Kamppi (Bula do profissional de saúde)
BIOLAB SANUS FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Kamppi
cloridrato de memantina
Comprimidos 10 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Caixas com 7, 30 e 60 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido de Kamppi 10 mg contém:
cloridrato de memantina (equivalente a 8,31 mg de memantina) | 10 mg |
excipiente q.s .p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, estearato de magnésio, lactose1 monoidratada, opadry II white.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Kamppi é indicado para o tratamento da doença de Alzheimer3 moderada a grave.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos em animais
Em estudos de curto prazo em ratos a memantina, tal como outros antagonistas do NMDA, induziu vacuolização e necrose4 neuronal (lesões5 de Olney) apenas quando tomada em doses que conduzem a concentrações séricas máximas muito elevadas. A ataxia6 e outros sinais7 pré-clínicos precederam a vacuolização e necrose4. Uma vez que os efeitos nunca foram observados em estudos em longo prazo em roedores ou não roedores, a relevância clínica destas evidências é desconhecida.
Foram observadas, inconsistentemente, alterações oculares em estudos de toxicidade8 repetida em roedores e cães, mas não em macacos. Os exames oftalmológicos específicos nos estudos clínicos com a memantina não revelaram alterações oculares.
Em roedor foi observada em fosfolipídios e nos macrófagos pulmonares9 devido à acumulação da memantina nos lisossomas. Este efeito é reconhecido em outras substâncias ativas com propriedades anfifílicas catiônicas. Existe uma relação possível entre esta acumulação e a vacuolização observada nos pulmões10. Este efeito apenas foi observado com doses elevadas em roedores. A relevância clínica destes achados é desconhecida.
Nos estudos padronizados com a memantina não foi observada genotoxicidade. Não existem indícios de carcinogenicidade em estudos de longo prazo em ratinhos e ratos. A memantina não foi teratogênica11 em ratos e coelhos, mesmo em doses maternas tóxicas, e não foram observados efeitos adversos na fertilidade. Nos ratos, foi observada redução do crescimento do feto12, com níveis de exposição idênticos ou ligeiramente superiores aos níveis humanos.
Estudos em humanos
Num estudo piloto de utilização da memantina em monoterapia em uma população de pacientes com doença de Alzheimer3 moderada a grave (pontuação inicial no Mini Exame do Estado Mental (MMSE) compreendida entre 3 e 14) foi incluído um total de 252 pacientes ambulatoriais. O estudo demonstrou efeitos benéficos da memantina em comparação com o placebo13 após 6 meses (análise dos casos observados pela Impressão de Mudança Baseada na Entrevista com o Clínico (CIBIC-plus): p=0,025; Estudo Cooperativo da Doença de Alzheimer3 – Atividades da Vida Diária (ADCS-ADLsev): p=0,003; Bateria de Comprometimento Grave (SIB): p=0,002)1.
Um estudo piloto de utilização da memantina em monoterapia no tratamento da doença de Alzheimer3 leve a moderada (pontuação inicial no MMSE entre 10 e 22) incluiu 403 pacientes. Os pacientes tratados com memantina apresentaram um efeito estatisticamente significativo melhor do que os pacientes que receberam placebo13, em relação às medidas primárias: Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer3 (ADAS-cog) (p=0,003) e CIBIC-plus (p=0,004) na semana 24 com base na última observação levada adiante (LOCF)2. Num outro estudo em monoterapia na doença de Alzheimer3 leve a moderada foi randomizado14 um total de 470 pacientes (pontuação inicial no MMSE de 11 a 23). Na análise primária definida prospectivamente não se observou significado estatístico na medida de eficácia primária na semana 243.
Uma metanálise de dados de estudos com pacientes com doença de Alzheimer3 moderada a grave (pontuação inicial no MMSE abaixo de 20), que incluiu 6 estudos clínicos de fase III, placebo13-controlados, de 6 meses de duração (incluiu estudos em monoterapia e estudos nos quais os pacientes recebiam uma dose fixa de um inibidor da acetilcolinesterase) demonstrou a existência de um efeito estatisticamente significativo a favor do tratamento com a memantina nos domínios cognitivo15, global e funcional4. Nos casos em que os pacientes apresentavam uma piora simultânea nos três domínios, os resultados mostraram um benefício estatisticamente significativo da memantina na prevenção desta piora uma vez que 2 vezes mais pacientes no grupo placebo13 apresentaram piora nos três domínios do que no grupo da memantina (21% vs 11%, p<0,0001)5.
