UNISTIN

MEIZLER

Atualizado em 09/12/2014

UNISTIN
Cisplatina
Solução Injetável

Forma Farmacêutica e Apresentações de Unistin

Unistin apresenta-se sob a forma de solução injetável, límpida, incolor ou de coloração amarelo-pálida, para administração intravenosa, intra-arterial e intraperitoneal, acondicionado em frasco(s)-ampola(s) de 20mL, contendo 10mg de Cisplatina (0,5mg/mL). Caixas contendo 1, 5, 10, 50 ou 100 frasco(s)-ampola(s).

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

- COMPOSIÇÃO:

Cada mL da solução contém:Cisplatina....................0,5mg
Cloreto de Sódio....................4,5mg
D-Manitol....................0,5mg
Ácido Clorídrico1....................q.s.
Hidróxido de Sódio....................q.s.
Água para Injeções....................q.s.

- INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
O medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob temperatura entre  15 ºC e 25 ºC, ao abrigo da luz, calor e umidade excessiva. Não refrigerar.
O prazo de validade de Unistin é de 36 meses, a contar da sua data de fabricação, nas condições acima citadas (vide rótulo e cartucho).

" NÃO USE O MEDICAMENTO SE O PRAZO DE VALIDADE ESTIVER VENCIDO"

Informe seu médico a ocorrência de gravidez2 na vigência do tratamento ou após seu término. Informe seu médico se está amamentando.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

" TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS"

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.

" NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE3"

Unistin é para uso exclusivamente injetável, via intravenosa, podendo ser também administrado por via intra-arterial e por via intraperitoneal.

- INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Modo de Ação:
O exato mecanismo de ação de Cisplatina não está exatamente determinado, mas a droga tem propriedades bioquímicas similares às dos agentes alquilantes. Cisplatina parece ser ciclo-fásico não-específico. Neutralidade de carga e a configuração cis são necessárias para complexo de Cisplatina exercer atividade antineoplásica.
Com a alta concentração de cloreto no plasma4, o complexo de Cisplatina parece ser não-ionizado, permitindo a passagem do medicamento através da membrana celular5. Intracelularmente, na presença de baixa concentração de cloreto, as ligações de cloreto do complexo são deslocadas pela água, resultando na formação de complexos de platina positivamente carregados (que são tóxicos) e, provavelmente, agem como a forma ativa do medicamento.
Cisplatina liga-se ao DNA, inibindo sua síntese. Sínteses de proteínas6 e de RNA também são inibidas, mas em menor extensão.
Cisplatina produz " crosslinks"  intra e extracadeias de DNA, possivelmente por ligações em áreas de seqüências de base específica; " crosslinks"  DNA-proteína também são formados.
A importância referente aos " crosslinks"  permanece sem definição precisa, contudo parece estar correlacionada com a citotoxicidade do medicamento.
Apesar de o principal mecanismo de ação de Cisplatina parecer ser a sua inibição da síntese de DNA, outros mecanismos, incluindo o desenvolvimento de imunogenicidade de tumores, podem estar envolvidos na sua atividade antineoplásica.
Cisplatina também possui propriedades imunossupressivas, radiossensíveis e antimicrobianas.

