Genuxal (Bula do profissional de saúde)
BAXTER HOSPITALAR LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Genuxal
ciclofosfamida monoidratada
Comprimido 50 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido de liberação retardada
Embalagens com 50 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Genuxal contém:
ciclofosfamida monoidratada (equivalente a 50 mg de ciclofosfamida anidra) | 53,5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: carbonato de cálcio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, dióxido de titânio, estearato de magnésio, sacarose, lactose1 monoidratada, amido, dióxido de silício, gelatina, talco, glicerol, macrogol, povidona, carmelose sódica, polissorbato 20 e cera de montaglicol.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Genuxal é um agente quimioterápico indicado para o uso em combinação com outro agente antineoplásico em tratamento quimioterápico para os seguintes casos:
- Terapia adjuvante para câncer3 de mama4 após a resseção do tumor5 ou mastectomia6;
- Terapia paliativa de câncer3 de mama4 metastático;
- Doenças autoimunes7, com progressão ameaçadora como formas graves e/ou progressivas de nefrite8 lúpica e granulomatose de Wegener.
O tratamento de nefrite8 lúpica e granulomatose de Wegener só deve ser realizado com profissionais que tenham experiências específicas com as doenças e com Genuxal.
Nota: caso ocorra o aparecimento de cistite9 com micro ou macrohematúria, o tratamento com Genuxal deve ser interrompido até que essa condição se normalize.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Câncer3 de mama4:
A associação de um taxano à antraciclina como base da quimioterapia10 adjuvante prolonga a sobrevida11 de pacientes com câncer3 de mama4 precoce com linfonodo12 positivo. No entanto, se é preferível um taxano em regime de dose-densa permanece desconhecido. Foi realizado um estudo randomizado13 para comprovar a eficácia da dose densa de paclitaxel versus docetaxel em seguida a 5-fluorouracila, epirrubicina e ciclofosfamida (FEC), como quimioterapia10 adjuvante, em mulheres com linfonodo12 positivo no câncer3 de mama4 precoce. Mulheres operadas por câncer3 de mama4 com HER2-negativo e, pelo menos, um linfonodo12 axilar infiltrado foram randomizadas para receber quatro ciclos de FEC (700/75/700 mg/m2) seguidos por quatro ciclos paclitaxel (175 mg/m2) ou docetaxel (175 mg/m2). Todos os ciclos foram administrados a cada 14 dias com associação de G-CSF. O objetivo primário foi a sobrevida11 livre de doença (SLD) em 3 anos. Entre 2004 e 2007, 481 mulheres foram randomizadas para paclitaxel (N = 241) e docetaxel (N = 240). Depois de um período de acompanhamento médio de 6 anos, 51 (21%) e 48 (20%) mulheres tiveram recidiva14 da doença (P = 0,753) e não houve diferença significativa na sobrevida11 de doença (SLD) entre o paclitaxel e o docetaxel (SLD em 3 anos: 87,4 versus 88,3%, respectivamente; (P = 0,633). As toxicidades foram passíveis de controle, com graus 2–4 de neutropenia15 em 21% contra 31% (P = 0,01), trombocitopenia16 em 0,8% contra 3,4% (P = 0,06) e algum grau de neurotoxicidade em 17% comparado a 7,5% (P = 0,35) nos pacientes tratados com paclitaxel e docetaxel, respectivamente. Não ocorreram mortes por toxicidade17. Em conclusão, a dose densa de paclitaxel versus docetaxel após FEC como adjuvante da quimioterapia10, resultou em uma taxa de SLD em 3 anos semelhante em mulheres com câncer3 de mama4 precoce com linfonodo12 axiliar positivo. Devido ao seu perfil de toxicidade17 mais favorável, o paclitaxel é o taxano de escolha, neste cenário.1
Foi avaliada a taxa de resposta patológica completa (RPC) após a quimioterapia10 neoadjuvante com epirrubicina (E), ciclofosfamida (C) edocetaxel, com e sem a adição de bevacizumab, em pacientes com câncer3 de mama4 triplo negativo (CMTN).
Pacientes com cT1c-4d CMTN não tratados apresentaram um subconjunto estratificado de 1948 participantes da parte de pacientes com HER2-negativo do estudo GeparQuinto. Os pacientes foram randomizados para receber quatro ciclos de CE (90/600 mg/m2 q3w) seguidos por quatro ciclos de docetaxel (100 mg/m2; q3w) com ou sem bevacizumab (15 mg/kg; q3w) adicionado à quimioterapia10. Os pacientes foram randomizados para quimioterapia10 sem (N = 340) ou com bevacizumab (N = 323). As taxas de RPC foram de 27,9% e 39,3%, sem e com bevacizumab (P = 0,003). De acordo com as definições de RPC, a adição de bevacizumab aumentou esta taxa a partir de 30,9% para 41,8% (P = 0,0040), 36,2% para 46,4% (P = 0,009) e de 32,9% para 43,3% (P = 0,007). O tratamento com bevacizumab (OR 1,73, intervalo de confiança de 95% (IC) 1,23–2,42; (P = 0,002), o estagio menor do câncer3 (OR 2,38, IC 95% 1,24–4,54; P = 0,009) e os cânceres de grau 3 (OR 1,68, IC 95% 1,14–2,48; (P = 0,009) foram confirmados como preditores independentes de maior RPC pela analise de regressão logística multivariada.
Foi concluído que a adição de bevacizumab para quimioterapia10 de CMTN aumenta significativamente as taxas de RPC.2
Câncer3 de mama4 – CAF (ciclofosfamida, doxorrubicina e fluoroacil)
O uso combinado de 5-fluorouracil, metotrexato e citoxan tornou-se padrão de terapia combinada18 para tratamento de câncer3 de mama4 metastático nos últimos anos e agora é usado como terapia adjuvante em doença primária. Tornou-se importante comparar a mais comum e sucedida terapia de combinação para câncer3 de mama4 metastático (citoxan, metotrexato e 5-fluorouracil (CMF)) com adriamicina em combinação. Assim, um ensaio clínico prospectivo19 randomizado20 de CMF foi realizado comparando este regime com cytoxan, adriamicina e 5-fluorouracil (CAF). Um estudo clínico prospectivo19 randomizado20 foi conduzido comparando a resposta clínica de 78 pacientes não tratados anteriormente com câncer3 de mama4 metastático avançado tratados com uma combinação de ciclofosfamida, metotrexato e 5-fluorouracil (CMF) ou uma combinação de ciclofosfamida, adriamicina e 5-fluoracil (CAF). 62% dos pacientes que receberam CMF responderam ao tratamento em comparação com uma taxa de resposta de 82% para os pacientes que receberam CAF. Este estudo mostrou que CAF é eficaz para indução do regime para o câncer3 de mama4. Em adição, este estudo mostrou que não houve uma diferença significativa na duração da resposta para os dois regimes, CAF e CMF.3
Câncer3 de mama4 – CMF (ciclofosfamida, metotrexateefluorouracil)
Prolongada quimioterapia10 cíclica combinada com ciclofosfamida, metotrexato e fluorouracil foi avaliada como tratamento adjuvante para mastectomia6 radical em câncer3 de mama4 primário com linfonodos21 axilares positivos. Pacientes (N = 391) foram separados conforme a idade, número de linfonodos21 axilares comprometidos e tipo de mastectomia6 (convencional radical ou expandida). Os pacientes foram randomizados para receber CMF por 12 ciclos ou nenhum outro tratamento adicional. 386 pacientes (N = 386) foram considerados avaliáveis. Análises estatísticas foram realizadas em proporções totais de falhas no tratamento e na distribuição do tempo de falhas do tratamento. Após 27 meses de estudo, falha de tratamento ocorreu em 24% dos 179 pacientes do grupo controle e em 5,3% das 207 mulheres que receberam terapia combinada18 (P inferior a 10-6), vantagem estatística significativa em todos os subgrupos de pacientes. Pacientes com 4 ou mais linfonodos21 positivos axilares apresentaram um maior percentual de recaídas do que aqueles com menor número de linfonodos21. As novas manifestações clínicas iniciais ocorreram em locais distantes em 81,5% dos pacientes com recidivas22. Quimioterapia10 de longo prazo produziu uma toxicidade17 aceitável, permitindo assim a administração de um percentual elevado do medicamento. Os autores concluíram que os pacientes com câncer3 de mama4 potencialmente curáveis e com linfonodos21 axilares positivos no momento da mastectomia6 mostram uma redução estaticamente significativa na taxa de recorrência23 durante os primeiros 27 meses após a mastectomia6 radical quando tratados com quimioterapia10 de combinação cíclica prolongada. Atualmente, a vantagem do CMF aparece estaticamente evidente em todos os subgrupos de pacientes. Estes resultados devem ser considerados com cautela, uma vez que, atualmente os efeitos dessa terapia na sobrevida11 e possíveis efeitos colaterais24 a longo prazo permaneceem desconhecidos.4
Terapia em combinação com ciclofosfamida, metotrexate e fluorouracil (CMF) foi comparada com ciclofosfamida, adiramicina e fluorouracil (CAF) como adjuvante à mastectomia6 radical modificada em câncer3 de mama4 primário operável com linfonodos21 axilares positivos. Pacientes que se submeteram à mastectomia6 radical modificada foram íncluidos neste estudo. A quimioterapia10 foi iniciada duas a quatro semanas após a mastectomia6 e continuou até 6 ciclos. Quarenta (N = 40) pacientes foram randomizados para terapia de CMF (N = 30) ou CAF (N = 10). Após 18 meses de estudo ocorreu falha de tratamento em 10% dos pacientes de cada grupo. As novas manifestações clínicas ocorreram localmente em 75% e à distância em 25% dos pacientes com recidivas22. Quimioterapia10 de longo prazo produziu uma toxicidade17 aceitável, permitindo assim administração de um elevado percentual da dosagem do medicamento. Este estudo indica que os regimes CMF e CAF têm eficácia e toxicidade17 comparáveis em quimioterapia10 adjuvante à cirurgia para câncer3 de mama4.5
O objetivo deste estudo foi determinar a eficácia relativa de doxorubicina versus metotrexato em combinação com ciclofosfamida intravenosa e 5-fluoracil (FAC versus CMF) como quimioterapia10 adjuvante para câncer3 de mama4 operável. Durante um período de 4 anos, 985 mulheres submetidas à cirurgia curativa de câncer3 de mama4 (T1–3 N0–2 M0, estágio I–IIIA, UICC) de 9 hospitais foram estratificadas em relação ao envolvimento de linfonodos21 axilares (linfonodos21 positivos versus linfonodos21 negativos) e randomizadas para receber FAC (500/50/500/m2) a cada 3 semanas durante 6 ciclos ou CMF (600/60/600/m2) a cada 3 semanas durante 6 ciclos. A intensidade relativa das doses de FAC e CMF foi de 87% e 85% das doses previstas, respectivamente. Dados não ajustados indicaram uma tendência não significativa para melhores resultados com FAC. No subgrupo prospectivamente formado por pacientes com linfonodos21 negativos, a sobrevida11 livre de doença e sobrevida11 global foram estatisticamente superiores no braço de tratamento com FAC (P = 0,041 e 0,034 respectivamente), mas esta vantagem não foi vista no subgrupo dos pacientes com linfonodos21 positivos. Ajustando os dados para o tamanho do efeito do tratamento e possíveis interações (número de linfonodos21 positivos, tamanho do tumor5 e centro de tratamento), o risco relativo (RR) de recorrência23 da doença e morte foram significativamente inferiores com o tratamento de FAC (RR 1.2, P = 0.03, e RR 1.3, P = 0.05, respectivamente). Este resultado deve-se principalmente à diferença observada na população de pacientes com linfonodos21 negativos. A toxicidade17 foi leve: FAC induziu mais alopecia25, vômito26, mucosite27 e cardiotoxicidade; última foi de preocupação clínica, mas foi de baixa densidade e gerenciável. CMF induziu mais conjuntivite28 e ganho de peso. Não houve mortes devido à toxicidade17 de tratamento. Doxorubicina em combinação com dia 1, ciclofosfamida e 5-fluorouracil IV é superior ao metatrexato em combinação com dia 1, ciclofosfamida e 5-fluorouracil IV como quimioterapia10 adjuvante para câncer3 de mama4 operável. O efeito do tratamento é particularmente evidente em pacientes com linfonodo12 negativo. Embora a toxicidade17 clínica de FAC seja maior do que a de CMF, os níveis foram manejáveis e clinicamente aceitáveis.6
Formas severas e progressivas de lúpus29 nefrite8 e granulomatose de Wegener
Os autores procuraram determinar, em primeiro lugar se pulso de metilprednisolona e pulso de ciclofosfamida tinham eficácia comparável na gestão em longo prazo de nefrite8 lúpica. Em segundo lugar, se havia diferenças na eficácia e toxicidade17 de cursos de curta e longa duração com pulsos de ciclofosfamida.
