

Amioron
GEOLAB INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Amioron
cloridrato de amiodarona
Comprimidos 200 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido
Embalagem contendo 20 ou 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Amioron contém:
cloridrato de amiodarona | 200 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido, lactose1 monoidratada, povidona, dióxido de silício, estearato de magnésio e álcool etílico.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Amioron é indicado para os seguintes casos:
- distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras terapêuticas;
- taquicardia2 ventricular sintomática3 (aumento da frequência cardíaca que se origina nos ventrículos do coração4);
- taquicardia2 supraventricular sintomática3 (aumento da frequência cardíaca que se origina nos átrios do coração5);
- alterações do ritmo cardíaco associadas à síndrome6 de Wolff-Parkinson-White (uma forma de arritmia7, que é uma alteração na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos).
Devido às propriedades farmacológicas da amiodarona, Amioron é particularmente indicado quando os distúrbios do ritmo forem capazes de agravar uma patologia8 clínica subjacente [insuficiência9 coronariana (dor no peito10 é o sintoma11 mais comum), insuficiência cardíaca12].
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Amioron é um produto que contém em sua fórmula o cloridrato de amiodarona. Esta substância tem a finalidade de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias13), que podem ocorrer em alguns tipos de doença.
A ação inicial após administração oral varia de 2-3 dias até 3-6 semanas. O efeito terapêutico de Amioron deve-se ao acúmulo do cloridrato de amiodarona nos tecidos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar Amioron nos seguintes casos:
- alergia14 conhecida ao iodo, à amiodarona ou quaisquer componentes da fórmula;
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes:
- com bradicardia15 sinusal (diminuição da frequência cardíaca), bloqueio sinoatrial (bloqueio na propagação dos impulsos elétricos nesta parte do coração5) e doença do nó sinusal16 (estrutura do coração5 responsável pela função de marcar o passo natural), devido ao risco de parada sinusal, distúrbios severos de condução atrioventricular (na condução dos impulsos elétricos nesta parte do coração5), a menos que você esteja com um marcapasso17 implantado;
- que fazem uso de associação com medicamentos que possam induzir torsade de pointes (alteração grave nos batimentos cardíacos) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações Medicamentosas”);
- como disfunção da tireoide18;
- gravidez19, exceto em circunstâncias excepcionais (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento – Gravidez19 e lactação”);
- que amamentam (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento – Gravidez19 e lactação”).
Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona é utilizada na sala de emergência20, em casos de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque21 (desfibrilador).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez19.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS
Distúrbios cardíacos
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Foi reportado o aparecimento de novas arritmias13 (alteração na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos) ou a piora de arritmias13 tratadas, algumas vezes de forma fatal. É importante, porém difícil, diferenciar uma falta de efeito do medicamento de um efeito pró-arrítmico associado ou não a uma piora da condição cardíaca. Os efeitos pró-arrítmicos são mais raramente reportados com amiodarona do que com outros agentes antiarrítmicos, e geralmente ocorrem no contexto de fatores que prolongam o intervalo QT, tais como interações medicamentosas e/ou distúrbios eletrolíticos (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento – Interações Medicamentosas” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Apesar do prolongamento do intervalo QT, a amiodarona exibe baixa atividade torsadogênica (capacidade de provocar alterações no eletrocardiograma22 chamadas torsade de pointes).
A ação farmacológica da amiodarona induz alterações no eletrocardiograma22 (exame que avalia a variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração5), tais como prolongamento do intervalo QT (relacionado ao prolongamento da repolarização) com possível desenvolvimento de onda U (um dos eventos avaliados no eletrocardiograma22). Entretanto, estas alterações não indicam intoxicação.
Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada.
O tratamento deve ser descontinuado no caso de aparecimento de bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º grau, bloqueio sinoatrial ou de bloqueio bi-fascicular (alterações eletrocardiográficas identificadas pelo profissional de saúde23). Bradicardia15 (diminuição da frequência cardíaca) severa (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento – Interações Medicamentosas”).
Casos de bradicardia15 severa, potencialmente com risco de vida e bloqueio cardíaco24 foram observados quando a amiodarona é administrada em combinação com sofosbuvir (medicamento para tratar a hepatite25 C) em combinação com outro antiviral (são fármacos usados para o tratamento de infecções26 por vírus27) de ação direta contra o vírus27 da hepatite25 C, tais como daclatasvir, simeprevir, ou ledipasvir. Portanto, a coadministração destes agentes com amiodarona não é recomendada.
