

Predsim (Gotas) (Bula do profissional de saúde)
COSMED INDUSTRIA DE COSMETICOS E MEDICAMENTOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Predsim®
fosfato sódico de prednisolona
Solução gotas
APRESENTAÇÕES
Solução gotas
Embalagens contendo 1 frasco gotejador com 15mL ou 20mL
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÕES
Cada mL* da solução gotas contém:
fosfato sódico de prednisolona (equivalente a 11mg de prednisolona) | 14,74 mg |
veículo q.s.p | 1 mL |
(álcool etílico, aroma de frutas roxas, benzoato de sódio, ciclamato de sódio, mentol, edetato dissódico, fosfato de sódio dibásico anidro, fosfato de sódio monobásico monoidratado, sacarina1 sódica, sorbitol2, sucralose, hidróxido de sódio e água)
*1mL da solução equivale a 20 gotas. Cada gota3 da solução contém 0,55mg.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE4
INDICAÇÕES
Predsim® é indicado para o tratamento de doenças endócrinas, osteoarticulares e osteomusculares, reumáticas, do colágeno5, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas6, e outras, que respondam à terapia com corticosteroides. A terapia com corticosteroide hormonal é complementar à terapia convencional7.
Distúrbios alérgicos
Controle de condições alérgicas graves ou incapacitantes, não tratáveis com terapia convencional7, como rinite8 alérgica sazonal ou perene; pólipo9 nasal; asma10 brônquica (incluindo estado de mal asmático); bronquite; dermatite11 de contato; dermatite11 atópica (neurodermatite); reações medicamentosas ou por soro12.
Distúrbios respiratórios
Sarcoidose13 sintomática14; síndrome15 de Loeffler, sem resposta aos tratamentos convencionais; beriliose16; tuberculose17 pulmonar disseminada ou fulminante, quando utilizado concomitantemente à quimioterapia18 antituberculosa apropriada; pneumonite19 por aspiração.
Distúrbios reumáticos e osteomusculares
Como terapia complementar para administração no curto prazo (para reverter pacientes em episódio agudo20 ou exacerbado) em: artrite21 psoriática; artrite reumatoide22, incluindo artrite reumatoide22 juvenil (em casos particulares serão utilizadas terapias de manutenção em doses baixas); espondilite anquilosante; bursite23 aguda e subaguda24; tenossinovite aguda inespecífica; artrite21 gotosa aguda; osteoartrite25 pós-traumática; sinovite26 osteoartrítica; epicondilite; fibrosite; miosite.
Distúrbios dermatológicos
Pênfigo; dermatite11 herpetiforme bolhosa; eritema multiforme27 grave (síndrome de Stevens-Johnson28); dermatite11 esfoliativa; micose29 fungoide; psoríase30 grave; dermatite seborreica31 grave.
Distúrbios hematológicos
Púrpura32 trombocitopênica idiopática33 em adultos; trombocitopenia34 secundária em adultos; anemia hemolítica35 adquirida (autoimune36); eritroblastopenia (anemia37 eritrocítica); anemia37 hipoplásica congênita38 (eritroide).
Distúrbios neoplásicos39
Como medicação paliativa de leucemias e linfomas em adultos; leucemia40 aguda em crianças.
Distúrbios nefrológicos
Para induzir diurese41 ou remissão de proteinúria42 na síndrome nefrótica43 do tipo idiopático44 ou devida a lúpus45 eritematoso46, mas somente na ausência de uremia47.
Distúrbios endócrinos
Insuficiência48 adrenocortical primária ou secundária (sendo que corticosteroides naturais como cortisona ou hidrocortisona são os de escolha; análogos sintéticos podem ser utilizados em conjunto com mineralocorticoides, se necessário; na infância a suplementação49 de mineralocorticoides é especialmente importante); hiperplasia50 adrenal congênita38; tireoidite não supurativa; hipercalcemia associada ao câncer51.
