Tadalafila (Comprimido 20 mg) (Bula do profissional de saúde)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
tadalafila
Comprimido 20 mg
Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens com 1, 2 ou 4 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de tadalafila contém:
tadalafila | 20 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1 monoidratada, hiprolose, croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio, celulose microcristalina, estearato de magnésio, hipromelose, triacetina, corante óxido de ferro amarelo, dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Desenho do estudo: a eficácia e a segurança da tadalafila no tratamento da disfunção erétil foram avaliadas em 22 estudos clínicos de até 24 semanas de duração. Os estudos envolveram mais de 4.000 pacientes, tendo sido estudadas as dosagens de 2 a 100 mg, tomadas quando necessário, até uma vez ao dia. A tadalafila mostrou ser eficaz na melhora da função erétil em homens com disfunção erétil (DE). Vários instrumentos de avaliação foram usados para estudar o efeito da tadalafila na função erétil. Questões de Avaliação Global (QAG) foram feitas para determinar se o tratamento melhorou as ereções dos pacientes. Durante os estudos clínicos, os pacientes e suas parceiras completaram diários de Perfil de Encontro Sexual (PES), avaliando a função erétil e a satisfação de cada tentativa sexual. O Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) também foi completado pelos pacientes. O IIFE fornece medidas globais de função erétil e satisfação sexual, bem como a gravidade da DE.
Efeitos da tadalafila sobre a função erétil: em todos os estudos, a tadalafila demonstrou melhora consistente e estatisticamente significante comparada ao placebo3, em todos os objetivos primários e secundários avaliados. O efeito do tratamento não diminuiu com o tempo. A tadalafila, nas doses de 2 a 100 mg, foi avaliada em 16 estudos clínicos envolvendo 3.250 pacientes, incluindo pacientes com disfunção erétil de vários níveis de gravidade (leve, moderada e grave), etiologias (incluindo pacientes com diabetes4), idades (21 a 86 anos), etnias e duração da disfunção erétil. Nos estudos de eficácia primária de populações em geral, 81% dos pacientes relataram que tadalafila melhorou suas ereções. Também, pacientes com DE, em todas as categorias de gravidade, relataram ereções melhores enquanto tomavam tadalafila (86%, 83% e 72% para leve, moderada e grave, respectivamente). A tadalafila mostrou melhora estatisticamente significante na capacidade dos pacientes em obter uma ereção5 suficiente para a relação sexual e de manter a ereção5 para uma relação satisfatória, medida pelos diários de PES. Nos estudos de eficácia primária, 75% das tentativas de relações sexuais foram bem-sucedidas em pacientes tratados com tadalafila. A tadalafila também demonstrou melhora estatisticamente significante na função erétil medida pelo Domínio de Função Erétil do IIFE. Adicionalmente, nos estudos de eficácia primária, na dosagem de 20 mg, aproximadamente 60% dos pacientes tratados com tadalafila atingiram a função erétil normal durante o tratamento.
Período de resposta: três estudos clínicos foram conduzidos em 1054 pacientes em ambiente domiciliar, para definir o período de resposta à tadalafila. A tadalafila demonstrou melhora estatisticamente significante na função erétil e na capacidade de ter relação sexual satisfatória até 36 horas após a dose, assim como na capacidade dos pacientes de atingir e manter ereções para relações satisfatórias, se comparados ao grupo placebo3, a partir de 30 minutos após a dose.
Confiança do paciente e satisfação sexual: o IIFE também mede a confiança que os pacientes podem atingir e manter uma ereção5 suficiente para uma relação sexual. A tadalafila melhorou a confiança do paciente de modo estatisticamente significante. A análise dos domínios de Satisfação na Relação Sexual e Satisfação Global do IIFE mostrou que o tratamento com a tadalafila resulta em aumento estatisticamente significante da satisfação sexual, medida por ambos os domínios. Adicionalmente, tadalafila melhorou a proporção dos encontros sexuais que foram satisfatórios para o paciente e sua parceira.