65 pacientes (60 do sexo feminino, 5 do sexo masculino; idade média de 29 [10–8] anos) com nefrite8 lúpica severa foram aleatoriamente selecionados para terapia de pulso mensal com metilprednisolona durante 6 meses (25 pacientes), terapia de pulso mensal com ciclofosfamida durante 6 meses (20 pacientes), ciclofosfamida mensalmente ou durante 6 meses seguidos trimestralmente por 2 anos adicionais (20 pacientes). Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para um dos três grupos de tratamento (desenhado a partir de um conjunto de cartões marcados): a infusão intravenosa de 1.0 g/m2 de metilprednisolona durante 30 minutos, inicialmente em três doses diárias, seguidas por doses únicas mensalmente durante 6 meses (25 pacientes), doses mensais individuais durante 6 meses de ciclofosfamida (0.5–1.0 g/m2 administrada via infusão intravenosa durante 60 minutos (20 pacientes); doses únicas ou mensais durante 6 meses de ciclofosfamida, de acordo com o regime descrito acima, seguido por doses individuais trimestrais (0.5–1.0 g/m2) durante mais 2 anos (20 pacientes). Ciclofosfamida intravenosa foi seguida pela infusão de 2L/m2 0–45% de solução salina durante 24 h e os pacientes foram estimulados a urinar frequentemente, antieméticos30 foram usados conforme a necessidade. A ciclofosfamida foi ajustada até um máximo de 1.0 g/m2, para pacientes31 que não desenvolveram leucopenia32 inferior a 1.500/microL até atingir os dias 10–14 após o tratamento. Detalhes da administração da terapia de pulso foram publicados em outros lugares.
Os pacientes tratados com terapia de pulso de metilprednisolona tiveram maior probabilidade de duplicar a creatinina33 sérica do que aqueles tratados com ciclofosfamida a longo curso (p<0.04). Risco de duplicar a creatinina33 não foi significativamente diferente entre ciclofosfamida em curso de curta e longa duração. No entanto os pacientes tratados com curso de curta duração com ciclofosfamida tiveram uma probabilidade maior de exacerbações do que aqueles tratados com longo curso de ciclofosfamida (p<0.01).
Um curso prolongado de terapia com ciclofosfamida é mais eficaz do que 6 meses de terapia com metilprednisolona na preservação da função renal34 em pacientes com nefrite8 lúpica grave. A adição de um regime de manutenção trimestral para mensal de terapia com ciclofosfamida reduz a taxa de exacerbações.7
Os ensaios clínicos35 controlados em nefrite8 lúpica têm demonstrado que a terapia com ciclofosfamida é superior à terapia de corticosteróide isolada. Os perfis de eficácia e de efeitos colaterais24 em longo prazo de regimes imunossupressores requerem mais estudos.
Em um ensaio clínico randomizado20 e controlado com acompanhamento méo de 11 anos, 82 pacientes com nefrite8 lúpica proliferativa foram incluídos no centro clínico de “National Institutes of Health, Bethesda, Maryland” entre 1.986 e 1.990. A análise inicial foi baseada nos dados coletados em 1 de maio de 1.995. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para receber um dos três regimes: 1) metilprednisolona intravenosa 1 g/m2 de superfície corporal administrada como bolus36 mensalmente durante pelo menos 12 meses e até 36 meses; 2) ciclofosfamida intravenosa 1 g/m2 de superfície corporal, como bolus36 mensalmente durante 6 meses consecutivos e em seguida uma vez cada 3 meses durante pelo menos 24 meses adicionais, ou 3) a combinação destes doisregimes.
Em uma análise de sobrevida11 de intenção de tratar, a probabilidade de falha do tratamento foi significativamente menor nos grupos com ciclofosfamida (P = 0,04) e terapia combinada18 (P = 0,002) do que no grupo de metilprednisolona. A terapia combinada18 e terapia com ciclofosfamida não diferiram estatisticamente em termos de eficácia ou efeitos adversos. Dos pacientes que completaram o protocolo (N = 65), a proporção de pacientes que tiveram duplicação da concentração da creatinina33 sérica foi significativamente mais baixa no grupo de combinação do que no grupo de ciclofosfamida (risco relativo, 0,095 [IC de 95%, 0,01 para 0,842])
Com acompanhamento prolongado, a terapia com ciclofosfamida continuou a mostrar eficácia superior ao longo da terapia com metilprednisolona isolada para o tratamento da nefrite8 lúpica. A combinação da terapia de ciclofosfamida e metilprednisolona parecem fornecer benefício adicional ao longo da terapia com ciclofosfamida isolada e não confere risco adicional para eventos adversos. 8
Há incerteza sobre a eficácia e toxicidade17 da terapia de bolus36 com metilprednisolona ou da combinação de metilprednisolona e ciclofosfamida no tratamento de nefrite8 lúpica. Objetivo: 1) determinar se a terapia intensiva37 de bolus36 com metilprednisolona é um substituto adequado para a terapia de bolus36 com ciclofosfamida e 2) se a combinação de metilprednisolona e ciclofosfamida é superior à terapia de bolus36 com metilprednisolona ou ciclofosfamida isolada.
Estudo clínico randomizado20 controlado com pelo menos 5 anos de follow-up. 82 pacientes com nefrite8 lúpica que tiveram 10 ou mais hemácias38 por campo de alta potência, lanças celulares, proteinúria39 (>1g de proteína por dia), e uma amostra de biópsia40 renal34 apresentaram nefrite8 proliferativa. Intervenções: terapia de bolus36 com metilprednisolona intravenosa (1 g/m2 da superfície corpórea), administrada mensalmente em no mínimo 1 ano, terapia de bolus36 com ciclofosfamida intravenosa (0.5 até 1 g/m2 da superfície corpórea) administrada mensalmente por 6 meses e em seguida trimestralmente ou terapia de bolus36 com ambos metilprednisolona e ciclosfosfamida.
A remissão renal34 ocorreu em 17 de 20 pacientes do grupo de terapia combinada18 (85%), 13 de 21 pacientes no grupo ciclofosfamida (62%) e 7 de 24 pacientes do grupo de metilprednisolona (29%) (P < 0.001). 28 pacientes (43%) não atingiram a remissão renal34. Pela análise da taxa de sobrevida11, a probabilidade da remissão durante um período de estudo foi maior no grupo de terapia combinada18 do que no grupo de metilprednisolona (P = 0.028). A terapia combinada18 e terapia com ciclofosfamida não foram estaticamente diferentes. As reações adversas observadas foram, amenorreia41 (observados em 41% do grupo de ciclofosfamida, 43% do grupo de terapia de combinação e 7,1% do grupo de terapia de combinação e 0% do grupo metilprednisolona), necrose42 vascular43 observada em 11% do grupo de ciclofosfamida, 18% do grupo de terapia de combinação, e 22% de grupo metilpredinisolona), herpes zoster44 (observada em 15% do grupo ciclofosfamida, 21% do grupo de terapia de combinação e 3,7% do grupo metilprednisolona) e no mínimo uma infecção45 (observada em 26% do grupo ciclofosfamida, 32% grupo de terapia de combinação, e 7,4% do grupo de metilprednisolona).
Terapia de bolus36 mensal com metilprednisolona foi menos eficaz do que a terapia de bolus36 mensal com ciclofosfamida. A tendência para uma maior eficácia com a terapia combinada18 foi vista. 9
Estudo prospectivo19 das características clínicas, fisiopatologia46, tratamento e prognósticos de granulomatose de Wegener
Dos 180 pacientes com granulomatose de Wegener que se refere o “National Institute of Allergy and Infectious Diseases” durante os últimos 24 anos, 158 foram acompanhados por 6 meses a 24 anos (um total de 1229 pacientes por ano). O regime constituiu em dia, a terapia oral de ciclofosfamida, 2 mg/kg do peso corporal, prednisona, 1mg/kg de peso corpóreo. Muitos pacientes com doença fulminante e rapidamente progressiva recebem 3 a 5 mg/kg de ciclofosfamida diariamente.
Homens e mulheres foram igualmente selecionados, 97% dos pacientes eram brancos e 85% tinham mais de 19 anos de idade. O período médio de acompanhamento foi de 8 anos, 133 pacientes (84%) receberam uma terapia padrão com ciclofosfamida diária de baixa dose de glicocorticoides, 8 pacientes (5.0%) receberam apenas uma dose baixa de ciclofosfamida, 6 pacientes (4.0%) nunca receberam ciclofosfamida e foram tratados com outros citotóxicos47 agentes e glicocorticoides, 10 pacientes (6.0 %) foram tratados apenas com glicocorticoides, 91 % dos pacientes apresentaram melhora acentuada, e 75% alcançaram a remissão completa.