Doenças do colágeno5
Durante exacerbação ou como terapia de manutenção em casos selecionados de lúpus45 eritematoso46 sistêmico52; cardite reumática aguda; dermatomiosite sistêmica (polimiosite).
Distúrbios gastrintestinais
Manutenção do paciente após um período crítico da doença em colite53 ulcerativa e enterite regional.
Distúrbios neurológicos
Exacerbações agudas da esclerose múltipla54.
Distúrbios oftálmicos
Processos inflamatórios e alérgicos, agudos e crônicos graves, envolvendo os olhos55 e seus anexos56, como conjuntivite57 alérgica, ceratite; úlcera58 alérgica marginal da córnea59; herpes zoster60 oftálmico; irite61 e iridociclite; coriorretinite; inflamação62 do segmento anterior; uveíte63 posterior difusa e coroidite; neurite64 óptica; oftalmia do simpático65.
Outros distúrbios
Meningite66 tuberculosa com (ou iminência de) bloqueio subaracnoide, quando utilizado concomitantemente à terapêutica67 antituberculosa apropriada. Triquinose68 com envolvimento neurológico ou do miocárdio69.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Na asma10
Em um estudo duplo-cego70, Storr e cols. distribuíram aleatoriamente 140 de 184 crianças com asma10 aguda para receber prednisolona oral nas doses de 30 ou 60mg (crianças < ou > de 5 anos, respectivamente) (n=67) ou placebo71 (n=73) após a admissão. Os dois grupos apresentavam características semelhantes na avaliação inicial. A reavaliação, após poucas horas, demonstrou que 30% das crianças no grupo prednisolona poderiam receber alta em comparação a apenas 3% no grupo placebo71. Das crianças que permaneceram no hospital, as que receberam prednisolona oral tiveram uma menor duração da internação e foram menos propensas a necessitar de terapia adicional com corticosteroides.¹
Langton Hewer e cols. realizaram um estudo duplo-cego70 com 98 crianças entre 1 e 15 anos para investigar a dose apropriada de prednisolona oral na exacerbação aguda de asma10. Após admissão, as crianças foram distribuídas aleatoriamente para receber 0,5mg/kg, 1,0mg/kg ou 2,0mg/kg, em dose única, em adição a nebulização72 com broncodilatadores73. Escores de AMAS clínicos, saturação de oxigênio, frequência cardíaca, número de nebulizações e duração da internação foram comparados entre os três grupos e não foram observadas diferenças no padrão de recuperação da crise entre os mesmos.²
Na artrite reumatoide22
Em um estudo duplo-cego70 e controlado por placebo71, Kirwan e o Arthris and Rheumatism Council Low- Dose Corticosteroid Group distribuíram aleatoriamente 128 pacientes adultos com artrite reumatoide22 ativa, com duração menor que dois anos, para receber prednisolona oral na dose de 7,5mg ao dia ou placebo71 durante dois dias. Exceto pela corticoterapia sistêmica, outros tratamentos podiam ser prescritos. As variáveis analisadas como desfecho primário foram progressão da lesão74 nas mãos75, avaliada pela radiografia, e o aparecimento de erosões nas mãos75 que não apresentavam erosões na fase basal. Observou-se redução na progressão das alterações erosivas, naquelas pacientes tratados com a prednisolona, em relação ao placebo71.³
Rau e cols. compararam o efeito de dois anos de tratamento com prednisolona, na dose de 5mg ao dia, versus placebo71, em pacientes portadores de artrite reumatoide22, de duração menor que dois anos, em um estudo duplo-cego70, no qual os pacientes haviam iniciado tratamento com DMARD. A progressão radiólogica foi significativamente menor naqueles pacientes que receberam prednisolona, sendo que a maior diferença na taxa de progressão foi observada nos primeiros seis meses de tratamento.4
Referências Bibliográficas:
- Storr J, Barrel E, Barry W, et al. Effect of a single oral dose of prednisolone in acute childhood asthma. Lancet 1987; 1(8538): 879-82.