Eficácia na disfunção erétil de pacientes com diabetes mellitus6: a tadalafila é eficaz no tratamento da disfunção erétil em pacientes com diabetes4. Pacientes com diabetes4 (N= 451) foram incluídos em todos os estudos de eficácia primária, um dos quais avaliou especificamente a tadalafila apenas em pacientes diabéticos (Tipo 1 ou Tipo 2) com disfunção erétil. tadalafila produziu melhora estatisticamente significante na disfunção erétil e na satisfação sexual. Nestes estudos, 68% dos pacientes com diabetes4 tratados com tadalafila, na dose de 20 mg, relataram ereções melhores.
Eficácia na disfunção erétil de pacientes que sofreram prostatectomia radical: a tadalafila mostrou ser eficaz no tratamento de pacientes que desenvolveram disfunção erétil devido à prostatectomia radical com preservação nervosa bilateral. Em um estudo randomizado7, placebo3-controlado, duplo-cego, paralelo, prospectivo8 nesta população (N= 303), a tadalafila demonstrou uma melhora clinicamente significante da função erétil, sendo que 62% dos pacientes relataram melhora das ereções com o uso de tadalafila 20 mg.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Descrição: tadalafila, um tratamento oral para disfunção erétil, é um inibidor reversível, potente e seletivo da guanosina monofosfato cíclica (GMPc) - fosfodiesterase específica tipo 5 (PDE5). A tadalafila tem fórmula empírica C22H19N3O4 representando um peso molecular de 389,41. O nome químico é pirazino[1’,2’:1,6]pirido[3,4-b]indol-1,4-diona, 6-(1,3-benzodioxol- 5-il)-2,3,6,7,12,12a-hexahidro-2-metil-, (6R,12aR). É um sólido cristalino9 praticamente insolúvel em água e muito pouco solúvel em etanol.
Propriedades farmacodinâmicas
Quando a estimulação sexual causa a liberação local de óxido nítrico, a inibição da PDE5 pela tadalafila produz níveis elevados de GMPc no corpo cavernoso. Isso resulta no relaxamento da musculatura lisa e na entrada de sangue10 nos tecidos penianos, produzindo uma ereção5. A tadalafila não tem efeito na ausência de estimulação sexual.
Estudos in vitro mostraram que tadalafila é um inibidor seletivo da PDE5, encontrada na musculatura lisa do corpo cavernoso, próstata11 e bexiga12, bem como em musculatura lisa vascular13 e visceral, musculoesquelético, plaquetas14, rins15, pulmões16, cerebelo17 e pâncreas18. O efeito da tadalafila é mais potente sobre a PDE5 que sobre outras fosfodiesterases. A tadalafila é mais que 10.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE1, PDE2, PDE4 e PDE7, enzimas que são encontradas no coração19, cérebro20, vasos sanguíneos21, fígado22, leucócitos23, tecido24 musculoesquelético e outros órgãos. A tadalafila é mais que 10.000 vezes mais potente para PDE5 que para PDE3, uma enzima25 encontrada no coração19 e vasos sanguíneos21. Esta seletividade para a PDE5 sobre PDE3 é importante porque PDE3 é uma enzima25 envolvida na contratilidade cardíaca. Adicionalmente, a tadalafila é aproximadamente 700 vezes mais potente para PDE5 que para PDE6, uma enzima25 encontrada na retina26 e que é responsável pela fototransdução. A tadalafila é também mais que 9.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE 8, 9 e 10; e 14 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE11. A distribuição nos tecidos e os efeitos fisiológicos da inibição da PDE8 até PDE11 não foram esclarecidos.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: a tadalafila é rapidamente absorvida após administração oral e a concentração plasmática máxima média observada (Cmáx) é atingida num tempo médio de 2 horas após a administração. A biodisponibilidade absoluta da tadalafila após dose oral não foi determinada. A velocidade e extensão da absorção da tadalafila não são influenciadas pela alimentação, portanto, este medicamento pode ser tomado com ou sem alimento. O período da administração (manhã versus noite) não teve efeitos clinicamente relevantes sobre a velocidade e extensão da absorção.
Distribuição: o volume de distribuição médio é de aproximadamente 63 litros, indicando que a tadalafila é distribuída nos tecidos. Em concentrações terapêuticas, 94% da tadalafila está ligada às proteínas27 plasmáticas. Menos de 0,0005% da dose administrada aparece no sêmen28 de indivíduos sadios.