50 % das remissões foram associadas com uma ou mais recidivas22. Dos 99 pacientes acompanhados por > 5 anos, 44% tiveram remissão de > 5 anos de duração. 13 % dos pacientes morreram de granulomatose de Wegener, causas relacionadas com o tratamento, ou ambos. Quase todos os pacientes tinham mobilidade grave características irreversíveis da sua doença (86%) ou efeitos colaterais24 do tratamento (42%).
O curso da granulomatose de Wegener foi drasticamente melhorado por tratamento diário com ciclofosfamida e glucocorticóides. No entanto, a morbidade48 da doença relacionada com o tratamento muitas vezes é profunda. Formas alternativas de terapia ainda não atingiram as altas taxas de indução da remissão e manutenção de sucesso que foram relatadas com tratamento diário de ciclofosfamida. Apesar do sucesso terapêutico continuado com ciclofosfamida a longo prazo de acompanhamento de pacientes com granulomatose de Wegener, crescente preocupações sobre a toxicidade17 resultantes da terapia com ciclofosfamida prolongada surgiram e incentivaram a investigação de outros regimes terapêuticos. 10
O uso de agentes citotóxicos47 em doenças não neoplásicas49 ainda é questão de preocupação em relação aos efeitos colaterais24 de curto e longo prazo. É importante avaliar e mostrar claramente tanto a eficácia do regime terapêutico a longo prazo de segmento, bem como a ocorrência de efeitos secundários tóxicos observados ao longo de um período prolongado.
85 pacientes com granulomatose de Wegener foram estudados por 21 anos no National Institutes of Health. Os pacientes foram tratados com um protocolo que consiste em ciclofosfamida, 2 mg/kg de peso corporal por dia, com prednisona 1 mg/kg de peso corporal por dia, seguido por conversão de prednisona para um regime de dias alternados.
As remissões completas foram obtidas em 79 de 85 pacientes (93%). A duração média da remissão para sobrevida11 dos pacientes foi de 48,2 (+/-3,6) meses. 23 pacientes estão fora da terapia durante um período médio de 35,3 (+/-6,3) meses sem terapia.
Esse estudo fornece uma experiência em perspectiva com granulomatose de Wegener e remissões que demonstram a longo prazo que podem ser induzidas e mantidas em um número extremamente elevado de pacientes por combinação de terapia com ciclofosfamida e prednisona por dia, em dias alternados. 11
Câncer3 de pulmão50 de pequenas células51 (CPPC):
O número de pacientes idosos com câncer3 de pulmão50 de pequenas células51 (CPPC) têm aumentando com a crescente população geriátrica. O objetivo deste estudo foi avaliar a segurança e eficácia da quimioterapia10 padrão ou radioterapia52 em pacientes idosos com CPPC.
Neste estudo retrospectivo53, foram analisados dados de 126 pacientes com CPPC diagnosticados entre 1996 e 2005, comparando os resultados dos pacientes com menos de 70 anos e idosos com 70 anos ou mais, os quais foram tratados com etoposidee cisplatina (regime EP) e ciclofosfamida, adriamicina e vincristina (regime CAV). Pacientes com doença limitada receberam radioterapia52 torácica (RT) após a quimioterapia10.
As taxas globais de resposta (resposta completa + parcial) não foram significativamente diferentes entre os pacientes dos grupos (69% versus 65%, P = 0,591). O tempo médio de sobrevida11 foi de 13 meses para pacientes31 com 70 anos ou mais de idade (P = 0,263), com taxas de sobrevida11 de 2 a 5 anos de 37,8% e 8,2% versus 26,2% e 3,6%, respectivamente. Sobrevida11 livre de progressão da doença em pacientes com 70 anos ou mais de idade foi semelhante ao de pacientes com menos de 70 anos (P = 0,445).
Toxicidades hematológicas graus 3 e 4 foram mais frequentes entre os idosos (leucopenia32, 48% versus 31%, P = 0,49; neutropenia15, 52% versus 32%, P = 0,028; trombocitopenia16, 38% versus 21%, P = 0,47).
Em conclusão, apesar de terem mais toxicidades hematológicas graves, os pacientes idosos com CPPC beneficiaram-se do regime EP e do regime de CAV com ou sem RT. São necessárias novas investigações sobre como diminuir a toxicidade17 hematológica, principalmente em idosos. 12
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
A ciclofosfamida é um agente neoplásico54 da classe das oxazafosforinas. Quimicamente esta relacionada com a mostarda nitrogenada.
A ciclofosfamida é inativa in vitro e preferencialmente ativada in vivo no fígado55 pelas enzimas microssomais de 4-hidroxi-ciclofosfamida, que está em equilíbrio com aldofosfamida, seu tautômero. Este tautômero submete-se a conversão enzimática para metabólitos56 ativos e inativos (em particular, a mostarda de fosfaramida e acroleína).
O efeito citotóxico57 de ciclofosfamida é devido à interação de seus metabólitos56 alquilantes e o DNA. A alquilação resulta em fraturas na fita e cross-linking do DNA. Durante o ciclo celular, a passagem pela fase G2 é retardada. Os efeitos citotóxicos47 não são específicos para a fase do ciclo celular. Acroleína não tem qualquer atividade antineoplásica, mas é responsável pelos efeitos colaterais24 urotóxicos. O efeito imunossupressor58 de ciclofosfamida está sendo discutindo.
A resistência cruzada, principalmente com agentes antineoplásicos estruturalmente relacionados com a ifosfamida, mas também com outros agentes alquilantes, não pode ser excluída.
Farmacocinética
Os níveis sanguíneos após administração intravenosa e administração por via oral são bioequivalentes.
Absorção: a ciclofosfamida é completamente absorvida a partir do trato gastrointestinal. Em seres humanos, a concentração no plasma59 da substância e de seus metabólitos56 cai drasticamente dentro de 24 horas após a administração intravenosa única de ciclofosfamida marcada radioativamente, em que as concentrações plasmáticas detectáveis podem estar presentes por até 72 horas.
Metabolismo60: sob condições in vitro, a ciclofosfamida é inativa. A bioativação só ocorre no organismo. Pacientes com insuficiência hepática61 têm atraso no metabolismo60 de ciclofosfamida.
Em casos patologicamente com diminuição da atividade da colinesterase, existe, por conseguinte, um aumento da meia-vida no soro62.
A ciclofosfamida foi detectada no líquido cefalorraquidiano63 e no leite materno. A ciclofosfamida e seus metabólitos56 ultrapassam a barreira placentária.
Eliminação: a ciclofosfamida tem uma meia-vida de aproximadamente 7 horas em adultos e aproximadamente 4 horas em crianças. A ciclofosfamida não sofre nenhuma ligação de proteína significativa. No entanto, a taxa de ligação de proteína plasmática dos seus metabólitos56 é de aproximadamente 50%. A ciclofosfamida e seus metabólitos56 são excretados principalmente por via renal34. A modificação da dose está indicada em pacientes com insuficiência renal64. Uma recomendação comum é a redução da dose de 50%, na presença de uma taxa de filtração glomerular inferior a 10 ml/min.
Uma redução da dose de até 25% é recomendada na presença dos níveis séricos de bilirrubina65 no soro62 entre 3,1 e 5 mg/ml.
Relações de farmacocinética/farmacodinâmica
Após administração intravenosa de dose elevada no contexto de transplante de medula óssea66 alogênica, a concentração plasmática de ciclofosfamida nativa apresenta uma cinética67 de primeira ordem linear. Um aumento da dose intra individual pelo fator 8 não altera os parâmetros farmacocinéticos para ciclofosfamida ativa, menos de 15% da dose administrada é excretada na forma inalterada através da urina68. No entanto, em comparação com uma terapia de ciclofosfamida convencional os metabolitos56 inativos são aumentados, o que indica a saturação dos sistemas de enzimas de ativação, mas não os passos que levam a metabolização dos metabólitos56 inativos.
Durante o curso de uma terapia de doses elevadas de ciclofosfamida de vários dias, as áreas sob a curva de diminuição da substância mãe é susceptível de tempo de concentração no plasma59 devido à autoindução da atividade de metabolização de microssomas.
CONTRAINDICAÇÕES
Genuxal é contraindicado em casos de:
- Hipersensibilidade conhecida à ciclofosfamida ou a qualquer um dos excipientes de Genuxal;
- Deficiência grave da função da medula óssea66 (especialmente em pacientes tratados com agentes citotóxicose/ou radioterapia52);
- Inflamação69 na bexiga70 (cistite9);
- Obstrução das vias urinárias;
- Infecções71.
Contraindicações gerais para realização de transplantes de medula óssea66 alogênica, como limite superior de idade entre 50 a 60 anos deve ser clarificada cuidadosamente antes de iniciar o tratamento com Genuxal.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes portadores de intensa depressão funcional da medula óssea66, obstrução das vias urinárias, cistite9 e infecções71 agudas.
Categoria “X” de risco na gravidez72.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante e após 6 meses de tratamento com ciclofosfamida (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Como regra geral todo agente antineoplásico deve ser usado com precaução em pacientes geriátricos e em pacientes que tenham sido previamente submetidos a radioterapia52. Os pacientes com imunidade73 baixa, diabetes mellitus74, doenças hepáticas75 ou doenças renais crônicas e doenças cárdicas pré-existentes também devem ser monitorados de perto. Em pacientes diabéticos, o metabolismo60 da glicose76 também deve ser cuidadosamente monitorado durante o tratamento com ciclofosfamida. Em tais situações é necessário realizar avaliação de risco versus o benefício esperado.
Deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com porfiria77 aguda devido ao efeito porfirogênico de ciclofosfamida.
Mielossupressão, imunossupressão78 e infecções71:
- O tratamento com Genuxal pode causar mielossupressão e supressão significativa da resposta imune.
- Mielossupressão induzida pela ciclofosfamida pode causar leucopenia32, neutropenia15, trombocitopenia16 (associado com um maior risco de sangramento) e anemia79.
- Imunossupressão78 grave levou a infecções71 graves e até fatal. Sepse80 e choque81 séptico também foram relatados. Infecções71 relatadas com ciclofosfamida incluem pneumonias bem como outras infecções71 bacterianas, fúngicas82, virais, protozoárias e infecções71 parasitárias.
- Infecções71 latentes podem ser reativadas. A reativação foi relatada em bactérias, fungos, vírus83, protozoários84 e infecções71 parasitárias.
- Infecções71 devem ser tratadas de forma adequada.
- Profilaxia antimicrobiana pode ser indicada em certos casos de neutropenia15, a critério médico.
- Em caso de neutropenia15 febril, antibióticos e/ou antifúngicos devem ser administrados.
- A princípio, as contagens de células51 do sangue85 e das plaquetas86 podem diminuir mais rapidamente e o tempo necessário para recuperar pode aumentar com o aumento de doses de ciclofosfamida.
