Naproxeno (Comprimido 250 mg) (Bula do profissional de saúde)
LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
naproxeno
Comprimido 250 mg
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Embalagem contendo 15 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
naproxeno | 250 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: álcool etílico, amido, estearato de magnésio, croscarmelose sódica, povidona e lactose1 monoidratada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
O naproxeno é indicado:
- alívio de estados dolorosos agudos nos quais exista um componente inflamatório como, por exemplo, dor de garganta3;
- uso analgésico4 e antipirético5 em adultos, como por exemplo para dor de dente6, dor abdominal e pélvica7, cefaleia8, sintomas9 de gripe10 e resfriado;
- condições periarticulares e músculo-esqueléticas, como por exemplo, torcicolo11, bursite12, tendinite13, lombalgia14, artralgia15, dor nas pernas, cotovelo do tenista, dor reumática;
- condições pós-traumáticas: entorses16, distensões, contusões, lesões17 leves decorrentes de prática esportiva.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia analgésica do naproxeno/naproxeno sódico foi avaliada através do uso de modelos clínicos bem estabelecidos para indicações como dor dentária pós-cirúrgica, dor de garganta3, cefaleia8, dores musculares e dor de artrite18.
1.509 participantes provenientes de 15 estudos foram incluídos numa revisão sistemática sobre a eficácia do naproxeno no tratamento de várias condições dolorosas incluindo dor pós-operatória. Onze estudos avaliaram o naproxeno sódico e 4 estudos avaliaram o naproxeno. Em nove estudos (784 participantes) usando 500/550 mg de naproxeno ou naproxeno sódico, o número-necessário-para-tratar-para-beneficiar (NNT) para pelo menos 50% do alívio da dor no período de quatro a seis horas foi 2,7 (95% CI 2,3 a 3,2).
O tempo médio para usar a medicação de resgate foi 8,9 horas para o naproxeno 500/550 mg e 2,0 horas para o placebo19. O uso de medicação de resgate foi significativamente menos comum com o naproxeno quando comparado com o placebo19. Os eventos adversos associados foram, de maneira geral, de gravidade leve a moderada e raramente foi necessária a retirada. Doses equivalentes a 500 mg e 400 mg de naproxeno administradas por via oral forneceram uma analgesia efetiva para adultos com dor aguda pós-operatória moderada a grave. Aproximadamente metade dos participantes tratados com estas doses experimentou melhora clínica nos níveis de alívio da dor, comparados com 15% do grupo placebo19, e metade precisou de medicação adicional dentro de nove horas, comparado com duas horas com o placebo19. Os eventos adversos associados não diferiram do placebo19.
DERRY, C. et al. Single dose oral naproxen and naproxen sodium for acute postoperative pain in adults. Cochrane Database Syst Rev. Jan 21;(1):CD004234, 2009.
Uma meta-análise dos estudos clínicos de naproxeno sódico 220 mg ou 440 mg (equivalentes a 200 mg e 400 mg de naproxeno) comparado com placebo19 foi realizada em modelo de dor dentária. A estimativa de eficácia foi baseada no NNR (necessidade de medicação de resgate) e comparada com o escore de 50% alívio máximo da dor total (50% TOTPAR). A necessidade de medicação de resgate e 50% TOTPAR mostraram estimativas comparáveis de eficácia do naproxeno sódico 220 e 440 mg (equivalentes a 200 mg e 400 mg de naproxeno) em relação ao placebo19 em dor dentária com 8 e 12 horas após o recebimento da dose. Esta meta-análise demonstrou que, em dor dentária, acima do período de 12 horas, o NNR foi mais elevado nos pacientes tratados com dose única de naproxeno sódico 440 ou 220 mg (equivalentes a 400 mg e 200 mg de naproxeno) quando comparado com o placebo19.
Li-Wan-Po A et al. No need for rescue medication (NNR) as an easily interpretable efficacy outcome measure in analgesic trials: validation in an individual-patient meta-analysis of dental pain placebocontrolled trials of naproxen. J Clin Pharm Ther. Feb;38(1):36–40, 2013. Erratum in: J Clin Pharm Ther. 2013 Aug;38(4):339.