Se o uso concomitante (ao mesmo tempo) com amiodarona não puder ser evitado, recomenda-se que os pacientes sejam cuidadosamente monitorados quando se iniciar o uso de sofosbuvirem combinação com outros antivirais de ação direta. Pacientes identificados com alto risco de bradiarritmia (alteração na frequência e ritmo cardíaco) devem ser monitorados continuamente por pelo menos 48 horas em um ambiente clínico adequado, após o início do tratamento concomitante com sofosbuvir.
Devido à meia vida (medida usada para indicar a eliminação) longa da amiodarona, um monitoramento apropriado também deve ser realizado em pacientes que descontinuaram amiodarona dentro dos últimos meses, e que iniciarão com sofosbuvir em combinação com outros antivirais de ação direta.
Os pacientes que recebem esses medicamentos para hepatite25 C com amiodarona, com ou sem outros medicamentos que diminuem a frequência cardíaca, devem ser advertidos sobre os sintomas28 de bradicardia15 e bloqueio cardíaco24 e, caso ocorra, devem ser orientados a procurar imediatamente um médico.
Distúrbios pulmonares
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
O aparecimento de dispneia29 (falta de ar) ou tosse não produtiva pode estar relacionado à toxicidade30 pulmonar tal como pneumonite31 intersticial32 (tipo de pneumonia33). Casos muito raros de pneumonite31 intersticial32 têm sido relatados com o uso intravenoso de amiodarona. Deve-se realizar raio-X de tórax34, quando há suspeita de pneumonite31 em pacientes que desenvolveram dispneia29 de esforço, isolada ou associada com piora do estado geral (cansaço, perda de peso, febre35). A terapia com amidarona deve ser reavaliada visto que a pneumonite31 intersticial32 é geralmente reversível após a retirada precoce de amiodarona (sinais36 clínicos geralmente regridem dentro de 3 a 4 semanas, seguido por lenta melhora da função pulmonar e radiológica dentro de alguns meses), e deve ser considerado um tratamento com corticosteroides. Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas, às vezes fatais, geralmente no período imediato após uma cirurgia (síndrome6 de angústia respiratória do adulto); isto pode estar relacionado com altas concentrações de oxigênio (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento – Interações Medicamentosas” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Distúrbios do fígado37
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Um monitoramento cuidadoso dos testes de função hepática38 (transaminases – enzimas do fígado37) é recomendável assim que o uso da amiodarona for iniciado e regularmente durante o tratamento. Podem ocorrer distúrbios hepáticos agudos (incluindo insuficiência9 hepatocelular severa ou insuficiência9 do fígado37, algumas vezes fatal) e crônicos, com o uso de amiodarona nas formas oral e intravenosa e nas primeiras 24 horas da administração por via IV. Portanto, a dose de amiodarona deve ser reduzida ou o tratamento descontinuado se o aumento de transaminases exceder três vezes o valor normal.
Os sinais36 clínicos e biológicos de insuficiência hepática39 crônica decorrentes do uso oral de amiodarona podem ser mínimos (aumento do fígado37, aumento das transaminases em até 5 vezes os valores normais) e reversíveis após a suspensão do tratamento, contudo foram relatados casos fatais.
Reações bolhosas severas
Reações cutâneas40 com risco de morte ou até mesmo fatais Síndrome de Stevens-Johnson41 (SSJ – forma grave de reação alérgica42 caracterizada por bolhas em mucosas43 e em grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica tóxica44 (NET – quadro grave, caracterizado por erupção45 generalizada, com bolhas rasas extensas e áreas de necrose46 epidérmica, à semelhança do grande queimado, resultante principalmente de uma reação tóxica a vários medicamentos) (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Se sinais36 ou sintomas28 de SSJ ou NET (rash47 cutâneo48 progressivo frequentemente com bolha49 ou lesão50 na mucosa51) aparecerem, o tratamento com amiodarona deve ser descontinuado imediatamente.