Metabolismo29: a tadalafila é predominantemente metabolizada pelo citocromo P450 (CYP) isoforma 3A4. O maior metabólito30 circulante é a glucuronida metilcatecol. Este metabólito30 é pelo menos 13.000 vezes menos potente que a tadalafila para PDE5. Consequentemente, não é esperado que seja clinicamente ativo nas concentrações observadas dos metabólitos31.
Eliminação: o clearance oral médio para a tadalafila é 2,5 L/h, e a meia-vida média é de 17,5 horas em indivíduos sadios. A tadalafila é excretada predominantemente como metabólitos31, principalmente nas fezes (aproximadamente 61% da dose) e, em menor extensão, na urina32 (aproximadamente 36% da dose). Os parâmetros farmacocinéticos da tadalafila em indivíduos sadios são lineares com respeito ao tempo e à dose. Num intervalo de dose de 2,5 a 20 mg, a exposição (área sob a curva - AUC33) aumenta proporcionalmente com a dose. As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são alcançadas dentro de 5 dias de dose única diária. A farmacocinética determinada em uma população de pacientes com disfunção erétil é similar à farmacocinética em indivíduos sem disfunção erétil.
Farmacocinética em populações especiais
Idosos: indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram um clearance oral menor de tadalafila, resultando em uma exposição (AUC33) 25% maior em relação a indivíduos sadios de idade entre 19 e 45 anos. Este efeito da idade não é clinicamente significativo e não exige um ajuste de dose.
Pediátricos: a tadalafila não foi avaliada em indivíduos com menos de 18 anos.
Insuficiência hepática34: a exposição à tadalafila (AUC33) em indivíduos com insuficiência hepática34 leve a moderada (Child-Pugh Classe A e B) é comparável à exposição em indivíduos sadios. Não existem dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática34 grave (Child- Pugh Classe C).
Insuficiência renal35: em indivíduos com insuficiência renal35, incluindo aqueles em hemodiálise36, a exposição à tadalafila (AUC33) foi maior que em indivíduos sadios.
Pacientes com diabetes4: a exposição à tadalafila (AUC33) em pacientes com diabetes4 foi aproximadamente 19% menor que o valor de AUC33 para indivíduos sadios. Esta diferença na exposição não exige um ajuste de dose.
Estudos da tadalafila na frequência cardíaca e pressão arterial37: tadalafila administrada em indivíduos sadios não produziu diferença significativa, comparando-se ao grupo placebo3 na pressão sanguínea sistólica e diastólica em decúbito38 horizontal (diminuição máxima média de 1,6/0,8 mmHg, respectivamente), na pressão sanguínea sistólica e diastólica em pé (diminuição máxima média de 0,2/4,6 mmHg, respectivamente) e não houve alteração significativa na frequência cardíaca. Efeitos maiores foram relatados entre indivíduos recebendo nitratos concomitantemente (ver item “4. Contraindicações”).
Interação com nitratos: um estudo foi realizado para avaliar o nível de interação entre nitratos e a tadalafila. O objetivo do estudo foi determinar em qual o período, após a administração de tadalafila, não iria ocorrer uma interação aparente na pressão arterial37. Os pacientes envolvidos no estudo (incluindo pacientes diabéticos e/ou hipertensos com a pressão arterial37 controlada) receberam diariamente doses de 20 mg de tadalafila ou placebo3 durante 7 dias quando, então, receberam uma única dose de 0,4 mg de nitroglicerina sublingual em períodos pré-determinados após a última administração de tadalafila. O resultado deste estudo demonstrou que não foi detectada interação após 48 horas da última administração de tadalafila. A administração concomitante de tadalafila com nitratos é contraindicada. Quando a administração de nitratos for extremamente necessária em pacientes que tomaram tadalafila, deve ser considerado o intervalo de pelo menos 48 horas após a última administração de tadalafila para administrar nitratos. Nestas circunstâncias, a administração de nitratos deve ser realizada sob estreita supervisão médica com um monitoramento adequado das funções hemodinâmicas.
Efeitos nas características do esperma39: não houve efeitos clinicamente relevantes nas características do esperma39 (ver item “5. Advertências e precauções”).
