Doxaprost (Bula do profissional de saúde)
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Doxaprost®
mesilato de doxazosina
Comprimidos 2 mg e 4 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido
Embalagem contendo 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Doxaprost® 2 mg contém:
mesilato de doxazosina (equivalente a 2 mg de doxazosina base) | 2,426 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e laurilsulfato de sódio.
Cada comprimido de Doxaprost® 4 mg contém:
mesilato de doxazosina (equivalente a 4 mg de doxazosina base) | 4,852 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e laurilsulfato de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Hiperplasia2 prostática benigna
Doxaprost é indicado para o tratamento dos sintomas3 clínicos da hiperplasia2 prostática benigna (HPB), assim como para o tratamento da redução do fluxo urinário associada à HPB. Doxaprost pode ser administrado em pacientes com HPB que sejam hipertensos ou normotensos. Enquanto não são observadas alterações clinicamente significativas na pressão sanguínea de pacientes normotensos com HPB, pacientes com HPB e hipertensão4 apresentam ambas as condições tratadas efetivamente com monoterapia com Doxaprost.
Hipertensão4
Doxaprost é indicado para o tratamento da hipertensão4 e pode ser utilizado como agente inicial para o controle da pressão sanguínea na maioria dos pacientes. Em pacientes sem controle adequado com um único agente anti-hipertensivo, Doxaprost pode ser administrado em associação a outros agentes, tais como diuréticos5 tiazídicos, betabloqueadores, antagonistas de cálcio ou agentes inibidores da enzima6 conversora de angiotensina.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Hiperplasia2 prostática benigna
A doxazosina tem mostrado ser um bloqueador efetivo do subtipo 1A dos receptores alfa-1-adrenérgicos7, que correspondem a mais de 70% dos subtipos existentes na próstata8. Devido a este fato, a doxazosina é eficaz em pacientes com HPB. A doxazosina tem demonstrado eficácia e segurança estáveis em tratamentos prolongados (acima de 48 meses) de pacientes com HPB. Foi demonstrado em um estudo duplo-cego9 e placebo10-controlado com 900 pacientes com HPB que a doxazosina é superior ao placebo10 na melhora dos sintomas3 e do fluxo urinário. Alívio significativo foi verificado já em 1 semana de tratamento com doxazosina: os pacientes tratados (n = 173) apresentaram aumento significativo (p < 0,01) na velocidade de fluxo de 0,8 mL/segundo, comparado a uma diminuição de 0,5 mL/segundo no grupo placebo10 (n = 41). Em estudos de longa duração, a melhora foi mantida por até dois anos de tratamento. Em 66–71% dos pacientes, melhora acima do nível basal foi observada nos sintomas3 e na velocidade do fluxo urinário. Em um estudo de dose fixa, a terapia com doxazosina resultou em melhora significativa e estável na velocidade de fluxo urinário de 2,3–3,3 mL/segundo, comparada ao placebo10 (0,1 mL/segundo). Neste estudo, a única avaliação na qual foram feitas verificações semanais, melhoras significativas de doxazosina em relação ao placebo10 foram observadas em uma semana. A proporção de pacientes que responderam com melhora máxima na velocidade de fluxo ≥ 3 mL/segundo foram bem maiores com doxazosina (34–42%) do que com placebo10 (13–17%). Melhora significativamente maior também foi verificada na velocidade média de fluxo com doxazosina (1,6 mL/segundo) em relação ao placebo10 (0,2 mL/segundo).
