

Defull (Bula do profissional de saúde)
BRASTERAPICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Defull®
colecalciferol
Comprimidos 1.000 UI, 7.000 UI, 10.000 UI e 50.000 UI
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagem contendo 4, 8, 10, 12, 30, 60, 120, 200 ou 500 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Defull® 1.000 UI contém:
colecalciferol (equivalente a 1.000 U.I.) | 10 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monoidratada, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, Opadry (hipromelose, dióxido de titânio, etilcelulose e triacetina).
Cada comprimido de Defull® 7.000 UI contém:
colecalciferol (equivalente a 7.000 U.I.) | 70 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monoidratada laurilsulfato de sódio, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio Opadry (Hidroxipropilmetilcelulose, dióxido de titânio, etilcelulose, triacetina, amarelo #¨6, amarelo quinoleina, vermelho allura).
Cada comprimido de Defull® 10.000 UI contém:
colecalciferol (equivalente a 10.000 U.I.) | 100 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monoidratada laurilsulfato de sódio, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio Opadry (Hidroxipropilmetilcelulose, dióxido de titânio, etilcelulose, triacetina, vermelho ponceau, vermelho eritrosina, vermelho allura, vermelho carmina).
Cada comprimido de Defull® 50.000 UI contém:
colecalciferol (equivalente a 50.000 U.I.) | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monoidratada laurilsulfato de sódio, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio Opadry (Hidroxipropilmetilcelulose, dióxido de titânio, etilcelulose, triacetina, vermelho ponceau, vermelho eritrosina, amarelo quinoleina).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE2:
INDICAÇÕES
Defull é um medicamento à base de vitamina3 D3 (colecalciferol) indicado para prevenção e tratamento auxiliar na desmineralização óssea pré e pós menopausa4, do raquitismo5, osteomalácia6 e prevenção no risco de quedas e fraturas.
RESULTADO DE EFICÁCIA
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) publicou em 2014 o consenso das recomendações para o diagnóstico7 e tratamento da hipovitaminose D.
Em um trabalho desenvolvido no Brasil em uma população institucionalizada com alta prevalência8 de hipovitaminose (40,4% com 25(OH)D < 20 ng/mL), a suplementação9 com 7.000 UI/semana de colecalciferol, que corresponderia a 1.000 UI/dia, produziu uma elevação média de 7,5 ng/mL nas concentrações de 25(OH)D após três meses e essa elevação atingiu um platô por volta de seis semanas. Entretanto, como já reconhecido por outros autores, esse aumento foi mais evidente naqueles indivíduos com valores iniciais mais baixos (< 20 ng/mL), cujo incremento médio foi de 10,3 ng/mL ao final dos três meses de tratamento, enquanto aqueles que se encontravam com concentrações de 25(OH)D acima de 20 ng/mL elevaram, em média, apenas 5,18 ng/mL. Em uma população institucionalizada semelhante, Moreira-Pfrimer e cols. demonstraram, em um estudo prospectivo10, randomizado11, duplo-cego e controlado por placebo12, que uma dose média de 3.700 UI/dia de vitamina3 D3 por 6 meses foi capaz de levar o grupo tratado ao final para concentrações médias de 34,6 (variação de 20,9 a 48,4) ng/mL, enquanto o grupo que recebeu placebo12 permaneceu em 20,7 (variação de 9,4 a 41,2) ng/mL (p < 0,0001). Houve um aumento significativo na calcemia no grupo tratado com vitamina3 D, mas sem que nenhum paciente, entretanto, tivesse desenvolvido hipercalcemia. As concentrações de 25(OH)D se correlacionaram inversamente com o PTH (r = -0,57, p < 0,05) e diretamente com os marcadores de remodelação óssea (CTXe osteocalcina) que, em conjunto, podem justificar o aumento no risco de fraturas visto por outros pesquisadores nessa população.
Menopausa4
Em uma população de mulheres pós-menopausa4 sem tratamento para osteoporose13 acompanhadas em ambulatório específico, Camargo demonstrou que doses semanais superiores a 7.000 UI (> 1.000 UI/dia) são necessárias para que se atinja a suficiência de vitamina3 D (25(OH)D > 30 ng/mL), o que está de acordo com a proposição da Endocrine Society para populações idosas de risco. Segundo esse trabalho brasileiro, 73% dos pacientes, acompanhados há pelo menos três meses em ambulatório direcionado para tratamento da osteoporose13, estavam abaixo da meta desejada (> 30 ng/mL). Nesse mesmo trabalho, uma correlação positiva foi encontrada entre concentrações de 25(OH)D e DMO de fêmur14 e uma correlação negativa com o PTH.