Referências bibliográficas
- Reisberg B, Doody R, Stöffler A, Schmitt F, Ferris S, Möbius HJ. Memantine in moderate-to-severe Alzheimer’s disease. N Engl J Med 2003;348:1333–41.
- Peskind ER, Potkin SG, Pomara N, Ott BR, Graham SM, Olin JT, McDonald S. Memantine treatment in mild to moderate Alzheimer16 disease: a 24-week randomized, controlled trial. Am J Geriatr Psychiatry. 2006 Aug;14(8):704–15.
- Bakchine S, Loft H. Memantine treatment in patients with mild to moderate Alzheimer’s disease: results of a randomised, double-blind, placebo13-controlled 6-month study. J Alzheimers Dis. 2008 Feb;13(1):97–107.
- Bengt Winblad; Roy W. Jones; Yvonne Wirth; Albrecht Stöfler; Hans Jörg Möbius, Memantine in Moderate to Severe Alzheimer’s Disease: a Meta-Analysis of Randomised Clinical Trials. Dement Geriatr Cogn Disord 2007; 24;20–27.
- Wilkinson D. Andersen HF. Analysis of the effect of memantine in reducing the worsening of clinical symptoms in patients with moderate to severe Alzheimer’s disease. Dement Geriatr Cogn Disord. 2007;24(2):138–45.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação: Existem cada vez mais evidências de que disfunções na neurotransmissão glutamatérgica, especialmente nos receptores NMDA, contribuem para a expressão dos sintomas17 e para a evolução da doença na demência18 neurodegenerativa.
A memantina é um antagonista19 não-competitivo dos receptores NMDA, de afinidade moderada e dependente de voltagem. Modula os efeitos dos níveis tônicos patologicamente elevados do glutamato que poderão levar à disfunção neuronal.
Farmacocinética
Absorção: A memantina tem uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 100%. O tmax situa-se entre 3 e 8 horas. Não existem indicações de que os alimentos influenciem a absorção da memantina.
Distribuição: Doses diárias de 20 mg resultam em concentrações plasmáticas de memantina no estado de equilíbrio entre 70 e 150 ng/mL (0,5–1 μmol) com grandes variações interindividuais. Quando da administração de doses diárias de 5 a 30 mg, foi calculada uma taxa média líquido cefalorraquidiano20 (LCR)/Soro21 de 0,52. O volume de distribuição é próximo de 10 L/kg. Cerca de 45% da memantina encontra-se ligada a proteínas22 plasmáticas.
Biotransformação: No ser humano, cerca de 80% das substâncias relacionadas à memantina circulantes estão presentes na forma do composto original. Os metabólitos23 principais no ser humano são o N-3,5-dimetil-gludantano, a mistura isomérica de 4- e 6-hidroxi-memantina e o 1-nitroso-3,5-dimetil-adamantano. Nenhum destes metabólitos23 exibe atividade como antagonista19 do receptor NMDA. Não foi detectado metabolismo24 catalisado pelo citocromo P 450 in vitro.
Num estudo com 14C-memantina administrada por via oral, foi recuperada uma média de 84% da dose no intervalo de 20 dias, 99% dos quais por excreção renal25.
Eliminação: A memantina é eliminada de forma monoexponencial com t½ terminal de 60 a 100 horas. Em voluntários com função renal25 normal, a depuração total (CLtot) tem o valor de 170 mL/min/1,73 m2 e parte da depuração renal25 total é efetuada por secreção tubular.
A passagem renal25 também envolve reabsorção tubular, provavelmente mediada por proteínas22 de transporte de cátions. A taxa de depuração renal25 da memantina em condições de urina26 alcalina poderá ser reduzida por um fator de 7 a 9 (ver ADVERTÊNCIAS). A alcalinização da urina26 pode resultar de mudanças drásticas na dieta, por exemplo uma mudança de dieta carnívora para vegetariana, ou pela ingestão de grande quantidade de tampões gástricos alcalinizantes.
Linearidade: Estudos em voluntários demonstraram farmacocinética linear no intervalo de doses de 10 a 40 mg.
Relação farmacocinética - farmacodinâmica
Para uma dose de memantina de 20 mg por dia, os níveis no LCR correspondem ao valor ki (ki = constante de inibição) da memantina, o qual é de 0,5 μmol no córtex frontal humano.
CONTRAINDICAÇÕES
Kamppi é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
Uso durante a gravidez27 e a lactação28 – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Mulheres que tomem memantina não devem amamentar.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
É recomendada precaução em pacientes com epilepsia29, com antecedentes de episódios convulsivos ou com fatores predisponentes para epilepsia29.