Hipertensão4
Ao contrário dos agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos7 não-seletivos, não foi observado o aparecimento de tolerância na terapia a longo prazo. Taquicardia11 e elevação de renina plasmática têm sido observadas esporadicamente na terapia de manutenção. A doxazosina produz efeitos favoráveis nos lipídeos plasmáticos, com aumento significativo na relação HDL12/colesterol13 total e reduções significativas nos triglicerídeos e colesterol13 total. Oferece assim uma vantagem sobre os diuréticos5 e betabloqueadores, que afetam estes parâmetros de maneira adversa. Com base na associação já estabelecida de hipertensão4 e lipídeos plasmáticos com doença coronariana14, os efeitos favoráveis da terapia com doxazosina, tanto sobre a pressão sanguínea como sobre os lipídeos, indicam uma redução no risco de aparecimento de doença cardíaca coronariana. O tratamento com doxazosina tem resultado em regressão da hipertrofia15 ventricular esquerda, inibição de agregação plaquetária e estímulo da capacidade ativadora de plasminogênio tecidual. Além disto, a doxazosina melhora a sensibilidade à insulina16 em pacientes com este tipo de comprometimento. A doxazosina mostrou-se desprovida de efeitos metabólicos adversos e é adequada para uso em pacientes com asma17, diabetes18, disfunção do ventrículo esquerdo, gota19 e pacientes idosos. Um estudo in vitro demonstrou as propriedades antioxidantes dos metabólitos20 hidroxilados 6’- e 7’- da doxazosina, na concentração de 5 μM. Em um estudo clínico controlado com pacientes hipertensos, o tratamento com doxazosina foi associado a uma melhora na disfunção erétil. Além disso, os pacientes que receberam doxazosina apresentaram um menor número de novos casos de disfunção erétil do que os pacientes tratados com outros agentes anti-hipertensivos. Em análises compiladas de estudos placebo10-controlados de hipertensão4 com cerca de 300 pacientes hipertensos por grupo de tratamento, a doxazosina, em doses de 1–16 mg uma vez ao dia diminuiu a pressão sanguínea em 24 horas para cerca de 10/8 mmHg, comparada ao placebo10, na posição ortostática; e para 9/5 mmHg na posição supina. Efeitos de pico na pressão do sangue21 (1–6 horas) foram aumentados em torno de 50–75% (p. ex., valores do vale foram cerca de 55–70% do efeito de pico), com as maiores diferenças pico-vale observadas nas pressões sistólicas. Não houve diferença aparente na resposta pressórica sanguínea de caucasianos e negros ou de pacientes com mais ou menos de 65 anos de idade. Os pacientes predominantemente normocolesterolêmicos tiveram reduções menores no colesterol13 total do soro22 (2–3%), LDL colesterol23 (4%) e um aumento menor semelhante na proporção HDL12/colesterol13 total (4%). Os significados clínicos destas observações não estão claros. Na mesma população de pacientes, os que receberam doxazosina aumentaram em média 0,6 kg, comparado a uma perda média de 0,1 kg dos pacientes que receberam placebo10.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Hiperplasia2 prostática benigna: A Hiperplasia2 prostática benigna (HPB) é uma causa comum de obstrução do fluxo urinário em homens de certa idade. HPB grave pode levar à retenção urinária24 e danos renais. Um componente estático e um dinâmico contribuem para os sintomas3 e a redução do fluxo urinário associados à HPB. O componente estático está associado ao aumento do tamanho da próstata8 causado, em parte, pela proliferação de células musculares25 lisas do estroma26 prostático. Entretanto, a gravidade dos sintomas3 da HPB e o grau de obstrução uretral27 não estão correlacionados diretamente ao tamanho da próstata8.
O componente dinâmico da HPB está associado a um aumento no tônus muscular28 liso na próstata8 e no colo29 da bexiga30. O tônus nesta área é mediado pelo adrenoreceptor alfa-1, que está presente em grande quantidade no estroma26 prostático, cápsula prostática e colo29 da bexiga30. O bloqueio do adrenoreceptor alfa-1 diminui a resistência uretral27 e pode aliviar a obstrução e os sintomas3 da HPB.
A administração de doxazosina em pacientes com HPB sintomática31 resulta em melhora significativa na urodinâmica e nos sintomas3 associados. Acredita-se que o efeito na HPB seja resultado do bloqueio seletivo dos receptores alfa-adrenérgicos7 localizados no colo29 da bexiga30, estroma26 e cápsula da próstata8.
