Hiospan Composto (Bula do profissional de saúde)
LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Hiospan® Composto
butilbrometo de escopolamina + dipirona
Solução injetável 4 mg/mL + 500 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagem contendo 120 ampolas com 5 mL
USO INTRAMUSCULAR E INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Hiospan® Composto contém:
butilbrometo de escopolamina (equivalente a 2,75 mg de escopolamina) | 4 mg |
dipirona monoidratada (equivalente a 443,02 mg de dipirona) | 500 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: ácido clorídrico1, água para injetáveis, bissulfito de sódio e edetato dissódico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSINAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Hiospan® Composto é indicado para o tratamento sintomático3 de estados espástico-dolorosos e cólicas4 do trato gastrintestinal, das vias biliares5, do trato geniturinário e do aparelho genital feminino6 (dismenorreia7).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A avaliação da eficácia analgésica de vários esquemas terapêuticos com duração de quatro dias, em pacientes com dor causada por espasmos8 (quadros dolorosos, mais ou menos contínuos, de gravidade intermediária provocada por espasmos8 da musculatura lisa do trato gastrintestinal, biliar ou renal9), incluiu o uso oral de butilbrometo de escopolamina + dipirona monoidratada e obteve os seguintes resultados: alívio da dor em 81,5% dos pacientes (total de 76) tratados com butilbrometo de escopolamina + dipirona monoidratada, contra 9,3% no grupo placebo10 (total de 151).
Gregório M, Damiani S, Gatta G Antalgic properties of proxazole. Double blind study in visceral algoplastic conditions Panmin Med 1969; 11: 436–440.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica: Hiospan® Composto é uma associação medicamentosa para uso injetável, composta de um antiespasmódico butilbrometo de escopolamina e um analgésico11, dipirona. O butilbrometo de escopolamina exerce um efeito espasmolítico na musculatura lisa do trato gastrintestinal, das vias biliares5 e geniturinárias. Como um derivado de amônia quaternária o butilbrometo de escopolamina não atravessa o sistema nervoso central12. Portanto não ocorrem efeitos colaterais13 sobre o sistema nervoso central12. A ação anticolinérgica periférica resulta de uma ação bloqueadora ganglionar na parede visceral e de sua atividade antimuscarínica. A dipirona apresenta importantes propriedades analgésicas, antipiréticas, espasmolíticas e antiflogísticas.
FARMACOCINÉTICAS
butilbrometo de escopolamina
Absorção: Após administração oral, o butilbrometo de escopolamina é apenas parcialmente absorvido. Os picos de concentração plasmática são atingidos cerca de 2 horas após administração oral. Devido ao metabolismo14 de primeira passagem, a biodisponibilidade absoluta após administração oral é de apenas 0,3–0,8%.
Distribuição: Após administração intravenosa, a substância é rapidamente depurada do plasma15 durante os primeiros 10 minutos, com uma meia-vida de 2–3 minutos. O volume de distribuição (Vss) é de 128L. Após administração oral e intravenosa, o butilbrometo de escopolamina se concentra nos tecidos do trato gastrintestinal, fígado16 e rins17.
Apesar de níveis sanguíneos brevemente mensuráveis e extremamente baixos, o butilbrometo de escopolamina permanece disponível no local de ação por causa de sua alta afinidade pelos tecidos. A autorradiografia confirma que o butilbrometo de escopolamina não ultrapassa a barreira hematoencefálica. O butilbrometo de escopolamina tem baixa ligação às proteínas18 plasmáticas.
Metabolismo14 e eliminação: A depuração total média após administração intravenosa é de cerca de 1,2L/min, cerca de metade dela por via renal9. A meia-vida terminal de eliminação é de cerca de 5 horas.
dipirona
Absorção: Após administração oral a dipirona é rápida e quase completamente absorvida pelo trato gastrintestinal. No suco gástrico ela é hidrolizada em seu principal metabólito19, 4-metilaminoantipirina (4-MAA), que é prontamente absorvido. Os níveis plasmáticos máximos de 4-MAA após administração oral são obtidos dentro de 1 a 2 horas. A ingestão concomitante de alimentos não tem efeito relevante na farmacocinética da dipirona. Distribuição: Nenhum dos metabólitos20 é extensivamente ligado a proteínas18 plasmáticas. A ligação às proteínas18 plasmáticas de 4-MAA é de 58%. A dipirona pode cruzar a barreira placentária. Os metabólitos20 são excretados no leite materno de lactantes21.