Estudos da tadalafila sobre a visão40: em um estudo para avaliar os efeitos da tadalafila sobre a visão40, não foi detectada dificuldade de discriminação de cor (azul/verde) usando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100. Este achado é consistente com a baixa afinidade da tadalafila pelo PDE6 comparado ao PDE5 (ver item “3. Características farmacológicas/Propriedades farmacodinâmicas). Além disso, não foram observados efeitos na acuidade visual41, eletrorretinogramas, pressão intraocular42 ou pupilometria. Cruzando todos os estudos clínicos, os registros de alterações na visão40 de cor foram raros (< 0,1%).
Estudos em espermatogênese: três estudos foram conduzidos em homens para avaliar o efeito potencial de tadalafila 10 mg (um estudo de 6 meses) e 20 mg (um estudo de 6 meses e um estudo de 9 meses), administrada diariamente, sobre a espermatogênese. Não houve efeitos adversos sobre a morfologia ou motilidade do espermatozoide43 em qualquer dos três estudos. No estudo de 6 meses na dose diária de 10 mg de tadalafila e no estudo de 9 meses na dose diária de 20 mg de tadalafila, os resultados mostraram uma diminuição na concentração espermática média em relação ao placebo3, embora estas diferenças não sejam clinicamente significantes. Este efeito não foi visto no estudo de 20 mg de tadalafila administrada por 6 meses. No estudo de 9 meses, a diminuição na concentração espermática foi associada à uma frequência ejaculatória mais alta. A frequência de ejaculação44 não foi avaliada nos estudos de 6 meses. Além disso, não houve efeito adverso sobre as concentrações médias dos hormônios reprodutivos (testosterona, hormônio45 luteinizante ou hormônio45 folículo46-estimulante) com ambas as doses de 10 mg ou 20 mg de tadalafila comparadas ao placebo3.
CONTRAINDICAÇÕES
Em estudos clínicos, a tadalafila mostrou aumentar os efeitos hipotensivos dos nitratos. Supõe-se que isto seja resultado dos efeitos combinados dos nitratos e tadalafila na via óxido nítrico/GMPc. Portanto, a administração de tadalafila a pacientes que estão usando qualquer forma de nitrato orgânico é contraindicada.
Este medicamento não deve ser usado em pacientes com conhecida hipersensibilidade à tadalafila ou a qualquer componente do comprimido. Este medicamento não é indicado para homens que não apresentam disfunção erétil.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A avaliação da disfunção erétil deve incluir a determinação de suas causas potenciais e a identificação do tratamento apropriado após uma avaliação médica adequada. Priapismo47 foi relatado com os inibidores da PDE5, incluindo a tadalafila. Pacientes que apresentem ereções com duração de 4 horas ou mais devem ser instruídos para procurar assistência médica imediata. Se o priapismo47 não for tratado imediatamente, pode resultar em lesão48 do tecido24 peniano e perda permanente da potência. tadalafila deve ser usada com cautela em pacientes que têm condições que possam predispô-los ao priapismo47 (tais como anemia falciforme49, mieloma50 múltiplo ou leucemia51), ou em pacientes com deformação anatômica do pênis52 (tais como angulação, fibrose53 cavernosa ou doença de Peyronie).
A neuropatia54 óptica isquêmica anterior não arterítica (caracterizada pela diminuição da visão40, implicando em perda permanente da visão40) foi um evento pós-comercialização relatado raramente em associação temporal com o uso de medicamentos inibidores da PDE5. Um aumento no risco de neuropatia54 óptica isquêmica anterior não arterítica aguda foi sugerido a partir da análise de dados observacionais em homens com DE, dentro de 1 a 4 dias do episódio de uso do inibidor da PDE5. A maioria desses pacientes, porém não todos, tinham fatores de riscos basais anatômicos ou vasculares55 para desenvolverem a neuropatia54 óptica isquêmica anterior não arterítica, incluindo, mas não necessariamente limitada à: baixa relação entre o diâmetro da escavação e o diâmetro da papila (cup to disc – “crowded disc”), idade acima dos 50 anos, diabetes4, hipertensão56, doença arterial coronariana, hiperlipidemia57 e tabagismo. Não é possível determinar se estes eventos estão diretamente relacionados ao uso dos inibidores da PDE5, aos fatores de risco basais vasculares55, defeitos anatômicos do paciente, à combinação desses fatores ou a outros fatores. Os médicos devem orientar os pacientes a interromperem o uso de tadalafila e procurarem auxílio médico no caso de perda repentina da visão40. Os médicos devem informar seus pacientes que indivíduos que já apresentaram neuropatia54 óptica isquêmica anterior não arterítica têm um risco maior em apresentar esses eventos.