A utilização concomitante de antagonistas do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), tais como a amantadina, quetamina ou o dextrometorfano, deverá ser evitada. Estas substâncias atuam no mesmo sistema receptor que a memantina e, por essa razão, as reações adversas principalmente relacionadas com o sistema nervoso central (SNC30) poderão ser mais frequentes ou mais acentuadas (ver também INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Alguns fatores que podem elevar o pH da urina26 (ver FARMACOCINÉTICA) demandarão um monitoramento cuidadoso do paciente. Estes fatores incluem mudanças drásticas na dieta, por exemplo uma mudança de dieta carnívora para vegetariana, ou a tomada em grande quantidade de produtos gástricos tipo tampão, com efeito alcalinizante.
Além disso, o pH da urina26 pode ser elevado por episódios de acidose31 tubular renal25 (ATR) ou infecções32 graves das vias urinárias provocadas por bactérias Proteus.
Na maioria dos estudos clínicos, foram excluídos de participar os pacientes com infarto do miocárdio33 recente, comprometimento cardíaco congestivo descompensado (NYHA III-IV) ou com hipertensão34 não controlada. Consequentemente, os dados disponíveis são limitados e os pacientes nestas condições devem ser supervisionados cuidadosamente.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Este medicamento contém LACTOSE1.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
A doença de Alzheimer3 moderada a grave geralmente provoca perturbações na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Os pacientes ambulatoriais devem ser avisados para terem cuidados especiais, pois Kamppi tem uma influência pequena ou moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Durante o tratamento, o paciente precisa ter especial atenção ao dirigir carros ou operar máquinas, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez27 e Lactação28
Não existem dados clínicos sobre administração de memantina a grávidas. Estudos em animais indicam potencialidade para a redução do crescimento intrauterino a níveis de exposição idênticos ou ligeiramente superiores aos níveis humanos (ver RESULTADOS DE EFICÁCIA). O risco potencial para o ser humano é desconhecido. A memantina não deve ser utilizada durante a gravidez27, a menos que seja absolutamente necessária.
Categoria de risco B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais35 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez27.
Não se sabe se a memantina é excretada no leite humano, porém, considerando-se a lipofilia da substância, é provável que esta excreção ocorra. Mulheres que tomem memantina não devem amamentar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Populações especiais
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco: Para o uso em idosos, crianças e outros grupos de risco, ver POSOLOGIA.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interações farmacodinâmicas e farmacocinéticas
Devido aos efeitos farmacológicos e ao mecanismo de ação da memantina, poderão ocorrer as seguintes interações:
- O modo de ação sugere que os efeitos da L-dopa, dos agonistas dopaminérgicos e dos anticolinérgicos poderão ser amplificados pelo tratamento concomitante com antagonistas NMDA, como a memantina. Os efeitos de barbitúricos e neurolépticos36 poderão ser reduzidos. A administração concomitante de memantina e dos agentes antiespasmódicos, dantroleno ou baclofeno, pode alterar os efeitos destes medicamentos, podendo ser necessário um ajuste da dose.
- A utilização concomitante da memantina e amantadina deverá ser evitada, devido ao risco de psicose37 farmacotóxica. Ambas as substâncias são, quimicamente, antagonistas NMDA. A mesma recomendação poderá aplicar-se para a quetamina e o dextrometorfano (ver também ADVERTÊNCIAS). Existe um relato de caso clínico publicado sobre um possível risco da combinação da memantina com a fenitoína.
- Outras substâncias ativas como cimetidina, ranitidina, procaínamida, quinidina, quinina e nicotina, que utilizam o mesmo sistema de transporte renal25 de cátions que a amantadina, também poderão interagir com a memantina levando a um risco potencial de aumento dos seus níveis séricos.
- É possível que haja uma redução dos níveis séricos da hidroclorotiazida (HCT) quando esta, ou qualquer combinação contendo hidroclorotiazida, é administrada concomitantemente com a memantina.
- Na experiência pós-comercialização foram notificados casos isolados de aumento da Relação Normalizada Internacional (RNI) em pacientes tratados concomitantemente com varfarina. Embora não tenha sido comprovada a existência de uma relação causal, aconselha-se uma monitorização rigorosa do tempo de protrombina38 ou da INR em pacientes que estejam em uso simultâneo de anticoagulantes39 orais.
Em estudos farmacocinéticos (PK) de dose única realizados em sujeitos jovens e saudáveis, não se observou qualquer interação relevante à substância ativa da memantina com gliburida/metformina40 ou com donepezila. Num estudo clínico em indivíduos jovens e saudáveis não se observou qualquer efeito relevante da memantina na farmacocinética da galantamina.