Hipertensão4: A administração de doxazosina a pacientes hipertensos produz uma redução clinicamente significativa da pressão sanguínea como resultado da redução da resistência vascular32 sistêmica. Acredita-se que este efeito seja resultado do bloqueio seletivo de adrenoreceptores alfa-1, localizados nos vasos sanguíneos33. Com dose única diária, reduções clinicamente significativas da pressão sanguínea são obtidas durante todo o dia até 24 horas após a administração. Ocorre redução gradual da pressão sanguínea, com picos máximos observados geralmente em 2-6 horas após a administração. Nos pacientes com hipertensão4, a pressão sanguínea durante o tratamento com doxazosina é similar tanto na posição supina quanto em pé.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: Após a administração oral de doses terapêuticas, a doxazosina é bem absorvida com picos sanguíneos em torno de 2 horas.
Biotransformação e eliminação: A eliminação plasmática é bifásica, com meia-vida de eliminação terminal de 22 horas, o que proporciona a base para a administração em dose única diária. A doxazosina é extensamente metabolizada e menos de 5% é excretada como fármaco34 inalterado.
Estudos farmacocinéticos em pacientes com disfunção renal35 não têm demonstrado diferenças farmacocinéticas importantes quando comparados a indivíduos com função renal35 normal. Há apenas dados limitados de pacientes com insuficiência hepática36, sobre os efeitos dos fármacos de influência conhecida sobre o metabolismo37 hepático (p. ex., cimetidina). Em um estudo clínico realizado com 12 pacientes com disfunção hepática38 moderada, a administração de dose única de doxazosina resultou em um aumento de 43% na área sob a curva (AUC39) e em uma redução de 40% no clearance oral aparente. Assim como qualquer outro fármaco34 completamente metabolizado pelo fígado40, o uso de doxazosina em pacientes com disfunção hepática38 deve ser feito cuidadosamente (ver item 5 “Advertências e precauções”).
Aproximadamente 98% da doxazosina estão ligados às proteínas41 plasmáticas.
A doxazosina é extensamente metabolizada no fígado40. Estudos in vitro sugerem que a principal via de eliminação é por meio de CYP 3A4; no entanto, as vias metabólicas do CYP 2D6 e CYP 2C9 também estão envolvidas para a eliminação, mas em menor extensão.
Dados de segurança pré-clínicos
Carcinogênese: Administração crônica de doxazosina na dieta (até 24 meses) na dose máxima tolerada de 40 mg/kg/dia para ratos e 120 mg/kg/dia para camundongos não revelou evidências de potencial carcinogênico. As doses mais altas avaliadas em estudos com ratos e camundongos são associadas com AUCs (medida de exposição sistêmica) que são 8 vezes e 4 vezes, respectivamente, a AUC39 humana na dose de 16 mg/dia.
Mutagênese: Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados ao fármaco34 ou seus metabólitos20 em nível cromossômico ou subcromossômico.
Alterações na fertilidade: Estudos em ratos mostraram redução na fertilidade de machos tratados com doxazosina em doses orais de 20 mg/kg/dia (mas não com 5 ou 10 mg/kg/dia), cerca de 4 vezes a AUC39 obtida com dose humana de 12 mg/dia. Este efeito foi reversível dentro de 2 semanas da retirada do fármaco34. Não há relatos de qualquer efeito de doxazosina na fertilidade humana.
CONTRAINDICAÇÕES
Doxaprost está contraindicado em:
- hipersensibilidade ao princípio ativo, outros tipos de quinazolinas (por exemplo, prazosina, terazosina) ou a qualquer um dos excipientes;
- pacientes com história de hipotensão42 ortostática;
- pacientes com hiperplasia2 próstata8 benigna e congestão concomitante do trato urinário43 superior, infecção44 crônica do trato urinário43 ou cálculos na bexiga30;
- pacientes com histórico de obstrução gastrointestinal, obstrução esofágica ou qualquer grau de diminuição do diâmetro do lúmen45 do trato gastrointestinal.
- pacientes com hipotensão42 (apenas na indicação de hiperplasia2 prostática benigna).