- Farmacocinética:
A farmacocinética de Cisplatina é complexa e tem sido estudada, principalmente, usando ensaios do elemento Platina ou preparações de medicamentos contendo platina radioativa; apenas alguns estudos usaram métodos analíticos capazes de medir a Cisplatina intacta.
Após administração rápida de Cisplatina, tanto por injeção7 (1 a 5 minutos) ou por infusão (15 minutos a 1 hora), o pico de concentração do medicamento no plasma4 e de concentrações de platina ocorrem imediatamente.
Quando Cisplatina é administrada por infusão intravenosa, por 6 a 24 horas, as concentrações plasmáticas totais de platina aumentam gradualmente durante a infusão, atingindo pico imediatamente após o fim da infusão.
Após administração intravenosa, Cisplatina é largamente distribuída nos tecidos e fluidos corpóreos, com as mais altas concentrações encontradas nos rins8, fígado9 e próstata10. Baixas concentrações são encontradas nos músculos11, pâncreas12, intestinos13, coração14, pulmões15, etc.
Sobre biotransformação não-enzimática rápida, resultando em produtos inativos. Seus metabólitos16 ligam-se significativamente (mais de 90‰) às proteínas6, durante a fase beta, de maneira irreversível.
A meia-vida de eliminação é bifásica: a fase alfa, de 25 a 49 minutos; a fase beta, de 58 a 73 horas, nos pacientes normais, e até 240 horas, nos anúricos.
Só uma pequena fração de Cisplatina penetra o líquor17. Porém, a inibição do DNA persiste por vários dias após a sua administração.
Pode-se detectar platina nos tecidos por quatro meses ou mais, após administração intravenosa.
Cisplatina e seus metabólitos16 (platina) são excretados, principalmente, pela urina18, via filtração glomerular. Desta excreção, 30‰ ocorrem durante as primeiras 24 horas; só 25‰ a 45‰ são excretados após 5 dias. Cisplatina pode ser removida por diálise19, mas apenas dentro de 3 horas após a administração.
Acredita-se que também ocorra eliminação de uma fração muito pequena pelas fezes.

- INDICAÇÕES:
Unistin é indicado como uma terapia paliativa a ser empregado em tratamento de tumores testiculares, tumores ovarianos metastáticos, carcinoma20 avançado de bexiga21 e uma ampla variedade de outras neoplasias22.
A droga é usada freqüentemente como um componente de combinação de regimes terapêuticos, em conjunto a quimioterápicos, previamente aprovados, após procedimentos cirúrgicos e/ou radioterápicos, devido a sua relativa ausência de toxicidade23 hematológica.

- CONTRA-INDICAÇÕES:
Unistin é contra-indicado a pacientes com deficiência renal24, deficiência hepática25, função deprimida da medula óssea26 ou perturbação auditiva, e a pacientes com histórico de hipersensibilidade à Cisplatina ou a outros compostos de platina.

- PRECAUÇÕES GERAIS:
Unistin deve ser administrado por profissional especializado no uso de agentes quimioterápicos.
Durante a administração, devem estar disponíveis recursos ressuscitatórios de emergência27. A monitoração do paciente deve ser constante.
Pacientes devem ser adequadamente hidratados antes e por 24 horas depois da administração de Unistin, para assegurar bom fluxo urinário e minimizar possível nefrotoxicidade28.
Pacientes devem ser monitorados constantemente em relação aos distúrbios de eletrólitos29 e de fluidos.
Testes audiométricos, de contagem sangüínea, funções hepáticas30 e neurológicas devem ser realizados antes e durante toda a duração do tratamento com Unistin, visto que existe um alto índice de toxicidade23, que pode ser cumulativa, por parte deste medicamento (ototoxicidade31, neurotoxicidade, toxicidade23 renal24, etc.).
Podem ocorrer reações adversas severas que, em algumas vezes, podem ser suficientemente graves para exigir a interrupção da terapia com Unistin.
Unistin deve ser adicionado a um líquido de infusão intravenosa antes da administração. Os mais adequados são: Solução de Cloreto de Sódio a 0,9‰ ou Solução de Cloreto de Sódio 0,9‰ e Glicose32 5‰.
Agulhas ou conjuntos intravenosos, contendo partes de alumínio, que podem entrar em contato com Unistin, não devem ser usados para o preparo ou a administração. O alumínio reage com Unistin, causando a formação de precipitados negros e perda de potência.
Unistin não deve ser refrigerado, pois ocorre formação de precipitado. Soluções turvas ou com depósitos não devem ser utilizadas.
Unistin deve ser protegido da luz.
O aparecimento de hemorragia33 deve ser considerado como infecção34.
Os níveis de creatinina35 sérica, BUN, clearence de creatinina35, magnésio, sódio, potássio e cálcio devem ser medidos antes de cada curso de tratamento.