Metabolismo14: O principal metabólito19 da dipirona, 4-MAA, é ainda metabolizado no fígado16 por oxidação e demetilação que são seguidas por acetilação para 4-formilaminoantipirina (4-FAA), 4-aminoantipirina (4-AA) e 4-acetilaminoantipirina (4-AcAA). O efeito clínico da dipirona pode ser atribuído principalmente ao principal metabólito19 4-MAA e, em alguma extensão, a 4-AA. Os metabólitos20 4-FAA e 4-AcAA parecem ser farmacologicamente inativos.
Eliminação: No homem sadio, após administração oral e intravenosa, mais de 90% da dose é excretada na urina22 dentro de 7 dias. A meia-vida de eliminação de dipirona radiomarcada é de cerca de 10 horas. Para 4-MAA, a meia-vida de eliminação após dose oral única é de 2,7 horas, e para os demais metabólitos20 a meia-vida de eliminação é de 3,7 a 11,2 horas. As crianças eliminam os metabólitos20 mais rapidamente que adultos. Em voluntários idosos sadios, a meia-vida de eliminação de 4-MAA foi significativamente mais longa e a depuração total de 4-MAA foi significativamente mais baixa que em indivíduos jovens. Em pacientes com insuficiência hepática23, a meia-vida de eliminação de 4-MAA e 4-FAA aumenta cerca de 3 vezes. Em pacientes com insuficiência renal24, a eliminação de certos metabólitos20 (4-AcAA, 4-FAA) está reduzida. Assim, a administração de altas doses deve ser evitada em pacientes com comprometimento hepático e renal9.
Geral: Todos os metabólitos20 da dipirona mostram farmacocinética não linear. A relevância clínica deste fenômeno não é conhecida. Durante o tratamento em curto prazo, o acúmulo de metabólitos20 é de menor importância.
CONTRAINDICAÇÕES
Hiospan® Composto é contraindicado nos casos de:
- Pacientes que demonstraram hipersensibilidade prévia a pirazolonas ou pirazolidinas (como dipirona, isopropilaminofenazona, propifenazona, fenazona, fenilbutazona) ou ao butilbrometo de escopolamina, ou a qualquer outro componente do produto. Isto inclui pacientes que desenvolveram agranulocitose25, por exemplo, após o uso destas substâncias.
- Pacientes com conhecida síndrome26 de asma27 induzida por analgésico11, ou conhecida intolerância analgésica do tipo urticária28-angioedema29, isto é, pacientes que desenvolveram broncoespasmo30 ou outras reações anafilactoides em resposta a salicilatos, paracetamol ou outros analgésicos31 não narcóticos como diclofenaco, ibuprofeno, indometacina ou naproxeno.
- Comprometimento da função da medula óssea32 (por exemplo, após tratamento com agentes citostáticos33) ou doenças do sistema hematopoiético34.
- Deficiência genética de glicose35-6-fosfato-desidrogenase (risco de hemólise36).
- Porfiria37 hepática38 aguda intermitente39 (risco de desencadear ataque de porfiria37).
- Glaucoma40.
- Hipertrofia41 da próstata42 com retenção urinária43.
- Estenose44 mecânica do trato gastrintestinal.
- Íleo paralítico45 ou obstrutivo.
- Megacólon46.
- Taquicardia47.
- Miastenia48 gravis.
- No terceiro trimestre de gravidez49.
- Amamentação50.
No caso de condições hereditárias raras que possam levar a incompatibilidade com algum componente do produto (conforme item “Advertências e precauções”), o seu uso é contraindicado.
Hiospan® Composto é contraindicado no terceiro trimestre de gravidez49. Hiospan® Composto está classificado na categoria D de risco na gravidez49.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez49.
Além disto, Hiospan® Composto solução injetável é contraindicado em:
- Pacientes com hipotensão arterial51 ou condição circulatória instável.
- Pacientes em tratamento com injeção intramuscular52 de medicamentos anticoagulantes53, pois pode ocorrer hematoma54 intramuscular. Nestes pacientes, pode ser utilizada a via intravenosa.