- O menor volume da redução na contagem de células51 brancas e plaquetas86 são normalmente alcançados em 1e 2 semanas de tratamento. A medula óssea66 recupera de forma relativamente rápida e as concentrações de células51 do sangue85 normalizam-se após cerca de 20 dias.
- Mielossupressão grave deve ser esperado especialmente em pacientes pré-tratados com e/ou quimioterapia10 e/ou radioterapia52.
- Acompanhamento hematológico é recomendado para todos os pacientes durante o tratamento:
- Contagem de leucócitos87 deve realizada a cada dose e periodicamente durante o tratamento (intervalos de 5 a 7 dias no início do tratamento, e a cada 2 dias se a contagem cair abaixo de 3.000 células51/microlitro (células51/mm3)). Para tratamento a longo prazo, monitoramento em intervalos de cerca de 14 dias geralmente é suficiente.
- Contagem de plaquetas86 e valor de hemoglobina88 (células51 do sangue85) devem ser obtidos antes de cada administração e em intervalos adequados após a administração.
Genuxal não deve ser administrado em pacientes com contagem de neutrófilos89 menor ou igual a 1.500 células51/mm3 e/ou contagem de plaquetas86 abaixo de 50.000 células51/mm3.
Trato urinário90 e toxicidade17 renal34:
- Cistite9 hemorrágica91, pielitis, uretites e hematúria92 foram relatados com ciclofosfamida. Ulceração93 na bexiga70, necrose42, fibrose94, contratura e neoplasia95 secundária podem se desenvolver.
- Urotoxicidade pode determinar a interrupção dotratamento.
- Cistectomia poderá ser necessária devido à fibrose94, sangramento e/ou malignidades secundárias.
- Casos fatais de urotoxicidade foram reportados.
- O surgimento da urotoxicidade pode correr em curtos ou longos períodos com o uso de Genuxal. Cistite9 hemorrágica91 foi reportada após dose única de ciclofosfamida.
- Radiações passadas ou concomitante, ou tratamento concomitante com bussulfano podem aumentar o risco de cistite9 hemorrágica91 induzida pela ciclofosfamida.
- Cistites, no geral, não apresentam bactérias, porém uma colonização secundária de bactérias podeocorrer. Antes de iniciar o tratamento, é necessário eliminar ou corrigir obstruções do trato urinário90 (vide item CONTRAINDICAÇÕES).
- Sedimentos urinários devem ser checados regularmente para verificar a presença de eritrócitos96 e outros sinais97 de urotoxicidade/ nefrotoxicidade98.
- O tratamento adequado com mesna e/ou hidratação forte para forçar a diurese99 pode reduzir significativamente a frequência e a gravidade da toxicidade17 da bexiga70. É importante assegurar que os pacientes esvaziem a bexiga70 em intervalos regulares.
- A hematúria92, geralmente se resolve em poucos dias após a parada do tratamento com ciclofosfamida, porém pode persistir. Em casos de desenvolvimento de cistite9, com micro ou macro hematúria92, durante o tratamento, o mesmo deverá ser descontinuado até a normalização.
- A ciclofosfamida também foi associada com nefrotoxicidade98, incluindo necrose42 tubular.
- A hiponatremia100 foi associada ao aumento da água corporal total, intoxicação aguda de água, e uma síndrome101 semelhante à SIADH (síndrome101 de secreção inadequada de hormônio102 antidiurético) foram relatadas em associação com a administração de ciclofosfamida. Casos fatais foram relatados.
O Genuxal deve ser usado com cautela, em pacientes com infecções71 ativas do trato urinário90.
Em pacientes com insuficiência renal64, particularmente em pacientes com insuficiência renal64 grave, a diminuição da excreção renal34 pode resultar em níveis plasmáticos aumentados de ciclofosfamida e seus metabólitos56. Isso pode resultar em aumento da toxicidade17 e deve ser considerado ao determinar a dosagem em tais pacientes.
Durante ou imediatamente após a administração, quantidades adequadas de líquido devem ser ingeridas ou infundidas para forçar a diurese99, a fim de reduzir o risco de toxicidade17 do trato urinário90. Assim recomenda-se que a administração de Genuxal seja pela manhã.
Cardiotoxicidade: uso em pacientes com doenças cardíacas:
- Miocardite103 e miopericardite, que podem estar acompanhadas por tamponamento cardíaco e derrame104 pericárdico foram reportadas em terapias com ciclofosfamida e levaram a casos graves, e às vezes fatais de Insuficiência Cardíaca Congestiva105.
- Exames histopatológicos mostraram hemorragia106 no miocárdio107, hemopericárdio e necrose42 miocárdica.
- Toxicidade17 cardíaca aguda foram reportadas com dose única, dosagem menor que 20 mg/kg de ciclofosfamida.
- Após a exposição a regimes de tratamento que incluem ciclofosfamida, arritmias108 supraventriculares (incluindo a fibrilação atrial e flutter) bem como arritmias108 ventriculares (incluindo prolongamento do intervalo QT grave associada a taquicardias ventriculares) foram relatadas em pacientes com ou sem outros sinais97 de cardiotoxicidade.
- O risco de cardiotoxicidade pelo uso de ciclofosfamida pode ser aumentado, por exemplo, com uma sequência de doses elevadas de ciclofosfamida, em pacientes com idade avançada, e em pacientes com tratamento prévio de radiação da região cardíaca e/ou tratamento anterior ou concomitante com outros agentes cardiotóxicos.
- Precauções particulares são necessárias em pacientes com fatores de risco para cardiotoxicidade e em pacientes com doenças cardíacas pré-existentes.
Toxicidade17 Pulmonar
- Pneumonite109 e fibrose94 pulmonar foram reportadas durante e após o tratamento com ciclofosfamida. Doença pulmonar veno oclusiva e outras formas de toxicidade17 pulmonar foram relatadas. Toxicidade17 pulmonar levando à falência respiratória foi reportada.
- Embora a incidência110 de toxicidade17 pulmonar associada à ciclofosfamida é baixa, o prognóstico111 para pacientes31 afetados é ruim.
- Demora no surgimento da pneumonite109 (após 6 meses da iniciação do tratamento com ciclofosfamida) está associada, particularmente, com a alta taxa de mortalidade112. Pneumonite109 pode se desenvolver após anos de tratamento com ciclofosfamida.
- Toxicidade17 pulmonar aguda foi reportada após dose única de ciclofosfamida.
Malignidades Secundárias
- Como todas as terapias citotóxicas, tratamento com ciclofosfamida envolve o risco de tumores secundários e seus precursores com sequelas113.
- Existe um risco aumentado de câncer3 do trato urinário90 e alterações mielodisplásicas, em alguns casos, progredindo para leucemias agudas. Outras neoplasias114 relatadas após uso de ciclofosfamida ou regimes de tratamento com ciclofosfamida incluem linfomas, cânceres de tireoide115 e sarcomas.
- Em alguns casos, o desenvolvimento das malignidades secundárias ocorrem vários anos após a interrupção do tratamento com a ciclofosfamida. As malignidades foram relatadas também após exposição no útero116.
- O risco de câncer3 de bexiga70 pode ser reduzido acentuadamente, através da prevenção da cistite9 hemorrágica91.
Doença hepática117 veno oclusiva:
- Doença hepática117 veno oclusiva foi relatada em pacientes durante o tratamento com a ciclofosfamida.
- Terapia citorredutora, em preparação para o transplante de medula óssea66 que consiste em ciclofosfamida em combinação com irradiação de corpo inteiro, o uso de bussulfano ou outros agentes tem comprovado ser um importante fator de risco118 para o desenvolvimento da doença hepática117 veno oclusiva. Depois da terapia citorredutora, a síndrome101 clínica se desenvolve tipicamente, no período de 1 a 2 semanas após o transplante e é caracterizada por ganho de peso súbita, hepatomegalia119 dolorosa, ascite120 e hiperbilirrubinemia/icterícia121.
- Foi relatado o desenvolvimento de doença hepática117 veno oclusiva em pacientes que receberam baixas doses imunossupressoras de ciclofosfamida, por longos períodos de tempo.
- Como complicação da doença hepática117 veno oclusiva pode ocorrer o desenvolvimento da síndrome101 hepatorenal e falência múltipla dos órgãos. Existem relatos de casos de doença hepática117 veno oclusiva associadas ao uso da ciclofosfamida com desfechos fatais.
- Fatores associados com o aumento do risco de desenvolvimento de doença hepática117 veno oclusiva em associação com altas doses de terapia citorredutora, incluem:
- Danos hepáticos pré-existentes;
- Tratamento prévio com radiação na região do abdômen e;
- Baixas pontuações de desempenho.
Uso em pacientes com deficiência hepática117 grave: A insuficiência hepática61 pode estar associada à diminuição da ativação da ciclofosfamida. Isso pode alterar a eficácia do tratamento com Genuxal e deve ser considerado ao selecionar a dose e avaliar a resposta à dose selecionada.
Genotoxicidade:
- A ciclofosfamida é genotóxica e mutagênica, afeta células somáticas122 germinativas femininas e masculinas. Assim, as mulheres não devem engravidar e os homens não devem conceber um filho durante o tratamentocom ciclofosfamida.
- Adicionalmente, os homens não devem, sob quaisquer circunstâncias, conceber uma criança nos primeiros 6 meses após o fim do tratamento.
- Estudos realizados com animais indicam que a exposição dos oócitos durante o desenvolvimento folicular pode resultar na diminuição da taxa de implantação do zigoto123 e de gravidez72 viável, e pode aumentar o risco de má formação. Esse efeito deve ser considerado se a reprodução124 assistida ou a gravidez72 planejada após a descontinuação da terapia com ciclofosfamida. A duração exata do desenvolvimento folicular em humanos é desconhecida, porém podem ser maiores que 12 meses.
- Para atividades sexuais, homens e mulheres devem usar métodos contraceptivos efetivos durante esse período.
Efeitos na fertilidade:
- A ciclofosfamida interfere na oogênese e na espermatogênese. Pode causar esterilidade125 em ambos os sexos.
- O desenvolvimento da esterilidade125 parece depender da dose de ciclofosfamida, da duração do tratamento, e do estado da função das gónadas no momento do tratamento.
- A esterilidade125 induzida pelo uso de ciclofosfamida pode ser irreversível em alguns pacientes.
Pacientes do sexo feminino:
- Amenorreia41 transitória ou permanente, associada à diminuição de estrogênio e aumento da secreção de gonadotrofina se desenvolve em uma proporção significativa de mulheres tratadas com ciclofosfamida.
- Para mulheres em idade avançada, a amenorreia41 pode ser permanente.
- Oligomenorreia126 também foram associadas ao tratamento com a ciclofosfamida.
- Meninas tratadas com ciclofosfamida durante a puberdade geralmente desenvolvem características sexuais secundárias normalmente e tem menstruações regulares.