A eficácia clínica do naproxeno no tratamento da osteoartrite20 do joelho foi avaliada em dois estudos idênticos, multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, multidose, controlados por placebo19 e por ativo, desenho-paralelo, por 7 dias. Ambos os regimes posológicos do naproxeno foram mais eficazes no alívio da dor em comparação ao placebo19. O naproxeno foi mais eficaz que o ibuprofeno em relação à dor noturna. A eficácia foi combinada com boa segurança e tolerabilidade.
SCHIFF, M., MINIC, M. Comparison of the analgesic efficacy and safety of nonprescription doses of naproxen sodium and Ibuprofen in the treatment of osteoarthritis of the knee. J Rheumatol. Jul;31(7):1373–1383, 2004.
465 pacientes provenientes de dois estudos idênticos, randomizados, duplo-cegos, multidose que compararam doses de venda livre do naproxeno, acetaminofeno e placebo19 foram avaliados a fim de determinar a eficácia e segurança na osteoartrite20 do joelho por sete dias. Os pacientes foram designados randomicamente para um dos seguintes grupos: a) naproxeno sódico 220 mg (200 mg naproxeno) três vezes ao dia com uma dose diária máxima total (TDD) = 660 mg (600 mg naproxeno) (pacientes com 65 ou mais tomaram a dose de 220 mg (200 mg naproxeno) duas vezes ao dia com TDD máximo = 440 mg (400 mg naproxeno)); b) acetaminofeno TDD = 4000 mg; c) Placebo19. Os parâmetros da doença e as variáveis de eficácia em ambos os estudos foram idênticos e diretamente comparáveis. Em cada um dos dois estudos, ambos os investigadores e participantes fizeram avaliações a partir da dor na linha de base e na visita de seguimento. Na análise de eficácia dos 452 pacientes, o naproxeno/ naproxeno sódico (n=158) versus placebo19 (n=149) forneceu melhora significativamente maior a partir da linha de base na dor após repouso (manhã) (P<.01) bem como na dor em repouso (P<05), na movimentação passiva (P<.05), no carregamento de peso (P<0,01), dor diurna e noturna (P<.0001 e P=.01, respectivamente). Entretanto, o tratamento com acetaminofeno (n=145) versus placebo19 foi significativamente melhor em fornecer alívio da dor diurna apenas.
GOLDEN, H.E. et al. Analgesic efficacy and safety of nonprescription doses of naproxen sodium compared with acetaminophen in the treatment of osteoarthritis of the knee. Am J Ther. Mar;11(2):85–94, 2004.
Num estudo paralelo com três braços, a eficácia e segurança do naproxeno sódico 550 mg (500 mg naproxeno) (n=51), acetaminofeno (650 mg) (n=50) e placebo19 foram comparados com um tratamento único para cefaleia8 tensional leve a moderada. A eficácia foi baseada na intensidade da dor e no alívio da dor acima de 12 horas após o tratamento. Dos pacientes que receberam o placebo19, 46,3% (n=19) necessitaram de medicação de resgate comparados com 18% (n=7) dos pacientes do grupo que receberam naproxeno, todos em aproximadamente 3 horas após o tratamento inicial. O alívio da dor estatisticamente significativo foi alcançado com naproxeno comparado com placebo19 em 1 hora após o tratamento e foi mantido pela duração do estudo; adicionalmente, o alívio total da dor (TOTPAR) superior para o naproxeno comparado com placebo19 também foi alcançado (P <.0001). A eficácia superior do naproxeno em relação ao placebo19 no tratamento da cefaleia8 tensional foi claramente demonstrada neste estudo.
MILLER, D.S. et al. A comparison of naproxen sodium, acetaminophen and placebo19 in the treatment of muscle contraction headache. Headache. Jul;27(7):392–396, 1987.