Idosos
Trivedi, D.P. et al., estudaram o efeito de suplementação9 de vitamina3 D3 a cada 4 meses sobre a fraturas e mortalidade15 em homens e mulheres com mais de 65 anos de idade vivendo em comunidade. O estudo foi randomizado11, duplo cego e controlado de suplementação9 de colecalciferol 100.000 UI oral ou placebo12 a cada 4 meses por mais de 5 anos. Foram 2.686 pessoas (2.037 homens e 649 mulheres) entre 65 e 85 anos. O principal resultado foi a incidência16 de fratura17 e a mortalidade15 por causa. Depois de cinco anos 268 homens e mulheres tiveram incidência16 de fraturas dos quais 147 tiveram fraturas osteoporóticas em locais comuns (quadril, pulso ou antebraço18 ou vértebras). Os riscos relativos no grupo de vitamina3 D, em comparação com o grupo placebo12 foram 0,78 (95% intervalo de confiança de 0,61 para 0,99, P = 0,04) para qualquer primeira fratura17 e 0,67 (0,48 a 0,93, P = 0,02) para primeiro quadril, pulso ou antebraço18 ou fratura17 vertebral. 471 participantes morreram. O risco relativo para mortalidade15 total no grupo de vitamina3 D, em comparação com o grupo placebo12 foi 0,88 (0,74 para 1,06, P = 0,18). Os achados foram consistentes em homens e mulheres e em médicos e a população de clínica geral.
A suplementação9 com de 100.000 UI de vitamina3 D oral a cada quatro meses pode evitar fraturas sem efeitos adversos em homens e mulheres que vivem na comunidade em geral.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
A Vitamina3 D se trata de um pré-hormônio19, que juntamente com o paratormônio (PTH), atuam como importantes reguladores da homeostase do cálcio e do metabolismo20 ósseo.
Pode ser obtida a partir de fontes alimentares, por exemplo, óleo de fígado21 de bacalhau e peixes gordurosos (salmão, atum, cavala), ou por meio da síntese cutânea22 endógena, que representa a principal fonte dessa “vitamina” para a maioria dos seres humanos.
A vitamina3 D pode ser encontrada sob as formas de ergocalciferol ou vitamina3 D2 e de colecalciferol ou vitamina3 D3. Na pele23, o precursor é o 7-de-hidrocolesterol (7-DHC). Durante a exposição solar, os fótons UVB (ultravioleta B, 290–315 nm) penetram na epiderme24 e produzem uma fragmentação fotoquímica para originar o pré-colecalciferol. Segue-se uma isomerização dependente da temperatura, que converte esse intermediário em vitamina3 D (ou colecalciferol).
O colecalciferol é transportado para o fígado21 pela DBP (proteína ligadora da vitamina3 D). No fígado21 ocorre uma hidroxilação do carbono 25 (CYP27B1) com a formação de 25-hidroxivitamina D (25(OH)D), por um processo que não é estritamente regulado, já que ocorre sem controle, e que depende da combinação de suprimentos cutâneos e dietéticos da vitamina3 D.
Em relação aos efeitos sobre o metabolismo20 ósseo a SBEM recomenda que a vitamina3 D ativa modula a síntese de PTH, aumenta a absorção de cálcio pelo intestino e está relacionada à melhor massa óssea e função muscular.
O melhor indicador clínico dos níveis de vitamina3 D é a mensuração da concentração plasmática de 25(OH)D. A hipovitaminose ocorre quando os níveis plasmáticos de 25(OH) D estão inferiores a 30 ng/mL, sendo a concentração desejável acima de 30 ng/mL.
Condição |
Concentração 25(OH)D |
Desejável |
No mínimo 30 ng/mL |
Insuficiente |
Acima de 20 ng/mL e abaixo de 30 ng/mL |
Deficiente |
Inferior a 20 ng/mL |
CONTRAINDICAÇÕES
Defull (colecalciferol) não deve ser utilizado em pacientes que apresentem hipersensibilidade aos componentes da fórmula. É contraindicado também em pacientes que apresentam hipervitaminose D (absorção excessiva da vitamina3), elevadas taxas de cálcio ou fosfato na corrente sanguínea e também em casos de má formação nos ossos. De acordo com a categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas, este medicamento apresenta categoria de risco C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A vitamina3 D3 não deve ser administrada em pacientes com hipercalcemia e deve ser administrada com cautela em paciente com insuficiência renal25 ou cálculos, ou em pacientes com doença cardíaca, que apresentam maior risco de dano ao órgão caso ocorra hipercalcemia. As concentrações plasmáticas de fosfato devem ser controladas durante o tratamento com vitamina3 D3, visando reduzir o risco de calcificação26 ectópica27. Recomenda-se a monitorização regular da concentração de cálcio em pacientes recebendo doses farmacológicas de vitamina3 D3.
Em caso de hipervitaminose D, recomenda-se administrar dieta com baixa quantidade de cálcio, grandes quantidades de líquido e se necessário glicocorticóides.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Este medicamento contém LACTOSE1.
Atenção diabético: este medicamento contém SACAROSE.
Populações especiais
Uso em idosos: Não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do produto por pacientes idosos. Estudos têm relatado que idosos podem ter níveis mais baixos de vitamina3 D do que os adultos jovens, especialmente aqueles com pouca exposição solar.