Interações medicamentosas
O uso concomitante de amiodarona não é recomendado com os seguintes fármacos: beta-bloqueadores (classe de medicamentos que diminuem os batimentos cardíacos), bloqueadores de canais de cálcio que diminuem a frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), laxantes52 que podem causar hipocalemia53 (redução dos níveis de potássio no sangue54). Hipertireoidismo55 (produção excessiva de hormônios tireoidianos – T3 e T4) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações Medicamentosas” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
O hipertireoidismo55 pode ocorrer durante o tratamento com amiodarona ou em até alguns meses após a descontinuação. As características clínicas, normalmente leves, como a perda de peso, princípio de arritmia7, angina56 e insuficiência cardíaca congestiva57 devem alertar o médico. O diagnóstico58 é sustentado por uma diminuição clara nos níveis séricos de TSH ultrassensível (hormônio59 que induz a maior ou menor atividade da tireoide18). Nesse caso, a administração de amiodarona deve ser suspensa. A recuperação geralmente ocorre dentro de alguns meses após a suspensão do tratamento; a recuperação clínica antecede a normalização dos testes da função tireoidiana. Casos graves, com presença clínica de tireotoxicose (disfunção da glândula60 tireoide18), às vezes fatais, requerem tratamento terapêutico de emergência20. O tratamento deve ser ajustado individualmente: medicamentos antitireoidianos (que nem sempre são efetivos), terapia com corticosteroides, betabloqueadores.
Distúrbios neuromusculares (dos músculos61 e nervos)
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
A amiodarona pode induzir a neuropatia62 (doença do sistema nervoso63) sensitivo-motora periférica e/ou miopatia64 (doença muscular). A recuperação após suspensão do tratamento geralmente ocorre dentro de alguns meses, mas algumas vezes de forma incompleta.
Distúrbios oculares (dos olhos65)
Se ocorrer diminuição da visão66 ou a mesma ficar embaçada, deve-se fazer prontamente um exame oftalmológico completo, incluindo fundoscopia (avaliação do fundo do olho67). O aparecimento de neuropatia62 óptica e/ou neurite68 (inflamação69 do nervo) óptica que são distúrbios do nervo óptico (do olho67) requer a suspensão do tratamento com amiodarona, já que pode levar a cegueira.
PRECAUÇÕES
Uma vez que os efeitos adversos (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”) são geralmente dose-relacionados, deve ser administrada a dose mínima efetiva de manutenção.
Durante o tratamento com Amioron, você deve evitar a exposição aos raios solares e utilizar medidas de proteção (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Monitoramento
(vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Antes do início do tratamento com amiodarona, é recomendada a realização de ECG (eletrocardiograma22) e avaliação de potássio sérico. O monitoramento das transaminases e ECG é recomendado durante o tratamento.
Além disso, como a amiodarona pode induzir o hipotireoidismo70 (produção insuficiente de hormônio59 tireoide18) ou hipertireoidismo55 (produção excessiva de hormônio59 tireoide18), particularmente em pacientes com histórico de distúrbios da tireoide18, o monitoramento clínico e biológico (TSH ultrassensível) é recomendado antes de iniciar o tratamento com amiodarona. Este monitoramento deve ser conduzido durante o tratamento e por vários meses após a sua descontinuação. O nível sérico de TSH ultrassensível deve ser avaliado quando há suspeita de disfunção da tireoide18. Em particular, no contexto da administração crônica de medicamentos antiarrítmicos, foram relatados casos de aumento na desfibrilação ventricular e/ou limiar de estimulação do marcapasso17 ou do dispositivo cardioversor desfibrilador implantável, afetando potencialmente sua eficácia. Portanto, verificações repetidas da função do aparelho são recomendadas antes do início e durante o tratamento com amiodarona.
Anormalidades do hormônio59 tireoidiano
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
A presença de iodo na molécula da amiodarona pode alterar o resultado de alguns testes tireoidianos (fixação do iodo radioativo71, PBI), mas isto não impede a avaliação da função da tireoide18 através de outros testes (T3 livre, T4 livre e TSH ultrassensível).
A amiodarona inibe a conversão periférica de tiroxina (T4) em triiodotiroxina (T3) (hormônios produzidos pela tireoide18) e pode causar alterações bioquímicas isoladas (aumento do nível sérico de T4 livre, com leve redução ou mesmo nível normal de T3 livre), em pacientes clinicamente eutireoidianos (função normal da tireoide18).