Um estudo randomizado21, duplo-pareado, cruzado, controlado por placebo19 foi realizado comparando naproxeno sódico 550 mg (500 mg naproxeno), paracetamol (1000 mg) + cafeína (130 mg) e placebo19 no alívio da dor da cefaleia8 tensional. Noventa e nove pacientes foram divididos em 6 grupos, baseado nas permutações de cada possível sequência de tratamento. Os desfechos de eficácia mensurados foram a diferença na intensidade da dor da pré-dose e pós-dose, e alívio total da dor, que é a soma das avaliações de dor pós-dose. A diferença de intensidade de dor aumentou durante o tempo a partir da linha de base no grupo naproxeno comparado com placebo19 (P<.05). Além disso, a tolerabilidade expressa pelos pacientes como “excelente” ou “muito boa” favoreceu os usuários de naproxeno significativamente (51,6%) comparado com os usuários de placebo19 (41,7%) (P<.05). Somente 3,3% dos pacientes no grupo naproxeno usaram a medicação de resgate comparado com 10% dos pacientes no grupo placebo19. O naproxeno sódico 550 mg (500 mg naproxeno) foi mais eficaz que o placebo19.
PINI, L.A. et al. Tolerability and efficacy of a combination of paracetamol and caffeine in the treatment of tension-type headache: a randomised, double-blind, double-dummy, cross-over study versus placebo19 and naproxen sodium. J Headache Pain. Dec;9(6):367–373, 2008.
A disfunção muscular induzida pelo exercício, dano e dor foram avaliadas num estudo duplo-cego22, cruzado, em 10 homens e 5 mulheres entre 55 e 64 anos de idade. Estes participantes receberam o tratamento com naproxeno ou placebo19 por 10 dias após a realização de exercício excêntrico do joelho. A perda de força no terceiro dia após o exercício foi maior no grupo placebo19 (-32 ± 9%) que no grupo do naproxeno (-6 ± 8%: P=.0064). A força isométrica dos pacientes no grupo tratado com naproxeno também foi menos reduzida comparado com placebo19 (-12 ± 7% vs.-24 ± 4%: P =.0213) e a dor para levantar da cadeira foi maior com placebo19 (P <.0393) comparado com naproxeno (43 ± 7 mm vs.26 ± 7 mm). O naproxeno atenuou o dano muscular, perda de força e a dor após exercícios em adultos.
BALDWIN, A.C. et al. Nonsteroidal anti-inflammatory therapy after eccentric exercise in healthy older individuals. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. Aug; 56(8):M510-M513, 2001.
A eficácia clínica do naproxeno versus placebo19 sobre o dano muscular e a dor foi avaliada num estudo duplo-cego22, cruzado. Oito de nove adultos completaram o estudo. O tratamento com naproxeno foi, de maneira geral, superior ao placebo19 nas medidas musculares durante os 4 dias de recuperação. Os participantes relataram menor dor na coxa23 e outras medidas subjetivas com o naproxeno. Os investigadores sugeriram que a melhora com o naproxeno ocorreu, provavelmente devido a uma resposta inflamatória atenuada ao dano muscular.
DUDLEY, G.A. et al. Efficacy of naproxen sodium for exercise-induced dysfunction muscle injury and soreness. Clin J Sport Med. Jan;7(1):3–10, 1997.
Nos pacientes com dor de garganta3 induzida experimentalmente pela administração de rhinovirus (n=36), 600 mg/dia de naproxeno (equivalente a 660 mg de naproxeno sódico) foi significativamente mais eficaz que o uso de placebo19 durante o período de 5 dias (p=.04). HERSH, E.V. et al. Over-the-Counter Analgesics and Antipyretics: A Critical Assessment. Clin Ther. May; 22(5): 500–549, 2000.
Pelos dados disponíveis, o naproxeno/naproxeno sódico demonstrou ser significativamente mais efetivo que o placebo19 no tratamento da dor na maioria dos modelos de dor, nos regimes terapêuticos avaliados.
Existe uma correlação observada entre os efeitos adversos/benéficos e a concentração plasmática do naproxeno/naproxeno sódico. Exceto pelas reações de hipersensibilidade, os eventos adversos são, em sua maioria, dependentes da dose e da duração do tratamento. Assim, quando usado nas doses aprovadas para venda livre e por tempo curto, o perfil e risco de eventos adversos diferem significativamente do uso prescrito e por tempo prolongado.