Hiospan® Composto injetável é contraindicado para uso por via subcutânea55 ou intra-arterial.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Hiospan® Composto solução injetável somente deverá ser utilizado por via parenteral nos casos de espasmos8 dolorosos muito intensos como, por exemplo, cólicas4 biliares ou renais, enquanto as apresentações para uso oral podem ser utilizadas para dores moderadas a intensas.
Dores abdominais de causa desconhecida: Caso a dor abdominal severa e de causa desconhecida persista ou piore, ou esteja associada a sintomas56 como febre57, náusea58, vômito59, alteração da motilidade intestinal, aumento da sensibilidade abdominal, queda da pressão arterial60, desmaio, ou presença de sangue61 nas fezes, é necessário realizar o diagnóstico62 apropriado para investigar a etiologia63 dos sintomas56.
Reações hematológicas (tais como agranulocitose25 e pancitopenia64): Hiospan® Composto contém o derivado pirazolônico dipirona que pode provocar riscos raros de agranulocitose25 com risco à vida.
Em caso de sinais65 clínicos de reações hematológicas (tais como agranulocitose25, anemia66 aplástica, trombocitopenia67 ou pancitopenia64) o tratamento com Hiospan® Composto deve ser descontinuado imediatamente e o hemograma (inclusive contagens sanguíneas diferenciais) deve ser monitorado até que os valores retornem para os níveis normais. A descontinuação do tratamento não deve ser adiada até que os dados laboratoriais estejam disponíveis. Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediatamente caso desenvolvam sinais65 e sintomas56 sugestivos de discrasias do sangue61 (como mal estar geral, infecção68, febre57 persistente, hematomas69, sangramento e palidez) durante o tratamento com Hiospan® Composto.
Pacientes que demonstram reações imunológicas a Hiospan® Composto, como agranulocitose25, também estão sob alto risco de responder de forma similar a outras pirazolonas e pirazolidinas.
Reações anafiláticas70/anafilactoides: Ao escolher a via de administração, deve-se levar em consideração que a administração parenteral de Hiospan® Composto apresenta o maior risco de reações anafiláticas70 ou anafilactoides.
O risco de reações anafilactoides potencialmente graves a Hiospan® Composto é acentuadamente maior em pacientes com:
- Síndrome26 asmática induzida por analgésicos31 ou intolerância analgésica do tipo urticária28-angioedema29-Asma27 brônquica, especialmente na presença de rinossinusite e pólipos71 nasais.
- Urticária28 crônica.
- Intolerância a corantes (como tartrazina) e/ou conservantes (p.ex. benzoatos).
- Intolerância ao álcool.
Estes pacientes reagem mesmo a mínimas quantidades de bebidas alcoólicas com sintomas56 como espirros, lacrimejamento, e grave rubor facial. A intolerância ao álcool deste tipo pode ser uma indicação de uma síndrome26 de asma27 induzida por analgésico11 ainda não diagnosticada.
Em casos raros a dipirona pode causar choque anafilático72 com risco de vida.
A probabilidade de ocorrer choque anafilático72 é maior em pacientes suscetíveis. É necessário cautela quando Hiospan® Composto for utilizado por pacientes com asma27 ou alergia73 atópica.
Antes da administração de Hiospan® Composto, o paciente deve ser adequadamente interrogado quanto a conhecidos efeitos com o uso prévio desta associação. Em pacientes com alto risco de reações anafilactoides, Hiospan® Composto só deve ser utilizado após consideração dos potenciais riscos em relação aos benefícios previstos. Se Hiospan®
Composto for administrado nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado e ter recursos disponíveis em caso de emergência74.
Pacientes que demonstram reação anafilática75 ou outras reações imunológicas a Hiospan® Composto estão também sob alto risco de resposta similar com outras pirazolonas, pirazolidinas e outros analgésicos31 não narcóticos.
Reações hipotensivas isoladas: Hiospan® Composto pode provocar reações de hipotensão76. Estas reações podem ser dose-dependentes, e são mais prováveis com a administração parenteral do que enteral. O risco destas reações também aumenta no caso de:
- Injeção77 intravenosa excessivamente rápida.
- Pacientes com hipotensão arterial51 prévia, depleção78 de volume ou desidratação79, circulação80 instável ou insuficiência81 circulatória incipiente (como em pacientes com ataque cardíaco ou politraumatismo).