- Meninas tratadas com ciclofosfamida durante a puberdade podem conceber filhos.
- Meninas tratadas com ciclofosfamida que mantiveram a função ovariana após completar o tratamento estão em risco maior de desenvolvimento de menopausa127 prematura (cessação da menstruação128 antes da idade de 40 anos).
Pacientes do sexo masculino:
- Homens que estão sendo tratados com ciclofosfamida são aconselhados a procurar orientação sobre conservação de esperma129 antes de iniciar o tratamento com a ciclofosfamida.
- Homens tratados com ciclofosfamida podem desenvolver oligoespermia ou azoospermia130, que normalmente são associados com o aumento de secreção de gonadotropina, porém com secreção normal de testosterona.
- A potência e a libido131 sexual continuam intactas para esses pacientes.
- Meninos tratados com ciclofosfamida durante a puberdade normalmente desenvolvem características sexuais secundárias , porém podem ter oligoespermia ou azoospermia130.
- Algum grau de atrofia132 testicular pode ocorrer.
- Azoospermia130 induzida pelo uso de ciclofosfamida é reversível em alguns pacientes, porém a reversibilidade não ocorre por vários anos após a interrupção da terapia.
- Homens estéreis temporariamente pelo uso da ciclofosfamida tiveram filhos posteriormente.
Reações anafiláticas133, sensibilidade cruzada com outros agentes alquilantes:
- Reações anafiláticas133 incluindo respostas fatais foram reportadas com o uso associado à ciclofosfamida.
- Possíveis reações de sensibilidade cruzada com outros agentes alquilantes foram reladas.
Prejuízo na cicatrização de feridas:
- A ciclofosfamida pode afetar o processo de cicatrização de feridas.
Pele134 e Unhas135
- Erupção136 cutânea137, dermatite138 não especifica, pigmentação da pele134 e alterações na coloração das unhas135 podem ocorrer em pacientes sob tratamento com ciclofosfamida.
Alopecia25:
- Alopecia25 foi relatada e pode ser acentuada com o aumento da dose do tratamento.
- Alopecia25 pode progredir para perda total de cabelo139.
- O crescimento do cabelo139 é esperado após o tratamento com o medicamento ou até mesmo durante a descontinuação do tratamento, porém pode crescer com textura e coloração diferente.
Náuseas140 e vômitos141:
- A administração de ciclofosfamida pode causar náuseas140 e vômito26.
- Diretrizes atuais sobre o uso de antieméticos30 para a prevenção e alívio das náuseas140 e vômitos141 devem ser consideradas.
- O consumo de álcool pode aumentar a indução de náuseas140 e vômitos141 gerados pela ciclofosfamida.
Estomatite142:
- A administração de ciclofosfamida pode causar estomatite142 (mucosite27 oral).
- Diretrizes atuais sobre medidas de prevenção e alívio da estomatite142 devem ser consideradas.
Injeções paravenosas:
- Os efeitos citotóxicos47 da ciclofosfamida ocorrem apenas após a ativação, que ocorre principalmente no fígado55. Assim, o risco de lesão143 no tecido144 por um uma injeção145 paravenosa acidental é baixo.
- Em caso de administração acidental de injeção145 paravenosa de ciclofosfamida, a infusão deverá ser interrompida imediatamente e a solução extravascular146 de ciclofosfamida deverá ser aspirada com uma agulha no local. Outras medidas devem ser instituídas, se apropriadas.
Uso em pacientes adrenalectomizados:
Os pacientes com insuficiência147 adrenal podem requerer um aumento na dose de substituição de corticoides quando expostos a estresses de toxicidades, como a ciclofosfamida ou outros medicamentos citotóxicos47.
A dose de ciclofosfamida deve ser reduzida em pacientes com problemas na função renal34 ou hepática117.
O uso da ciclofosfamida como tratamento primário para o transplante de medula óssea66, somente deve ser realizada em clínicas hematológicas – oncológicas que possuam experiência e instalações apropriadas para realizar um transplante de medula óssea66 alogênica.
Para comprimidos de Genuxal:
Pacientes com intolerância hereditária rara a lactose1, má absorção de glicose76 – galactose148, deficiência de sucrose – isomaltase, intolerância a galactose148, deficiência de lactose1 ou glicose76 – galactose148 má absorção não deve fazer uso do Genuxal.
Monitorização
Exames clínicos e hematológicos semanais devem ser realizados. Contagens de células sanguíneas149 totais e diferenciais e estimativas dos níveis de hemoglobina88 são essenciais. Muitos pacientes desenvolvem leucopenia32 e neutropenia15 durante o tratamento. As contagens de linfócitos e neutrófilos89 normalmente voltam ao nível normal ao término da terapia se a contagem de leucócitos87 for inferior a 3000/mm3, a contagem deve ser feita de 2 em 2 dias; e em algumas circunstâncias pode ser necessário controle diário. Se os sinais97 de mielosupressão são evidentes, é recomendada a contagem de plaquetas86 e células51 vermelhas.
Potencial mutagênico
Pacientes, homens ou mulheres, em idade fértil devem ser alertados sobre o potencial mutagênico da ciclofosfamida. Métodos adequados de contracepção150 devem ser utilizados por estes pacientes, durante o tratamento e até três meses após seu término.
Potencial oncogênico e neoplasias114 secundárias
A ciclofosfamida tem atividade oncogênica em ratos e camundongos. A possibilidade de esta droga apresentar potencial oncogênico em humanos submetidos à terapia imunossupressora por longo tempo deve ser considerada. Desenvolveram-se neoplasias114 malignas secundárias em alguns pacientes tratados com ciclofosfamida isoladamente ou em associação com outras drogas e/ou modalidades antineoplásicas. Estas neoplasias114 malignas atingem com mais frequência à bexiga urinária151, sendo do tipo mieloproliferativo e linfoproliferativo. Neoplasias114 secundárias desenvolvem-se com maior frequência em pacientes tratados com ciclofosfamida portadores de doença mieloproliferativa primária na qual os processos imunes estejam patologicamente envolvidos. Em alguns casos, a neoplasia95 secundária foi detectada vários anos após o término da terapia com ciclofosfamida. As neoplasias114 secundárias da bexiga70 geralmente ocorrem em pacientes que tenham desenvolvido cistite9 hemorrágica91 previamente.
Embora não tenha sido estabelecida uma relação causa-efeito entre a ciclofosfamida e o desenvolvimento de neoplasias114 malignas em humanos, a possibilidade de ocorrência deve ser considerada com base nos dados disponíveis e na avaliação risco-benefício para o uso da droga.
Uso Geriátrico
Dados insuficientes a partir de estudos clínicos de ciclofosfamida em linfoma152 maligno, mieloma153 múltiplo, leucemia154, micose155 fungóide, neuroblastoma, retinoblastoma, carcinoma156 da mama4 estão disponíveis para pacientes31 com 65 anos ou mais de idade para determinar se eles respondem de forma diferente do que os pacientes mais jovens. Em dois ensaios clínicos35 em que a ciclofosfamida foi comparada com paclitaxel, ambos em combinação com a cisplatina, para o tratamento de carcinoma156 ovariano avançado, 154 (28%) dos 552 pacientes que receberam ciclofosfamida mais cisplatina tinham 65 anos ou mais. Análises dos subconjuntos (<65 versus > 65 anos), a partir desses estudos publicados, relatórios de ensaios clínicos35 de regimes contendo ciclofosfamida no câncer3 de mama4 e linfoma152 não-Hodgkin’s, e experiência pós-comercialização sugerem que pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos tóxicos da ciclofosfamida. Em geral, a seleção da dose para um paciente idoso deve ser cautelosa, geralmente começando na parte de baixo da escala de dose e ajustar conforme necessário com base na resposta do paciente.
Fertilidade, Gravidez72 e Lactação157
O tratamento com ciclofosfamida pode ser teratogênico158 para o feto159. A ciclofosfamida não deve ser usada durante a gravidez72.
Se o tratamento for indicado durante o primeiro trimestre da gravidez72 para proteger a vida do paciente, é necessário aconselhamento médico sobre o risco potencial ao feto159 e a interrupção da gravidez72 é obrigatória.
Após o primeiro trimestre da gravidez72, se a terapia for urgente e não pode ser adiada e a paciente não deseja interromper a gravidez72, a quimioterapia10 deve ser realizada somente após informar ao paciente o risco de anomalias que o tratamento com ciclofosfamida pode causar no feto159.
As mulheres não devem engravidar durante e 6 meses após o tratamento com ciclofosfamida. Se o paciente não engravidar durante o tratamento, a oportunidade de consulta genética deve ser aproveitada.
Categoria “X” de risco na gravidez72 – Estudos revelaram anormalidades no feto159 ou evidências de risco para o feto159. Os riscos durante a gravidez72 são superiores aos potenciais benefícios. Não usar em hipótese alguma durante a gravidez72.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
A ciclofosfamida é excretada para o leite materno. Neutropenia15, trombocitopenia16, baixa hemoglobina88 e diarreia160 foram relatadas em crianças amamentadas por mulheres tratadas com ciclofosfamida. As mulheres não devem amamentar durante o tratamento com Genuxal.
Pacientes do sexo masculino e feminino devem usar contraceptivos durante e até pelos 6 meses após o fim do tratamento, para evitar a gravidez72.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Este medicamento pode causar efeitos colaterais24 tais como náuseas140, vômitos141, fraqueza, possíveis efeitos circulatórios associados, tontura161, visão162 turva e/ou deficiência visual. A decisão para que pacientes tratados com ciclofosfamida possam operar ou dirigir máquinas deve ser realizado pelo médico com analise de caso a caso. Isto se aplica em particular, em conjunção com o álcool.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez72 na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Este medicamento contém LACTOSE1.
Atenção diabéticos: este medicamento contém SACAROSE.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Coadministração planejada ou administração sequencial de outras substâncias ou tratamento que possam aumentar a probabilidade ou a gravidade dos efeitos tóxicos (por meio de interações farmacodinâmicas ou farmacocinéticas) requer cuidadosa avaliação individual do benefício esperado em relação aos riscos. Os pacientes que recebem tais combinações devem ser cuidadosamente monitorados para sinais97 de toxicidade17 para permitir uma intervenção rápida.
Para pacientes31 tratados com ciclofosfamida e agentes que reduzem a sua ativação devem ser monitorados por um potencial de redução de eficácia terapêutica163 e a necessidade de ajuste de dose. Em geral os pacientes devem ser monitorados para o aumento/redução da eficácia terapêutica163 e/ou um aumento da frequência e gravidade dos efeitos secundários da interação da substância. Pode ser necessário ajuste de dose.