A memantina não inibiu as CYP 1A2, 2A6, 2C9, 2D6, 2E1, 3A, flavina contendo monoxigenase, epóxido hidrolase ou a sulfatação in vitro.
Interação de Kamppi com o álcool
Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o cloridrato de memantina e o álcool. Entretanto, assim como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central41, a combinação com álcool não é recomendada.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Guardar Kamppi em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da umidade.
O prazo de validade de Kamppi é de 36 meses e encontra-se gravado na embalagem externa. Em caso de vencimento, inutilizar o produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Para sua segurança, mantenha o medicamento na sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Kamppi comprimidos revestidos 10 mg: oblongo, biconvexo, branco com “MT10” em uma das faces e logo da empresa
na outra face42.Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Instruções de uso
Kamppi deve ser administrado por via oral, preferencialmente com água. Para obter o maior benefício do seu medicamento, deve tomá-lo todos os dias, à mesma hora do dia, com ou sem alimentos. Os comprimidos não devem ser mastigados.
O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência no diagnóstico43 e tratamento da demência18 de Alzheimer16. A terapêutica44 só deve ser iniciada se estiver disponível um cuidador para monitorizar regularmente a tomada do medicamento pelo paciente. O diagnóstico43 deve ser realizado de acordo com as diretrizes atuais.
A tolerância e a dosagem da memantina devem ser reavaliadas regularmente. Inicialmente, avaliar após os 3 primeiros meses de tratamento. Depois disso, os benefícios clínicos e a tolerância do paciente ao tratamento devem ser reavaliados regularmente de acordo com as diretrizes clínicas atuais. O tratamento deve ser continuado enquanto o benefício terapêutico for favorável e o paciente mantiver a tolerância à memantina. A descontinuação do tratamento com a memantina deve ser considerada quando o paciente não mais apresentar evidências do benefício terapêutico ou não tolerar o tratamento.
Posologia
Titulação da dose
A dose máxima diária é de 20 mg/dia. Para minimizar o risco de efeitos adversos indesejáveis, a dose de manutenção é atingida através de uma titulação de dose. A dose inicial recomendada é de 5 mg/dia, que deverá ser aumentada em 5 mg por semana nas 3 semanas subsequentes, seguindo o esquema abaixo:
O tratamento deve ser iniciado com 5 mg diários (meio comprimido, uma vez ao dia) durante a primeira semana. Na segunda semana, 10 mg por dia (um comprimido, uma vez por dia) e na terceira semana é recomendada a dose de 15 mg por dia (um comprimido e meio, uma vez por dia). A partir da quarta semana, o tratamento pode ser continuado com a dose de manutenção recomendada de 20 mg por dia (dois comprimidos, uma vez por dia).
Dose de manutenção: A dose de manutenção recomendada é de 20 mg por dia.
Dosagens especiais
Idosos: Com base nos estudos clínicos, a dose recomendada para pacientes45 de idade superior a 65 anos é de 20 mg por dia, tal como descrito anteriormente.
Crianças e adolescentes (< 18 anos): Não é recomendada a utilização de Kamppi em crianças e adolescentes com menos de 18 anos devido à inexistência de dados de segurança e eficácia nesta população. Este medicamento não é recomendado para crianças.
Comprometimento renal25: Em pacientes com a função renal25 ligeiramente alterada (depuração da creatinina46 50–80 mL/min) não é necessário ajuste de dose. Em pacientes com comprometimento renal25 moderado (depuração da creatinina46 de 30–49 mL/min) a dose diária deverá ser 10 mg por dia. Se bem tolerada após pelo menos 7 dias de tratamento, a dose poderá ser aumentada até 20 mg/dia de acordo com o esquema de titulação padrão. Em pacientes com comprometimento renal25 grave (depuração da creatinina46 5–29 mL/min) a dose diária deverá ser de 10 mg por dia.
Comprometimento hepático: Em pacientes com comprometimento hepático leve a moderado (Child-Pugh A e Child-Pugh B) não há necessidade de ajuste de dose. Não estão disponíveis dados de utilização da memantina em pacientes com comprometimento hepático grave. A administração de Kamppi não é recomendada a pacientes com comprometimento hepático grave.
REAÇÕES ADVERSAS
Nos estudos clínicos sobre demência18 leve a grave, envolvendo 1784 pacientes tratados com cloridrato de memantina e 1595 pacientes tratados com placebo13, os índices globais de incidência47 de reações adversas com cloridrato de memantina não foram diferentes dos do tratamento com placebo13; as reações adversas foram normalmente de intensidade leve a moderada.
