou metoclopramida (10 mg) 1 a 2 horas antes da radioterapia11. Se a radioterapia11 foi aplicada de manhã, 2 doses adicionais do tratamento do estudo foram administradas (1 comprimido no final da tarde e 1 comprimido antes de deitar). Se a radioterapia11 foi administrada de tarde, os pacientes ingeriram apenas 1 comprimido a mais que o dia anterior ao deitar. Os pacientes continuaram a medicação oral 3 vezes ao dia durante 3 dias.
Radioterapia11 fracionada diária: a ondansetrona foi significativamente mais efetiva que a proclorperazina com relação ao controle completo da êmese12 (0 episódios eméticos) em um estudo duplo-cego13 envolvendo 135 pacientes submetidos a radioterapia11 fracionada num período de 1 a 4 semanas (doses de 180cGy) em campo abdominal de tamanho maior ou igual a 100cm2. Os pacientes receberam a primeira dose de comprimidos de ondansetrona 8 mg ou proclorperazina (10 mg) 1 a 2 horas antes dos pacientes receberem a primeira dose diária de radioterapia11, com 2 doses subsequentes 3 vezes ao dia. Os pacientes continuaram a medicação oral, 3 vezes ao dia, a cada dia de radioterapia11.
Náusea4 e vômito5 pós-operatório: estudo prospectivo15, randomizado16, controlado e duplo cego incluiu 178 pacientes com o objetivo de avaliar, em pacientes submetidos à anestesia17 geral, o impacto da administração oral de ondansetrona na incidência18 de NVPO. Foram incluídos 178 pacientes, divididos em dois grupos (ondansetrona=89 e placebo7=89), utilizando comprimidos de dissolução oral rápida. Não houve diferença
significativa entre os grupos referentes aos fatores anotados, exceto tabagismo e índice de massa corpórea, que prevaleceu no grupo placebo7. Estes fatores não interferiram na análise dos resultados. Observou-se NVPO em 23 (26%) pacientes do grupo ondansetrona e 38 (43%) pacientes do grupo placebo7 (p<0,05). A ondansetrona, 16 mg por via oral, administrada no pré-operatório reduz significativamente a incidência18 de náuseas2 e vômitos3 no pós-operatório. A simplicidade de administração e o baixo custo desta apresentação justificam a opção por esta via de administração.
Referências bibliográficas:
- Needles B, et al. A multicenter, double-blind, randomized comparison of oral ondansetron 8 mg b.i.d., 24 mg q.d., and 32 mg q.d. in the prevention of nausea4 and vomiting associated with highly emetogenic chemotherapy. S3AA3012 Study Group. Support Care Cancer8. 1999 Sep;7(5):347-53
- Roberts JT, et al. A review of ondansetron in the management of radiotherapy-induced emesis. Oncology. 1993 May-Jun;50(3):173-9.
- Scarantino CW, et al. Radiation-induced emesis: effects of ondansetron. Semin Oncol. 1992 Dec; 19(6 Suppl 15):38-43.
- Lewaschiw EM, et al. Ondansetrona oral na prevenção de náuseas2 e vômitos3 pós-operatórios. Rev Assoc Med Bras. 2005;51(1):35-40.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
A substância ativa de Ondif® é a ondansetrona, um antagonista19 seletivo dos receptores de serotonina subtipo 3 (5-HT3). Embora o mecanismo de ação não tenha sido completamente caracterizado, sabe-se que a ondansetrona não é antagonista19 de receptores da dopamina20. Ainda não está totalmente esclarecido se a ação antiemética da ondansetrona é mediada em receptores central, periférico ou em ambos. Entretanto, a quimioterapia6 citotóxica parece estar relacionada com a liberação de serotonina das células enterocromafins21 do intestino delgado22. A serotonina liberada pode estimular os nervos vagais aferentes através dos receptores 5-HT3 e iniciar o reflexo do vômito5. Em voluntários normais, doses únicas intravenosas de 0,15 mg/kg de ondansetrona não afetaram a motilidade do trato gastrointestinal nem a pressão do esfíncter esofágico inferior23. A administração regular demonstrou diminuir o trânsito de colônico em voluntários normais. A ondansetrona não altera as concentrações de prolactina24 plasmática.
A ondansetrona não interfere na ação depressora respiratória induzida pelo alfentanil ou na intensidade do bloqueio neuromuscular produzido pelo atracúrio.