Uso na Gravidez2 e Lactação36 de Unistin

A influência de Unistin na reprodução37 humana e seu uso seguro durante a gravidez2 e lactação36 ainda não foram determinados.
Portanto, como precaução segura, Unistin não deve ser usado durante a gravidez2 e lactação36.

Uso em Crianças de Unistin

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia de Unistin em crianças. A droga tem sido usada com resultados encorajadores no tratamento de sarcoma38 osteogênico, neuroblastoma e tumores cerebrais recorrentes em crianças, mas é necessária uma avaliação adicional. Algumas reações adversas (por exemplo, ototoxicidade31) parecem ser mais graves em crianças.A administração de Unistin em crianças deve ser feita de maneira cuidadosa, com monitoração constante.

Interações Medicamentosas de Unistin

O uso simultâneo de Unistin com outros agentes antitumorais e com exposição à radiação pode aumentar a depressão da função da medula óssea26.
A administração concomitante de Unistin com antibióticos aminoglicosídeos pode resultar em um aumento da ototoxicidade31 ou da nefrotoxicidade28.
Pode ocorrer aumento da concentração de ácido úrico sangüíneo se Unistin for administrado concomitantemente com alopurinol, colchicina ou probenecida.
O tratamento concomitante com Unistin e fenitoína pode ocasionar redução dos níveis séricos de fenitoína, devido à redução de absorção e/ou aumento no metabolismo39. A dose de fenitoína deve ser ajustada.
Anti-histamínicos, buclizina, fenotiazínicos ou tioxantênicos podem mascarar os sintomas40 de ototoxicidade31.
A diminuição da função renal24 induzida por Unistin pode aumentar a toxicidade23 da bleomicina e do metotrexato.
Unistin pode interagir com vacinas de vírus41 vivos porque, estando suprimidos os mecanismos de defesa normal, pode haver potencialização da replicação do vírus41 da vacina42 e diminuição na formação de anticorpos43.
O uso concomitante de Unistin com drogas com potencial nefrotóxico deve ser feito com cautela.
A administração concomitante de Unistin com diuréticos44 da alça (por exemplo, furosemida) deve ser cuidadosamente monitorada em relação aos sinais45 de ototoxicidade31.
Estudos em animais e triagens clínicas em seres humanos indicam que a atividade antineoplásica de Unistin e etopósido podem ser sinérgicas contra alguns tumores, como carcinoma20 testicular, carcinoma20 pulmonar de células46 pequenas ou não.