Os médicos devem recomendar aos pacientes que interrompam o uso de inibidores de PDE5, incluindo tadalafila, bem como a procurar uma orientação especializada em casos de diminuição ou perda repentina de audição. Estes eventos, que podem estar acompanhados de zumbido e vertigem58, foram relatados na associação temporal à introdução de inibidores PDE5, incluindo tadalafila. Não é possível determinar se estes eventos estão diretamente relacionados ao uso de inibidores PDE5 ou a outros fatores.
Tadalafila deve ser usada com cautela quando prescrita para pacientes59 que tomam alfabloqueadores, como a doxazosina, pois a administração simultânea pode levar a uma hipotensão60 sintomática61 em alguns pacientes. Em um estudo com homens sadios, tadalafila foi administrada com doxazosina 8 mg e houve um aumento do efeito hipotensor da doxazosina. Doses menores de doxazosina não foram testadas. Quando tadalafila é administrada concomitantemente com um alfa-bloqueador, os pacientes devem estar estáveis com a terapia com alfa-bloqueadores antes de iniciar o tratamento com tadalafila. Em um estudo de farmacologia62 clínica com 18 voluntários sadios que receberam uma dose única de tadalafila, não foi observada hipotensão60 sintomática61 com a administração simultânea de tansulosina, um alfa-bloqueador (ver item “6. Interações medicamentosas”). A combinação de tadalafila e estimuladores da guanilato ciclase, como riociguate, não é recomendada, pois pode causar hipotensão60 sintomática61.
Assim como outros inibidores da PDE5, tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas que podem resultar em uma diminuição transitória da pressão sanguínea. Antes de prescrever tadalafila, os médicos devem considerar cuidadosamente se seus pacientes com doença cardiovascular preexistente podem ser afetados desfavoravelmente por tais efeitos vasodilatadores.
Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade
Tadalafila não foi carcinogênica em ratos ou camundongos quando administrada por 24 meses. tadalafila não foi mutagênica ou genotóxica em ensaios bacterianos in vitro e com células63 de mamíferos, e em linfócitos humanos in vitro e ensaios com micronúcleo de rato in vivo. Não houve diminuição da fertilidade em ratos machos e fêmeas em doses até 400 mg/Kg por 2 anos. Em cães recebendo tadalafila diariamente por 6 a 12 meses em doses de 25 mg/Kg/dia e acima, houve alterações no epitélio64 do túbulo seminífero que resultaram numa diminuição da espermatogênese em alguns cães.
Gravidez65 e Lactação66
Categoria B: tadalafila não é indicado para uso em mulheres. Não houve evidência de teratogenicidade, embriotoxicidade ou fetotoxicidade em ratos e camundongos que receberam até 1.000 mg/Kg/dia. Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, a dose de efeito não observado foi de 30 mg/Kg/dia.
Na rata prenha, a AUC33 para droga livre calculada nessa dose foi aproximadamente 18 ou 6 vezes a AUC33 humana em uma dose de 20 ou 40 mg. Não há estudos de tadalafila em mulheres grávidas.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Nenhum relato.
Populações especiais
Uso pediátrico: tadalafila não é indicado para o uso em recém-nascidos e crianças.
Uso geriátrico: indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram uma diminuição do clearance de tadalafila, resultando em uma alta de 25% de exposição à droga (AUC33), quando comparados a indivíduos saudáveis, de idades entre 19 e 45 anos. Este efeito da idade não é clinicamente significativo e não exige um ajuste da dose.