- Pacientes com febre57 elevada
Consequentemente, diagnóstico62 cuidadoso e estrito monitoramento são essenciais para estes pacientes. Medidas preventivas (p.ex. estabilização circulatória) podem ser necessárias para reduzir o risco de reações de hipotensão76. Hiospan® Composto demanda estrito monitoramento dos parâmetros hemodinâmicos quando usado para pacientes82 nos quais uma queda da pressão arterial60 deve ser evitada a qualquer custo, como casos com coronariopatia grave ou estenose44 importante de vasos que suprem o cérebro83.
Reações cutâneas84 graves: Foram relatadas reações cutâneas84 graves, tais como síndrome de Stevens-Johnson85 e Necrólise Epidérmica Tóxica86, em pacientes que fizeram uso de dipirona. Se os sinais65 ou sintomas56 dessas condições se desenvolverem (tais como rash87 cutâneo88 frenquementente progressivo com bolhas e danos das mucosas89), o tratamento com Hiospan® Composto deve ser descontinuado imediatamente e nunca mais ser reintroduzido.
Os pacientes devem ser alertados sobre os sinais65 e sintomas56 relacionados às reações cutâneas84 e monitorados de perto, principalmente nas primeiras semanas de tratamento. Sangramento gastrintestinal: Foram relatados sangramentos gastrintestinais em pacientes tratados com dipirona. Muitos pacientes tinham recebido concomitantemente outros tratamentos (como AINEs – anti-inflamatórios não esteroides) associados ao sangramento gastrintestinal, ou usaram uma dose excessiva de dipirona.
Pressão intraocular90: Pode ocorrer aumento da pressão intraocular90 com a administração de agentes anticolinérgicos como o butilbrometo de escopolamina em pacientes com glaucoma40 de ângulo fechado não diagnosticado e, portanto, não tratado. Portanto, os pacientes devem recorrer imediatamente a um oftalmologista91 caso desenvolvam quadro de dor e hiperemia92 ocular com perda de visão93 após injeção77 de Hiospan® Composto.
Riscos associados com via de administração incorreta: Na administração parenteral, deve haver atenção com a técnica de injeção77 apropriada. O uso intra-arterial inadvertido pode causar necrose94 que potencialmente pode levar a amputação95 na área vascular96 distal97. Riscos em populações especiais: Em pacientes idosos ou com comprometimento da função renal9 ou hepática38, Hiospan® Composto só deve ser utilizado após consideração dos riscos/benefícios e precauções adequadas devem ser tomadas.
É necessário cautela em pacientes com fatores de risco cardíaco submetidos ao tratamento parenteral com Hiospan® Composto. Em caso de taquicardia47, estes pacientes devem ser monitorados até que a condição normal seja restabelecida.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas. Os pacientes devem ser instruídos que poderão ter efeitos indesejáveis como distúrbios da acomodação visual ou tontura98 durante tratamento parenteral com butilbrometo de escopolamina. Não é previsto que a dipirona, utilizada na dose recomendada, afete a concentração ou reações. Como precaução, pelo menos nos casos de doses mais elevadas, deve-se levar em conta a possibilidade de comprometimento das reações, e o paciente deve ser orientado a não dirigir, operar máquinas ou desempenhar atividades perigosas. Isto se aplica de forma particular à associação com uso de álcool.
Fertilidade, Gravidez49 e Lactação99
Não há dados adequados sobre o uso de butilbrometo de escopolamina + dipirona monoidratada na gravidez49.
Estudos pré-clínicos com o uso de butilbrometo de escopolamina em ratos e coelhos não demonstraram efeitos embriotóxicos ou teratogênicos100.
A dipirona atravessa a barreira placentária. Estudos em animais não apresentaram sinais65 que pudessem sugerir que a dipirona tem efeitos teratogênicos100.
Como não existe experiência suficiente em seres humanos, este medicamento não deve ser utilizado durante o primeiro trimestre de gravidez49; durante o segundo trimestre só deve ser utilizado se os benefícios previstos claramente compensarem os riscos.
Embora a dipirona seja apenas um leve inibidor da síntese de prostaglandinas101, as possibilidades de fechamento prematuro do canal arterial102 (ductus arteriosus103) e complicações perinatais como resultado de diminuição da agregação plaquetária na criança e na mãe não podem ser afastadas. Portanto, Hiospan® Composto é contraindicado durante o terceiro trimestre de gravidez49.