Gravidez28 e Lactação29
De acordo com a categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas, este medicamento apresenta categoria de risco C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais30 no feto31, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez28.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Antiácidos32 que contenham magnésio quando usados concomitantemente com vitamina3 D podem resultar em hipermagnesemia, especialmente na presença de insuficiência renal25 crônica.
O uso concomitante de vitamina3 D com análogos, especialmente calcifediol, não é recomendado devido ao efeito aditivo e aumento do potencial tóxico.
Preparações que contenham cálcio em doses elevadas ou diuréticos33 tiazídicos quando usados concomitantemente com vitamina3 D, aumentam o risco de hipercalcemia e as que contém fósforo também em doses elevadas aumentam o risco potencial de hiperfosfatemia.
Alguns antiepilépticos (ex.: carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e primidona) podem aumentar a necessidade de vitamina3 D3.
O uso concomitante de Defull com outros produtos contendo vitamina3 D3 não é recomendado devido ao efeito aditivo e aumento do potencial tóxico.
Os anticonvulsionantes e os barbitúricos podem acelerar a metabolização de vitamina3 D3, reduzindo a sua eficácia.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar Defull em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade. Este medicamento é válido por 24 meses após a data de fabricação.
Mantenha Defull em sua embalagem original. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Defull 1.000 UI é um comprimido revestido redondo, de coloração branca, homogêneo na cor e isento de material estranho.
Defull 7.000 UI é um comprimido revestido redondo, de coloração laranja, homogêneo na cor e isento de material estranho.
Defull 10.000 UI é um comprimido revestido oval abaulado, de coloração rosa, homogêneo na cor e isento de material estranho.
Defull 50.000 UI é um comprimido revestido oblongo abaulado, de coloração vermelha, homogêneo na cor e isento de material estranho.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Defull deve ser deglutido com o auxílio de um copo de água. Via de administração oral.
A dose e a duração do tratamento devem ser individualizadas pelo médico. Para determinar o racional da posologia faz se necessária a monitorização dos níveis séricos de 25(OH)D.
Dose de manutenção para manter os níveis de 25(OH)D consistentemente acima de 30 ng/mL
Comprimidos Revestidos 1000 UI
- Adulto: Ingerir por via oral, 01 ou 02 comprimidos ao dia. Preferencialmente após as refeições.
- Criança: Ingerir por via oral, 01 comprimido ao dia durante as refeições.
Comprimidos Revestidos 7000 UI: Ingerir, por via oral, 01 comprimido por semana, preferencialmente após as refeições
Comprimidos Revestidos 10.000 UI: Ingerir, por via oral, 01 comprimido por semana, preferencialmente após as refeições
Doses de ataque:
Concentração de 25(OH)D abaixo de 20 ng/mL
Comprimidos Revestidos 7000 UI: Ingerir, por via oral, 01 comprimido ao dia, preferencialmente após as refeições, durante seis a oito semanas ou até atingir o valor desejado.
Comprimidos Revestidos 50.000 UI: Ingerir, por via oral, 01 comprimido por semana, preferencialmente após as refeições, durante seis a oito semanas ou até atingir o valor desejado.
A resposta ao tratamento com vitamina3 D é muito variável. Portanto, diferentes esquemas posológicos podem ser prescritos, dependendo da patologia34, do nível sérico de 25(OH)D e da resposta do paciente ao tratamento. Assim, a dosagem pode variar em uma faixa terapêutica35 entre 1.000 a 50.000 UI, com doses diárias, semanais ou mensais.
Ingerir os comprimidos com quantidade suficiente de líquido. Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
A ingestão excessiva de vitamina3 D3, causa o desenvolvimento de hipercalcemia (excesso de cálcio) e seus efeitos associados incluindo hipercalciúria36 (quantidade elevada de cálcio na urina37), calcificação26 ectópica27 e dano cardiovascular e renal38.
Na hipervitaminose D (absorção excessiva da vitamina3), têm sido relatados casos de secura da boca39, dor de cabeça40, polidipsia41 (sensação de sede), poliúria42 (aumento no volume normal de urina37), perda de apetite, náuseas43, vômitos44, fadiga45, sensação de fraqueza, aumento da pressão arterial46, dor muscular e prurido47.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Na ocorrência de superdosagem a administração do produto deve ser imediatamente interrompida, instituindo-se tratamento sintomático48 e de suporte. A intoxicação por vitamina3 D ocorre quando altas doses foram ingeridas inadvertida ou intencionalmente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientação.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS 1.0038.0106
Responsável Técnico: Dr.ª Juliana Dalla Pria CRF-SP n.º 22.725
Registrado por: Brasterápica Indústria Farmacêutica Eireli
Rua Professora Gina Lima Silvestre, 84 - Atibaia/SP
CNPJ 46.179.008/0001-68
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Brasterápica Indústria Farmacêutica Eireli
Rua Olegário Cunha Lobo, 25 - Atibaia/SP
SAC 08000-177887