Interações com efeito negativo sobre as propriedades farmacocinéticas da ciclofosfamida e de seu metabólito164:
A ativação reduzida da ciclofosfamida pode reduzir a eficácia do tratamento com ciclofosfamida. As substâncias que reduzem a ativação da ciclofosfamida e por consequência reduz a eficácia do tratamento são:
- Aprepitant;
- Bupropiona;
- Bussulfano: além da ativação reduzida da ciclofosfamida, foi relatado que o clearance de ciclofosfamida teve redução e a meia-vida foi prolongada em pacientes que receberam doses elevadas em menos de 24 horas depois de doses elevadas de bussulfano.
- Cloranfenicol;
- Ciprofloxacino: além da ativação reduzida (utilizada para o condicionamento prévio para transplante de medula óssea66), foi relatado uma recaída subjacente quando o ciprofloxacino foi administrado antes do tratamento com ciclofosfamida);
- Fluconazol;
- Itraconazol;
- Prasugrel;
- Sulfonamida;
- Tiotepa: inibição da bioativação de ciclofosfamida por tiotepa em regime de altas doses de quimioterapia10 foi avaliado quando a tiotepa foi administrada uma hora antes da ciclofosfamida;
Concentrações elevadas de metabólitos56 citotóxicos47 resultam em um aumento da frequência e da gravidade dos efeitos secundários e podem ocorrer devido à associação com os seguintes agentes:
- Alopurinol;
- Hidrato de cloral;
- Cimetidina;
- Disulfiram;
- Gliceraldeído;
- Indutores de enzimas hepáticas165 humanas microssomais extra-hepáticas75 (por exemplo, enzima166 do citocromo P450) pode aumentar a concentração de metabólitos56 citotóxicos47: o potencial de indução enzimático microssomal hepático e extra-hepática117 devem ser considerados em casos de tratamento prévio ou concomitante com substâncias conhecidas por induzir um aumento da atividade de tais enzimas, como a rifampicina, o fenobarbital, a carbamazepina, fenitoína, erva de São João e corticosteroides.
- Inibidores da protease167: as utilizações concomitantes de inibidores de protease podem aumentar a concentração de metabólitos56 citotóxicos47. A utilização de regimes baseados em inibidores de protease foi encontrada para ser associado com maior incidência110 de infecção45 e de neutropenia15 em pacientes que recebem ciclofosfamida.
Ondansetrona: houve relatos de interação farmacocinética entre ondansetrona e altas doses de ciclofosfamida, resultando em uma diminuição na área sob a curva de ciclofosfamida.
Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo desconhecido que afetam negativamente o uso de ciclofosfamida: O uso combinado ou sequencial de ciclofosfamida e outros agentes com toxicidade17 similar, podem causar efeitos tóxicos.
Aumento da hematotoxicidade e/ou imunossupressão78 podem ser resultados do uso de ciclofosfamida combinado com:
- Inibidores de ECA: podem causar leucopenia32;
- Natalizumabe;
- Paclitaxel: aumento de hematotoxicidade foi reportado quando administrado com ciclofosfamida após infusão de paclitaxel;
- Diuréticos168 tiazídicos;
- Zidovudina;
Aumento da cardiotoxidade pode ser resultado do uso de ciclofosfamida combinado com:
- Antraciclinas;
- Citarabina;
- Pentostatina;
- Radioterapia52 na região cardíaca
- Trastuzumabe;
Toxicidade17 pulmonar aumentada pode ser resultado do uso de ciclofosfamida combinado com:
- Amiodarona;
- G-CSF, GM-CSF (fator estimulante de colônias de granulócitos169 e macrófagos170): os relatórios sugerem um aumento do risco de toxicidade17 pulmonar em pacientes tratados com quimioterapia10 citotóxica com ciclofosfamida e G-CSF, GM-CSF;
Aumento da nefrotoxicidade98 pode ser resultado do uso de ciclofosfamida combinado com:
- Anfotericina B
- Indometacina: aguda intoxicação por água foi relatada com o uso concomitante de indometacina;
Aumento de outras toxicidades:
- Azatioprina: aumento do risco de hepatotoxicidade171 (necrose42 hepática117);
- Bussulfano: aumento da incidência110 de veno-oclusão hepática117 e mucosite27.
- Inibidores de protease: aumento da incidência110 de mucosite27;
- Alopurinol e hidroclorotiazida: antensificação de efeito mielossupressor;
Outras interações:
Álcool: Redução da atividade antitumoral foi observada em animais portadores de tumor5 durante o consumo de álcool e concomitante com baixa dose de ciclofosfamida oral. Em alguns pacientes o álcool pode aumentar náuseas140 e vômitos141 induzidos pela ciclofosfamida.
Pacientes sob tratamento com ciclofosfamida não devem ingerir bebidas alcoólicas.
Etanercept: Em pacientes com granulomatose de Wegener, a adição de etanercept ao tratamento padrão com ciclofosfamida foi associada a uma maior incidência110 de tumores sólidos não cutâneos.
Metronidazol: Encefalopatia172 aguda foi relatada em um paciente recebendo ciclofosfamida e metronidazol, embora a associação causal não ser clara. Em um estudo animal a combinação de ciclofosfamida com metronidazol foi associada com o aumento da toxicidade17 de ciclofosfamida.
Tamoxifeno: O uso concomitante de tamoxifeno durante a quimioterapia10 pode aumentar o risco de complicações tromboembolísticas.
Interações que afetam a farmacocinética e ação de outras substâncias
Bupropiona: A ciclofosfamida metabolizada por CYP2B6 pode inibir o metabolismo60 de bupropiona. A ativação de bupropiona pode ser reduzida, resultando na diminuição de eficácia.
Cumarinas: Tanto um aumento (aumento do risco de hemorragia106) quanto uma diminuição (diminuição da anticoagulação) em varfarina tiveram efeitos relatados em pacientes que receberam varfarina e ciclofosfamida.
Ciclosporina: Concentrações séricas mais baixas de ciclosporina foram observadas em pacientes que receberam uma combinação de ciclofosfamida a ciclosporina do que em pacientes que receberam apenas ciclosporina.
Relaxantes musculares despolarizantes: O tratamento com ciclofosfamida provoca uma inibição marcada e persistente da atividade da colinesterase. Este pode prolongar o bloqueio muscular produzido pela succinilcolina. Apnéia173 prolongada pode ocorrer com coadministração de relaxantes musculares despolarizantes (ex: succinilcolina). Se um paciente tiver sido tratado com ciclofosfamida 10 dias antes de ser programado para receber a anestesia174 geral, o anestesiologista deve ser alertado.
Digoxina, beta-acetildigoxina: Tratamento citotóxico57 foi relatado como prejudicial à absorção de comprimidos de digoxina e beta-acetildigoxina no intestino, o que resulta na diminuição da eficácia terapêutica163.
Vacinas: Os efeitos imunossupressores da ciclofosfamida podem ser esperados para reduzir a resposta para vacinação. As utilizações de vacinas podem levar a uma infecção45 relacionada com a vacina175.
Sulfonilureias176: O efeito redutor de glicose76 no sangue85 pode ser intensificado se sulfonilureia for administrado em paralelo.
Verapamil: O tratamento citotóxico57 com ciclofosfamida pode prejudicar a absorção intestinal do verapamil
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar o produto em temperatura entre 2°C e 8°C. Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 36 meses a contar da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Genuxal 50 mg: comprimido revestido de liberação retardada de cor branca, redondo, biconvexo, com o núcleo branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Posologia
Terapia adjuvante de câncer3 de mama4 e terapia paliativa de câncer3 de mama4 metastático: Protocolo CMF típico “por 6 ciclos”: 100 mg/m2 área superfície corpórea (ASC) de ciclofosfamida oral, administrada no ciclo de 1 a 14 dias de tratamento em combinação com metotrexato e 5-fluorouracilo, repetir o ciclo a cada 4 semanas de terapia.
Doenças autoimunes7, com progressão ameaçadora como formas graves e/ou progressivas de nefrite8 lúpica: Uso diário de 1 a 2 mg/kg. A mesma recomendação de dosagem se aplica para pulso terapia oral correspondente à administração i.v. (intravenosa) incialmente 500 a 100 mg/m2 área superfície corpórea (ASC).
Granulomatose de Wegener: A terapia convencional177 para granulomatose de Wegener consiste em prednisona 1 mg/kg/dia por 4 a 6 semanas, seguida de retirada lenta (2,5 mg por semana ou a cada quinze dias), contemplando-se a retirada em 6 meses, associada à ciclofosfamida na dose de 2-3 mg/kg/dia, ajustando-se a dose de acordo com a contagem de linfócitos (mantido ao redor de 1.000 células51/mm3). A ciclofosfamida deverá ser retirada um ano após a remissão da doença.
Nota: em pacientes confiáveis a terapia de pulso de alta dose oral geralmente pode ser realizada fora do hospital. No entanto, altas doses só devem ser tomadas em casa, se uma pessoa competente estiver presente (incluindo, por um tempo mais longo após a administração do medicamento) e deve ser tomado nos dias do tratamento médico ou se um representante informar que pode ser alcançado em todos os momentos, se necessário.
Dosagens especiais
Pacientes com insuficiência hepática61: Pacientes com insuficiência hepática61 grave pode estar associada à diminuição da ativação de ciclofosfamida. Isto pode alterar a eficácia do tratamento com Genuxal e deve ser considerado ao selecionar a dose e interpretação da resposta à dose selecionada. Na presença de insuficiência hepática61, a redução da dose em 25% é uma recomendação comum para níveis séricos de bilirrubina65 de 3,1 para 5 mg/mL
Pacientes com insuficiência renal64: Pacientes com insuficiência renal64, particularmente em pacientes com insuficiência renal64 grave, a diminuição da excreção renal34 pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de ciclofosfamida e seus metabólicos. Isto pode resultar em um aumento de toxicidade17 e devem ser considerados quando se determina a dosagem para os pacientes. Na presença de insuficiência renal64, a redução da dose em 50% é recomendada para taxas de filtração glomerular inferior a 10 mL por minuto.
A ciclofosfamida e seus metabólitos56 são dialisáveis, embora possam existir diferenças na depuração, dependendo do sistema de dialise178 a ser utilizado. Em pacientes que necessitam de dialise178, o tempo entre a administração de Genuxal e a dialise178 deve ser considerado (Vide item Farmacocinética – excreção).
Recomendações para a redução da dose na presença de mielossupressão:
Contagem de leucócitos87 [µL] |
Contagem de plaquetas86 [µL] |
|
> 4.000 |
> 100.000 |
100 % da dose proposta |
4.000–2.500 |
100.000–50.000 |
50 % da dose proposta |
< 2.500 |
< 50.000 |
Adiantamento até a normalização ou decisão individual |
População geriátrica: Em pacientes idosos o uso de Genuxal deve ser realizado com precaução especial devido a maior frequência de diminuição das funções hepáticas75, renal34, cardíaca ou outras doenças concomitantes e/ou tratamento concomitante. É recomendado monitoramento maior para os efeitos tóxicos e ajuste de dose se necessário.