- Langton Hewe S, Hobbs J, Reid F, et al. Prednisolone in acute childhood asthma: clinical responses to three dosages. Respir Med 1998; 92(3): 541-6.
- Kirwan JR. The effect og glucocorticoids on joint destruction in rheumatoid arthritis. N Engl J Med 1995; 333 (3): 142-6.
- Rau R, Wassenberg S, Zedler H. Low dose prednisolone therapy (LDPT) retards radiographically detectable destruction in early rheumatoid arthristis-preliminary results of a multicenter, randomized, parallel, double blind study. Z Rheumatol 2000; 59 Suppl 2:II/90-6.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
A prednisolona é um fármaco76 esteroide adrenocortical sintético com propriedades predominantemente glicocorticoides. Algumas destas propriedades reproduzem as ações fisiológicas77 dos glicocorticoides endógenos, porém outras refletem as funções normais dos hormônios adrenais e são encontradas apenas após a administração de altas doses terapêuticas do medicamento.
Os efeitos farmacológicos da prednisolona em razão de suas propriedades glicocorticoides incluem: estímulo da gliconeogênese78; aumento do depósito de glicogênio79 no fígado80; inibição da utilização da glicose81; atividade anti-insulínica; aumento do catabolismo82 proteico; aumento da lipólise; estímulo da síntese e armazenamento de gordura83; aumento da taxa de filtração glomerular com um aumento consequente da excreção urinária de urato (a excreção de creatinina84 permanece inalterada); e excreção aumentada de cálcio.
A produção de eosinófilos85 e linfócitos é diminuída, porém a eritropoiese86 e a produção de leucócitos polimorfonucleares87 são estimuladas. Os processos inflamatórios (edema88, deposição de fibrina89, dilatação capilar90, migração de leucócitos91 e fagocitose92), assim como os estágios tardios de cicatrização (proliferação capilar90, deposição de colágeno5 e a cicatrização) são inibidos. A prednisolona possui leve atividade mineralocorticoide93 pela qual estimula a entrada de sódio para dentro das células94 e a saída de potássio intracelular. Este efeito é particularmente evidente nos rins95, onde a troca de íons96 pode levar à retenção de sódio e hipertensão arterial97.
A prednisolona tem absorção rápida e eficiente no trato gastrintestinal após administração por via oral. Setenta por cento a 90% da prednisolona é ligada às proteínas98 plasmáticas e é eliminada do plasma99 com meia-vida de 2 a 4 horas. A prednisolona é metabolizada principalmente no fígado80 e excretada na urina100 como conjugados de sulfato e glicuronídeos.
CONTRAINDICAÇÕES
Predsim® não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade à prednisolona ou a outros corticosteroides ou a qualquer componente de sua fórmula.
Este medicamento é contraindicado para pacientes101 com infecções102 não controladas e infecções102 por fungos que afetam o organismo todo.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Poderão ser necessários ajustes posológicos durante remissões ou exacerbações da doença em tratamento, resposta individual ao tratamento e exposição do paciente a situações de estresse emocional ou físico, tais como infecção103 grave, cirurgia ou traumatismo104.
Os corticosteroides podem mascarar alguns sinais105 de infecção103, e novas infecções102 podem surgir durante sua administração. Quando os corticosteroides são usados, pode ocorrer baixa na resistência ou dificuldade em localizar a infecção103.
É aconselhável cautela em relação a: colite53 ulcerativa inespecífica, quando houver possibilidade de perfuração; abscesso106 ou outra infecção103 piogênica; diverticulite107; anastomose108 intestinal recente; úlcera péptica109; insuficiência renal110; hipertensão arterial97; osteoporose111; miastenia112 gravis.
O efeito dos corticosteroides é aumentado em pacientes com hipotireoidismo113 e cirrose114 hepática115.