Hiospan® Composto está classificado na categoria D de risco na gravidez49 – Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez49.
A segurança de butilbrometo de escopolamina durante a lactação99 não foi estabelecida.
Entretanto, não foram relatados efeitos adversos para o neonato104.
Os metabólitos20 da dipirona são excretados no leite materno. Nenhum metabólito19 do fármaco105 foi encontrado após 48 horas da administração. A amamentação50 deve ser evitada durante o uso de dipirona, e por pelo menos 48 horas após a última dose.
Nenhum estudo sobre efeito na fertilidade humana foi conduzido até o momento.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Metotrexato: Administração concomitante com metotrexato pode aumenta a toxicidade106 sanguínea do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
Clorpromazina: O uso concomitante de dipirona e clorpromazina pode causar hipotermia107 grave.
Ácido acetilsalicílico: a dipirona pode reduzir o efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico se administrado concomitantemente. Portanto, Hiospan® Composto deve ser utilizado com cautela em pacientes que recebem baixas doses de ácido acetilsalicílico para cardioproteção.
Bupropiona: A dipirona pode reduzir os níveis de bupropiona no sangue61. Portanto, é necessário cautela se dipirona e bupropiona forem utilizadas concomitantemente.
Ciclosporina: No caso de tratamento concomitante com ciclosporina, pode ocorrer diminuição nos níveis desta substância, e, por esta razão, devem ser monitorados. Substâncias com efeitos anticolinérgicos: Hiospan® Composto pode intensificar a ação anticolinérgica de medicamentos tais como antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, anti-histamínicos, antipsicóticos, quinidina, amantadina, disopiramida e outros anticolinérgicos (por ex. tiotrópio, ipratrópio, compostos similares à atropina).
Antagonistas da dopamina108: O uso concomitante de antagonistas da dopamina108, como, por exemplo, metoclopramida, pode resultar numa diminuição da atividade de ambos os fármacos no trato gastrintestinal.
Substâncias beta-adrenérgicos109: Hiospan® Composto pode aumentar a ação taquicárdica dos agentes beta-adrenérgicos109.
Álcool: Os efeitos do álcool e Hiospan® Composto podem ser potencializados quanto usados concomitantemente.
Interações adicionais com as pirazolonas: As pirazolonas também podem causar interações com anticoagulantes53 orais, captopril, lítio e triantereno. A eficácia de anti-hipertensivos e diuréticos110 pode ser afetada pelas pirazolonas. Não se sabe em que extensão a dipirona provoca estas interações.
Interferências com testes laboratoriais: Em pacientes diabéticos, os derivados pirazolônicos podem interferir nos ensaios enzimáticos de açúcar111 no sangue61, quando realizados pelo método da glicose35-oxidase.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Atenção: O número de lote e data de validade gravados na ampola podem se tornar ilegíveis ou até serem perdidos caso a embalagem entre em contato com algum tipo de solução alcoólica.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
- Segure a ampola inclinada a um ângulo de aproximadamente 45°.
- Apoie a ponta dos polegares no estrangulamento da ampola.
- Com o dedo indicador envolva a parte superior da ampola, pressionando-a para trás até sua abertura.
Hiospan® Composto só deve ser administrado por via parenteral por injeção77 intravenosa lenta, cujo tempo da aplicação deve ser de, no mínimo, 5 minutos. O paciente deve permanecer em posição supina. Hiospan® Composto pode ser injetado por via intramuscular profunda, mas nunca por via subcutânea55. O uso intra-arterial inadvertido pode provocar necrose94 da área vascular96 distal97. A solução deve ser aquecida à temperatura do corpo antes da injeção77.
Precaução
Hiospan® Composto só deve ser injetado por via intravenosa ou intramuscular. O uso intra-arterial inadvertido pode provocar necrose94 da área vascular96 distal97.
Para injeção intramuscular52 as seguintes técnicas devem ser cuidadosamente observadas:
Local de injeção77: Apenas no quadrante súpero-lateral (externo) das nádegas112.
Direção: Direcionada sagitalmente para a crista ilíaca.
Profundidade: Uso de agulha suficientemente longa para assegurar que a injeção77 atinja os músculos113.