Nesses casos, não há razão para a descontinuação do tratamento.
Deve-se suspeitar de hipotireoidismo70 se os seguintes sinais36 clínicos, geralmente leves, ocorrerem: ganho de peso, intolerância ao frio, diminuição das atividades, bradicardia15 excessiva. O diagnóstico58 é comprovado pelo claro aumento do nível sérico de TSH ultrassensível. O eutireoidismo é geralmente obtido dentro de 1 a 3 meses após a descontinuação do tratamento. Em situações onde haja risco de vida, a terapia com amiodarona pode ser continuada, em combinação com L-tiroxina. A dose de L-tiroxina deve ser ajustada de acordo com os níveis de TSH.
Anestesia72
(vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações Medicamentosas” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Antes da cirurgia, o anestesista deve ser informado sobre o tratamento com amiodarona.
Gravidez19 e amamentação73
A amiodarona é contraindicada durante a gravidez19 em virtude de seus efeitos na glândula60 tireoide18 do feto74 a menos que, a critério médico, os benefícios superem os riscos ao feto74.
A amiodarona é excretada no leite materno em quantidades significativas e por isso, é contraindicada em lactantes75.
Uso em Idosos
Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada com o uso da amiodarona.
Uso em Crianças
A segurança e eficácia da amiodarona em pacientes pediátricos não foram estabelecidas, portanto a sua utilização não é recomendada.
Alterações na capacidade de dirigir e operar máquinas
De acordo com os dados de segurança da amiodarona, não existem evidências de que a amiodarona prejudique a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
– Interações medicamento-medicamento
• Medicamentos que induzem torsade de pointes ou prolongamento do QT
- Medicamentos que induzem torsade de pointes: As associações com medicamentos que podem induzir torsade de pointes são contraindicadas (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”):
- Medicamentos antiarrítmicos tais como os da Classe Ia, sotalol, bepridil;
- Medicamentos não antiarrítmicos tais como: vincamina, alguns agentes neurolépticos76, cisaprida, eritromicina IV, pentamidina (quando administradas por via parenteral), uma vez que existe um aumento no risco de ocorrer torsade de pointes potencialmente letal.
- Medicamentos que causam prolongamento QT: A administração concomitante de amiodarona com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o risco de torsade de pointes pode aumentar (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”) e os pacientes devem ser monitorados quanto ao prolongamento do intervalo QT.
Fluoroquinolonas (classe de antibiótico) devem ser evitadas por pacientes recebendo amiodarona.
• Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca ou que causam distúrbios de automatismo ou condução
As associações com estes medicamentos não são recomendadas.
- Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), uma vez que podem ocorrer distúrbios de automatismo (bradicardia15 excessiva) e de condução.
• Medicamentos que podem induzir hipocalemia53
As associações com os seguintes medicamentos não são recomendadas.
- Laxativos77 estimulantes podem levar a hipocalemia53 (diminuição da concentração de potássio no sangue54) e consequentemente, ao aumento do risco de torsade de pointes. Por isso, devem ser utilizados outros tipos de laxantes52.
Deve-se ter cautela quando os seguintes medicamentos são utilizados em associação com Amioron:
- Alguns diuréticos78 indutores de hipocalemia53, isolados ou combinados;
- Corticosteroides sistêmicos79 (gluco-, mineralo-), tetracosactida;
- Anfotericina B (IV): Deve-se prevenir o início de hipocalemia53 (e corrigir a hipocalemia53); o intervalo QT (intervalo específico do eletrocardiograma22) deve ser monitorado e, em caso de torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos (instituir marcapasso17 ventricular; pode ser administrado magnésio IV).
• Anestesia72 geral (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Foram relatadas complicações potencialmente severas em pacientes submetidos à anestesia72 geral: bradicardia15 (irresponsiva à atropina), hipotensão80, distúrbios da condução, redução do débito cardíaco81 (volume de sangue54 bombeado pelo coração5).
Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas (síndrome6 de angústia respiratória aguda do adulto), às vezes fatais, geralmente no período pós-cirúrgico imediato. Isto pode estar relacionado com uma possível interação com altas concentrações de oxigênio.