Reações Adversas de Unistin

*Gastrintestinais: quase todos os pacientes tratados com Unistin experimentam náuseas47 e vômitos48, ocasionalmente, tão severos que necessitam da interrupção da administração da droga. Náuseas47 e vômitos48 geralmente começam em 1 a 4 horas, às vezes em 24 horas, após a administração, podendo persistir, em graus variados, por até 1 semana após o tratamento. Náuseas47 e vômitos48 tardios, começando ou persistindo 24 horas após a quimioterapia49, ocorreram em pacientes realizando controle emético completo no dia da terapia com cisplatina. Também podem ocorrer diarréia50 e anorexia51 e, ocasionalmente, estomatite52 e constipação53.
*Nefrotoxicidade28: a nefrotoxicidade28 está relacionada à dose e pode ser grave, podendo ocorrer em pacientes que recebem Unistin. A toxicidade23 renal24 é manifestada por um aumento do clearance de creatinina35 no soro54 e no índice de filtração glomerular55. A toxicidade23 renal24 torna-se mais prolongada e grave com cursos repetidos da droga. A função renal24 deve retornar ao normal antes de outra dose de Unistin ser administrada.
*Hematológicas: pode ocorrer mielossupressão em pacientes tratados com Unistin. O nadir dos leucócitos56 e plaquetas57 circulantes ocorre geralmente entre 18 a 23 dias depois da administração de Unistin, com a recuperação ocorrendo em 39 dias. Leucopenia58 e trombocitopenia59 são mais pronunciadas em doses mais elevadas (maiores que 50mg/m2). Anemia60 ocorre, aproximadamente, na mesma freqüência e em padrão semelhante à leucopenia58 e à trombocitopenia59. Em adição à anemia60 secundária com mielossupressão, anemia hemolítica61 Coombs positiva foi relatada. O desenvolvimento de leucemia62 aguda com o uso de Unistin foi raramente relatado.
*Ototoxicidade31: a ototoxicidade31, manifestada como zumbido no ouvido63, com ou sem perda auditiva clínica (surdez ocasional), pode ocorrer em pacientes que estão recebendo Unistin e pode ser mais grave em crianças do que em adultos. A ototoxicidade31 pode aumentar com irradiação craniana prévia ou concomitante. Não se sabe se a ototoxicidade31 é reversível. Também ocorre, raramente, otalgia64 unilateral persistente e temporária. Toxicidade23 vestibular65 também foi relatada. Ototoxicidade31 pode ser mais severa em pacientes previamente tratados com outras drogas com potencial ototóxico. Antes do início da terapia e antes das doses subseqüentes de Unistin, deve ser realizada monitoração cuidadosa através de audiometria66.
*Hipersensilidade: podem ocorrer reações anafiláticas67 e erupções cutâneas68.
*Neurotoxicidade: alguns pacientes apresentaram neurotoxicidade, caracterizada, em geral, por neuropatias periféricas. Também foram relatadas perda do paladar69 e convulsões. Neuropatias resultantes do tratamento com Unistin podem ocorrer após terapia prolongada. No entanto, houve relatos de ocorrência de sintomas40 neurológicos após dose única.
Foram relatadas neuropatias severas, como parestesia70, arreflexia, perda de sensação vibratória, em pacientes que estavam em regimes de doses mais altas que as recomendadas. As neuropatias podem ser irreversíveis. Perda da função motora também foi relatada.
A terapia com Unistin deve ser interrompida assim que os sintomas40 forem observados. Evidências preliminares sugerem que a neuropatia periférica71 pode ser irreversível em alguns pacientes.
*Hepáticas30: elevações leves e transitórias das concentrações de TGO (SGOT), TGP (SGPT) e bilirrubina72 no soro54 podem ocorrer em pacientes que estão em tratamento com Unistin.
*Cardiovasculares: podem ocorrer, ocasionalmente, insuficiência cardíaca congestiva73, taquicardia74, fibrilação atrial e cardiopatia pulmonar.
*Eletrolíticas: Unistin pode causar sérias perturbações eletrolíticas: sódio, potássio, cromo, cálcio, fósforo, magnésio.
*Outros: demais efeitos adversos associados com Unistin incluem calvície75 leve ou afinamento do cabelo76, soluços, mialgia77, pirexia78 e linha de platina na gengiva. Há relatos da ocorrência freqüente de anormalidades cardíacas (inclusive distúrbios de condução e doença cardíaca congestiva), SIADH e hipercalcemia.
Em estudos in vitro, Unistin tem se mostrado mutagênico em bactérias.
Unistin tem se mostrado carcinogênico em camundongos e ratos.
Tem sido relatado que a administração concomitante de Unistin com outros agentes antitumorais pode provocar infarto79 cardíaco e infarto79 cerebral.

- POSOLOGIA:
Unistin é administrado por infusão intravenosa. Unistin também pode ser administrado via intra-arterial e intraperitoneal.

Neoplasmas80 testiculares, câncer81 de bexiga21 e câncer81 de próstata10:
A dosagem habitual de Unistin é de 15 a 20mg/m2, via intravenosa, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, ou uma dose de 25 a 35mg/m2, administrada uma vez por semana, segundo a condição do paciente.