Modo de uso
A administração de Genuxal só deve ser realizada por ou sob supervisão de médicos com experiência em oncologia/reumatologia. O revestimento dos comprimidos evita o contato direto de pessoas que manuseiam os comprimidos com a substância ativa. Para prevenir a exposição inadvertida de terceiros à substância ativa, os comprimidos não devem ser divididos ou esmagados.
A dose e a duração do tratamento e intervalos de tratamento baseiam-se na respectiva indicação terapêutica163 e o regime de combinação de tratamento depende da função do órgão e do estado geral de saúde2 do paciente, bem como parâmetros laboratoriais (contagens de células51 do sangue85).
Quando utilizado em combinação com outros agentes citotóxicos47, com níveis semelhantes de toxicidade17, pode ser necessário reduzir a dose ou aumentar os intervalos sem tratamento.
A utilização de substâncias que estimulam a hematopoese pode ser considerada para reduzir os riscos de complicações mielossupressoras e/ou facilitar a administração das doses necessárias.
Qualquer obstrução do trato urinário90, inflamação69 de bexiga70, infecções71 e desequilíbrio eletrolítico devem ser descartados e/ou tratada com sucesso antes de iniciar o tratamento com Genuxal.
Durante ou imediatamente após a administração de Genuxal, os pacientes devem tomar ou receber infusões com quantidades adequadas de fluidos para induzir a diurese99 e assim reduzir o risco de toxicidade17 do trato urinário90. Portanto, a ciclofosfamida deve ser
administrada no período da manhã, e quantidades adequadas de líquidos devem ser ingeridos antes, durante e imediatamente após a
administração. Os pacientes devem ter o cuidado de esvaziar a bexiga70 em intervalos regulares.
Pacientes não devem ingerir a fruta toranja (também conhecida como grapefruit) ou suco que contenha toranja, pois isso pode reduzir a eficácia da ciclofosfamida.
Durante o tratamento com Genuxal, devem ser realizados exames laboratoriais de sangue85 (contagem de células51) e urina68 (sedimento urinário). O estado clínico do paciente deve ser monitorado regularmente.
É importante assegurar que os agentes antieméticos30 são administrados em tempo, devido e que a higiene bucal deve ser mantida.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas observadas podem ser de diferente intensidade, dependendo da sensibilidade individual, tipo da doença e dose administrada, requer uma medicação prévia e concomitantemente adequada.
Durante o tratamento com Genuxal podem ocorrer reações desagradáveis, tais como: mielossupressão, imunossupressão78 e infecções71, toxicidade17 urinária e renal34, cardiotoxicidade (doenças cardíacas) toxicidade17 pulmonar, malignidades secundárias, doença hepática117 veno oclusiva, genotoxicidade, efeitos na fertilidade, reações anafiláticas133, sensibilidade cruzada com outros agentes alquilantes, prejuízo na cicatrização de feridas, alopecia25, náuseas140, vômitos141 e estomatite142, para mais informações vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES.
As reações adversas associadas com o uso de Genuxal estão listadas em ordem decrescente de incidência110. As reações mais graves estão descritas no item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES.
As reações adversas associadas com a administração de Genuxal oral estão apresentadas na tabela de Reações Adversas a seguir:
Muito comum: (? 1/10) |
Comum: (? 1/100 a < 1/10) |
Incomum: (? 1/1.000 a < 1/100) |
Rara: (? 1/10.000 a < 1/1.000) |
Muito rara: (< 1/10.000) |
|
Desconhecido: as frequências não podem ser estimadas com os dados disponíveis. |
Reações adversas |
||
|
Efeitos colaterais24 |
Frequência |
Infecções71 e Infestações |
Infecção451 |
Comum |
Pneumonias (inflamação69 do pulmão50)2 |
Incomum |
|
Sepse80 (infecção45 geral e grave do organismo)1 |
Incomum |
|
Choque81 séptico (infecção45 generalizada) |
Muito rara |
|
Neoplasias114 benignas, malignas e não especificadas (incluindo cistos e pólipos179) |
Tumor5 secundário4 |
Rara |
Leucemia154 aguda (doença maligna dos leucócitos87) |
Rara |
|
Síndrome101 mielodisplásica (grupo de doenças do sangue85) |
Rara |
|
Câncer3 de bexiga70 |
Rara |
|
Câncer3 de uretra180 |
Rara |
|
Síndrome101 da lise181 tumoral |
Muito rara |
|
Linfomas (tumor5 do sistema linfático182) |
Desconhecido |
|
Progressão de doenças malignas |
Desconhecido |
|
Sarcomas (tumor5 que atinge as células51 da mesoderme183) |
Desconhecido |
|
Carcinoma156 de células51 renais |
Desconhecido |
|
Carcinoma156 de células51 da pelve renal184 |
Desconhecido |
|
Câncer3 de tireoide115 |
Desconhecido |
|
Efeitos carcinogênicos na prole |
Desconhecido |
|
Distúrbios do sangue85 e do sistema linfático182 |
Mielossupressão (suspensão da produção de células51 do sangue85) |
Muito coum |
Leucopenia32 (diminuição dos leucócitos87) |
Muito comum |
|
Neutropenia15 (diminuição dos neutrófilos89) |
Muito comum |
|
Trombocitopenia16 (diminuição das plaquetas86) |
Muito comum |
|
Agranulocitose185 (redução acentuada de neutrófilos89) |
Muito comum |
|
Anemia79 |
Muito comum |
|
Pancitopenia186 (diminuição dos elementos do sangue85) |
Muito comum |
|
Diminuição de hemoglobina88 |
Muito comum |
|
Neutropenia15 febril (diminuição dos neutrófilos89 com febre187) |
Comum |
|
Coagulação188 intravenosa disseminada |
Muito rara |
|
Síndrome101 hemolítico-urêmica |
Muito rara |
|
Granulocitopenia (redução acentuada de leucócitos87 granulares) |
Desconhecido |
|
Linfopenia (diminuição dos linfócitos) |
Desconhecido |
|
Distúrbios do sistema imune189 |
Imunossupressão78 (reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico190) |
Muito comum |
Reações de hipersensibilidade (Reações alérgicas) |
Incomum |
|
Choque anafilático191 (Reação alérgica192 grave) |
Muito rara |
|
Reações anafiláticas133 (Reação alérgica192 grave)2 |
Muito rara |
|
Distúrbios endócrinos |
Síndrome101 de secreção inapropriada de ADH (SIADH) |
Muito rara |
Intoxicação por água |
Desconhecida |
|
Distúrbios do metabolismo60 e de nutrição193 |
Anorexia194 (perda de peso acentuada) |
Comum |
Desidratação195 (perda de líquidos) |
Rara |
|
Hiponatremia100 (diminuição da concentração de sódio no sangue85) |
Muito rara |
|
Retenção de liquido (acúmulo de líquido) |
Muito rara |
|
Alteração do nível de glicose76 no sangue85 (aumento ou diminuição) |
Desconhecido |
|
Doenças psiquiátricas |
Confusão |
Muito rara |
Distúrbios do sistema nervoso196 |
Neuropatia periférica197 (doença que afeta os nervos periféricos) |
Incomum |
Polineuropatia (doença que acomete diversos nervos) |
Incomum |
|
Neuralgia198 (dor nos nervos) |
Incomum |
|
Tontura161 |
Rara |
|
Convulsões |
Muito rara |
|
Encefalopatia172 (inflamação69 do cérebro199) |
Muito rara |
|
Parestesia200 |
Muito rara |
|
Alterações no paladar201 |
Muito rara |
|
Neurotoxicidade |
Desconhecido |
|
Disgeusia202 (distorção ou diminuição do senso do paladar201) |
Desconhecido |
|
Hipogeusia (diminuição do senso do paladar201) |
Desconhecido |
|
Encefalopatia172 hepática117 |
Desconhecido |
|
Síndrome101 de leucoencefalopatia posterior reversível |
Desconhecido |
|
Mielopatia203 (doença que acomete a medula espinal204) |
Desconhecido |
|
Disestesia205 (distúrbio neurológico caracterizado pelo enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos, sobretudo do tato) |
Desconhecido |
|
Hipoestesia206 (diminuição ou perda de sensibilidade) |
Desconhecido |
|
Tremor |
Desconhecido |
|
Parosmia (sensação distorcida do olfato) |
Desconhecido |
|
Distúrbios oculares |
Visão162 turva Distúrbios visuais Conjuntivite28 (inflamação69 dos olhos207) Edema208 nos olhos207 (inchaço209 dos olhos207) Aumento do lacrimejamento |
Rara Muito rara Muito rara Muito rara Desconhecido |
Distúrbios do ouvido e labirinto210 |
Surdez |
Incomum |
Zumbido |
Desconhecido |
|
Distúrbios cardíacos |
Cardiomiopatia (doenças que acometem o coração211) |
Incomum |
Miocardite103 (inflamação69 do miocárdio107) |
Incomum |
|
Insuficiência cardíaca212 (incapacidade do coração211 de bombear o sangue85) |
Incomum |
|
Taquicardia213 (frequência cardíaca alterada) |
Incomum |
|
Arritmia214 (frequência cardíaca alterada) |
Rara |
|
Arritmia214 ventricular (incluindo taquicardia213 ventricular e fibrilação ventricular) |
Rara |
|
Arritmias108 supraventriculares |
Rara |
|
Fibrilação atrial (tipo de arritmia214 cardíaca) |
Muito rara |
|
Parada cardíaca |
Muito rara |
|
Infarto do miocárdio215 |
Muito rara |
|
Pericardite216 (inflamação69 do pericárdio217) |
Muito rara |
|
Choque81 cardiogênico (insuficiência147 de irrigação sanguínea) |
Desconhecido |
|
Derrame104 pericárdico / tamponamento cardíaco |
Desconhecido |
|
Sangramento do miocárdio107 |
Desconhecido |
|
Insuficiência cardíaca212 esquerda |
Desconhecido |
|
Bradicardia218 (diminuição da frequência cardíaca) |
Desconhecido |
|
Arritmias108 cardíacas |
Desconhecido |
|
Intervalo QT prolongado no eletrocardiograma219 |
Desconhecido |
|
Fração de ejeção diminuída |
Desconhecido |
|
Distúrbios vasculares220 |
Sensação de calor |
Incomum |
Pressão arterial221 baixa |
Incomum |
|
Tromboembolismo222 (obstrução de órgãos por trombos223) |
Muito rara |
|
Hipertensão224 (aumento da pressão arterial221) |
Muito rara |
|
Hipotensão225 (diminuição da pressão arterial221) |
Muito rara |
|
Embolia226 pulmonar (presença de coágulo227, bloqueando a irrigação sanguínea do pulmão50) |
Desconhecido |
|
Trombose228 (formação de um trombo229 no interior do coração211 ou de um vaso sanguíneo num indivíduo vivo) |
Desconhecido |
|
Vasculite230 (inflamação69 dos vasos sanguíneos231) |
Desconhecido |
|
Isquemia232 periférica |
Desconhecido |
|
Distúrbio respiratório, torácico e do mediastino233 |
Pneumonite1094 |
Rara |
Síndrome101 respiratória aguda |
Desconhecido |
|
Fibrose94 pulmonar intersticial234 crônica |
Desconhecido |
|
Edema pulmonar235 (acúmulo de líquido no pulmão50) |
Desconhecido |
|
Hipertensão224 pulmonar |
Desconhecido |
|
Broncoespasmo236 (contração dos brônquios237) |
Desconhecido |
|
Dispneia238 (dificuldade respiratória) |
Desconhecido |
|
Hipóxia239 (baixa concentração de oxigênio) |
Desconhecido |
|
Tosse |
Desconhecido |
|
Distúrbio da função pulmonar |
Desconhecido |
|
Congestão nasal |
Desconhecido |
|
Desconforto nasal |