As reações adversas mais frequentes e que registraram uma maior incidência47 no grupo do cloridrato de memantina do que no grupo placebo13 foram tonturas48 (6,3% vs 5,6%, respectivamente), cefaleias49 (5,2% vs 3,9%), constipação50 (4,6% vs 2,6%), sonolência (3,4% vs 2,2%) e hipertensão34 (4,1% vs 2,8%).
A tabela seguinte lista todas as reações adversas registradas durante os estudos clínicos com cloridrato de memantina e desde que foi introduzido no mercado. Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
As reações adversas são classificadas de acordo com as classes de sistemas de órgãos, usando a seguinte convenção: muito comum (>1/10), comum (>1/100 a ≤1/10), incomum (>1/1000 e ≤1/100), raro (>1/10000 e ≤1/1000), muito raro (≤1/10000), desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais).
Infecções32 e infestações |
Incomum |
Infecções32 fúngicas51 |
Distúrbios do sistema imunológico52 |
Comum |
Hipersensibilidade ao medicamento |
Distúrbios Psiquiátricos |
Comum |
Sonolência |
|
Incomum |
Confusão/Alucinações531 |
|
Desconhecido |
Reações psicóticas2 |
Doenças do sistema nervoso54 |
Comum |
Tonturas48/ Distúrbios de equilíbrio |
|
Incomum |
Alterações na marcha |
Muito raro |
Convulsões |
|
Distúrbios cardíacos |
Incomum |
Falência cardíaca |
Vasculopatias |
Comum |
Hipertensão34 |
Incomum |
Trombose55 venosa/ Tromboembolia |
|
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinos |
Comum |
Dispneia56 |
Distúrbios hepatobiliares57 |
Comum |
Testes de função hepática58 elevados |
Desconhecido |
Hepatite59 |
|
Distúrbios gastrintestinais |
Comum |
Constipação50 |
Incomum |
Vômitos60 |
|
Desconhecido |
Pancreatite612 |
1 As alucinações53 foram essencialmente observadas em pacientes com doença de Alzheimer3 grave.
2 Casos isolados notificados no âmbito da experiência pós-comercialização.
A doença de Alzheimer3 tem sido associada à depressão, pensamentos suicidas e suicídio. Na fase de experiência pós-comercialização estes efeitos foram notificados em pacientes tratados com o cloridrato de memantina.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
A experiência com superdose obtida a partir dos estudos clínicos e na experiência pós-comercialização é limitada.
Sintomas17
Superdoses com valores relativamente grandes (200 mg e 105 mg/dia durante 3 dias, respectivamente) têm sido associadas a sintomas17 de cansaço, fraqueza e/ou diarreia62 ou a nenhum sintoma63. Em casos de superdose abaixo dos 140 mg ou de dose desconhecida, os pacientes apresentaram sintomas17 de origem no sistema nervoso central41 (confusão, torpor64, sonolência, vertigens65, agitação, agressão, alucinações53 e distúrbios da marcha) e/ou de origem gastrointestinal (vômitos60 e diarreia62).
No caso mais extremo de superdose, o paciente sobreviveu a uma ingestão de 2000 mg da memantina com efeitos no sistema nervoso central41 (coma66 durante 10 dias, seguido de diplopia67 e agitação). O paciente recebeu tratamento sintomático68 e plasmaforese. O paciente foi recuperado sem sequelas69 permanentes.
Num outro caso de superdose com valor grande, o paciente também sobreviveu e foi recuperado. O paciente havia recebido 400 mg da memantina por via oral. O paciente apresentou sintomas17 relacionados ao sistema nervoso central41, tais como inquietude, psicose37, alucinações53 visuais, pró-convulsões, sonolência, estupor e perda de consciência.
Conduta em caso de superdose
Tratamento: em caso de superdose, o tratamento deverá ser sintomático68. Não está disponível nenhum antídoto70 específico para intoxicações e superdoses. Devem ser utilizados, sempre que apropriado, os procedimentos clínicos padrão para a remoção da substância ativa, como por exemplo lavagem gástrica71, utilização de carvão ativo (interrupção da recirculação entero-hepática58 potencial), acidificação da urina26 ou diurese72 forçada.
Em caso de sinais7 e sintomas17 de super estimulação geral do sistema nervoso central41 (SNC30), deverá ser considerado um tratamento clínico sintomático68 cuidadoso.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
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Fabricado por:
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