Neoplasmas80 ovarianos:
A dosagem habitual de Unistin é de 50 a 70mg/m2, a cada 4 semanas, ou administrada seguindo-se um método de acordo com a condição da paciente.

Câncer81 de cabeça82 e pescoço83:
A dosagem habitual de Unistin é de 10 a 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos a cada 3 semanas, ou uma dose de 50 a 70mg/m2, a cada 4 semanas, segundo a condição do paciente.

Carcinoma20 de pulmão84:
A dosagem habitual de Unistin é de 70 a 90mg/m2, a cada 4 semanas, ou 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, segundo a condição do paciente.

Carcinoma20 de pulmão84 de células46 não-pequenas:
Quando Unistin é usado isoladamente, doses de 75 a 120mg/m2, via intravenosa, em intervalos de 6 a 8 semanas, costumam ser administradas. Doses de 50mg/m2, via intravenosa, no primeiro e oitavo dias, em intervalos de 4 semanas, também têm sido usadas. Quando em quimioterapia49 combinada, as doses podem ser de 40 a 120mg/m2, via intravenosa, a cada 3 a 6 semanas, dependendo do regime adotado.

Câncer81 de esôfago85:
A dosagem habitual de Unistin é de 50 a 70mg/m2, a cada 4 semanas, ou 15 a 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, segundo a condição do paciente.

Câncer81 uterino e de colo uterino86:
A dosagem habitual de Unistin é de 15 a 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, ou uma dose de 70 a 90mg/m2, a cada 4 semanas, segundo a condição da paciente.

Câncer81 gástrico:
A dosagem habitual de Unistin é de 70 a 90mg/m2, a cada 4 semanas.

Carcinoma20 cervical:
Para o tratamento de carcinoma20 cervical avançado recorrente, a dose ideal de Unistin ainda necessita ser claramente estabelecida. Doses de 50 ou 100mg/m2, via intravenosa, a cada 3 semanas, têm sido usadas; a dose de 50 mg/m2 aparentemente tem o mesmo efeito de doses mais altas, porém com menor toxicidade23.

Dose intra-arterial:
Doses de 75 a 150mg/m2, via intra-arterial, cada 2 a 5 semanas, têm sido usadas para tratamento de doenças malignas confinadas a uma região do organismo, incluindo câncer81 de bexiga21, melanoma87 maligno e sarcoma38 osteogênico.

Dose intraperitoneal:
Para o tratamento de tumores intraperitoneais (por exemplo, carcinoma20 ovariano avançado, mesotelioma) que estão confinados à cavidade peritoneal88 e/ou associados à ascite89 maligna, são recomendadas doses de 60 ou 90mg/m2, via intraperitoneal. Quando administrado associado a tiossulfato de sódio intravenoso (por exemplo, dose inicial de 7,5g/m2 seguida por 2,13g/m2 por hora, durante 12 horas), as doses de Unistin podem ser de até 270mg/m2. Doses de Unistin via intraperitoneal, com ou sem tiossulfato de sódio, devem ser repetidas a cada 3 semanas.
Para o tratamento de carcinoma20 ovariano refratário pequeno, via intraperitoneal, doses iniciais de 120mg, com acréscimos de 30mg, até a ocorrência de toxicidade23, uma vez por semana, durante 12 semanas.

Dose em crianças:
Doses pediátricas de Unistin ainda não estão completamente estabelecidas. Para o tratamento de sarcoma38 osteogênico ou neuroblastoma, Unistin tem sido administrado em doses de 90mg/m2, via intravenosa, uma vez a cada 3 semanas, ou 30mg/m2, via intravenosa, uma vez por semana. Para o tratamento de tumores cerebrais recorrentes, 60mg/m2, via intravenosa, uma vez por dia durante 2 dias consecutivos, em intervalos de 3 a 4 semanas.