Por causa de possíveis incompatibilidades Hiospan® Composto não deve ser misturado com outras medicações na mesma seringa114.
Em adultos aplicar 1 ampola de 5 mL, até 2–3 vezes ao dia, com intervalo de 6 a 8 horas. Cada mL da solução injetável contém 4 mg de butilbrometo de escopolamina e 500 mg de dipirona.
Devem estar presentes para a administração parenteral equipamentos adequados para tratamento em casos raros de choque115.
A causa mais comum de queda crítica na pressão arterial60 e choque115 é a injeção77 muito rápida. Portanto a injeção77 intravenosa deve ser administrada lentamente (não mais do que 1 mL por minuto) com o paciente em posição supina. A pressão arterial60, frequência cardíaca e respiratória devem ser monitoradas. Assumindo que uma queda não alérgica da pressão arterial60 é dose-dependente, a indicação de doses superiores a 1g de dipirona deve ser considerada de forma particularmente cuidadosa.
Geral
Hiospan® Composto não deve ser usado por períodos prolongados ou em altas doses sem prescrição do médico ou do dentista.
Pacientes idosos: A dose deve ser diminuída para pacientes82 idosos, uma vez que a eliminação dos metabólitos20 de dipirona pode estar comprometida.
Comprometimento das condições gerais e do clearance de creatinina116: A dose deve ser reduzida em pacientes com comprometimento da condição geral e do clearance de creatinina116, uma vez que a eliminação dos metabólitos20 de dipirona pode estar comprometida. Comprometimento das funções renal9 e hepática38: Como a taxa de eliminação é diminuída na presença de comprometimento da função renal9 e hepática38, deve ser evitada a administração repetida de doses elevadas. Não há necessidade de diminuir a dose de Hiospan® Composto se a sua utilização for por um curto período. Não há experiência com o uso em longo prazo.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações comuns (>1/100 e < 1/10): hipotensão76, tontura98, boca117 seca.
Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): agranulocitose25 (incluindo casos fatais), leucopenia118, erupção119 cutânea120 medicamentosa, reações cutâneas84, distúrbios da acomodação visual, choque115, dor no local de injeção77*, rubor.
Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000): reação anafilática75 e reação anafilactoide121 principalmente após administração parenteral, asma27 em pacientes com síndrome26 de asma27 causada por analgésicos31, erupção119 maculopapular122.
Reações muito raras (<1/10.000): trombocitopenia67, necrólise epidérmica tóxica86, síndrome de Stevens-Johnson85, flebite123*, insuficiência renal24 aguda, anúria124, nefrite125 intersticial126, proteinúria127, oligúria128 e insuficiência renal24.
Reações com frequência desconhecida: sepse129 incluindo casos fatais, choque anafilático72 incluindo casos fatais principalmente após administração parenteral, dispneia130, hipersensibilidade, sudorese131 anormal, midríase132, aumento da pressão intraocular90, taquicardia47, reações no local da injeção77*, hemorragia133 gastrintestinal, retenção urinária43, cromatúria, anemia66 aplástica, pancitopenia64 (incluindo casos fatais) e Síndrome26 de Kounis.
*apenas para Hiospan® Composto injetável.
Agranulocitose25 e sepse129 subsequente, incluindo casos fatais; leucopenia118 e trombocitopenia67, anemia66 aplástica e pancitopenia64 (incluindo casos fatais) são, presumivelmente reações imunológicas. Elas podem ocorrer mesmo que o butilbrometo de escopolamina + dipirona monoidratada tenha sido administrado em outras ocasiões sem complicações. Há sinais65 que sugerem que o risco de agranulocitose25 pode estar elevado se este medicamento for utilizado por mais de uma semana. A agranulocitose25 se manifesta na forma de febre57, calafrios134, dor orofaríngea135, disfagia136, estomatite137, rinite138, faringite139, inflamação140 do trato genital e inflamação140 anal. Estes sinais65 podem ser mínimos em pacientes em uso de antibióticos. A linfadenopatia ou esplenomegalia141 pode ser leve ou ausente. A taxa de hemossedimentação pode estar acentuadamente aumentada; os granulócitos142 se encontram consideravelmente reduzidos ou totalmente ausentes. As contagens de hemoglobina143, eritrócitos144 e plaquetas145 podem estar alteradas.