Os corticosteroides podem agravar condições preexistentes de instabilidade emocional ou tendências psicóticas. Transtornos psíquicos podem ocorrer durante a terapia com corticosteroides.
Como as complicações provenientes do tratamento com corticosteroides são relacionadas à dose e duração do tratamento, deve-se fazer uma avaliação risco/benefício para cada paciente.
O uso prolongado de corticosteroides pode induzir o desenvolvimento de catarata116 subcapsular posterior, glaucoma117 com risco de lesão74 do nervo óptico, aumento do risco de infecções102 oculares secundárias por fungos ou vírus118.
Altas doses de corticosteroides, bem como doses habituais, podem causar elevação da pressão arterial119, retenção de sal e água e aumento da excreção de potássio. Todos os corticosteroides aumentam a excreção de cálcio. Considerar a possibilidade de dieta hipossódica e suplementação49 de potássio, quando os corticosteroides forem utilizados. Estes efeitos ocorrem menos com os derivados sintéticos, exceto quando em altas doses.
O tratamento com corticosteroides na tuberculose17 ativa deve estar restrito aos casos de tuberculose17 fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteroide é usado associadamente ao esquema antituberculoso adequado.
Caso haja indicação de corticosteroide em tuberculose17 latente ou reatividade à tuberculina, torna-se necessária avaliação continuada. Durante terapia prolongada, esses pacientes devem receber quimioprofilaxia. Se a rifampicina é utilizada em um programa quimioprofilático, seu efeito intensificador do metabolismo120 hepático dos corticosteroides deve ser considerado; ajustando-se a dose, se necessário. A menor dose possível de corticosteroides deve ser usada no controle da condição sob tratamento. Quando é possível, a redução da dose deve ser gradual.
A corticoterapia pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides121.
Poderá ser necessário monitoramento por período de até um ano após o término de tratamento prolongado ou com doses altas de corticosteroides.
Insuficiência48 secundária do córtex suprarrenal induzida por medicamento pode ser resultante de retirada rápida do corticosteroide, podendo ser evitada mediante redução gradativa da dose. Tal insuficiência48 relativa pode persistir meses após a descontinuação da terapia; por essa razão, se ocorrer estresse durante este período, a corticoterapia deverá ser restabelecida. Se o paciente já estiver fazendo uso de corticosteroide, a dose poderá ser aumentada, uma vez que a secreção mineralocorticoide93 pode estar diminuída; sal e/ou mineralocorticoide93 deve ser administrado concomitantemente.
Recomenda-se uso cauteloso em pacientes com herpes simples oftálmico pelo risco de perfuração da córnea59.
Os pacientes não deverão ser vacinados contra varíola durante terapia com corticosteroides. Outras imunizações também deverão ser evitadas, principalmente nos pacientes que estão recebendo altas doses de corticosteroides, pelos possíveis riscos de complicações neurológicas e ausência de resposta de anticorpos122. Entretanto, imunizações podem ser realizadas nos pacientes que estejam fazendo uso de corticosteroides como terapia substitutiva, como, por exemplo, para a doença de Addison.
Pacientes que estejam fazendo uso de doses imunossupressoras de corticosteroides devem evitar exposição à varicela123 ou ao sarampo124 e, se expostos, devem receber atendimento médico, principalmente nos casos com crianças.
Uso em crianças
As crianças que utilizam Predsim® ou outros corticosteroides por longo prazo devem ser cuidadosamente observadas em relação ao aparecimento de reações adversas graves como: obesidade125, retardo no crescimento, redução do conteúdo de cálcio no sangue126 e diminuição da produção de hormônios pelas glândulas127 suprarrenais.
As crianças tratadas com medicamentos imunossupressores são mais suscetíveis a infecções102 do que as crianças saudáveis. Varicela123 e sarampo124, por exemplo, podem apresentar consequências mais graves ou até mesmo fatais em crianças recebendo tratamento com corticosteroides e imunossupressores. Nestas crianças, ou em adultos que não tenham contraído estas doenças, deve-se ter cautela especial para evitar tal exposição. Se ocorrer exposição, pode-se usar terapia com imunoglobulina128 antivaricela-zoster60 (VZIG) ou "pool" de imunoglobulina128 intravenosa (IVIG), quando apropriado. Em caso de desenvolvimento de varicela123, pode ser considerado o tratamento com agentes antivirais.