Em seres humanos, a ondansetrona administrada é amplamente metabolizada, sendo que apenas 5% da substância ativa é recuperada na urina25. A via metabólica primária é a hidroxilação, seguida de conjugação com glicuronídeo ou sulfato. Embora alguns metabólitos26 não conjugados tenham atividade farmacológica, estes não são encontrados no plasma27 em concentrações suficientes para aumentar a atividade biológica da ondansetrona.
Estudos metabólicos in vitro demonstraram que a ondansetrona é um substrato ás enzimas hepáticas28 humanas do sistema citocromo P-450, incluindo a CYP1A2, CYP2D6 e CYP3A4, sendo esta última a que apresenta atividade predominante. Devido à multiplicidade de enzimas capazes de metabolizar a ondansetrona, é provável que a inibição ou perda de uma enzima29 (ex.: deficiência genética de CYP2D6) possa ser compensada por outras, não interferindo significativamente no grau de eliminação da droga. Por outro lado, a eliminação de ondansetrona pode ser comprometida por indutores do sistema citocromo P-450.
A ondansetrona é bem absorvida pelo trato gastrintestinal onde sofre a primeira ação metabólica. A biodisponibilidade média em indivíduos sadios, após administração de 8 mg da droga por via oral, é de aproximadamente 56%, não se observando proporcionalidade em relação à dose ingerida, o que pode refletir alguma redução na primeira etapa do metabolismo30. A biodisponibilidade é ligeiramente aumentada na presença de alimentos, mas não é afetada pela administração concomitante de antiácidos31. A extensão e a taxa de absorção de ondansetrona são maiores em mulheres do que em homens, embora não se identifique como diferença clínica significante.
Observa-se uma redução na depuração e um aumento na meia-vida de eliminação em pacientes acima de 75 anos, não se recomendando, entretanto, o ajuste de dose. Em pacientes com insuficiência hepática32 leve a moderada, a depuração está reduzida em duas vezes e a meia-vida média aumenta para 11,6 horas em comparação com 5,7 horas em indivíduos normais. Em pacientes com insuficiência hepática32 grave, a depuração está reduzida em duas a três vezes e o volume de distribuição aparente está aumentado, com consequente aumento da meia-vida para 20 horas. Em pacientes com insuficiência hepática32 grave, a dose diária total não deve exceder 8 mg.
Devido à pequena participação (5%) da excreção renal33 na depuração total da droga, não se considera que a insuficiência renal34 influencie significantemente a depuração total da ondansetrona. Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal34. No intervalo de concentração plasmática entre 10 e 500ng/ml, 70 a 76% da ondansetrona encontra-se ligada a proteínas35.
CONTRAINDICAÇÕES
O produto não deve ser usado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Recomenda-se a administração desse medicamento para crianças acima de 2 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gerais
A ondansetrona não estimula o peristaltismo36 gástrico ou intestinal. Não deve ser usada em substituição a aspiração nasogástrica. O uso de ondansetrona em pacientes submetidos à cirurgia abdominal ou em pacientes com náusea4 e vômito5 induzidos por quimioterapia6 pode mascarar uma distensão gástrica ou íleo37.
A ondansetrona prolonga o intervalo QT de maneira dose-dependente. Casos pós-comercialização de Torsades de Pointes têm sido relatados em pacientes que utilizam a ondansetrona. O uso de ondansetrona deve ser evitado em pacientes com síndrome38 do QT longo congênito39. A ondansetrona dever ser administrada com precaução em pacientes que possuem ou podem desenvolver prolongamento do QTc. Essas condições incluem pacientes com distúrbios eletrolíticos, pacientes com síndrome38 do QT longo congênito39, ou pacientes que tomam outros medicamentos que levam ao prolongamento do intervalo QT ou distúrbios eletrolíticos. A monitorização cardíaca (eletrocardiograma40) é recomendada em pacientes com anormalidades eletrolíticas (como hipocalemia41 ou hipomagnesemia), insuficiência cardíaca congestiva42, bradiarritmias ou pacientes que tomam outros medicamentos que levam ao prolongamento do intervalo QT. Este medicamento deve ser administrado somente pela via recomendada para evitar riscos desnecessários.
Gravidez43 e Lactação44
Baseado em estudos epidemiológicos realizados em humanos, suspeita-se que a ondansetrona cause malformações45 orofaciais quando administrada durante o primeiro trimestre de gravidez43. Por essa razão, recomenda-se não utilizar a ondansetrona durante o primeiro trimestre de gravidez43.