As propriedades farmacológicas, resultados de eficácia e segurança estão compiladas na seguinte literatura:
TODD, P.A.; CLISSOLD, S.P. Naproxen. A reappraisal of its pharmacology, and therapeutic use in rheumatic diseases and pain states. Drugs. Jul;40(1):91–137, 1990.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O naproxeno pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroidais (não-ácido acetilsalicílico) que exerce atividade analgésica, antipirética e anti-inflamatória através da inibição reversível da síntese de prostaglandinas24. O naproxeno é um inibidor COX não seletivo, age inibindo ambas as enzimas COX-1 e COX-2. Inibe a formação de COX-1 dependente da síntese de tromboxano, A2 (TXA2), que reduz a agregação plaquetária, e a COX-2 dependente da prostaciclina, (PGI2), que é um importante mediador vasodilatatório. O naproxeno alivia a dor, reduz a febre25 e a resposta inflamatória.
Propriedades farmacocinéticas
O naproxeno é dissolvido no suco gástrico, sendo rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal. Níveis plasmáticos significativos e início do alívio da dor são obtidos em 20 minutos após sua administração. O pico plasmático (Cmax) é atingido em aproximadamente 1 hora (Tmax). Mais de 99% do naproxeno se liga à albumina26 sérica. O volume de distribuição é de cerca de 0,1 l/kg e o tempo de meia-vida de eliminação (t1/2) é de aproximadamente 14 horas. O naproxeno é metabolizado no fígado27 e excretado principalmente (≥ 95%) por via renal28. Os dados farmacocinéticos demonstram linearidade nas doses recomendadas. Pacientes com deficiência hepática29 grave podem apresentar níveis mais elevados de naproxeno livre. A eliminação de naproxeno está prejudicada na insuficiência renal30 grave, mas não tem sido observado acúmulo significativo nas doses recomendadas.
Dados pré-clínicos de segurança
Como outros anti-inflamatórios não esteroidais, o naproxeno retarda o trabalho de parto em animais.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado em pacientes que tenham apresentado reações hipersensibilidade ao naproxeno ou naproxeno sódico; seu uso também é contraindicado em pacientes que apresentaram asma31, rinite32, pólipos33 nasais ou urticária34 pelo uso de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Ambos tipos de reações apresentam potencial risco de morte. Reações graves como anafilaxia35 foram relatadas em tais pacientes.
O naproxeno é contraindicado em pacientes com sangramento ativo ou antecedente de sangramento gastrintestinal ou perfuração relacionado a uso anterior de AINEs; doença ativa ou antecedente de úlcera péptica36 recorrente/hemorragia37, (dois ou mais episódios distintos de úlcera38 ou sangramento comprovados);
Como outros anti-inflamatórios não esteroidais, o naproxeno é contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca39 grave.
O naproxeno não deve ser utilizado em pacientes com depuração de creatinina40 inferior a 30 mL/min. A segurança do uso deste medicamento em crianças abaixo de dois anos não está estabelecida, portanto o seu uso em crianças nesta faixa etária é contraindicado.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O naproxeno não é indicado em caso de dor de origem gastrintestinal.
Deve-se evitar o uso concomitante de naproxeno com outros AINEs, inclusive com os inibidores seletivos da ciclooxigenase-2.
Os efeitos adversos podem ser minimizados utilizando-se a dose eficaz mais baixa pelo menor tempo necessário para o controle dos sintomas9 (vide riscos gastrintestinais e cardiovasculares a seguir).
Úlcera38, sangramento e perfuração gastrintestinal
Há relatos de que todos os AINEs podem provocar sangramento, úlcera38 ou perfuração gastrintestinal, que podem ser fatais, a qualquer momento durante o tratamento, com ou sem sinais41 de alerta ou história pregressa de eventos gastrintestinais graves.
O risco de sangramento, úlcera38 ou perfuração gastrintestinal é maior com o aumento da dose do anti-inflamatório, nos pacientes com histórico de úlcera38, particularmente se complicada com hemorragia37 ou perfuração (vide Contraindicações) e nos idosos. Esses pacientes devem iniciar o tratamento com a menor dose possível. Para esses pacientes ou para os que necessitem de tratamento concomitante com baixas doses de ácido acetilsalicílico ou outros fármacos passíveis de aumentar o risco gastrintestinal, deve-se considerar o tratamento combinado com agentes protetores (p. ex. misoprostol ou inibidores de bomba de prótons) (vide Interações Medicamentosas).