Doxaprost está contraindicado como monoterapia em pacientes com transbordamento da bexiga30 ou anúria46 com ou sem insuficiência renal47 progressiva.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Hipotensão42 postural/Síncope48
Início do tratamento: Devido às propriedades alfabloqueadoras da doxazosina, particularmente no início do tratamento, pacientes podem apresentar hipotensão42 postural, evidenciada por tonturas49 e fraqueza, ou raramente perda de consciência (síncope48). Assim, no início do tratamento, é prudente na prática clínica monitorar a pressão sanguínea de modo a minimizar os potenciais efeitos posturais.
Quando for instituída uma terapia com qualquer alfabloqueador eficaz, o paciente deve ser informado sobre como evitar os sintomas3 decorrentes da hipotensão42 postural e quais medidas devem ser adotadas no caso dos sintomas3 se desenvolverem. O paciente deve ser orientado a evitar situações em que possa se ferir, como dirigir ou operar máquinas, caso sintomas3 como tontura50 ou fraqueza ocorram durante o início do tratamento com Doxaprost.
Uso em pacientes com doenças cardíacas agudas
Assim como ocorre com outros fármacos anti-hipertensivos vasodilatores, é prudente na prática clínica recomendar precaução quando se administra doxazosina a pacientes com as seguintes doenças cardíacas agudas:
- edema pulmonar51 devido à estenose52 aórtica ou mitral;
- insuficiência cardíaca53 de alto débito;
- insuficiência cardíaca53 direita devido a embolia54 pulmonar ou derrame55 pericárdico;
- insuficiência cardíaca53 ventricular esquerda com baixa pressão de enchimento.
Uso em pacientes com insuficiência hepática36
Existem apenas dados limitados em pacientes com insuficiência hepática36 e sobre o efeito de fármacos conhecidos por influenciar o metabolismo37 hepático (por exemplo, cimetidina). Assim como ocorre com qualquer fármaco34 que seja completamente metabolizado pelo fígado40, Doxaprost deve ser administrado com cautela em pacientes com evidências de insuficiência hepática36.
Visto não existir experiência clínica em pacientes com insuficiência hepática36 grave, não se recomenda a utilização de doxazosina nestes pacientes.
Uso com inibidores de PDE-5 (5-fosfodiesterase)
O uso concomitante de doxazosina com inibidores da 5-fosfodiesterase (como sildenafila, tadalafila, vardenafila) deve ser feito com cautela já que ambos os fármacos possuem efeitos vasodilatadores, podendo ocorrer hipotensão42 sintomática31 em alguns pacientes.
Para reduzir o risco de hipotensão42 ortostática, é recomendado iniciar o tratamento com inibidores da 5-fosfodiesterase apenas se o paciente estiver hemodinamicamente estável pelo uso de alfabloqueadores. Adicionalmente, é recomendado iniciar o tratamento com inibidores da 5-fosfodiesterase com a menor dose possível e respeitar um intervalo de 6 horas após a tomada da doxazosina. Não foram realizados estudos com a doxazosina em formulações de liberação prolongada.
Uso em pacientes com insuficiência renal47
Não existem evidências de que Doxaprost agrave a insuficiência renal47. No entanto, a introdução do Doxaprost e ajuste de dose devem ser realizados com grande cuidado.
Uso em pacientes sujeitos à cirurgia de catarata56
Foi observada Síndrome57 Intraoperatória da Íris58 Frouxa (IFIS, uma variante da síndrome57 da pupila pequena) durante cirurgia de catarata56 em alguns pacientes em tratamento ou recentemente tratados com tansulosina.
Casos isolados foram também notificados com outros bloqueadores alfa-1 e a possibilidade de um efeito de classe não pode ser excluída. Como a IFIS pode levar a um aumento das complicações de procedimentos durante a cirurgia de catarata56, os oftalmologistas devem estar cientes antes da cirurgia do uso corrente ou anterior de bloqueadores alfa-1.