– Efeito de Amioron sobre outros produtos
A amiodarona e/ou seu metabólito82, a desetilamiodarona, inibem os CYP1A1, CYP1A2, CCYP3A4, CYP2C9, CYP2D6 e a glicoproteína P e podem aumentar a exposição de seus substratos.
Devido à longa meia-vida da amiodarona, as interações podem ser observadas por vários meses após a descontinuação do amiodarona.
• Substratos P-gp
A amiodarona é um inibidor da P-gp. A administração concomitante com substratos da P-gp deverá resultar em aumento de suas exposições.
- Digitálicos: Pode ocorrer perturbação no automatismo (bradicardia15 excessiva) e na condução atrioventricular (ação sinérgica). Além disso, um aumento na concentração plasmática da digoxina é possível devido à redução do clearance de digoxina.
Devem ser monitorados os níveis de digoxina plasmática e ECG. Os pacientes devem ser observados quanto aos sinais36 clínicos de toxicidade30 digitálica. Pode ser necessário ajuste posológico do digitálico. - Dabigatrana: Deve-se ter cautela quando a amiodarona é administrada com dabigatrana devido ao risco de sangramento. Se necessário, ajustar a dose de dabigatrana de acordo com as informações de sua bula.
• Substratos do CYP 2C9
A amiodarona aumenta as concentrações de substratos da CYP 2C9 tais como varfarina ou fenitoína através da inibição do citocromo P450 2C9.
- Varfarina: A combinação de varfarina com amiodarona pode exacerbar o efeito do anticoagulante83 oral, elevando o risco de sangramento. É necessário monitorar os níveis de protrombina84 (INR) regularmente e ajustar as doses orais de anticoagulante83 durante e após o tratamento com amiodarona.
- Fenitoína (utilizado no tratamento da epilepsia85): A combinação de fenitoína com amiodarona pode resultar em superdose de fenitoína, resultando em sinais36 neurológicos. Deve ser empregada monitoração clínica e a dose de fenitoína deve ser reduzida logo que surgirem sinais36 de superdose. Devem ser determinados os níveis de fenitoína plasmática.
• Substratos do CYP 2D6
- Flecainida (utilizado no tratamento de arritmia7 cardíaca): A amiodarona aumenta as concentrações plasmáticas da flecainida pela inibição do citocromo CYP 2D6. Portanto, a dose de flecainida deve ser ajustada.
• Substratos CP450 3A4 (enzimas do fígado37)
Quando tais substâncias são administradas concomitantemente com amiodarona, um inibidor do CYP3A4, pode ocorrer um aumento de suas concentrações no plasma86, o que poderá acarretar num possível aumento de sua toxicidade30.
- Ciclosporina (medicamento imunossupressor87): a combinação com amiodarona pode aumentar os níveis plasmáticos de ciclosporina. A dose deve ser ajustada.
- Fentanila (analgésico88 e anestésico): a combinação com amiodarona pode acentuar os efeitos farmacológicos da fentanila e aumentar o risco de toxicidade30.
- Estatinas (utilizados no tratamento do colesterol89 elevado): o risco de toxicidade30 muscular [ex.: rabdomiólise90 (lesão50 muscular que pode levar a insuficiência9 dos rins91)] é aumentado pela administração concomitante de amiodarona e estatinas metabolizadas pelo CYP3A4 tais como sinvastatina, atorvastatina e lovastatina. Recomenda-se o uso de estatinas não metabolizadas pelo CYP3A4 quando administrado com amiodarona.
- Outros medicamentos metabolizados pelo CYP3A4: lidocaína (anestésico local), tacrolimus (imunossupressor87), sildenafila (para tratamento da disfunção erétil), midazolam (para tratamento da ansiedade), triazolam (sedativo, calmante), diidroergotamina e ergotamina (utilizados para tratamento da enxaqueca92).
– Efeito de outros produtos sobre Amioron
Os inibidores do CYP 3A4 e do CYP 2C8 podem ter um potencial para inibir o metabolismo93 da amiodarona e aumentar a sua exposição.
Recomenda-se evitar inibidores do CYP 3A4 (por exemplo, suco de toranja e determinados medicamentos) durante o tratamento com amiodarona.