O crescimento e desenvolvimento de recém-nascidos e crianças sob corticoterapia prolongada devem ser cuidadosamente acompanhados uma vez que este tipo de tratamento pode alterar o crescimento e inibir a produção endógena de corticosteroides.
Uso na gravidez129 e lactação130
Não há estudos adequados sobre reprodução131 humana e corticosteroides. O uso de Predsim® em gestantes, mulheres no período de amamentação132 ou com suspeita de gravidez129 requer que os possíveis benefícios sejam avaliados em relação aos riscos potenciais para a mãe, o embrião, o feto133 ou o recém-nascido. O fármaco76 é excretado no leite materno; portanto, a administração a lactantes134 não é recomendada. Recém- nascidos de mães que receberam doses altas de corticosteroides durante a gravidez129 devem ser observados quanto a sinais105 de hipoadrenalismo.
Gravidez129 - Categoria de Risco C: não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso deste medicamento no período da lactação130 depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizado, pode ser necessário monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente135.
Uso em idosos
É recomendada cautela em pacientes idosos, pois eles são mais suscetíveis às reações adversas.
Uso em grupos de risco
Nos pacientes com insuficiência hepática136, pode ser necessária uma redução da dose. No tratamento de doenças hepáticas137 crônicas ativas com prednisolona, as principais reações adversas, como fratura138 vertebral, diabetes139, hipertensão arterial97, catarata116 e síndrome de Cushing140, ocorreram em cerca de 30% dos pacientes.
Nos pacientes com hipotireoidismo113 e naqueles com cirrose114 hepática115 existe efeito acentuado dos corticosteroides.
Pacientes com tuberculose17 ativa ou quiescente141 duvidosa, não devem utilizar Predsim®, exceto como adjuvante ao tratamento com fármacos tuberculostáticos, pois pode ocorrer recidiva142 da doença. A quimioprofilaxia é indicada durante o tratamento prolongado com corticosteroide. Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose17. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão143 devem estar alerta quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico144 precoce e tratamento.
Esse medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante de fenobarbital, fenitoína, rifampicina ou efedrina pode aumentar o metabolismo120 dos corticosteroides, reduzindo seus efeitos terapêuticos.
Pacientes em tratamento com corticosteroides e estrógenos devem ser observados em relação à exacerbação dos efeitos do corticosteroide.
O uso concomitante de corticosteroides com diuréticos145 depletores de potássio pode intensificar a hipocalemia146. O uso dos corticosteroides com glicosídios cardíacos pode aumentar a possibilidade de arritmias147 ou intoxicação digitálica associada à hipocalemia146.
Os corticosteroides podem potencializar a depleção148 de potássio causada pela anfotericina B. Deve-se acompanhar com exames laboratoriais (dosagem principalmente de potássio) todos os pacientes em tratamento com associação desses medicamentos.
O uso de corticosteroides com anticoagulantes149 cumarínicos pode aumentar ou diminuir os efeitos anticoagulantes149, podendo haver necessidade de ajustes posológicos.
Os corticosteroides podem reduzir as concentrações plasmáticas de salicilato. Nas hipoprotrombinemias, o ácido acetilsalicílico deve ser usado com precaução quando associado aos corticosteroides.
Quando os corticosteroides são indicados em diabéticos, pode ser necessário ajuste posológico do hipoglicemiante150 oral ou da insulina151.
Tratamento com glicocorticoides pode inibir a resposta à somatotropina.
Os efeitos dos anti-inflamatórios não-esteroides somados aos dos glicocorticoides podem resultar em aumento da incidência152 ou gravidade de úlceras153 gastrintestinais.