Dose em insuficiência renal90:
Apesar de não estar bem elucidado se a eliminação de Unistin seria prejudicada em caso de insuficiência renal90, alguns clínicos recomendam a administração de 75‰ da dose usual em pacientes com clearence de creatinina35 entre 10 e 50mL/minuto, e para os pacientes com clearence de creatinina35 menor que 10mL/minuto, 50‰ da dose usual. Contudo, há clínicos que acreditam que a redução das doses pode não ser necessária.

- ADMINISTRAÇÃO:
Agulhas ou conjuntos intravenosos, contendo partes de alumínio, que podem entrar em contato com Unistin, não devem ser usados para o preparo ou a administração. O alumínio reage causando formação de precipitados negros e perda de potência.
Devem-se usar luvas protetoras nas mãos91 durante a manipulação do medicamento. Caso a solução de Unistin entre em contato com a pele92 e mucosas93, lavar exaustivamente a área afetada com água e sabão.
Os cuidados de assepsia94 devem ser observados, durante a manipulação do fármaco95 e do equipamento específico a ser utilizado, até o término da infusão.
Unistin deve ser adicionado a um líquido de infusão intravenosa antes da administração. Os mais adequados são: Solução de Cloreto de Sódio a 0,9‰ ou Solução de Cloreto de Sódio 0,9‰ e Glicose32 5‰.
A estabilidade de Unistin em algumas soluções intravenosas está descrita na tabela abaixo:

Solução Intravenosa    Concentração de Cisplatina (mg/mL)    Estabilidade    
5‰ de Dextrose96 e 0,45‰ ou 0,9‰ de Cloreto de Sódio    0,05; 0,5    24 horas a 25 ºC    
5‰ de Dextrose96 e 0,33‰ de Cloreto de Sódio com 1,875‰ de Manitol (com ou sem 0,15‰ de Cloreto de Potássio)    0,05; 0,1; 0,2    72 horas a 25 ºC    
5‰ de Dextrose96 e 0,45‰ de Cloreto de Sódio com 1,875‰ de Manitol    0,05; 0,1; 0,2    72 horas a 25 ºC    
0,2‰ de Cloreto de Sódio    0,2    24 horas a 25 ºC    
0,225‰ de Cloreto de Sódio    0,05; 0,1; 0,2    72 horas a 25 ºC    
0,3‰ de Cloreto de Sódio    0,05; 0,1; 0,2    72 horas a 25 ºC    
0,45‰ de Cloreto de Sódio    0,05; 0,2; 0,5    24 horas a 25 ºC    
0,9‰ de Cloreto de Sódio    0,05; 0,2; 0,5    24 horas a 25 ºC    

Soluções de Cisplatina não devem ser diluídas em solução de bicarbonato ou outras soluções alcalinas, porque acelera a decomposição da Cisplatina, podendo inclusive ocorrer formação de precipitado.
Unistin deve ser administrado preferencialmente for infusão intravenosa lenta. Há relatos que em administração por injeção7 intravenosa rápida (1 a 5 minutos), a nefrotoxicidade28 e a ototoxicidade31 foram maiores quando comparadas com a administração por infusão intravenosa lenta da droga.
Unistin não deve ser administrado com outros agentes antitumorais na mesma seringa97.
Unistin deve ser protegido da luz.
Uso preferencialmente intravenoso, podendo também ser administrado por via intra-arterial e intraperitoneal.
Todo conteúdo remanescente nos frascos-ampolas deve ser descartado.

Administração por infusão:
Para administração por infusão intravenosa, é recomendado que a dose necessária de Unistin seja diluída em 2 litros de Dextrose96 a 5‰ e 0,33‰ ou 0,45‰ de Cloreto de Sódio Injetável contendo 18,75g de manitol por litro (ex.: 37,5g por 2 litros), e feita a infusão intravenosa por 6 a 8 horas.
Porém, há outros regimes de diluição e taxas de administração que podem ser considerados.