Pacientes com antecedente de toxicidade42 gastrintestinal, particularmente se idosos, devem relatar ao médico quaisquer sintomas9 abdominais incomuns (especialmente sangramento gastrintestinal), principalmente nos estágios iniciais do tratamento. Recomenda-se precaução em pacientes que usem concomitantemente medicamentos que possam aumentar o risco de úlceras43 ou sangramentos, como corticosteroides orais, anticoagulantes44 como varfarina, inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou antiagregantes plaquetários, como o ácido acetilsalicílico (vide Interações Medicamentosas).
Em caso de sangramento ou úlcera38 gastrintestinal, o uso de naproxeno deve ser suspenso. Os AINEs devem ser administrados com cautela em pacientes com histórico de doenças gastrintestinais (colite45 ulcerativa, doença de Crohn46), pois o quadro pode ser exacerbado (vide Reações Adversas).
Retenção de sódio/líquidos em quadros cardiovasculares e edema47 periférico
É necessário cautela antes de iniciar o tratamento com naproxeno (avaliação médica ou farmacêutica) em pacientes com histórico de hipertensão48 e/ou insuficiência cardíaca39, pois existem relatos de retenção de líquidos, hipertensão48 e edema47 associados ao tratamento com AINEs.
Em pacientes com insuficiência renal30, naproxeno só deverá ser usado sob orientação médica.
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Dados epidemiológicos e estudos clínicos sugerem que o uso de coxibes e alguns AINEs (particularmente em altas doses e por período prolongado) podem estar associados a um pequeno incremento no risco de eventos trombóticos49 arteriais (por exemplo: infarto do miocárdio50 ou acidente vascular cerebral51). Embora os dados sugiram que o risco associado ao tratamento com naproxeno (1000 mg por dia) seja menor, não se pode excluí-lo. Os dados quanto aos efeitos de baixas doses de naproxeno (220 mg – 660 mg por dia) são insuficientes para efetuar conclusões sobre a relação com possíveis riscos trombóticos49.
Reações cutâneas52
Apesar de muito raros, há relatos de reações cutâneas52 graves, algumas delas fatais, associadas com o tratamento com AINEs, como dermatite53 esfoliativa, síndrome54 de Stevens- Johnson e necrólise epidérmica tóxica55. O risco de apresentar essas reações parece ser maior no início do tratamento.
O naproxeno deve ser descontinuado aos primeiros sinais41 de erupção56 cutânea57, lesões17 das mucosas58 ou qualquer outro sinal59 de hipersensibilidade.
Reações anafiláticas60 (anafilactoides)
Pacientes com ou sem histórico de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros anti- inflamatórios não esteroides ou a produtos contendo naproxeno podem apresentar reações de hipersensibilidade, inclusive reações anafiláticas60 (anafilactoides). Essas reações também podem ocorrer em indivíduos com histórico de angioedema61, hiper-reatividade brônquica (p. ex. asma31), rinite32, pólipos33 nasais, doenças alérgicas, doença respiratória crônica ou sensibilidade ao ácido acetilsalicilico, bem como em pacientes que apresentem reações alérgicas (p. ex. reações cutâneas52, urticária34 pruriginosa) ao naproxeno ou a outros anti- inflamatórios não esteroidais. Reações anafilactoides, como anafilaxia35, podem ser fatais.
Efeitos hepáticos
Há relatos de reações cruzadas, bem como reações hepáticas62 graves, inclusive de icterícia63 e hepatite64 (alguns casos fatais) relacionadas ao uso de naproxeno ou de outros anti- inflamatórios não esteroides.
Fertilidade, Gravidez65 e Lactação66
Há certa evidência de que as substâncias inibidoras da ciclo-oxigenase/ síntese de prostaglandinas24 podem prejudicar a fertilidade feminina através de um efeito na ovulação67, que é reversível com a interrupção do tratamento.