Interação medicamento-substância química
Os efeitos do álcool, somados aos dos glicocorticoides podem resultar em aumento da incidência152 ou gravidade de úlceras153 gastrintestinais.
Interação medicamento-exame laboratorial
Predsim® pode alterar o teste de "Nitroblue tetrazolium" para infecções102 bacterianas e produzir resultados falso-negativos. Todos os corticoides podem suprimir as reações de testes cutâneos.
Os glicocorticoides podem diminuir a absorção de iodo e as concentrações de iodo ligado às proteínas98, dificultando a monitoração da resposta terapêutica67 dos pacientes recebendo medicamento para tireoide154.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz. Prazo de validade: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Predsim® solução gotas apresenta-se como uma solução límpida de coloração amarelada, livre de partículas estranhas e de odor adocicado.
Predsim® comprimido apresenta-se como comprimido branco a praticamente branco, redondo, biconvexo, sulcado em uma das faces e com a inscrição “40mg” na outra, livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
POSOLOGIA E MODO DE USAR
USO ORAL
As necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas tendo por base a gravidade da doença e a resposta do paciente ao tratamento.
POSOLOGIA
Adultos
A dose inicial de Predsim® para adultos pode variar de 5 a 60mg diários, dependendo da doença em tratamento. Em situações de menor gravidade, doses mais baixas deverão ser suficientes, enquanto que determinados pacientes necessitam de doses iniciais elevadas. A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até que se observe resposta clínica favorável. Se, após um período de tratamento, não ocorrer resposta clínica satisfatória, Predsim® deve ser descontinuado e outra terapia apropriada deve ser instituída.
Crianças
A dose pediátrica inicial pode variar de 0,14 a 2mg/kg de peso por dia, ou de 4 a 60mg por metro quadrado de superfície corporal por dia, administrados de 1 a 4 vezes por dia. Posologias para recém-nascidos e crianças devem ser orientadas segundo as mesmas considerações feitas para adultos, ao invés de se adotar rigidez estrita aos índices para idade ou peso corporal.
Após observação de resposta favorável, deve-se determinar a dose adequada de manutenção, mediante diminuição da dose inicial, realizada por pequenos decréscimos a intervalos de tempo apropriados, até que a menor dose para manter uma resposta clínica adequada seja obtida.
Predsim® pode ser administrado em um regime de dias alternados a pacientes que necessitem de terapia prolongada, de acordo com o julgamento do médico. Caso ocorra um período de remissão espontânea em uma afecção155 crônica, o tratamento deverá ser descontinuado.
A exposição do paciente a situações de estresse não relacionadas à doença básica sob tratamento podem necessitar de aumento da dose de Predsim®. Em caso de descontinuação do medicamento após tratamento prolongado, deve-se reduzir a dose gradualmente.
A dose média inicial de prednisolona para crianças é de 1mg/kg/dia, o que corresponde a 2 gotas/kg/dia, podendo ser tomada em dose única ou ser dividida em até 4 doses.
A dose máxima de Predsim® é de 80mg por dia.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas a Predsim® têm sido as mesmas relatadas para outros corticosteroides e normalmente podem ser revertidas ou minimizadas com a redução da dose, sendo essa solução preferível, em vez da interrupção do tratamento com o medicamento.
Ocorrem efeitos tóxicos com todas as preparações de corticosteroides e sua incidência152 eleva-se quando a dose aumenta muito acima de 80mg/dia de prednisolona ou seu equivalente.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Alterações gastrintestinais: aumento do apetite e indigestão; úlcera gástrica156 ou duodenal, com possível perfuração e sangramento; pancreatite157; esofagite158 ulcerativa
- Alterações neurológicas: nervosismo; cansaço e insônia.
- Alterações dermatológicas: reação alérgica159 localizada.