Outras interações medicamentosas com Amioron (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”) A administração concomitante de amiodarona com sofosbuvir isolado ou em combinação com outro antiviral de ação direta sobre o vírus27 da Hepatite25 C (como daclatasvir, simeprevir ou ledipasvir) não é recomendada, pois pode levar a bradicardia15 sintomática3 grave. O mecanismo para este efeito de bradicardia15 é desconhecido.
Se a coadministração não puder ser evitada, o monitoramento cardíaco é recomendado (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
– Alimentos
Evitar o consumo de suco de toranja
– Testes laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Amioron em exames laboratoriais.
Este medicamento contém LACTOSE1.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde23.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Amioron deve ser mantido em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Amioron apresenta-se na forma de comprimido circular plano vincado e coloração branco a levemente amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve tomar os comprimidos inteiros com quantidade suficiente de líquido, durante ou após as refeições, por via oral.
Posologia
Dose inicial de ataque: A dose de ataque usual varia de 600 a 1000mg ao dia durante 8 a 10 dias.
Dose de manutenção: Determinar a dose mínima eficaz, que pode variar de 100 a 400mg diários. Considerando a longa meia-vida da amiodarona, o tratamento pode ser administrado em dias alternados (200mg em dias alternados quando a posologia recomendada é de 100mg por dia). Também tem sido adotado o esquema de “janela terapêutica”, administrando-se o medicamento durante 5 dias e instituindo intervalo de 2 dias sem medicação.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de Amioron administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia.
Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As seguintes definições de frequência são usadas:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático94
- Reações muito raras: anemia hemolítica95 (anemia96 devido à quebra anormal de hemácias97 nos vasos sanguíneos98), anemia96 aplástica (diminuição da produção de glóbulos vermelhos do sangue54) e trombocitopenia99 (diminuição do número de plaquetas100).
- Frequência desconhecida: neutropenia101 (diminuição do número de neutrófilos102 no sangue54) e agranulocitose103 (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue104).
Distúrbios do coração5
- Reações comuns: bradicardia15 (diminuição do número de batimentos cardíacos) geralmente moderada e dose dependente.
- Reações incomuns: aparecimento ou piora da arritmia7 (distúrbios do ritmo cardíaco), seguida, às vezes, por parada cardíaca (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?’’), alterações da condução (bloqueio sinoatrial e atrioventricular de vários graus) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
- Reações muito raras: bradicardia15 acentuada ou parada sinusal em pacientes com disfunção do nódulo sinusal105 e/ou em pacientes idosos.
- Reações com frequência desconhecida: torsade de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios endócrinos (glandulares)
(vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
- Reações comuns: hipotireoidismo70 (diminuição da função da glândula60 tireoide18); hipertireoidismo55 (aumento da função da glândula60 tireoide18), algumas vezes fatal.
- Reações muito raras: síndrome6 de secreção inapropriada do hormônio59 antidiurético (SIADH).
Distúrbios oculares
- Reações muito comuns: microdepósitos na córnea106 (parte transparente do olho67 que está na frente da íris107, que é a “cor do olho”), geralmente limitados à área subpupilar. Eles podem ser associados com a percepção de halos coloridos, sob luz intensa ou de visão66 turva. Os microdepósitos na córnea106 consistem em depósitos de complexos lipídicos e são reversíveis algum tempo após a suspensão do tratamento.
- Reações muito raras: neuropatia62 ótica/ neurite68 (doença do sistema nervoso63/lesão50 inflamatória ou degenerativa108 dos nervos), que pode progredir para a cegueira (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios gastrintestinais (do aparelho digestivo109)
- Reações muito comuns: distúrbios gastrintestinais benignos (náuseas110, vômitos111, paladar112 fétido para alimentos saudáveis) podem ocorrer em decorrência da dose de ataque e desaparecem com a redução da dose.
- Frequência desconhecida: pacreatite (inflamação69 do pâncreas113) / pancreatite114 aguda , boca115 seca e constipação116 (prisão de ventre).
Distúrbios gerais
- Reação de frequência desconhecida: granuloma117 (pequeno nódulo118 inflamatório), incluindo granuloma117 de medula óssea119.
Distúrbios hepatobiliares120 (do fígado37 e da bile121)
(vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
- Reações muito comuns: aumento isolado das transaminases séricas (enzimas do fígado37), que são normalmente moderadas (1,5 a 3 vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com redução da dose ou mesmo espontaneamente;
- Reações comuns: distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia122 (coloração amarelada da pele123), incluindo insuficiência hepática39, que às vezes pode ser fatal;
- Reações muito raras: doença hepática38 crônica (pseudo hepatite25 alcoólica, cirrose124), às vezes fatal.