Categoria de risco na gravidez65: D – Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
Tal como ocorre com outros medicamentos da mesma classe, o naproxeno provoca atraso no trabalho de parto em animais e também afeta o sistema cardiovascular68 fetal no ser humano (fechamento do ducto arterioso). Portanto, naproxeno não deve ser utilizado durante a gestação, exceto se estritamente necessário e sob orientação médica. O tratamento com naproxeno durante a gestação requer uma análise criteriosa dos possíveis benefícios e potenciais riscos para a mãe e o feto69, especialmente durante o primeiro e o terceiro trimestre.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez65.
Lactação66
O naproxeno foi detectado no leite materno. Portanto, deve-se evitar o uso de naproxeno durante a amamentação70.
O uso de naproxeno deve ser feito sob adequada e cuidadosa supervisão médica em pacientes com os seguintes antecedentes médicos:
- pacientes em uso de qualquer outro analgésico4;
- pacientes em uso de esteroides;
- pacientes com distúrbios de coagulação71 ou em uso de medicamentos que influenciam a hemostasia72;
- em tratamento diurético73 intensivo;
- comprometimento grave renal28, hepático ou cardíaco;
Capacidade para dirigir veículos e operar máquinas
Não existem estudos sobre os efeitos na capacidade para dirigir ou operar máquinas. Entretanto, observaram-se efeitos adversos, tais como sonolência, tontura74, vertigens75 e insônia durante o tratamento com naproxeno. Os pacientes devem ser alertados a observar as suas reações antes de dirigir ou operar máquinas.
Populações especiais
Uso em idosos: Pacientes idosos apresentam maior incidência76 de reações adversas aos AINEs, principalmente sangramento e perfuração gastrintestinal, que podem ser fatais (vide Posologia e Modo de Usar).
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma31 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico. (Comprimidos 500 mg)
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A administração concomitante com alimentos, antiácidos77 ou colestiramina pode retardar a absorção de naproxeno, no entanto, não afeta sua extensão.
O naproxeno possui alta afinidade de ligação à albumina26 plasmática, possuindo, portanto teoricamente potencial para interação com outras drogas que se ligam à albumina26 plasmática, como os anticoagulantes44 cumarínicos, sulfonilureia, hidantoína, outros AINEs e ácido acetilsalicílico. Pacientes em uso concomitantemente de hidantoína, sulfonamida ou sulfonilureia com naproxeno, devem ser observados para ajuste da dose se necessário. Apesar de não terem sido observadas interações relevantes nos estudos clínicos com naproxeno e anticoagulantes44 cumarínicos, os AINEs podem aumentar o efeito de anticoagulantes44, como a varfarina.
É necessário cautela ao se utilizar probenecida em associação ao naproxeno, pois há relatos de que provoque elevação dos níveis plasmáticos e aumento a meia-vida do naproxeno. Há relatos de que o naproxeno e outras drogas inibidoras da síntese de prostaglandinas24 reduzem a depuração do metotrexato, e, assim, possivelmente aumentam sua toxicidade42. Portanto a administração concomitante de naproxeno e metotrexato deve ser feita com cautela.
O naproxeno pode também inibir o efeito natriurético da furosemida, e reduzir o efeito anti- hipertensivo de betabloqueadores.
Foi relatado aumento das concentrações plasmáticas de lítio pelo efeito inibitório sobre a depuração renal28.
No caso de uso concomitante de esteroides e havendo necessidade de reduzir ou interromper o uso de esteroides durante o tratamento com naproxeno, a dose de esteroides deverá ser reduzida lentamente e os pacientes deverão ser observados cuidadosamente com relação a qualquer evidência de efeitos adversos, incluindo insuficiência78 adrenal e exarcerbação dos sintomas9 de artrite18.
Existe um risco maior de sangramento gastrintestinal quando o uso de agentes antiplaquetários ou inibidores seletivos da recaptação da serotonina é associado ao uso de AINEs.
Interferências com testes laboratoriais
O naproxeno diminui a agregação plaquetária, prolongando o tempo de sangramento. Sugere-se que o uso de naproxeno seja temporariamente interrompido 48 horas antes da realização de provas de função suprarrenal, porque o naproxeno pode interferir em algumas provas para esteroides 17-cetogênicos. Do mesmo modo, naproxeno pode interferir na análise urinária do ácido 5-hidroxi-indolacético (5HIAA). Pode também provocar alterações nas provas de função hepática29 e aumento da creatinina40 sérica.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Comprimido 250 mg: Circular plano com vinco de cor branca a bege.