Pacientes com doença cardiovascular: a atividade sexual possui um risco cardíaco potencial para pacientes59 com doença cardiovascular preexistente. Portanto, tratamentos para disfunção erétil, incluindo tadalafila, não devem ser usados em homens com doença cardíaca, para os quais a atividade sexual é desaconselhável. Os seguintes grupos de pacientes com doença cardiovascular não foram incluídos nos estudos clínicos:
- Pacientes com infarto do miocárdio67 nos últimos 90 dias;
- Pacientes com angina68 instável ou angina68 ocorrida durante uma relação sexual;
- Pacientes com insuficiência cardíaca69 classe 2 ou maior da “New York Heart Association” nos últimos 6 meses;
- Pacientes com arritmias70 não controladas, hipotensão60 (< 90/50 mmHg), ou hipertensão56 não controlada e;
- Pacientes com acidente vascular cerebral71 nos últimos 6 meses.
Os médicos devem considerar o risco cardíaco potencial da atividade sexual em pacientes com doença cardiovascular preexistente. Pacientes que apresentem sintomas72 durante a atividade sexual devem ser aconselhados a absterem-se de novas atividades sexuais e relatarem o episódio ao médico.
Pacientes com insuficiência hepática34: a exposição à tadalafila (AUC33) em indivíduos com insuficiência hepática34 leve a moderada (Child-Pugh Classe A e B) é comparável à exposição em indivíduos sadios. Não existem dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática34 grave (Child-Pugh Classe C). Portanto, este medicamento deve ser usado com cautela quando prescrito para pacientes59 deste grupo.
Pacientes com insuficiência renal35: em um estudo de farmacologia62 clínica, usando dose única de tadalafila (5 a 10 mg), a exposição à tadalafila (AUC33) duplicou em pacientes com clearance de creatinina73 30 a 80 mL/min. Em um estudo de farmacologia62 clínica com dose de 10 mg, a dor lombar foi relatada como um evento adverso limitante em pacientes masculinos com clearance de creatinina73 30 a 50 mL/min. Em uma dose de 5 mg, a incidência74 e severidade de dor lombar não foi significativamente diferente que em indivíduos sadios. Pacientes em hemodiálises tomando 10 ou 20 mg de tadalafila, não relataram dor lombar. Em indivíduos com insuficiência renal35, incluindo aqueles em hemodiálise36, a exposição à tadalafila (AUC33) foi maior que em indivíduos saudáveis.
Combinação com outras terapias para disfunção erétil: a segurança e eficácia de combinações de tadalafila e outros inibidores da PDE5 ou tratamentos para disfunção erétil não foram estudadas. Portanto, o uso de tais combinações não é recomendado.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Este medicamento contém LACTOSE1. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes que apresentem intolerância à lactose1. A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não é esperado que a tadalafila cause inibição ou indução clinicamente significativa do clearance de drogas metabolizadas pelas isoformas do CYP450. Estudos confirmaram que a tadalafila não inibe ou induz as isoformas do CYP450, incluindo CYP3A4, CYP1A2, CYP2D6, CYP2E1, CYP2C9 e CYP2C19.
Cetoconazol: tadalafila é principalmente metabolizada pelo CYP3A4. Um inibidor seletivo do CYP3A4, cetoconazol (400 mg diariamente), aumentou a exposição (AUC33) da dose única de tadalafila em 312% e a Cmáx em 22%, e cetoconazol (200 mg diariamente) aumentou a exposição (AUC33) da dose única de tadalafila em 107% e Cmáx em 15% com relação aos valores de AUC33 e Cmáx para tadalafila isoladamente.
Ritonavir: ritonavir (200 mg duas vezes ao dia), um inibidor do CYP3A4, 2C9, 2C19 e 2D6, aumentou a exposição (AUC33) da dose única de tadalafila em 124% sem alteração na Cmáx. Embora interações específicas não tenham sido estudadas, outros inibidores de protease do HIV75, como o saquinavir e outros inibidores do CYP3A4, tais como eritromicina e itraconazol, provavelmente também aumentariam a exposição da tadalafila.
Rifampicina: um indutor do CYP3A4, rifampicina 600 mg diariamente, reduziu a exposição (AUC33) da dose única de tadalafila em 88% e Cmáx em 46%, com relação aos valores de AUC33 e Cmáx para tadalafila isolada. Pode-se esperar que a administração concomitante de outros indutores CYP3A4 também possa diminuir as concentrações plasmáticas de tadalafila.