Em caso de deterioração imprevista do estado geral do paciente, se a febre57 não ceder ou reaparecer, ou se houver alterações dolorosas da mucosa146 oral, nasal e da garganta147, recomenda-se enfaticamente que Hiospan® Composto seja imediatamente suspenso e que seja consultado um médico mesmo que os resultados dos exames laboratoriais ainda não estejam disponíveis.
Reações mais leves (por exemplo, reações cutâneas84 e nas mucosas89, como prurido148, sensação de queimação, eritema149, edema150 assim como dispneia130 e distúrbios gastrintestinais) podem levar a reações mais graves (por exemplo urticária28 generalizada, angioedema29 grave com envolvimento da região laríngea, broncoespasmo30 grave, arritmia151, diminuição da pressão arterial60 com eventual aumento inicial da pressão arterial60). Hiospan® Composto deve, portanto, ser imediatamente suspenso se ocorrerem reações cutâneas84. Em caso de reações cutâneas84 graves, consultar imediatamente um médico.
Podem ocorrer reações anafiláticas70 durante ou imediatamente após a injeção77, porém estas também podem aparecer algumas horas após a injeção77. Entretanto em geral as reações ocorrem na primeira hora após a administração. O tratamento apropriado deve ser iniciado logo que surgirem sinais65/sintomas56 de anafilaxia152.
Reações de hipotensão76 que ocorrem durante ou após o uso podem ser induzidas pela medicação, e não se comportam de forma relacionada com sinais65 de reações anafilactoides e/ou anafiláticas. Estas reações podem levar a grave queda da pressão arterial60. A injeção77 intravenosa rápida aumenta o risco de reações de hipotensão76.
Em caso de aumento da temperatura após injeção77 muito rápida, pode haver uma queda crítica e dose-dependente na pressão arterial60 sem qualquer outro sinal153 de intolerância à medicação.
A excreção de ácido rubazônico, um metabólito19 inativo da dipirona, pode produzir uma coloração avermelhada na urina22, que desaparece com a descontinuação do tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas56
butilbrometo de escopolamina: Em casos de superdose podem ser observados efeitos anticolinérgicos.
dipirona: Após superdose aguda foi observado, náusea58, vômitos154, dor abdominal, comprometimento da função renal9/insuficiência renal24 aguda (como nefrite125 intersticial126), retenção urinária43, parada respiratória, lesão155 hepática38 e, em casos raros, sintomas56 do sistema nervoso central12 (tonturas156, sonolência, coma157, estado de agitação, convulsões, espasmos8 clônicos), queda da pressão arterial60 ou mesmo choque115, taquicardia47, retenção de sódio e água com edema pulmonar158 em cardiopatas. Após doses muito altas, a eliminação de ácido rubazônico pode provocar alteração avermelhada na cor da urina22.
Tratamento
butilbrometo de escopolamina: Se necessário, administrar medicamentos parassimpaticomiméticos. Deve-se procurar com urgência159 orientação de um oftalmologista91 no caso de glaucoma40.
As complicações cardiovasculares devem ser tratadas segundo os princípios terapêuticos usuais. Em caso de paralisia160 respiratória, deve ser considerada intubação ou respiração artificial161. Pode ser necessário cateterização vesical162 em caso de retenção urinária43. Além disto, devem ser usadas, conforme necessárias, medidas adequadas de suporte.
dipirona: Não se conhece qualquer antídoto163 específico para dipirona. Se a administração de dipirona foi recente, podem ser administradas medidas que reduzem a absorção (como carvão ativado) com intuito de limitar a absorção pelo organismo. O principal metabólito19 (4-MAA) pode ser eliminado por hemodiálise164, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática. O tratamento da intoxicação e prevenção de complicações graves pode necessitar de monitoramento e tratamento intensivo generalizado e específico.
Medidas agudas em caso de intolerância grave ao medicamento (choque115): Aos primeiros sinais65 (como reações cutâneas84 de urticária28 e rubor, inquietação, cefaleia165, sudorese131 profusa, náusea58), cessar imediatamente a administração. Deixar a agulha na veia ou estabelecer um acesso venoso. Além das medidas usuais de emergência74 como inclinar a cabeça166 e a parte superior do corpo para trás, mantendo as vias aéreas livres e administrando oxigênio, pode também ser necessário administrar simpaticomiméticos, expansores de volume ou glicocorticoides.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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