Administração intra-arterial:
Utilizar cateter comum e administrar a infusão controlada com equipo apropriado.
A dose necessária de Unistin deve ser diluída em Solução de Cloreto de Sódio a 0,9‰ Injetável, contendo pequenas quantidades de heparina sódica, e feita a infusão intra-arterial por 2 a 4 horas.

Administração peritoneal (por instilação):
Utilizar cateter comum ou cateter de diálise peritoneal98 seguido de drenagem99, parcial ou completa, da cavidade peritoneal88.
A dose necessária de Unistin deve ser diluída em solução morna de Cloreto de Sódio a 0,9‰ e administrada por fluxo gravitacional por 10 minutos. Após 4 horas, fazer drenagem99 da cavidade peritoneal88 o mais completamente possível.
Há outros regimes de diluição e taxas de administração que podem ser considerados.

- SUPERDOSAGEM:
Uma superdosagem pode ser esperada como causa dos efeitos tóxicos descritos, mas não em grau exagerado. Hidratação adequada e diurese100 osmótica101 podem ajudar a reduzir a toxicidade23 de Unistin, se administrada rapidamente após a superdosagem.
Convulsões podem ser tratadas com anticonvulsivantes apropriados. Função renal24, cardiovascular e contagem sangüínea devem ser monitoradas diariamente, de acordo com o aparecimento de toxicidade23.
Níveis séricos de magnésio e cálcio devem ser cuidadosamente monitorados em relação à irritabilidade da musculatura voluntária. Se o paciente desenvolver tétano102 sintomático103, suplementos eletrolíticos devem ser administrados. Enzimas séricas do fígado9 e ácido úrico devem ser também monitorados diariamente após uma superdosagem.
Se desenvolver febre104 durante a mielossupressão, um antibiótico apropriado deve ser administrado após obtenção de culturas.