Em um estudo de coorte46 retrospectivo47 que avaliou 1,8 milhão de gestações, o uso de ondansetrona no primeiro trimestre foi associado com risco aumentado de fissuras48 orais (três casos adicionais por 10.000 mulheres tratadas; risco relativo ajustado 1,24, IC 95%: 1,03-1,48).
Até o momento, os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação à toxicidade49 reprodutiva.
Mulheres em idade fértil devem considerar o uso de medidas contraceptivas eficazes.
Categoria B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais50 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez43. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Testes têm demonstrado que a ondansetrona é excretada no leite de ratas lactantes51. Por este motivo, recomenda-se cautela no uso de ondansetrona em lactantes51.
Populações especiais
Pediatria: é recomendado a administração de Ondif® em crianças acima de 2 anos.
Geriatria (idosos): não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos, embora observe-se uma redução na depuração e um aumento na meia-vida de eliminação em pacientes acima de 75 anos.
Em estudos clínicos de pacientes com câncer8, a segurança e eficácia foram comprovadas mesmo em pacientes acima de 65 anos.
Insuficiência hepática32/renal33: em pacientes com insuficiência hepática32 leve a moderada, a depuração está reduzida em duas vezes e a meia-vida média encontra-se aumentada em relação aos indivíduos normais. Em pacientes com insuficiência hepática32 grave, a depuração está reduzida em duas a três vezes e o volume de distribuição aparente está aumentado, com consequente aumento da meia-vida para 20 horas.
Em pacientes com insuficiência hepática32 grave, não se recomenda exceder a dose diária 8 mg.
Devido à pequena contribuição (5%) da depuração renal33 na depuração total, não se considera que a insuficiência renal34 influencie significativamente a depuração total de ondansetrona. Portanto, não é necessário ajuste de dose nesses pacientes.
Síndrome serotoninérgica52
O desenvolvimento da Síndrome Serotoninérgica52 foi relatado com antagonistas do receptor 5-T3. A maioria dos relatos tem sido associado ao uso concomitante de drogas serotoninérgicas (ex.: Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS), Inibidores da Recaptação da Serotonina e da norepinefrina (SNRIs), inibidores da monoaminoxidase53, mirtazapina, fentanil, lítio, tramadol e azul de metileno intravenoso). Alguns dos casos relatados foram fatais. A Síndrome Serotoninérgica52 que ocorre com superdosagem da ondansetrona também foi relatada. A maioria dos relatos de Síndrome Serotoninérgica52 relacionados ao antagonista19 do receptor 5-HT3 ocorreu em uma unidade de recuperação pós-anestésica ou em um serviço de uso de medicamentos endovenosos. Os sintomas54 associados à Síndrome Serotoninérgica52 podem incluir a seguinte combinação de sinais55 e sintomas54: alterações do estado mental (ex.: agitação, alucinações56, delírio57 e coma58), instabilidade autonômica (ex.: taquicardia59, pressão arterial60 lábil, tontura61, diaforese62, rubor, hipertermia), sintomas54 neuromusculares (ex.: tremor, rigidez, mioclonia63, hiperreflexia64, incoordenação), convulsões, com ou sem sintomas54 gastrointestinais (ex.: náusea4, vômito5, diarreia65). Os pacientes devem ser monitorados quanto ao surgimento da Síndrome Serotoninérgica52, especialmente com o uso concomitante de ondasentrona e outros medicamentos serotoninérgicos. Se ocorrerem sintomas54 da Síndrome Serotoninérgica52, interrompa a ondasentrona e inicie o tratamento de suporte. Os pacientes devem ser informados do risco aumentado de Síndrome Serotoninérgica52, especialmente se ondasentrona for usado concomitantemente com outros medicamentos serotoninérgicos
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A ondansetrona é metabolizada no fígado66 pelas enzimas do sistema citocromo P450, e, portanto, os indutores ou inibidores dessas enzimas podem alterar a sua depuração (clearance) e, consequentemente, a meia-vida plasmática. De acordo com os dados disponíveis, não há necessidade de ajuste de dose desses medicamentos em caso de uso concomitante.
É necessário ter cautela quando a ondansetrona é coadministrada com drogas que prolongam o intervalo QT e/ou causam distúrbios eletrolíticos (ver o item “Advertências e Precauções”).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Prazo de validade: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Ondif® 4 mg apresenta-se como filme branco com “4 mg” impresso em tinta preta.