Desconhecido |
|
Dor orofaríngea240 |
Desconhecido |
|
Rinorréia241 (corrimento excessivo de muco nasal) |
Desconhecido |
|
Espirros |
Desconhecido |
|
Doença pulmonar veno-oclusiva |
Desconhecido |
|
Bronquiolite (inflamação69 dos bronquíolos242) |
Desconhecido |
|
Pneumonia243 |
Desconhecido |
|
Alveolite alérgica |
Desconhecido |
|
Derrame104 pleural |
Desconhecido |
|
Distúrbios gastrointestinais |
Estomatite142 |
Comum |
Diarreia160 |
Comum |
|
Vômito26 |
Comum |
|
Constipação244 |
Comum |
|
Náusea245 |
Comum |
|
Enterocolite hemorrágica91 (inflamação69 do intestino com sangramento) |
Muito rara |
|
Pancreatite246 aguda (inflamação69 do pâncreas247) |
Muito rara |
|
Ascite120 |
Muito rara |
|
Ulceração93 da mucosa248 |
Muito rara |
|
Hemorragia106 gastrointestinal |
Muito rara |
|
Dor abdominal |
Desconhecido |
|
Inflamação69 da glândula parótida249 |
Desconhecido |
|
Colites (inflamação69 do intestino grosso250) |
Desconhecido |
|
Enterites (inflamação69 do intestino delgado251) |
Desconhecido |
|
Apendicites (inflamação69 do apêndice252) |
Desconhecido |
|
Distúrbios hepatobiliares253 |
Insuficiência hepática61 |
Comum |
Doença do fígado55 veno-oclusiva4 |
Rara |
|
Aumento de bilirrubina65 sérica |
Rara |
|
Aumento das enzimas hepáticas165 (AST, ALT, gama GT, fosfatase alcalina254) |
Rara |
|
Ativação de hepatite255 viral |
Muito rara |
|
Hepatomegalia119 |
Muito rara |
|
Icterícia121 |
Muito rara |
|
Hepatite255 (inflamação69 do fígado55) |
Desconhecido |
|
Hepatite255 colestática |
Desconhecido |
|
Hepatite255 citolítica |
Desconhecido |
|
Colestase256 (diminuição ou interrupção do fluxo da bílis) |
Desconhecido |
|
Encefalopatia172 hepática117 |
Desconhecido |
|
Hepatotoxicidade171 com insuficiência hepática61 |
Desconhecido |
|
Distúrbios dos tecidos |
Alopecia25 |
Muito comum |
cutâneos e subcutâneos
|
Exantema257 (aparecimento de pápulas258 na pele134) |
Rara |
Dermatites |
Rara |
|
Descoloração de palmas, unhas das mãos259 e solas dos pés |
Rara |
|
Síndrome101 de Stevens Johnson |
Rara |
|
Necrólise epidérmica toxica |
Muito rara |
|
Eritema multiforme260 (reação imunológica) |
Muito rara |
|
Radiação e lesão143 da pele134 |
Muito rara |
|
Queimadura por radiação |
Desconhecido |
|
Prurido261 |
Desconhecido |
|
Vermelhidão da pele134 |
Desconhecido |
|
Rash262 |
Desconhecido |
|
Síndrome101 eritrodiestésica palmo-plantar |
Desconhecido |
|
Urticaria263 |
Desconhecido |
|
Formação de bolhas |
Desconhecido |
|
Vermelhidão da pele134 |
Desconhecido |
|
Inchaço209 facial |
Desconhecido |
|
Hiperidrose264 (transpiração265 aumentada) |
Desconhecido |
|
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos |
Rabdomiolise266 (quebra do músculo esquelético267) |
Desconhecido |
Escleroderma (doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo268) |
Desconhecido |
|
Câimbras269 musculares |
Desconhecido |
|
Mialgia270 (dor muscular) |
Desconhecido |
|
Artralgia271 (dor nas articulações272) |
Desconhecido |
|
Distúrbios renais e urinários |
Cistites (infecção45 da bexiga70) |
Muito comum |
Microhematúria |
Muito comum |
|
Cistite9 hemorrágica91 |
Comum |
|
Macrohematúria |
Comum |
|
Sangramento suborotelial |
Muito rara |
|
Edema208 da parede da bexiga70 |
Muito rara |
|
Inflamação69 intersticial234 com fibrose94 e esclerose273 da bexiga70 |
Muito rara |
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Insuficiência renal64 |
Muito rara |
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Aumento da creatinina33 sérica |
Muito rara |
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Necrose42 tubular |
Muito rara |
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Distúrbio tubular renal34 |
Muito rara |
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Nefropatia274 tóxica |
Desconhecido |
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Ureterite hemorrágica91 |
Desconhecido |
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Cistite9 ulcerativa |
Desconhecido |
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Contração na bexiga70 |
Desconhecido |
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Diabetes275 insipido nefrogênico |
Desconhecido |
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Células51 epiteliais da bexiga70 atípicas |
Desconhecido |
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Aumento de ureia276 no sangue85 |
Desconhecido |
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Gravidez72 e condições perinatais |
Trabalho de parto prematuro |
Desconhecido |
Distúrbios dos órgãos genitais e mamas277 |
Prejuízo de espermatogênese |
Comum |
Distúrbios de ovulação278 |
Incomum |
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Amenorreia41 (ausência de menstruação128)5 |
Rara |
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Azoospermia130 (ausência de espermatozoides279 no sêmen280)5 |
Rara |
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Oligospermia (baixa concentração de espermatozoides279 no sêmen280)5 |
Rara |
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Infertilidade281 |
Desconhecido |
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Insuficiência147 ovariana |
Desconhecido |
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Desconforto na ovulação278 |
Desconhecido |
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Oligomenorréia126 |
Desconhecido |
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Atrofia132 testicular |
Desconhecido |
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Redução de estrogênio no sangue85 |
Desconhecido |
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Gonadotrofina sérica aumentada |
Desconhecido |
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Anomalias congênitas282, familiares e genéticas |
Morte do feto159 no útero116 |
Desconhecido |
Deformidade fetal |
Desconhecido |
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Retardo do crescimento fetal |
Desconhecido |
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Toxicidade17 fetal |
Desconhecido |
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Alterações gerais no local de administração |
Febre187 |
Muito comum |
Calafrios283 |
Comum |
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Astenia284 (fraqueza, debilidade) |
Comum |
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Fadiga285 |
Comum |
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Desconforto |
Comum |
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Inflamação69 das mucosas286 |
Comum |
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Dor no peito287 |
Rara |
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Dor de cabeça288 |
Muito rara |
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Dor |
Muito rara |
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Falência múltipla de órgãos |
Muito rara |
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Flebite289 (inflamação69 de veias290 superficiais) |
Muito rara |
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Reações no local da injeção145/perfusão (trombose228, necrose42, inflamação69, dor, inchaço209, vermelhidão da pele134) |
Desconhecido |
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Edema208 |
Desconhecido |
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Síndrome101 gripal |
Desconhecido |
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Instabilidade física geral |
Desconhecido |
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Retardo na cicatrização |
Desconhecido |
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Exames laboratoriais |
Síndrome101 de hiperuricemia devido à lise181 tumoral |
Muito rara |
Aumento de lactato291 desidrogenase |
Desconhecido |
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Aumento de proteína C reativa |
Desconhecido |
1 Inclui reativação bacteriana latente, fúngica292, viral, protozoários84 e infecções71 parasitárias, incluindo hepatite255 viral, tuberculose293, vírus83 JC, leucoencefalopatia multifocal progressiva (incluindo resultados fatais), Pneumocystis jiroveci, Herpes zoster44, Strongiloides, sepse80 e choque81 séptico (incluindo resultados fatais).
2 Inclui resultados fatais
3 Inclui leucemia154 mielóide aguda e leucemia154 promielocítica aguda.
4 Terapias com altas doses: muito comum.
5 Persistente.
Notificação relatando suspeitas de reações adversas após a autorização de uso do medicamento é importante. É solicitado aos profissionais de saúde2 para relatar quaisquer suspeitas de reações adversas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
- Consequências graves de superdosagem podem causar manifestações de toxicidade17, doses dependentes tais como mielossupressão, urotoxicidade, cardiotoxicidade (incluindo insuficiência cardíaca212), doença hepática117 veno-oclusiva e estomatite142.
- Os pacientes que recebem uma superdose devem ser cuidadosamente monitorados para o desenvolvimento de toxicidade17, em particular hemotoxicidade.
- Não há um tratamento especifico para os casos de superdose.
- A ciclofosfamida e seus metabólitos56 são dialisáveis. Hemodiálise294 rápida é recomendada para manejo de superdose acidental ou suicida.
- A superdose deve ser gerenciada com a interrupção da administração de Genuxal e com medidas de apoio como tratamento simultâneo para quaisquer infecções71, mielossupressão ou outras toxicidades.
- Profilaxia de cistite9 com mesna pode ser útil na prevenção ou limitação de efeitos urotóxicos de superdose de ciclofosfamida. Mesna pode ser administrado imediatamente após a administração de dose excessiva de ciclofosfamida. Para evitar cistite9 hemorrágica91 pode ser administrado mesna i.v. (intravenosa) dentro de 24 a 48 horas.
A superdosagem pode causar náusea245, vômito26, prostração295, diminuição das células brancas do sangue296 e outros elementos, alopecia25 e ocasionalmente cistite9. O paciente pode ter sua imunidade73 comprometida. A trombocitopenia16 pode predispor a episódios de sangramento.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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Farm. Resp.: Thais Emboaba de Oliveira CRF-SP N°: 91.247
Importado por: Baxter Hospitalar Ltda.
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