- Comprimido 500 mg: Circular bicôncavo sem vinco cor bege.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
O comprimido deve ser ingerido com um pouco de líquido, sem mastigar.
O naproxeno deve ser administrado por via oral. Cada dose deve ser tomada com água e em jejum ou com alimentos. A absorção pode ser retardada com alimentos.
Dose para adultos:
- Comprimidos revestidos de 250 mg: tomar 1 comprimido 1 a 2 vezes por dia ou a critério médico.
- Comprimidos revestidos de 500 mg: tomar 1 comprimido 1 vez por dia ou a critério médico.
A dose diária (24 horas) de 500 mg não deve ser excedida, salvo se sob prescrição médica. Os efeitos indesejáveis podem ser diminuídos tomando-se a menor dose eficaz pelo menor tempo necessário para controlar os sintomas9.
Não se deve usar naproxeno por mais de 10 dias consecutivos, exceto sob orientação médica. Se a dor ou a febre25 persistirem ou se os sintomas9 mudarem, o médico deverá ser consultado.
Populações especiais
Doses em idosos: sendo os idosos mais propensos a efeitos adversos, devem ser consideradas doses mais baixas.
Doses em crianças: crianças menores de 12 anos não devem tomar este produto, salvo sob prescrição médica.
Doses em graves insuficiências hepática29, renal28 ou cardíaca: pode haver necessidade de redução da dose em pacientes com graves insuficiências hepática29, renal28 e/ou cardíaca. Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Distúrbios cardiovasculares: há relatos de edema47, hipertensão48 e insuficiência cardíaca39 associados ao tratamento com AINEs.
Dados epidemiológicos e de estudos clínicos sugerem que o uso de coxibes e alguns AINEs (particularmente em tratamentos com altas doses e de duração prolongada) podem estar associado a um pequeno incremento do risco de eventos trombóticos49 arteriais (por exemplo: infarto do miocárdio50 ou acidente vascular cerebral51) (vide Advertências e Precauções).
Distúrbios gastrintestinais: os eventos adversos mais frequentes são de natureza gastrintestinal. Podem ocorrer úlceras43 pépticas, sangramento e/ou perfuração gastrintestinal, algumas vezes fatal, especialmente em idosos. Há relatos de náuseas79, vômitos80, diarreia81, flatulência, obstipação82, dispepsia83, dor abdominal, melena84, hematêmese85, estomatite86 ulcerativa, exacerbação de colite45 e doença de Crohn46. Menos frequentemente, observou-se gastrite87 (vide Advertências e Precauções).
Distúrbios da pele88 e do tecido subcutâneo89: muito raramente, ocorreram reações bolhosas, inclusive síndrome de Stevens-Johnson90 e necrólise epidérmica tóxica55.
O naproxeno pode causar um leve aumento transitório e dose-dependente, no tempo de sangramento. Entretanto, frequentemente esses valores não excedem o limite superior da faixa de referência.
Tabulação de efeitos adversos
Observaram-se as seguintes reações adversas para o naproxeno/naproxeno sódico, inclusive nas doses sob prescrição médica.