- Ondif® 8 mg apresenta-se como filme branco com “8 mg” impresso em tinta preta.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Como usar
Ondif deve ser administrado por via oral. Este medicamento não deve ser cortado.
Instruções para uso e manuseio de Ondif® (filme): remover o filme da embalagem, com as mãos67 secas, e colocar imediatamente na língua68 para que este adira e se dissolva em segundos, engolir com saliva. Para abrir a embalagem dobre-a na linha pontilhada que se encontra na borda superior. A seguir rasgue a embalagem na seta localizada no canto direito da linha. O filme deverá ser facilmente acessado por aí.
Não é necessário administrar com líquidos.
POSOLOGIA
Prevenção de náusea4 e vômito5 em geral:
Uso adulto: 16 mg de ondansetrona (2 filmes de 8 mg).
Uso pediátrico: para pacientes69 maiores de 11 anos, recomenda-se a dose de 4 a 8 mg de ondansetrona (1 a 2 filmes de 4 mg).
Para crianças de 2 a 11 anos: recomenda-se a dose de 4 mg de ondansetrona (1 filme de 4 mg). (Tabela 1)
Tabela 1
Posologia |
|||
Peso |
Idade |
Filme 4 mg |
Filme 8 mg |
15 a 30Kg |
2 a 11 anos |
1 filme |
-------- |
Mais de 30Kg |
Maior que 11 anos |
2 filmes |
1 a 2 filmes |
Prevenção de náusea4 e vômitos3 no pós-operatório
Utilizar a mesma dose preconizada70 em todas as idades. Administrar 1 hora antes da indução da anestesia17.
Prevenção de náusea4 e vômito5 associado à quimioterapia6
O potencial emetogênico10 do tratamento do câncer8 varia de acordo com as doses e as combinações dos regimes de quimioterapia6 e radioterapia11 usados. A via de administração e a dose de Ondif devem ser flexíveis dentro da faixa terapêutica71 e selecionadas como demonstrado abaixo ou a critério do médico.
Quimioterapia6 altamente emetogênica:
- Uso adulto: dose única de 24 mg de ondansetrona (3 filmes de 8 mg), administrado 30 minutos antes do início da quimioterapia6 do dia.
Quimioterapia6 moderadamente emetogênica:
- Uso adulto: 8 mg de ondansetrona (1 filme de 8 mg), 2 vezes ao dia. A primeira dose deve ser administrada 30 minutos antes do início da quimioterapia6 emetogênica, com dose subsequente 8 horas após a primeira dose. Recomenda-se administrar 8 mg de ondansetrona, 2 vezes ao dia (a cada 12 horas), durante 1 a 2 dias após término da quimioterapia6.
- Uso pediátrico: para pacientes69 com 11 anos ou mais, recomenda-se a mesma dose proposta para adultos. Para crianças com 2 a 11 anos, recomenda-se a dose de 4 mg de ondansetrona (1 filme de 4 mg), 3 vezes ao dia (a cada 8 horas) durante 1 a 2 dias após o término da quimioterapia6.
Prevenção de náusea4 e vômito5 associado à radioterapia11, tanto em irradiação total do corpo, fração de alta dose única ou frações diárias no abdome14:
Uso pediátrico: Para crianças com 2 a 11 anos, recomenda-se a dose de 4 mg de ondansetrona (1 filme de 4 mg), 3 vezes ao dia. A primeira dose deve ser administrada 1 a 2 horas antes do início da radioterapia11, com doses subsequentes a cada 8 horas após a primeira dose. Recomenda-se administrar 4 mg de ondansetrona, 3 vezes ao dia (a cada 8 horas) durante 1 a 2 dias após término da radioterapia11. Para pacientes69 com 11 anos ou mais, recomenda-se a mesma dose proposta para adultos.
Uso adulto: 8 mg de ondansetrona (1 filme de 8 mg), 3 vezes ao dia.
- Para irradiação total do corpo: 8 mg de ondansetrona (1 filme de 8 mg), 1 a 2 horas antes de cada fração de radioterapia11 aplicada em cada dia.
- Para radioterapia11 do abdome14 em dose única elevada: 8 mg de ondansetrona (1 filme de 8 mg), 1 a 2 horas antes da radioterapia11, com doses subsequentes a cada 8 horas após a primeira dose, durante 1 a 2 dias após o término da radioterapia11.