Agentes anti-hipertensivos: tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas e pode aumentar os efeitos hipotensores dos agentes anti-hipertensivos. Adicionalmente, em pacientes tomando múltiplos agentes anti-hipertensivos, cuja hipertensão56 não foi bem controlada, reduções maiores na pressão sanguínea foram observadas. Estas reduções não foram associadas com sintomas72 hipotensivos na grande maioria dos pacientes. Um apropriado aconselhamento médico deve ser dado aos pacientes quando estes são tratados com medicamentos anti-hipertensivos e tadalafila. Em estudos de farmacologia62 clínica, o potencial para a tadalafila aumentar os efeitos hipotensivos dos agentes anti-hipertensivos foi examinado. As classes principais de agentes anti-hipertensivos foram estudadas, incluindo bloqueadores de canais de cálcio (amlodipina), inibidores da enzima25 conversora de angiotensina (ECA) (enalapril), betabloqueadores (metoprolol), diuréticos76 tiazídicos (bendrofluazida) e bloqueadores do receptor de angiotensina II (vários tipos e doses, sozinhos ou em combinação com tiazidas, bloqueadores de canal de cálcio, beta-bloqueadores e/ou alfa- bloqueadores). tadalafila não tem interação clinicamente significativa com nenhuma dessas classes. A análise dos estudos clínicos fase 3 também não mostrou diferenças nos eventos adversos em pacientes tomando tadalafila com ou sem medicação anti- hipertensiva.
Agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos77: em dois estudos de farmacologia62 clínica, nenhuma diminuição significativa na pressão sanguínea foi observada quando tadalafila foi administrada em indivíduos tomando tansulosina, um bloqueador seletivo alfa- adrenérgico78. Quando tadalafila foi coadministrada em indivíduos sadios tomando doxazosina (4-8 mg diariamente), um bloqueador alfa-adrenérgico78, houve um aumento dos efeitos hipotensores da doxazosina. O número de pacientes com diminuição da pressão sanguínea em pé, potencialmente clinicamente significativa, foi maior para esta combinação. Nestes estudos de farmacologia62 clínica houve sintomas72 associados com a diminuição da pressão arterial37 incluindo síncope79. Doses mais baixas de doxazosina não foram estudadas. Quando tadalafila é administrada concomitantemente com um alfa-bloqueador, os pacientes devem estar estáveis com a terapia com alfa-bloqueador antes de iniciar o tratamento com tadalafila.
Álcool: tadalafila não afetou as concentrações alcoólicas e o álcool não afetou as concentrações plasmáticas de tadalafila. Em altas doses de álcool (0,7 g/Kg), a adição de tadalafila não induziu diminuição estatisticamente significativa na pressão sanguínea. Em alguns indivíduos, foram observadas tontura80 postural e hipotensão60 ortostática. Quando tadalafila foi administrada com baixas doses de álcool (0,6 g/Kg), hipotensão60 não foi observada e tonturas81 ocorreram com frequência similar ao álcool administrado isoladamente.
Antagonistas H2: um aumento no pH gástrico resultante da administração de nizatidina não teve efeito significativo na farmacocinética de tadalafila.
Antiácidos82 (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio): a administração simultânea de um antiácido83 (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) e tadalafila reduziu a velocidade aparente de absorção da tadalafila sem alterar a sua exposição (AUC33).
Aspirina® (ácido acetil salicílico): tadalafila não potencializou o aumento do tempo de sangramento causado pela Aspirina®.
Varfarina (substrato do CYP2C9): tadalafila não teve efeito clinicamente significativo na exposição (AUC33) à S-varfarina ou R- varfarina, nem afetou as alterações no tempo de protrombina84 induzidas pela varfarina.
Teofilina (substrato do CYP1A2): tadalafila não teve efeito clinicamente significativo na farmacocinética ou farmacodinâmica da teofilina.
Não foram conduzidos estudos clínicos com o propósito de investigar possíveis interações entre tadalafila e plantas medicinais, nicotina, testes laboratoriais e não laboratoriais.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. O prazo de validade do produto nestas condições de armazenagem é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Este medicamento apresenta-se na forma de comprimidos revestidos, de cor amarela e formato circular.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
Tadalafila deve ser administrado por via oral, independente das refeições.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Posologia
A dose máxima recomendada de tadalafila é 20 mg, tomada antes da relação sexual e independente das refeições. A frequência máxima de dose recomendada é uma vez ao dia. Tadalafila provou ser eficaz a partir de 30 minutos após sua administração, por até 36 horas. Pacientes podem iniciar a atividade sexual em tempos variáveis em relação à administração, de maneira a determinar seu próprio intervalo ótimo de resposta.