- Alterações oftálmicas: catarata116; aumento da pressão intraocular160; glaucoma117; olhos55 saltados; aumento da ocorrência de infecção103 ocular por fungos e vírus118.
- Alterações endócrinas: pré-diabetes161; ocorrência de diabetes139 em pessoas com tendência à diabetes139 ou piora do controle da glicemia162; necessitando aumento da dose de insulina151 ou medicamentos antidiabéticos orais163. O tratamento com doses elevadas de corticosteroides pode induzir ao aumento acentuado da trigliceridemia.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Alterações dermatológicas: rubor facial; retardo na cicatrização; pele164 fina e frágil; aumento da sudorese165; urticária166; edema angioneurótico167; dermatite11 alérgica; manchas roxas na pele164; acne168 no rosto, tórax169 e costas170; estrias avermelhadas nas coxas171, nádegas172 e ombros.
- Alterações neurológicas: convulsões; aumento da pressão intracraniana (pseudotumor cerebral) geralmente após tratamento; tontura173; cefaleia174; agitação; isquemia175 dos nervos; alterações eletroencefalográficas.
- Alterações psiquiátricas: euforia; depressão grave com sintomas176 de psicose177; alterações da personalidade; irritabilidade; insônia e alterações do humor.
- Alterações endócrinas: irregularidades menstruais; síndrome de Cushing140; insuficiência48 adrenal ou hipofisária, principalmente em casos de estresse (cirurgias, trauma ou doença); diminuição do crescimento fetal ou infantil. Em alguns homens, o uso de corticosteroides resultou em aumento ou diminuição da motilidade e do número de espermatozoides121.
- Alterações gastrintestinais: náuseas178; vômitos179; perda de peso; diarreia180; prisão de ventre; distensão abdominal; indigestão.
- Alterações hidroeletrolíticas: retenção de sal e água; insuficiência cardíaca congestiva181 em pacientes suscetíveis; alcalose182 hipocalêmica; aumento da pressão arterial119.
- Alterações osteoarticulares e osteomusculares: fraqueza muscular; perda de massa muscular; agravamento dos sintomas176 da miastenia112 gravis, osteoporose111, necrose183 asséptica da cabeça184 do fêmur185 e do úmero186; fratura138 de ossos longos187 e vértebras sem trauma ou com trauma mínimo; e ruptura espontânea de tendões188.
- Alterações metabólicas: perda de nitrogênio na urina100 devido à degradação de proteínas98.
Em caso de eventos adversos, ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Não foram relatados os efeitos da ingestão acidental de grandes quantidades de prednisolona em um curto período de tempo.
O mais indicado é procurar um serviço médico, tendo em mãos75 a embalagem do produto e, de preferência, sabendo-se a quantidade exata de medicamento ingerida. Pode-se, alternativamente, solicitar auxílio ao Centro de Assistência Toxicológica da região, o qual deve fornecer as orientações para a superdose em questão.
Superdose aguda com glicocorticoides, incluindo prednisolona, não deve levar a situações de risco de morte. Exceto em doses extremas, poucos dias em regime de alta dose com glicocorticoides, é improvável que produzam resultados nocivos, na ausência de contraindicações específicas, como em pacientes com diabetes mellitus189, glaucoma117 ou úlcera péptica109 ativa, ou em pacientes que estejam fazendo uso de medicações como digitálicos, anticoagulantes149, cumarínicos ou diuréticos145 depletores de potássio. O seu tratamento inclui a indução de vômito190 ou através de lavagem gástrica191. As possíveis complicações associadas devem ser tratadas especificamente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro M.S.: nº 1.7817.0789
Farm. Responsável: Luciana Lopes da Costa - CRF-GO nº 2.757.
Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Avenida Ceci, nº 282, Módulo I - Tamboré - Barueri - SP - CEP 06460-120
C.N.P.J.: 61.082.426/0002-07 - Indústria Brasileira
Fabricado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - DAIA - Anápolis - GO - CEP 75132-020
SAC 0800 97 99 900