A meia-vida terminal média da doxazosina é de 22 horas. Ela pode ser prolongada em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva59. A taxa de ajuste da dose pode precisar ser lentificada.
Em alguns pacientes com insuficiência60 ventricular esquerda, a diminuição do enchimento ventricular esquerdo associado à terapia intensa pode resultar em uma queda significativa do débito cardíaco61 e da pressão arterial62 sistêmica após administração de doxazosina. Estes efeitos devem ser considerados quando da introdução da terapia e ajuste continuo da dose utilizada.
Priapismo63
Ereções prolongadas e priapismo63 foram relatados com bloqueadores alfa-1, incluindo doxazosina em experiência pós-comercialização. No caso de uma ereção64 persistente por mais de 4 horas, o paciente deve buscar assistência médica imediata. O priapismo63 quando não tratado imediatamente, pode resultar em danos ao tecido65 do pênis66 e na perda permanente de potência.
Pesquisa do câncer67 da próstata8
O câncer67 da próstata8 causa muitos dos sintomas3 associados à HPB e os dois distúrbios podem coexistir. O câncer67 da próstata8 deve, portanto, ser descartado antes do início da terapia com doxazosina para o tratamento dos sintomas3 da HPB.
Uso em crianças
A segurança e a eficácia de doxazosina ainda não foram estabelecidas em crianças. Portanto, Doxaprost não deve ser administrado a pacientes pediátricos.
Uso em idosos
Não há recomendação específica para essa faixa etária. A dose usual recomendada para adultos pode ser administrada para pacientes68 idosos.
Gravidez69 e lactação70
Para a indicação de hipertensão4 Uso durante a gravidez69:
Como não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, a segurança de uso do Doxaprost durante a gravidez69 não foi estabelecida. Assim, durante a gravidez69, Doxaprost deve ser utilizado apenas se, a critério médico, os benefícios superarem os riscos potenciais. Embora não tenham sido observados efeitos teratogênicos71 com a doxazosina em estudos com animais, observou-se uma redução da sobrevivência72 fetal em animais tratados com doses extremamente altas.
A excreção de doxazosina no leite materno demonstrou ser muito baixa (com a dose relativa do bebê menor que 1%). No entanto, os dados em humanos são muito limitados. Um risco para o recém-nascido ou lactente73 não pode ser excluído e, portanto, a doxazosina deve ser usada apenas quando, a critério médico, os benefícios superarem os riscos potenciais.
Para a indicação de hiperplasia2 prostática benigna:
Esta seção não se aplica.
Doxaprost é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez69. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
A habilidade em atividades como operar máquinas ou dirigir veículos pode ser prejudicada, especialmente no início da terapia. O fármaco34 também pode induzir sonolência. Os pacientes não devem dirigir ou operar máquinas, a menos que tenha sido demonstrado que sua atenção ou destreza não foram afetados.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Inibidores da fosfodiesterase-5 (por exemplo, sildenafila, tadalafila, vardenafila: o uso concomitante de um alfabloqueador com inibidores da PDE-5 pode ocasionar hipotensão42 sintomática31 em alguns pacientes (ver item “5. Advertências e precauções”). Não foram realizados estudos com a doxazosina em formulações de liberação prolongada.
A doxazosina se encontra altamente ligada às proteínas41 plasmáticas (98%). Dados in vitro no plasma74 humano indicam que a doxazosina não apresenta efeito sobre a ligação proteica de fármacos testados (digoxina, varfarina, fenitoína ou indometacina).
Estudos in vitro sugerem que a doxazosina é um substrato do citocromo P450 3A4 (CYP 3A4). Deve-se ter cautela ao se administrar a doxazosina concomitantemente com um inibidor forte do CYP 3A4, como claritromicina, indinavir, itraconazol, cetoconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina ou voriconazol.
A doxazosina, sob a forma de comprimido simples, foi administrada sem qualquer interação medicamentosa adversa nas experiências clínicas com diuréticos5 tiazídicos, furosemida, betabloqueadores, anti-inflamatórios não esteroidais, antibióticos, hipoglicemiantes orais75, agentes uricosúricos e anticoagulantes76. No entanto, não estão disponíveis dados provenientes de estudos formais de interação entre medicamentos.