REAÇÕES ADVERSAS
Mais de 1.000 pacientes foram tratados por mais de um ano e mais de 1.300 pacientes foram tratados por mais de 6 meses. Em estudos clínicos placebo3-controlados de fase 3, a taxa de descontinuação devido a eventos adversos em pacientes tratados com tadalafila foi de 3,1%, comparada a 1,4% de pacientes tratados com placebo3. Nestes estudos, os eventos adversos relatados com tadalafila foram geralmente leves ou moderados, transitórios e diminuíram com a continuação do tratamento.
Nos estudos clínicos, os seguintes eventos adversos foram relatados:
Reação muito comum (> 10%): dor de cabeça85.
Reação comum (> 1% e ≤ 10%): dor lombar, tontura80, dispepsia86, rubor facial, mialgia87, congestão nasal diarreia88 em pacientes idosos (≥ 65 anos), náusea89 e fadiga90.
Reação incomum (> 0,1% e ≤ 1%): hiperemia91 conjuntival, sensações descritas como dor no olho92, inchaço93 das pálpebras94, dispneia95, vômitos96 e edema97 periférico.
Pós-comercialização
No acompanhamento pós-comercialização, os seguintes eventos adversos que foram relatados muito raramente em associação temporal nos pacientes usando tadalafila incluíram:
Reação muito rara (≤ 0,01%):
- Corpo como um todo: reações de hipersensibilidade, incluindo erupção98 cutânea99, urticária100, edema97 facial, síndrome de Stevens-Johnson101 e dermatite102 esfoliativa.
- Cardiovascular e cerebrovascular: eventos cardiovasculares graves, incluindo infarto do miocárdio67, morte súbita cardíaca, acidente vascular cerebral71, dor torácica, palpitações103 e taquicardia104 foram relatados na pós-comercialização em associação temporal com o uso de tadalafila. A maioria dos pacientes que relataram estes eventos tinha fatores de risco cardiovascular pré-existentes. Entretanto, não se pode determinar definitivamente se estes eventos são relacionados diretamente a estes fatores de risco, à tadalafila, à atividade sexual, ou à combinação destes e outros fatores. Hipotensão60 (mais comumente relatada quando tadalafila é usado por pacientes que já estão tomando agentes anti-hipertensivos), hipertensão56 e síncope79.
- Gastrintestinal: dor abdominal e refluxo gastroesofágico105.
- Pele106 e Tecidos Subcutâneos: hiperidrose107.
- Sentidos Especiais: visão40 borrada, neuropatia54 óptica isquêmica anterior não arterítica, oclusão da veia retiniana e diminuição (alteração) do campo visual108.
- Urogenital109: priapismo47 e ereção5 prolongada.
- Sistema nervoso110: enxaqueca111.
- Sistema respiratório112: epistaxe113.
- Otológicos: na pós-comercialização foram relatados casos de diminuição ou perda repentina da audição em associação temporal com o uso de inibidores da PDE5, incluindo tadalafila. Em alguns casos, foram relatadas condições médicas e outros fatores que podem igualmente ter causado eventos adversos otológicos. Em muitos casos, a informação no acompanhamento médico foi limitada. Não é possível determinar se estes eventos estão relacionados diretamente ao uso de tadalafila, a fatores de risco subjacentes do paciente para a perda de audição, uma combinação destes fatores ou a outros fatores.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Doses únicas de até 500 mg de tadalafila foram administradas a indivíduos sadios, e doses múltiplas diárias de até 100 mg de tadalafila foram administradas a pacientes. Os eventos adversos foram similares àqueles observados com doses mais baixas. Em casos de superdose, medidas de suporte padrão devem ser adotadas conforme necessário. Hemodiálise36 contribui de modo não significativo para a eliminação da tadalafila.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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Farmacêutica Responsável: Gabriela Mallmann - CRF-SP n° 30.138
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