USO RESTRITO A HOSPITAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

UNISTIN - Laboratório

MEIZLER
Alameda Juruá, 149 - Alphaville
Barueri/SP - CEP: 06455-010
Tel: 11-4195-6613
Fax: 11-4195-6621
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Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Ácido clorídrico: Ácido clorídrico ou ácido muriático é uma solução aquosa, ácida e queimativa, normalmente utilizado como reagente químico. É um dos ácidos que se ioniza completamente em solução aquosa.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
5 Membrana Celular: Membrana seletivamente permeável (contendo lipídeos e proteínas) que envolve o citoplasma em células procarióticas e eucarióticas.
6 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
7 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
8 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
9 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
10 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
11 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
12 Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
13 Intestinos: Seção do canal alimentar que vai do ESTÔMAGO até o CANAL ANAL. Inclui o INTESTINO GROSSO e o INTESTINO DELGADO.
14 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
15 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
16 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
17 Líquor: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
18 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
19 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
20 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
21 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
22 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
23 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
24 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
25 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
26 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
27 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
28 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
29 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
30 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
31 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
32 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
33 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
34 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
35 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
36 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
37 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
38 Sarcoma: Neoplasia maligna originada de células do tecido conjuntivo. Podem aparecer no tecido adiposo (lipossarcoma), muscular (miossarcoma), ósseo (osteosarcoma), etc.
39 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
40 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
41 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
42 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
43 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
44 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
45 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
46 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
47 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
48 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
49 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
50 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
51 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
52 Estomatite: Inflamação da mucosa oral produzida por infecção viral, bacteriana, micótica ou por doença auto-imune. É caracterizada por dor, ardor e vermelhidão da mucosa, podendo depositar-se sobre a mesma uma membrana brancacenta (leucoplasia), ou ser acompanhada de bolhas e vesículas.
53 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
54 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
55 Índice de filtração glomerular: Medida da habilidade dos rins de filtrar e remover excretas do organismo.
56 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
57 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
58 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
59 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
60 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
61 Anemia hemolítica: Doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do organismo (hemólise extravascular). Pode ter várias causas e ser congênita ou adquirida. O tratamento depende da causa.
62 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
63 Zumbido no ouvido: Pode ser descrito como um som parecido com campainhas no ouvido ou outros barulhos dentro da cabeça que são percebidos na ausência de qualquer fonte de barulho externa.
64 Otalgia: Dor localizada no ouvido. Pode ser produzida por alterações nas estruturas do mesmo (otite, traumatismos, corpo estranho) ou em estruturas circunvizinhas ao mesmo que produzem dor referida nos ouvidos.
65 Vestibular: 1. O sistema vestibular é um dos sistemas que participam do equilíbrio do corpo. Ele contribui para três funções principais: controle do equilíbrio, orientação espacial e estabilização da imagem. Sintomas vestibulares são aqueles que mostram alterações neste sistema. 2. Exame que aprova e classifica os estudantes a serem admitidos nos cursos superiores.
66 Audiometria: Método utilizado para estudar a capacidade e acuidade auditivas perante diferentes freqüências sonoras.
67 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
68 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
69 Paladar: Paladar ou sabor. Em fisiologia, é a função sensorial que permite a percepção dos sabores pela língua e sua transmissão, através do nervo gustativo ao cérebro, onde são recebidos e analisados.
70 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
71 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
72 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
73 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
74 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
75 Calvície: Também chamada de alopécia androgenética é uma manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos, sendo que a herança genética pode vir do lado paterno ou materno. É resultado da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos que começam a ser produzidos na adolescência (testosterona). Ao atingir o couro cabeludo de pacientes com tendência genética para a calvície, a testosterona sofre a ação de uma enzima, a 5-alfa-redutase, e é transformada em diidrotestosterona (DHT). É a DHT que vai agir sobre os folículos pilosos promovendo a sua diminuição progressiva. O resultado final deste processo de diminuição e afinamento dos fios de cabelo é a calvície.
76 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
77 Mialgia: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
78 Pirexia: Sinônimo de febre. É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
79 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
80 Neoplasmas: Tumor ou massa anormal de tecido decorrente do crescimento anormal ou divisão de células incontrolada e progressiva.
81 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
82 Cabeça:
83 Pescoço:
84 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
85 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
86 Colo Uterino: Porção compreendendo o pescoço do ÚTERO (entre o ístmo inferior e a VAGINA), que forma o canal cervical.
87 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
88 Cavidade peritoneal: Espaço recoberto pelo peritônio. É dividido em duas partes, o grande saco e o pequeno saco ou bolsa omental, que se localiza atrás do ESTÔMAGO. Os dois sacos estão conectados pelo forame de Winslow ou forame epiplóico.
89 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
90 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
91 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
92 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
93 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
94 Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos em um ambiente que logicamente não os tem. Logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
95 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
96 Dextrose: Também chamada de glicose. Açúcar encontrado no sangue que serve como principal fonte de energia do organismo.
97 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
98 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
99 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
100 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
101 Osmótica: Relativo à osmose, ou seja, ao fluxo do solvente de uma solução pouco concentrada, em direção a outra mais concentrada, que se dá através de uma membrana semipermeável.
102 Tétano: Toxinfecção produzida por uma bactéria chamada Clostridium tetani. Esta, ao infectar uma ferida cutânea, produz uma toxina (tetanospasmina) altamente nociva para o sistema nervoso que produz espasmos e paralisia dos nervos afetados. Pode ser fatal. Existe vacina contra o tétano (antitetânica) que deve ser tomada sempre que acontecer um traumatismo em que se suspeita da contaminação por esta bactéria. Se a contaminação for confirmada, ou se a pessoa nunca recebeu uma dose da vacina anteriormente, pode ser necessário administrar anticorpos exógenos (de soro de cavalo) contra esta toxina.
103 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
104 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.

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