A doxazosina potencializa a ação de diminuição da pressão arterial62 de outros alfabloqueadores e anti-hipertensivos.
Em um estudo aberto, randômico, placebo10-controlado em 22 voluntários sadios do sexo masculino, a administração de uma dose única de 1 mg de doxazosina no dia 1 num regime oral de 4 dias de cimetidina (400 mg duas vezes ao dia) resultou em um aumento de 10% da AUC39 média da doxazosina e em nenhuma alteração estatisticamente significativa na Cmáx média e na meia-vida média da doxazosina. O aumento de 10% na AUC39 média para a doxazosina com a cimetidina está dentro da variação interindividual (27%) da AUC39 média para doxazosina com placebo10.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Aspecto físico (comprimidos de 2 mg e 4 mg): comprimido circular, branco, biplano e vincado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os comprimidos de Doxaprost podem ser ingeridos com ou sem alimentos.
Hiperplasia2 prostática benigna
A dose inicial recomendada de Doxaprost é de 1 mg administrado em dose única diária, por via oral, a fim de minimizar a potencial ocorrência de hipotensão42 postural e/ou síncope48 (ver item 5. “Advertências e precauções”). Conforme a resposta sintomatológica de HPB e urodinâmica individual do paciente, a dose pode ser aumentada após 1 ou 2 semanas de tratamento para 2 mg, e assim a intervalos similares para 4 mg e 8 mg, sendo esta a dose máxima recomendada.
Hipertensão4
A dose total de Doxaprost varia de 1 a 16 mg diários. Recomenda-se uma dose inicial de 1 mg administrado em dose única diária por 1 ou 2 semanas, a fim de minimizar a potencial ocorrência de hipotensão42 postural e/ou síncope48 (ver item 5. “Advertências e precauções”).
Dependendo da resposta individual do paciente, a dose pode ser aumentada após 1 ou 2 semanas de tratamento para 2 mg, e assim a intervalos similares para 4 mg, 8 mg e 16 mg, até se obter a redução de pressão desejada. O intervalo de dose usualmente recomendado é de 2 a 4 mg diários.
Dosagens especiais
População pediátrica: A segurança e a eficácia do Doxaprost em crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Pacientes idosos: Mesma dosagem de adulto. Em comum com outros medicamentos desta classe, a dosagem deve ser mantida tão baixa quanto possível e incrementos feitos sob rigoroso acompanhamento.
Pacientes com insuficiência renal47: Como não há alteração na farmacocinética em pacientes com insuficiência renal47, recomenda-se a dose habitual para adultos. O mesilato de doxazosina não é dialisável.
Pacientes com insuficiência hepática36: Existem apenas dados limitados em pacientes com insuficiência hepática36 e sobre o efeito de fármacos conhecidos por influenciar o metabolismo37 hepático (por exemplo, cimetidina). Assim como ocorre com qualquer fármaco34 que seja completamente metabolizado pelo fígado40, o Doxaprost deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática36 significativa.
Dose omitida
Caso o paciente esqueça-se de administrar o produto no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
REAÇÕES ADVERSAS
Hipertensão4
Nos ensaios clínicos77 envolvendo pacientes hipertensos, as reações adversas mais comuns associadas ao mesilato de doxazosina foram do tipo postural (raramente associadas à síncope48) ou não específicas.
Hiperplasia2 prostática benigna (HBP)
A experiência obtida com ensaios clínicos77 controlados sobre a HBP indica um perfil de efeitos adversos semelhante ao observado no tratamento da hipertensão4.
Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados e relatados durante tratamento com doxazosina, com as seguintes frequências: muito comuns (≥ 1/10); comuns (≥ 1/100 a < 1/10); incomuns (≥ 1/1.000 a < 1/100); raros (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito raros (< 1/10.000), frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Classes de sistemas de órgãos |
Muito comuns |
Comuns |
Incomuns |
Raros |
Muito raros |
Frequência não conhecida |
Infecções78 e infestações |
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Infecções78 do trato respiratório e infecções78 do trato urinário43 |
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Distúrbios do sangue21 e do sistema linfático79 |
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Leucopenia80 e trombocitopenia81 |
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Distúrbios do sistema imune82 |
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Reação medicamentosa alérgica |
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Disturbios do metabolismo37 e nutrição83 |
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Anorexia84, gota19 e aumento do apetite |
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Distúrbios psiquiátricos |
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Agitação, depressão, ansiedade, insônia e nervosismo |
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Distúrbios do sistema nervovos |
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Sonolência, tonturas49 e cefaleia85 |
Acidente vascular cerebral86, hipoestesia87, síncope48 e tremor |
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Tonturas49 posturais e parestesia88 |
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Distúrbios oculares |
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Visão89 turva |
Síndrome57 Intraoperatória da Íris58 Frouxa |
Distúrbios do ouvido e do labirinto90 |
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Vertigens91 |
Acufenos |
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Distúrbios cardíacos |
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Palpitações92 e taquicardia11 |
Angina93 pectoris e infarto do miocárdio94 |
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Bradicardia95 e arritmias96 cardíacas |
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Distúrbios vasculares97 |
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Hipotensão42 e hipotensão42 postural |
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Fogachos |
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Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino98 |
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Bronquite, tosse, dispneia99 e rinite100 |
Epistaxe101 |
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Broncoespamo |
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Distúrbios gastrintestinais |
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Dor abdominal, dispepsia102, boca103 seca e náuseas104 |
Constipação105, flatulência, vômitos106, gastroenterite107 e diarreia108 |
Obstrução gastrointestinal (somente para a concentração de 4 mg) |
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Distúrbios hepatobiliares109 |
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Resultados anormais em testes da função hepática38 |
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Colestase110, hepatite111 e icterícia112 |
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Distúrbios da pele e tecido subcutâneo113 |
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Prurido114 |
Erupção115 cutânea116 |
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Urticária117, alopecia118 e púrpura119 |
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Distúrbios osseos, musculosqueléticos e dos tecidos conjuntivos |
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Lombalgia120 e mialgia121 |
Artralgia122 |
Cãibras e fraqueza muscular |
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Distúrbios renais e urinários |
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Cistite123 e incontinência urinária124 |
Disúria125, aumento da frequência urinária e hematúria126 |
Poliúria127 |
Aumento da diurese128, alteração da micção129 e noctúria |
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Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama130 |
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Impotência131 |
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Ginecomastia132 e priapismo63 |
Ejaculação133 retrógada |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração |
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Astenia134, dor no peito135, sintomas3 tipo gripais e edema136 periférico |
Dor e edema136 facial |
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Fadiga137 e mal-estar |
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Exames de diagnóstico138 |
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Ganho de peso |
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Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Caso a superdose resulte em hipotensão42, o paciente deve ser imediatamente colocado na posição supina, com a cabeça139 mais baixa. Outras medidas de suporte devem ser tomadas se consideradas apropriadas em cada caso.
Se esta medida for inadequada, o paciente com choque140 deve ser primeiramente tratado com expansores de volume. Se necessário, utilizar um vasopressor. A função renal35 deve ser acompanhada e mantida, conforme necessário.
Como a doxazosina apresenta alto índice de ligação proteica, a diálise141 não é recomendada. Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro MS – 1.0497.1234
Farm. Resp.: Florentino de Jesus Krencas CRF-SP: 49136
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90 Embu-Guaçu – SP – CEP: 06900-000
CNPJ: 60.665.981/0001-18
Indústria Brasileira
Fabricado na unidade fabril: Trecho 1, Conjunto 11, Lote 6/12
Polo de Desenvolvimento JK Brasília – DF – CEP: 72549-555
CNPJ: 60.665.981/0007-03
Indústria Brasileira
SAC 0800 011 1559