Sistemas corpóreos |
Frequência |
Efeitos |
Sistema Imune91 |
Muito rara |
Anafilaxia35/reações anafilactoides, incluindo choque92 desfecho fatal |
Sangue93 |
Muito rara |
Distúrbios hematopoiéticos (leucopenia94, trombocitopenia95, agranulocitose96, anemia97 aplástica, eosinofilia98, anemia hemolítica99) |
Psiquiátrico |
Muito rara |
Distúrbios psiquiátricos, depressão, sonhos anormais, incapacidade de concentração |
Neurológico |
Frequente |
Meningite asséptica100, disfunção cognitiva101, convulsões |
Pouco frequente |
||
Muito rara |
||
Oculares |
Muito rara |
Distúrbios visuais, córnea102 opaca, papilite, neurite103 óptica retrobulbar, papiledema |
Do ouvido e labirinto104 |
Pouco frequente |
Vertigem105 |
Muito rara |
Deficiência auditiva, zumbidos, distúrbios da audição |
|
Cardíaco |
Muito rara |
Insuficiência cardíaca congestiva106, hipertensão48, edema pulmonar107, palpitações108 |
Vascular109 |
Muito rara |
Vasculite110 |
Respiratório |
Muito rara |
Dispneia111, asma31, pneumonite112 eosinofílica |
Gastrintestinal |
Frequente |
Dispepsia83, náusea113, azia114, dor abdominal |
Pouco frequente |
Diarreia81, obstipação82, vômito115 |
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Rara |
Úlcera péptica36 com ou sem sangramento ou perfuração, sangramento gastrintestinal, hematêmese85, melena84 |
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Muito rara |
Pancreatite116, colite45, úlcera38 aftosa, estomatite86, esofagite117, ulcerações118 intestinais |
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Hepatobiliar119 |
Muito rara |
Hepatite64 (inclusive casos fatais), icterícia63 |
Pele e tecido subcutâneo120 |
Pouco frequente |
Exantema121 (erupção56 cutânea57), prurido122, urticária34 |
Rara |
Edema angioneurótico123 |
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Muito rara |
Alopécia124 (geralmente reversível), fotossensibilidade, porfiria125, eritema multiforme126 exsudativo127, reações bolhosas incluindo síndrome54 de Steven’s-Johnson e necrólise epidérmica tóxica55, eritema nodoso128, erupção56 fixa à droga, liquen plano, reação pustulosa, erupções cutâneas52, lúpus129 eritematoso130 sistêmico131, reações de fotossensibilidade inclusive porfiria125 cutânea57 tardia (“pseudoporfiria”) ou epidermólise bolhosa, equimose132, púrpura133, sudorese134 |
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Renal28 e urinário |
Rara |
Comprometimento renal28 |
Muito rara |
Nefrite135 intersticial136, necrose137 renal28 papilar, síndrome nefrótica138, insuficiência renal30, nefropatia139, hematúria140, proteinúria141 |
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Gestacional |
Muito rara |
Indução de trabalho de parto |
Congênito142 |
Muito rara |
Fechamento do ducto arterioso |
Reprodutor |
Muito rara |
Infertilidade143 feminina |
Distúrbios gerais |
Rara |
Edema47 periférico, particularmente nos hipertensos ou com insuficiência renal30, pirexia144 (inclusive calafrios145 e febre25) |
Muito rara |
Edema47, sede, mal-estar |
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Laboratoriais |
Muito rara |
Aumento da creatinina40 sérica, alteração dos testes de função hepática29, hipercalemia146 |
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Superdose do medicamento pode ser caracterizada por sonolência, vertigem105, dor epigástrica, desconforto abdominal, indigestão, náuseas79, vômitos80, alterações transitórias da função hepática29, hipoprotrombinemia, disfunção renal28, acidose metabólica147, apneia148 e desorientação.
O naproxeno é rapidamente absorvido, portanto os níveis plasmáticos devem ser avaliados antecipadamente.
Existem alguns relatos de convulsões, no entanto, não foi estabelecida uma relação causal com o naproxeno.
Se houver a ingestão de grande quantidade de naproxeno, acidental ou propositadamente, deve-se efetuar o esvaziamento gástrico e empregar as medidas usuais de suporte.
Pode ocorrer sangramento gastrintestinal. Raramente podem ocorrer hipertensão48, falência renal28 aguda, depressão respiratória e coma149 após a ingestão de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Reações anafilactoides foram reportadas com a ingestão de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), e pode ocorrer seguida de uma superdose.
Os pacientes sintomáticos devem ser tratados conforme o suporte utilizado na superdose de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Não há antídotos específicos. A prevenção de uma maior absorção (por exemplo, uso de carvão vegetal ativado) pode ser indicado em pacientes atendidos no período dentro de 4 horas da ingestão com sintomas9 ou após uma superdose acentuada. A diurese150 forçada, alcalinização da urina151, hemodiálise152 ou hemoperfusão podem não ser adequados devido ao elevado grau de ligação às proteínas153. Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas9 procure orientação médica.
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