- Para radioterapia11 do abdome14 em doses fracionadas diárias: 8 mg de ondansetrona (1 filme de 8 mg), 1 a 2 horas antes da radioterapia11, com doses subsequentes a cada 8 horas após a primeira dose, a cada dia de aplicação da radioterapia11.
Pacientes com insuficiência renal34: não é necessário ajuste de dose, recomenda-se a mesma dose para a população em geral.
Pacientes com insuficiência hepática32: a depuração (clearance) da ondansetrona é significativamente reduzida e o volume aparente de distribuição é aumentado, resultando em aumento da meia-vida plasmática em pacientes com insuficiência hepática32 grave. Nestes pacientes, a dose total diária não deve exceder 8 mg. Pacientes idosos: recomenda-se a mesma dose para adultos.
REAÇÕES ADVERSAS
Reação muito comum (>1/10): cefaleia72, constipação73.
Reação comum (>1/100 e < 1/10): fadiga74, diarreia65, exantema75 cutâneo76.
Reação rara (>1/10.000 e < 1/1.000): broncoespasmo77 e anafilaxia78.
Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT (incluindo Torsades de Pointes).
Entre as várias reações documentadas, não existem evidências, em todos os casos, de reações com o uso de ondansetrona. Em pacientes submetidos à quimioterapia6 alta ou moderadamente emetogênica, sintomas54 de cefaleia72, fadiga74 e constipação73 foram mais frequentes em relação ao placebo7 e não se mostraram dose dependentes. Outras reações como diarreia65, tontura61, reações extrapiramidais não se mostraram significativamente diferentes em relação ao placebo7. O aumento significativo das concentrações plasmáticas de enzimas hepáticas28 foi demonstrado em 1 a 2% dos pacientes que receberam ondansetrona associada à ciclofosfamida, embora tais elevações tenham sido transitórias e sem relação com a dose ou duração da terapia. Observou-se a presença de exantema75 cutâneo76 em 1% dos pacientes que receberam ondansetrona na vigência da quimioterapia6. Os raros casos relatados de anafilaxia78, broncoespasmo77, taquicardia59, angina79, hipocalemia41, alterações eletrocardiográficas, oclusões vasculares80 e convulsões não demonstraram, com exceção de broncoespasmo77 e anafilaxia78, relação comprovada com a ondansetrona. Em pacientes com náusea4 e vômito5 submetidos à radioterapia11, os efeitos relatados possivelmente relacionados com o uso da ondansetrona foram semelhantes aos dos pacientes submetidos à quimioterapia6. O uso de ondansetrona em pacientes no pós-operatório demonstrou um aumento na frequência de cefaleia72 (9% dos casos em relação a 5% com placebo7). Casos raros e isolados, não relacionados com pesquisas clínicas, foram relatados como secundários a administração injetável da droga, entre os quais são citados: rubor, reações de hipersensibilidade, algumas vezes graves (ex.: anafilaxia78, angioedema81, broncoespasmo77, hipotensão82, hipopnéia, edema83 de glote84 e estridor).
Foram também relatados casos de laringospasmo, parada cardiorrespiratória e choque85 durante a administração injetável da droga.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Sintomas54: “cegueira repentina” (amaurose) de 2 a 3 minutos de duração, constipação73 grave, hipotensão82 (fraqueza), episódio vasovagal com bloqueio cardíaco86 de 2º grau transitório. Em todos os casos, os eventos foram completamente resolvidos.
Doses endovenosas individuais de até 150 mg e doses intravenosas diárias totais de até 252 mg administradas inadvertidamente não demonstraram a ocorrência de eventos adversos. Estas doses são superiores a 10 vezes a dose diária recomendada.
Tratamento: não há antídoto87 específico para superdose de ondansetrona. Os pacientes devem ser monitorados com suporte terapêutico apropriado.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro M.S. nº 1.7817.0920
Farm. Responsável: Luciana Lopes da Costa - CRF-GO nº 2.757.
Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Rua Bonnard (Green Valley I) - nº 980 - Bloco 12 - Nível 3 - Sala A - Alphaville Empresarial – Barueri-SP
CEP 06465-134 - C.N.P.J.: 61.082.426/0002-07
Fabricado por:
Aquestive Therapeutics, Inc.
6560 Melton Rd, Portage, Indiana 46368 USA
Importado e Embalado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 5 - DAIA - Anápolis - GO - CEP 75132-020
SAC 0800 97 99 900