Distúrbios do sistema imunológico125
- Frequência desconhecida: edema angioneurótico126 Edema127 de Quincke (inchaço128 não-inflamatório da pele123, mucosas43, vísceras e cérebro129, de início súbito e com duração de horas a dias, acompanhado de outros sintomas28 como, por exemplo, febre35), reações anafiláticas130/anafilactoides (reação alérgica42 grave e imediata), incluindo choque21.
- Reação muito rara: aumento do nível sérico de creatinina131.
Distúrbios do metabolismo93 e nutrição132
- Frequência desconhecida: diminuição do apetite.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo133
- Frequência desconhecida: síndrome6 lupus134-like (um tipo de doença auto-imune135).
Distúrbios do sistema nervoso63
- Reações comuns: tremor extra-piramidal136, pesadelos e distúrbios do sono.
- Reações incomuns: neuropatia periférica137 sensorimotor (distúrbio dos nervos periféricos) e/ou miopatia64 são geralmente reversíveis com a descontinuação do tratamento.
- Reações muito raras: ataxia138 cerebelar (falta de controle sobre os músculos61), hipertensão139 intracraniana benigna (caracterizada por dor de cabeça140, náusea141, alteração dos campos visuais, obscurações visuais transitórias e zumbido pulsátil), cefaleia142 (dor de cabeça140).
- Frequência desconhecida: parkinsonismo, parosmia (distúrbio do olfato).
Distúrbios psiquiátricos
- Frequência desconhecida: delírio143/estado confusional, alucinação144.
Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo
- Reações muito raras: epididimites (inflamação69 do epidídimo145, uma estrutura do testículo146), impotência147.
- Frequência desconhecida: diminuição da libido148.
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino149
- Reações comuns: toxicidade30 pulmonar (pneumonite31 alveolar/ intersticial32 ou fibrose150, pleurite, bronquiolite obliterante com pneumonia33 em organização) às vezes fatal (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”);
- Frequência desconhecida: hemorragia151 pulmonar.
- Reações muito raras: broncoespasmo152 (inflamação69 dos brônquios153) em pacientes com insuficiência respiratória154 severa, especialmente em pacientes asmáticos. Síndrome6 de angústia respiratória do adulto (tipo de insuficiência9 pulmonar), algumas vezes fatal, geralmente no período pós cirúrgico imediato (possível interação com elevadas concentrações de oxigênio) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios da pele123 e tecidos subcutâneos
- Reação muito comum: fotossensibilidade (sensibilidade à luz).
- Reações comuns: pigmentação grisácea (coloração acinzentada) ou azulada da pele123 no caso de utilização prolongada ou de altas doses diárias. Com a interrupção do tratamento essa pigmentação desaparece lentamente.
- Reações muito raras: eritema155 durante o uso de radioterapia156, rash47 cutâneos, normalmente inespecíficos, dermatite157 esfoliativa, alopecia158 (queda de cabelo159).
- Frequência desconhecida: eczema160 (inflamação69 da pele123 na qual ela fica vermelha, escamosa161 e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas), urticária162 (erupção45 na pele123, geralmente de origem alérgica, que causa coceira), reações de pele123 severas às vezes fatal incluindo necrólise epidérmica tóxica44/síndrome de Stevens-Johnson41, dermatite157 bolhosa e reação medicamentosa com eosinofilia163 e sintomas28 sistêmicos79.
Distúrbios vasculares164
- Reação muito rara: vasculite165 (inflamação69 do vaso sanguíneo).
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas28
Não há muitos dados disponíveis sobre superdose de amiodarona oral. Foram relatados raros casos de bradicardia15 sinusal (diminuição do número de batimentos cardíacos), bloqueio cardíaco24, taquicardia2 ventricular (aumento do número de batimentos cardíacos), torsade de pointes, insuficiência9 circulatória e disfunção hepática38.
Tratamento
O tratamento deve ser sintomático166. A amiodarona e seus metabólitos167 não são removidos em diálise168.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro M.S. nº 1.5423.0002
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